sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dezoito prefeituras cobram explicações e solução



BLOG O MURAL: Volto outra vez a questão da saúde, mas desta vez é o remédio de alto custo, que indica a reportagem do cruzeiro do sul é a bola da vez no governo de São Paulo que estão - repito - a 19 anos no poder direto e 4 indereto e ainda não conseguiram resolver alguns problemas cronico ou pelo menos minimizar eles.


Para que a nossa população pobre não paque denovo a conta de mais este desmando do poder publico paulista.





A falta de medicamentos de alto custo para pacientes em tratamento mobiliza representantes das secretarias de saúde de 18 cidades da região de Sorocaba. Na intenção de cobrar explicações do Governo do Estado a respeito da situação os responsáveis pelas assistências farmacêuticas dessas cidades protocolaram um pedido de reunião com o diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS-16), em Sorocaba, João Márcio Garcia, na última sexta-feira. Segundo ele, há remédios que estão em falta há três meses, como alguns para tratar de asma e glaucoma. "Queremos saber se o problema é de gestão, de planejamento, de repasse estadual ou federal. Acho que o secretário (de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri) não está sabendo disso, não é possível...", reclama o médico e coordenador de programa de saúde em Votorantim, Adalberto Leme.

A Farmácia de Alto Custo que funciona no Hospital Regional de Sorocaba reconhece que há desabastecimento, segundo informa a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da assessoria de imprensa. A Secretaria da Saúde divulga que tentará remanejar alguns itens de outras farmácias de medicamentos especializados para abastecer emergencialmente Sorocaba. "A Secretaria está neste momento realizando uma grande reformulação em sua estrutura de assistência farmacêutica de modo a minimizar os transtornos causados por eventuais abastecimentos de medicamentos", consta em nota. Argumenta que o problema é temporário e abrange 16 medicamentos, que "representam 7% do total de itens distribuídos aos pacientes da região. Os outros 93% estão com distribuição normal", explica em nota. Versão divergente da denunciada pelo médico Adalberto Leme, que relaciona 22 remédios de alto custo que não são distribuídos com a alegação de estarem em falta.

Para evitar que os pacientes da região desloquem-se até a farmácia de alto custo do Hospital Regional parte dos 48 municípios abrangidos pelo DRS 16 instalaram assistências farmacêuticas que retiram os remédios no Hospital Regional, que atua como polo distribuidor, e levam para os pacientes que retiram nas cidades onde moram. Em Votorantim inclusive há um serviço com moto mantido pela Prefeitura que leva até a porta da casa do paciente. Segundo o médico Leme, cerca de 600 dos 1.600 pacientes atendidos com medicamentos de alto custo apenas em Votorantim estão sendo prejudicados com a falta de medicamentos. Ele cita que o Estado deixa de entregar remédios para tratar de doença de parkinson, colesterol, asma, epilepsia, alergia à lactose. "Uma pessoa com crise de asma vai parar no Hospital e pode morrer, igual a um epiléptico que tenha um ataque muito forte e precise para na UTI", enfatiza Leme.

Para o Estado as faltas de remédios de alto custo nas farmácias são pontuais e podem ocorrer por diversos fatores, como escassez de matérias primas, atrasos por parte de fornecedores e problemas logísticos, entre outros. Dos medicamentos em falta, 10 deles chegarão em aproximadamente 15 dias. O restante até o início de setembro, segundo prazos informados pelos fornecedores. O médico em Votorantim afirma que é comum o Estado justificar que os laboratórios atrasaram a entrega. "E o que tem a ver o paciente com isso?", questiona alegando que nessas situações o governo poderia multar ou adquirir os remédios da empresa que ficou em segundo lugar no processo de concorrência (licitação). Enfatiza que essa situação agrava a situação de saúde do paciente.

Reunião para esclarecimentos
Os representantes das 18 cidades que pedem a reunião com o diretor do DRS 16, João Márcio Garcia, informar os temas que pretendem esclarecer. Além de explicações a respeito do que chamam de constantes falta de medicamentos de alto custo, desejam tratar sobre orientações passadas informalmente por telefone ou as formais sem que haja tempo hábil para adequarem-se e retirar os remédios.

Os municípios reclamam da obrigatoriedade da devolução ao Estado de remédios dos pacientes que falecem ou param o tratamento, enquanto vários outros estão a espera, além do espaço físico onde os representantes das Prefeitura da região fazem a retirada, já que segundo o médico Leme, é inadequado por falta de espaço. O médico Leme cita que além de Votorantim, a reunião é de interesse dos municípios de Itu, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, Mairinque, Piedade, Tatuí, Itapetininga, Araçoiaba, Ibiúna, Pilar do Sul, Tietê, Guapiara, Ribeirão Grande, Ribeirão Branco, Capão BonitoTaquarivaí, Itapeva. Os pacientes que residem em Sorocaba, segundo Leme, retiram eles próprios os medicamentos na farmácia de alto custo do Hospital Regional.

Medicamentos em falta*
Alfaepoetina 10.000 UI
Atorvastatina 20 MG
Bezafibrato 400 mg
Budesonida 200 MCG Aerosol
Ciprofibrato 100 MG
Clobazam 20 MG
Entacapone 200 MG
Fenofibrato 250 CP
Formoterol 12 MCG
Genfibrozila 900 MG
Hidróxido de ferro injetável
Lamotrigina 100/50/25 MG
Leite de soja (Nan Soy/Aptamil)
Metotrezato 2,5 MG
Olanzapina 5 MG
Pravastatin 20 MG
Selegilina 10 MG
Sulfassalazina 500 MG
Topiramato 50 MG
Latanoprost

* Coordenador de saúde de Votorantim e Secretaria do Estado divergem sobre a relação

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