segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PSDB Tolerância Social Zero


Lugo, Lula e Alkimin


BLOG O MURAL: Tolerância social zero


Kennedy Alencar – na Folha

A vocação do PSDB para se distanciar do povo parece não ter limite. No seu partido, os tucanos paulistas são os campeões de insensibilidade social.

FHC chegou aonde chegou porque resolveu um problema concreto do povo: a alta inflação. Os mais pobres eram os que mais sofriam. O reconhecimento aconteceu em duas eleições presidenciais vencidas no primeiro turno.

No governo, porém, FHC deu espaço tímido aos que lhe pediam programas sociais mais amplos, como Vilmar Faria e Ruth Cardoso. Com muito esforço, nasceram programas de assistência social que se tornaram o embrião do projeto que seria massificado na gestão Luiz Inácio Lula da Silva.

Faz pouco tempo que o PSDB e seus aliados tradicionais abandonaram o discurso contra o Bolsa Família. Os tucanos entenderam que valia muito mais a pena brigar pela paternidade de programas sociais hoje elogiados no mundo inteiro.

O governo de São Paulo tem entendido bons resultados na segurança pública como uma aval para praticar a tolerância social zero. Na administração do cordial Geraldo Alckmin, houve violência policial exagerada contra estudantes, ação desastrada da PM na cracolândia paulistana, dirigente da CDHU culpando moradores pelos defeitos de habitações populares e um atentado contra os direitos humanos no Pinheirinho.

Não são casos isolados. Refletem uma visão conservadora, de direita, que enxerga a questão social como caso de polícia. O Brasil até precisa de uma partido de direita, desde que não seja uma direita obscurantista, golpista e autoritária como tivemos antes e durante a ditadura militar de 1964. Para ser uma alternativa de poder competitiva, o PSDB precisa de um banho de povo.

Para quem tem praticado a tolerância social zero, a visita do governador Alckmin ao ex-presidente Lula veio bem a calhar. *

A desocupação do Pinheirinho é um desses casos que fazem a gente ficar desanimado com o Brasil. Desde a redemocratização, em 1985, o país vem avançando em muitas áreas. Mas ainda persistem muitos problemas.

O episódio Pinheirinho nos lembra que a desigualdade social continua a ser o nosso maior problema. De longe, supera a má qualidade da educação, a carência de bons serviços de saúde e a violência nos grandes centros urbanos, e o Estado de São Paulo é o reflexo disso, é aqui que se encontra concentrado a maior desilgualdade hoje. Já estamos perdendo para o Nordeste. Comentaio do Blog.

É hipócrita tratar a desocupação de Pinheirinho como um questão de obediência e respeito à lei. Houve ali uma clara violação dos direitos humanos pela Justiça e pelo governo paulista.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pinheirinho: Boechat pega pesado com o governador Alkimim

BLOG O MURAL: Estava vendo vídeos e ouvindo comentários de todos os lados sobre o caso do pinheirinho  de São José do Campos, e de tudo que vi e ouvi o que mais me chamou a atenção foi o comentário deste jornalista Ricardo Boechat, ouçam e tire suas conclusões sobre o ocorrido.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Entre a FÉ e a ADMINISTRAÇÃO

BLOG O MURAL: Pastor, pai de duas filhas e diretor da escola Mackenzie em Porto Feliz, Eli Martins conta como se envolveu com a religião e com a educação. Confira!

A história de Eli Martins de Oliveira é mais uma a se encaixar sob o tema de superação. Aos 47 anos, nasceu em Baependi, interior de Minas Gerais. Filho de José Martins de Oliveira e Ozilia Augusta da Silva Oliveira, a família era grande: Eli cresceu em meio a 14 irmãos, oito homens e seis mulheres. Cidade pequena, onde os pais tiravam sustento da lavoura. Perdeu a mãe quando ainda era pequeno.
No sítio, a vida era simples e sempre ajudando em casa, Eli se envolveu com o mundo das drogas aos 13. Permaneceu até os 26. A mudança veio quando o primeiro contato com a Igreja Presbiteriana do Brasil o fez buscar outra vida. “Era metaleiro, ouvia rock e usava drogas”, conta.
Já no primeiro contato com Deus, através do Evangelho, começou a fazer parte de atividades religiosas – frequentava os cultos, ajudava em projetos sociais e seminários. E foi em uma das participações que conheceu Sandra, filha de um pastor. Apaixonou-se. Quando em 1997, a concretização da família se iniciou.
A vida não quis que Eli continuasse na sua cidade natal e o trouxe até Taquarituba, interior de São Paulo. Quis o destino que ele trabalhasse na favela, buscando formas de arrecadar fundos assistenciais para 80 pessoas. De lá, não parou! Começou os estudos – fez o início de Relações Públicas – mas se formou em Publicidade e Propaganda. Teologia. Foram mais de oito anos estudando. Tornou-se pastor.
Em 2004, Eli veio para Porto Feliz. Assumiu a Igreja, a responsabilidade de orientar os fiéis e seguir na concretização do sonho: transformar o espaço em um ambiente pedagógico, que além de cultos, ofereça profissionalização. E é também diretor da escola Mackenzie. Hoje, ele conta como foi o processo de chegada na cidade. A implantação da rede de ensino e novos projetos e metas para a junção da escola e religião. Confira!

Nascido em Minas Gerais, como foi o seu caminho até Porto Feliz?
Longo! Comecei num projeto social implantado na própria igreja. Fui para Taquarituba, uma cidade perto de Avaré (interior de São Paulo), e trabalhei na favela. Ajudávamos mais de 80 pessoas com fundos assistenciais. Saí de lá e fui para Tatuí, onde fiquei oito anos. Em maio de 2003, houve um pastor que precisou sair da Igreja porto-felicense. Fui convidado a assumir. Então em 2004 me mudei para cá.

Qual era o trabalho realizado no projeto social?
Fazíamos de tudo. Arrecadávamos roupas, alimentos. Participávamos de uma comunidade americana que destinava um valor assistencial para o Brasil e investíamos lá, em Taquarituba. Éramos quatro missionários e vários voluntários.

Como foi assumir uma Igreja em Porto Feliz?
O pastor, na época, foi trabalhar na Alemanha. Vim para substituí-lo. Estudei Teologia, fiz licenciatura e após oito anos me tornei pastor.

Que papel a religião assume para você?
Cresci em um lar não religioso. Perdi minha mãe cedo e aos 13 anos me envolvi com as drogas. Foram anos sendo metaleiro, maconheiro, cabeludo. Mas um dia fui visitar uma Igreja, ouvi uma mensagem do Evangelho e não saí mais.

Qual era a importância da família?
Meu pai era lavrador, trabalhava na roça. Fui estudar depois de velho. Mas me formei em Contabilidade, Publicidade e Propaganda, Teologia.

E a paixão pela comunicação, pois você começou a estudar Relações Públicas e mudou para Publicidade e Propaganda. Como surgiu?
Acho a comunicação maravilhosa. Lá tive contato com a Semiótica, que é um estudo sobre o papel dos objetos e os signos na sociedade. Para o pastor isso é ótimo! A Semiótica consegue o significado das coisas...

Como está a Igreja Presbiteriana do Brasil na cidade?
Estamos passando por um processo de estruturação. Quero fazer do espaço da igreja um espaço também social, onde, durante a semana, funcione oferecendo vários cursos de capacitação gratuita à população. Sonho também em trazer a Universidade Mackenzie para cá, perto de 2014, 2015. Nada de ônibus levando universitários para Sorocaba ou Itu. Que tenhamos estudo com qualidade aqui.

O projeto da escola, como surgiu?
Há seis anos, o compromisso da Mackenzie é voltado para mais uma opção: a escola cooperativa. O custo da escola cooperativa ainda não chegou ao objetivo. Uma escola cooperativa tem o custo baixo com um número grande de adesão. Estamos crescendo. Temos o ensino fundamental 1 e 2.

Há uma ampliação do ensino?
Estamos dividindo as turmas, a partir desse ano teremos 90 alunos de manhã e 90 à tarde. Até 2014 o objetivo será ter até o ensino médio da rede Mackenzie.
Há um diferencial na rede?
Meus filhos estudam lá. Posso falar que o diferencial é o sistema de ensino e o número de alunos por sala. São 14 crianças por turma e o professor pode oferecer um ensino particular. Outro fato é que cada pai passa a ser um administrador da escola. É um cooperado. Eles têm direito a voto, participação em todas as ações tomadas.

Qual a missão da escola?
Buscar a excelência no ensino com excelência.

Existe uma metodologia diferente?
Os professores têm livros encadernados. Assim como os alunos. Permite ao professor trabalhar de forma livre, mas há sempre um princípio por traz de cada tarefa. Essa liberdade permite que tudo seja discutido entre aluno e professor.

Em ano eleitoral, como você avalia a cidade?
Houve uma evolução. Vejo a cidade de forma positiva. Não acompanho muito a política e procuro ver o bem comum, além de partidos. Cheguei em 2004 e já vi muita mudança. Acredito que muitas coisas boas e positivas foram feitas.

O que você espera do futuro?
Que tudo continue a crescer e a seguir um bom caminho. Melhorar! Noto que falta um pouco de profissionalização. É preciso mais profissional conceituado para que não precisemos de outras cidades. A população precisa acompanhar o crescimento, que é rápido. Você encontra muitos desafios ao trabalhar com as pessoas. Hoje, o meu maior sonho dentro desse projeto que realizamos é ver a Igreja atuante na sociedade. Com uma missão e como missionária. Quero trazer a universidade Mackenzie para cá. Esse é meu sonho, é grande, mas para Deus é possível.



sábado, 21 de janeiro de 2012

Creches recebem nomes para vagas

BLOG O MURAL: Em 2012, um novo sistema de lista para vagas nas creches municipais está sendo implantada. Agora, os nomes cadastrados nas unidades dos bairros serão encaminhados a Secretaria de Educação, que ficará responsável pela administração dos nomes em espera. Antes, os nomes eram cadastrados na secretaria e de lá partiam para vagas disponíveis.
Segundo a secretaria, para reservar a vaga é preciso ir até a unidade (no bairro em que você reside). Lá, será necessário informar o nome da criança, nome da mãe e um telefone para contato. A matrícula será feita mediante a apresentação dos documentos pedidos pela escola.
Informações:
Secretaria de Educação: (15) 3262-4901

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O que se previa aconteceu cedo demais


As declarações da participante Monique, do programa da TV Globo Big Brother Brasil, feitas para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, de que não se lembra do que se passou na noite anterior, junto com o vídeo onde o participante Daniel, agarra ela sem que ela corresponda, enquanto ele faz movimentos sexuais debaixo do edredon, é suficiente para indiciar como estupro de vulnerável.

Pouco importa se houve só bolinação ou conjunção carnal, pois bolinação é ato libidinoso.

O estupro de vulnerável não é o estupro violento. É quando a pessoa não tem capacidade de discernir o ato ou não pode oferecer resistência. Está descrito no artigo 217-A do código penal.

CAPÍTULO II

DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Boa noite, Cinderela

Os acontecimentos lembram o golpe conhecido como "Boa noite, Cinderela", onde a vítima é dopada para ficar desacordada durante o estupro.

Como deixei claro no outro posteA contra gosto de poucos como este colunista, o BBB foi se transformando em uma atração em que o sexo é a viga-mestra com exceção talvez do 1° e 2°. Aliás, a versão brasileira da franquia televisiva da holandesa Endemol é de longe a que mais se escora no voyeurismo, o que torna inevitável a erotização precoce das crianças porque elas não conseguem escapar do programa mesmo se os seus pais quiserem impedir – e muitos não querem, até pela filosofia educacional que adotam.

BLOG O MURAL: Via Blog do Josias no UOL.COM.BR. A ministra Iriny Lopes (Política para as Mulheres) enviou um ofício ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Na peça, remetida na tarde desta segunda (16), pede que sejam adotadas as “providências cabíveis” para esclarecer a suspeita de estupro no BBB 12.


O caso surgiu na madrugada de domingo. Cenas levadas à web açularam a suspeita de que Daniel, um dos participantes do reality show da TV Globo, teria mantido relações sexuais não-consentidas com outra personagem do programa, Monique.


No vídeo, Monique parece estar desacordada. Só Daniel se movimenta sob o edredom. Em nota divulgada na página eletrônica da Secretaria de Políticas para as Mulheres, pasta que pende do organograma da Presidênca, informa-se o porquê do pedido da ministra.


Atribuiu-se a providência a solicitações externas: “O ofício foi elaborado com base em demandas encaminhadas por cidadãs de várias cidades brasileiras à Ouvidoria da Secretaria de Políticas para Mulheres, pedindo providências.”


O texto não informa a origem dos pedidos. Tampouco menciona a quantidade. Anota que a secretaria “tomou conhecimento de que a Polícia Civil do Rio já se mobilizou em torno do caso”.
De fato, a polícia abriu nesta segunda um inquérito. Vai-se apurar a suspeita de abuso sexual. Monique foi chamada pela produção do BBB a um recinto batizado de “confessionário”. Inquirida, disse não se lembrar de ter mantido relações sexuais com Daniel.


O áudio da inquirição de Monique vazou na rede. Não é possível ouvir as perguntas. Mas as respostas soam claras. Quem ouve conclui: se houve sexo, não foi consentido. “Só se ele foi muito mau caráter de ter feito comigo dormindo”, diz ela a certa altura.






segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Desportivo Brasil: dobradinha em campo

BLOG O MURAL: Time vence duas últimas partidas e segue firme na competição
O Estádio Ernesto Rocco, no Jardim Vante, está movimentado. É a Copa São Paulo que está atraindo jogadores, fãs, familiares e amigos para assistir as partidas de futebol. No dia 10, o time portofelicense disputou contra o Atlético Mineiro, e venceu pelo placar de 2 a 0, na 3ª rodada do campeonato.
Já no dia 7, quem enfrentou o DB foi o CRB/Alagoas. Na 2ª rodada, o placar marcou 3 a 0 para o time da casa.
Incentivando o esporte e comparecendo aos eventos, o vereador Urias de Oliveira (PT), apóia e incentiva o campeonato. “O esporte é uma maneira rápida de incentivar a saúde entre os jovens. Acho importante que haja interação entre os clubes e os torcedores”, diz.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Neri: não entramos no século 21, mas saímos do 19

BLOG O MURAL: Embora se possa ter diversas diferenças quanto à avaliação dos componentes determinantes do desenvolvimento brasileiro nos anos recentes, a entrevista do economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, à Carta Capital, expõe com clareza e de forma impactante o impacto deste processo na vida do país. Já nosso estado tirou pouco proveito disso ou quase nada.
 


Ao ler a entrevista pude perceber o quanto nosso estado esta perdendo em não implementar política de distribuição de renda, mas a tempo de mudar essa situação. É só mudar a maneira de enxergar o estado e mudar também seus governantes afinal estão no comando a mais de 16 anos.
Merece, portanto, ser transcrita na íntegra.

CartaCapital: Quais os principais números da recente onda de inclusão social no País?
Marcelo Neri: Desde o lançamento do Plano Real até dezembro de 2010, no fim da década passada, a pobreza caiu 67%. Desde o governo Lula, caiu 50,6% nos dois mandatos. Lula fez 25 anos, ou seja, a meta do milênio de reduzir a pobreza à metade, em oito anos. E desde quando Fernando Henrique era ministro da Fazenda reduziu 31%. Então, caiu 31% e, depois, 50%, o que dá 67% de queda, dois terços da pobreza no Brasil. O primeiro passo foi o controle da inflação, e o investimento pesado em educação lá atrás. Em 1990, o Brasil tinha 16% das crianças de 7 a 14 anos fora da escola. Em 2000, tinha 4%. Agora tem menos de 2%. Na década passada, houve redução da desigualdade e mais emprego formal, com carteira assinada. Na minha visão, são os dois maiores méritos de cada década (de 1990 e 2000). A desigualdade e o emprego com carteira são bastante influenciados tanto pela estabilização quanto pela educação. E, obviamente, também devido a uma política social ativa. O Bolsa Família talvez seja o maior exemplo e descende também lá do Bolsa Escola. Então teve uma continuidade interessante, macroeconomicamente, em política social, em educação… Até o primeiro mandato de Lula a gente não andou para frente em educação, mas no segundo mandato retomamos a agenda de educação, que foi além com Fernando Haddad.

CC: Quais os avanços mais recentes?
MN: Em 2010, para se ter ideia, a pobreza caiu 16%, foi algo espetacular. Também porque foi ano eleitoral e de saída da crise. Aqui, a crise, por sinal, não foi tão forte, mas ela aconteceu. O Censo acabou de confirmar: a renda dos 50% mais pobres cresceu 68%, entre 2000 e 2010. A dos 10% mais ricos cresceu 10%. Desde 2003, no primeiro ano do governo Lula, a gente mudou de patamar em geração de emprego. Já em 2004, inclusive, e veio acelerando. A gente, que vivia no voo da galinha, ano bom, ano ruim, conseguiu ter vários anos bons de crescimento – não excepcionais. Mas anos excepcionais em redução de desigualdade. Outro dado importante é que 39 milhões de pessoas subiram à classe C. O Brasil tem um pouco um espírito de Ayrton Senna, anda bem debaixo das chuvas e trovoadas internacionais.

CC: Como andou a desigualdade nos países centrais nas últimas décadas?
MN: Aí há algum paradoxo. Dentro dos países a desigualdade aumentou. Em todos os países europeus ela também aumentou, desde 1985, com exceção de França e Bélgica. Nos Estados Unidos, ela vai aumentando desde a era Reagan.

CC: E não parou mais de crescer?
MN: Não para de aumentar. O protesto em Wall Street, por sinal, é baseado nessa situação. Na Índia e na China, está crescendo muito a desigualdade. E em outros países emergentes também, menos nos latino-americanos, o que é realmente um dado novo. E o Brasil está dentro desse contexto latino-americano. Então existe certa convergência da desigualdade no mundo: quem tinha muita passou a ter menos, como nós da América Latina. E quem tinha meno , como a Europa e mesmo os Estados Unidos, embora não tão menos, bem mais do que a Europa, aumentou.

CC: Voltando ao Brasil, qual segmento social ficou para trás?
MN: A renda em São Paulo, de 2000 a 2009, cresceu 7,2% (em termos reais per capita). A renda no Nordeste cresce 42%. Em Sergipe, estado em que mais cresceu, o aumento foi de 58%. No campo a renda cresceu 49% e nas metrópoles, 21%. Entre as mulheres aumentou 38% e entre os homens, 16%. Para os negros 43%, ante 21% para os brancos. Entre analfabetos cresceu 47%. Para as pessoas com pelo menos o superior incompleto caiu 17%. Ou seja, para todo mundo que é pobre cresceu a renda. O que é difícil para nós que não estamos na base percebermos. A gente olha e fala: a renda desse cara era de 300 reais, agora é de 500, mas o que mudou? Para o cara é uma revolução, e é realmente. Essa redução da desigualdade é a grande marca brasileira dos últimos dez anos. E ela continua, não tem nenhum sinal de que desacelerou. Pode até parar (de cair) com a crise, como parou em 2009, mas voltou, não andou para trás. Obviamente ainda será preciso ver os dados da crise atual.

CC: Os que ficaram para trás são da chamada classe média tradicional?
MN: Acho que sim, essa é uma boa classificação. Quem era classe média tradicional, perdeu. Acho que o Brasil dos últimos anos é o seguinte: boas e más notícias. A boa é que a desigualdade caiu. A má notícia é que a classe média tradicional não entrou na festa. O espetáculo do crescimento é só a preços populares, é um pouco isso. Não tenho essa visão de muita gente que diz que o Brasil entrou no século XXI. A gente está saindo do século XIX, é uma abolição da escravatura retardada. Está saindo de um país muito desigual muito rápido, mas recuperando um atraso grande.

CC: O que explica isso?
MN: Foi uma queda do retorno da educação. Por que a renda cresce na base da pirâmide? Pense no filho do peão. O pai dele era analfabeto ou analfabeto funcional. Ele foi lá, estudou, chegou ao ensino médio e não quer ser peão como o pai. Aí a demanda por pessoas pouco educadas aumentou muito. Tem mais gente com ensino médio, chegando ao ensino superior, com qualidade questionável da educação, é verdade, mas tem mais concorrência. Quem tem um diploma deixou de ser tão valorizado. E quem não tem diploma passou a ser valorizado porque são poucos, e tem muito trabalho braçal. Então tem o fator educação e o fator programas sociais. É o dinheiro para as pessoas lá na base, o Bolsa Família.

CC: Qual a sua expectativa em relação ao reajuste do salário mínimo, válido a partir de 1° de janeiro?
MN: O efeito do mínimo é pequeno no combate à desigualdade. Sou muito mais fã do Bolsa Família. E crítico do salário mínimo. Até mostrei, 16 anos atrás, o importante papel que o salário mínimo teve para reduzir a pobreza depois do Real. Mostramos que a queda de 40% da pobreza foi no mês que o salário mínimo teve um forte reajuste, maio de 1995. Só que esse efeito foi embora. E agora claramente o Brasil vai entrar em um ano em que deveria fazer algum”dever de casa” nas contas públicas, mas pegará o efeito do Pibão (crescimento de 7,5% do PIB) de 2010 e automaticamente jogar para o salário mínimo de 2012. Não é uma fórmula razoável, acho inclusive que os analistas econômicos aceitaram alguma coisa muito ruim para o País. Tem um efeito desastroso nas contas e não tem um efeito tão positivo sobre a desigualdade.

CC: O Bolsa Família continuará relevante?
MN: Quem tem preocupações fiscais deveria gostar do Bolsa Família. Acho que a gente está com uma nova geração, até tenho participado aqui no Rio e em Curitiba do desenho de programas complementares ao Bolsa Família, que usam o cadastro único do Bolsa Família. Aqui no Rio existe o Família Carioca, um programa municipal que atende 500 mil famílias, criado pela Claudia Costin, que é excepcional, com avaliações bimestrais. Criamos um prêmio para os alunos pobres que melhorarem a nota. E estamos começando a ver os resultados. E são resultados interessantes. O governo do estado está fazendo a mesma coisa. Isso é o que eu gosto de chamar de um novo federalismo social, com vários níveis de governo começando a atuar na área de educação, com metas de educação. O Brasil tem efervescência, somos uma democracia vibrante… Veja lá nos países árabes, eles estão numa transformação, mas é uma transformação bélica, traumática. Veja a Europa, mesmo antes da crise… Aqui no Brasil a gente está com esperança, é uma sociedade em movimento. Morei há 30 anos na Africa do Sul e tive oportunidade de voltar lá recentemente. E tive exatamente a mesma sensação lá, embora haja problemas bem complicados. Talvez esse seja o aspecto mais fascinante de morar no Brasil atualmente.

CC: Quais os maiores riscos em termos objetivos para a luta contra a desigualdade?
MN: Não fazer as reformas. O Brasil gerou muito emprego formal. Mas imagine se a gente tivesse uma legislação trabalhista mais ajeitada. Porque o Brasil tem um Estado grande e há uma preferência da população por isso. Acho que o Brasil está optando por um caminho do meio, mesclando Estado com iniciativa privada, respeito a contratos, fazendo uma política ativa. Agora se a gente usar essa rede do Estado para prover serviços bons, de forma transparente, além de todo esse problema da corrupção que a gente tem de resolver. De alguma forma estamos encaminhando isso, a sociedade está. Vai depender da nossa capacidade de superar obstáculos.

Big Brother Brasil, querendo ou não ele entra na sua vida


Foto Google. Pedro Bial apresentador do programa

BLOG O MURAL:  Desde que a Trafic veio para nossa cidade todo mês de janeiro, Porto Feliz tem ao menos duas certezas: a primeira é de que a cidades será a sede da Copa São Paulo de Futebol Junior e os nossos meninos e meninas ficam eufóricos, comum na adolescência que é saudável, pois esporte é saúde e tira nossos meninos da frente da televisão por alguns míseros dias. Foi o que vi na abertura da copinha no novo estádio Ernesto Rocco.

A segunda e não tão saudável assim é “Big Brother” queiram as pessoas ou não, e só conseguirão se esconder do Big Brother Brasil saindo do país e abolindo qualquer contato com parentes, amigos, colegas de trabalho e com o noticiário, ou seja, se isolando do mundo. Talvez o Alaska.


Essa invasão irrefreável de sua vida se deve à inabalável persistência da Globo em um programa que, além de só piorar a cada edição, jamais muda de formato. Aliás, esse talvez seja o pior defeito – entre muitos a escolher – não só do BBB, mas das telenovelas: a insuportável repetição de enredos.

Novelas ainda têm enredos, mas o Big Brother deveria ser a antítese delas devido à suposta imprevisibilidade do que poderiam fazer os “brothers”, ou seja, os jovens – alguns nem tanto – confinados à “Casa” – a multimilionária instalação cenográfica que, pelo 12º ano – a país que esse mesmo programa não passou da 2ª edição – abrigará a atração global. Todavia, devido à repetição do “perfil da Globo” – leia-se corpo sarado – dos participantes, as situações acabam sendo sempre as mesmas, como nas telenovelas.


Contudo, pessoas dotadas de conteúdo intelectual não são as melhores para protagonizar as “baladas” nas quais aquela juventude se entrega ao alcoolismo, ao ridículo e ao comportamento vulgar, sobretudo das garotas, muitas das quais se exibem para o país de forma intensamente degradante – trôpegas e embriagadas, estimulando o consumo de álcool entre os jovens – lembre-se alcoolismo porta de entrada de outras drogas, as não licita.


Nada contra a sensualidade, aliás. Estamos em pleno século XXI. Todos gostam de ver pessoas bonitas, desde que o conceito de beleza não exclua certas etnias dos participantes. Além disso, o envolvimento sensual que o clima de confinamento necessariamente acaba exacerbando em jovens com hormônios em ebulição a flor da pele é inevitável.


A contra gosto de poucos como este colunista, o BBB foi se transformando em uma atração em que o sexo é a viga-mestra com exceção talvez do 1° e 2°. Aliás, a versão brasileira da franquia televisiva da holandesa Endemol é de longe a que mais se escora no voyeurismo, o que torna inevitável a erotização precoce das crianças porque elas não conseguem escapar do programa mesmo se os seus pais quiserem impedir – e muitos não querem, até pela filosofia educacional que adotam.


Mesmo que as crianças não possam assistir ao BBB em casa, assistem em celulares e computadores de outras crianças na escola ou nas casas dos colegas, ao visitá-los. Para os responsáveis por crianças que não querem ver assistindo a cenas degradantes de embriaguês ou de sexo, não há forma de impedi-las.


É fato incontestável, portanto, que não há forma de impedir que, ano após ano, o BBB vá erotizando precocemente as nossas crianças. E um sintoma dessa erotização é a produção que está surgindo de sutiãs para garotas de oito ou dez anos que crescem vendo “exemplos” de moças esculturais caindo de bêbadas e sendo “traçadas” ao vivo e em rede nacional.


Em países em que a comunicação tem regras, como nos Estados Unidos ou na Europa, não se permite essa erotização compulsória da infância e da juventude. O BBB, portanto, apesar de também ser inevitável em outras partes do mundo devido à tecnologia e à inserção social, nesses países não as envolvem nessa teia de mediocridade, luxúria e burrice.


O que se permite à Globo pôr na televisão aberta durante as edições do BBB, não se permite a tevê alguma em países em que crianças e adolescentes são considerados patrimônio da nação em vez de, apenas, consumidores.


Dessa maneira, prepare-se: converse muito com seus filhos e netos pequenos durante os próximos dois ou três meses. Explique que nem sempre o que se vê na televisão deve ser imitado. Critique, com serenidade e seja didático, a situação das moças que hipotecam a própria dignidade, o uso indiscriminado de álcool e outros comportamentos reprováveis.


Tente saber o que as crianças sabem dessa “atração” nefasta. Descubra o que viram e tente dirimir suas inevitáveis dúvidas, mostrando o que há de ruim em certos comportamentos. Não deixe de fazer isso porque, querendo ou não, vem aí o BBB, e ele entra em sua vida e na de seus filhos, netos etc. Sob as barbas das autoridades.


Na foto la encima o Bial avisa fiquem de olho.

Assista o video abaixo e ouça você mesmo o que diz o pintor Antonio Veroneze sobre o assunto BBB e a Masturbação das meninas brasileiras.






sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A diferença entre Dilma e Alkimin é profunda

BLOG O MURAL: Na solenidade do Minha Casa, Minha Vida, em São Paulo 400 mil moradias em cima de 2 milhões” – , a Presidenta disse, segundo o Estadão, na pág. A8:


“Podemos ter nossas divergências (ao se dirigir ao governador tucano Geraldo Alckmin) eleitorais, mas, terminadas as eleições, essas divergências deixam de existir”.


“O que mostra a maturidade do Brasil é essa relação que nós conseguimos estabelecer, independentemente de origem partidária, credo político e religioso ou opção futebolística,” disse a Presidenta.


Recebi alguns comentários marotos no ultimo post sobre o convenio assindo por Dilma e Alkimim, mas dos poucos leitores deste blog, questionaram - me, se a presidenta tinha noção do que ela faria ao governo do PSDB, outros me atacando que o governo do PT tem mais é que ajudar afinal está no poder do Brasil, outros me dizem que o PT e PSDB são iguais – opa! Espera aí isso não! Iguais! Onde eles são iguais? Devolvo a pergunta


“Dilma diz (sic) que diferenças com oposição são só ‘eleitorais’.”


As diferenças entre a Dilma e o Alckmin, entre o PT e o PSDB são profundas, além de “eleitorais”. Eu vou reforçar mostrando algumas da muitas diferenças do PT para o PSDB, com ajuda de PHA do blog conversa afiada.


E elas se concretizam nas eleições. As divergências ficam claras, ali. Nas três ultimas eleições presidenciais, por exemplo.


Os tucanos ficam ao lado da Privataria.


O PT, Lula e a Dilma, contra.


Os tucanos acham o Bolsa Família o Bolsa Vagabundagem.


O Lula e a Dilma ampliaram o Bolsa Família e, agora, criaram o Brasil sem Miséria.


O Lula e a Dilma fizeram e fazem um Governo para criar uma ampla classe média.


O Governo do Cerra/FHC acentuou a desigualdade de renda e, quando deu emprego, deu emprego informal.


Cerra e FHC achataram o salário mínimo.


Dilma e Lula tem a mania de dar aumento real ao salário mínimo.


Cerra e FHC foram, de joelhos, três vezes ao FMI.


Lula saiu do FMI e agora empresta ao FMI.


Para ficar numa diferença atual, contemporânea.


Os tucanos de São Paulo enfrentam a tragédia do crack com balas e tiros.


Como o Cerra enfrentou os estudantes, professores e policiais grevistas.


E tem o “liberou geral” do jenio do FHC, que ate o momento ta num silêncio estrondoso sobre a ação do Alkim PSDB e Kassab PSD na cracolândia.


A Dilma tem um plano nacional de enfrentamento do crack, que dá ênfase ao tratamento e à recuperação. Sem tiro.


Terminada a eleição, sobrevém o espírito republicano – a integração entre programas federais e estaduais, em benefício do povo.


O que não acontecia quando o Padim Pade Cerra governou (?) São Paulo e boicotou o ENEM, o SAMU, o Pro Uni e fez corpo mole com o Minha Casa, Minha Vida, para esconder a Dilma.


Para os que não em entenderam fica a dica “Civilidade” não significa “identidade” espírito “republicano“ não significa “adesão”.


Como demonstrou Ricardo Amaral – clique aqui para ler e ver a entrevista na Record News -, no livro “A vida quer é coragem”, a presidenta Dilma sempre teve um lado. É o lado do Lula e do PT.


Do outro lado estão o Cerra, o FHC e o Alckmin o que as eleições demonstram de forma eloquente. E se agarrando neles vem a turma do PPS e DEM.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Dilma e Alckmin celebram convênio habitacional



 BLOG O MURAL: O PT sempre disse que faria um governo republicano sem olhar o partido que pertence o governador e a nossa presidenta Dilma cumpre o prometido ao assinar o convenio com o governador do Estado de São Paulo para perplexidade de parte do tucanato e irritação de pedaços do petismo.


Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin firmaram mais um convênio. Envolve a construção de casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Eram 97 mil casas. Mas Dilma arredondou a conta.


“Essa é a grande novidade de hoje. Nós não vamos fazer 97 mil governador, porque 97 é conta quebrada. Vamos fazer 100 mil unidades. As 3 mil nós assumimos”, disse a presidente ao discursar.


Serão investidos R$ 8 bilhões. O grosso do dinheiro virá da União: R$ 6,1 bilhões. O resto será provido pelo governo de São Paulo. Estima-se que as casas serão entregues em 2015 a famílias com renda mensal inferior a R$ 1,6 mil.


A harmonia administrativa que permeia o relacionamento de Dilma e Alckmin surpreende positivamente. Os interesses da clientela prevalecem sobre a desarmonia política de PT e PSDB e o palco principal e a cidade de São Paulo que terá eleições este ano


O que esperamos que o governador use da mesma grandeza e trate as cidade do Estado de maneira republicana também e claro contemple Porto Feliz, mandando para nós as casas do minha casa minha vida. Via Blog do Josias.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Porto Feliz está entre as 10 cidades que mais receberam investimentos

BLOG O MURAL: O município de Porto Feliz está entre as dez cidades que receberam os maiores investimentos de grandes empresas no Estado de São Paulo no ano de 2011, de acordo com balanço feito pela Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade - Investe São Paulo. No ranking, a cidade aparece inclusive à frente de grandes municípios da região como Jundiaí e também da região de Campinas, como Americana.

O investimento que colocou Porto Feliz em destaque pelo Investe São Paulo foi feito pela multinacional americana Cooper Power Systems, do setor eletroeletrônico, que irá investir R$ 40 milhões em Porto Feliz e prevê a geração de até 1.200 empregos diretos e indiretos.

Para o prefeito Cláudio Maffei, o resultado divulgado pela agência é fruto da política de desenvolvimento criada no município nos últimos anos, com foco na atração de novos investimentos, desde pequenos empreendedores até grandes empresas.

O Secretário de Desenvolvimento Social e Sustentável, João Carlos Esquerdo Junior, destaca outros empreendimentos instalados no município nos últimos anos. “Porto Feliz exerce um papel de destaque na região administrativa de Sorocaba e confirma seu grande potencial econômico e político para atração de empresas. Recebemos diversos novos empreendimento como, por exemplo, Aços Macom, Hotel Fasano, Shopping Porto Plaza, Viva Fruts Brasil, Aluer, Torata, Servon Rios, Winner Horse, Cerâmica Incerbras, Loca Espaço, Cotelav, Portal dos Bandeirantes II, Fazenda Boa Vista, Academia Traffic de Futebol, também tivemos o anúncio de novos investimentos da Lanxess, entre outros”, detalha Esquerdo.

“Desde o início de nosso governo em 2005, inúmeras empresas se beneficiaram com nossos incentivos fiscais. Somente nos últimos dois anos, mais de 100 empresas de pequeno e grande porte se instalaram em nosso município”, prossegue o secretário.

Atrativos

Fabricante de equipamentos de média e alta tensão, a Cooper Power Systems expandirá suas operações no Brasil com a nova unidade que será instalada em Porto Feliz. A compra da área localizada no km 125 da rodovia Marechal Candido Rondon foi efetivada no mês de dezembro.

O presidente da Investe SP, Luciano Santos Tavares de Almeida, destacou os atrativos da cidade para receber o empreendimento. “A cidade possui um conjunto de facilidades, desde logística para o escoamento da produção, até a disponibilidade de mão de obra qualificada na região. O apoio da prefeitura local também foi fundamental”, afirmou o presidente em nota divulgada no site da agência.

A Cooper Power Systems, que gerou receita de aproximadamente US$ 1,2 bilhão em 2010, é uma divisão da Cooper Industries. A empresa produz equipamentos elétricos, componentes e sistemas que fornecem energia elétrica para residências, indústrias, empresas e instituições.

Emprego

Em 2011, dados do Ministério do Trabalho mostraram que Porto Feliz ficou no topo do ranking dos municípios de pequeno e médio porte que aumentaram a oferta de emprego na região de Sorocaba. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do MTE, foram gerados 953 novos empregos com carteira assinada nos meses janeiro e maio de 2011 – um aumento de 9,3%.

Fonte: Itu.com.br


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Votou no PSDB? Ah! que dó! Pedágios em SP ficam mais caros após nova política de reajustes


BLOG O MURAL: Uma nova política para unificar o reajuste dos pedágios vai tornar o valor das tarifas ainda mais alto neste ano. O governo do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) mandou publicar ontem alterações nos contratos de concessão das rodovias que mudaram o índice de inflação usado para calcular os aumentos. Só que o novo indicador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está mais alto do que o antigo, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).


A troca de índices havia sido anunciada em junho do ano passado.

Acontece que o IGP-M acumulado dos últimos 12 meses na época do anúncio era de 8,64%, enquanto o IPCA, que seria usado, era de 6,71%. De lá para cá, no entanto, o IPCA tem subido mais do que o outro indicador. Em dezembro, o acumulado anual do IPCA foi de 6,56% e o IGP-M, de 5,09%. Com o índice novo, caso mantida a diferença, o aumento das tarifas será maior do que com o índice antigo.

A assinatura dos termos aditivos nos contratos de concessão ocorreu entre o anúncio da nova regra, em junho, e o restante do ano passado. Ontem, com os 19 contratos de concessão corrigidos, foi feita a publicação da mudança de índices no Diário Oficial do Estado – o que tornou a negociação válida.

A diferença dos índices acontece porque cada um deles dá pesos diferentes para produtos da cesta básica e tarifas públicas, por exemplo. O IPCA é o índice oficial de inflação do País. Já o IGP-M é geralmente usado para corrigir tarifas públicas.

Redução. O sobe e desce dos dois indicadores econômicos é uma dificuldade a mais para ser cumprida a promessa de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de reduzir o valor dos pedágios. Mas, segundo a Artesp, “não está em pauta nova renegociação para mudança de índice de reajuste da tarifa”.

A agência afirma, em nota, que o objetivo da mudança é adotar “um fator de reajuste mais próximo da realidade dos usuários” e uniformizar o índice entre todas as concessionárias das rodovias paulistas. “A adoção de um índice único é uma resposta às aspirações dos usuários e faz parte de uma ampla negociação entre o governo e as concessionárias.”.

A tá, agora entendi, então fica assim sobem-se os pedágios e alega-se que para ajudar os cidadão a tem um unico reajuste para todas as praças de pedágios, que bom governador, que generosidade!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Em casa: Desportivo empata com Criciúma em estréia

BLOG O MURAL: Abrindo o ano, e a rodada do campeonato Copa São Paulo 2012, os meninos do Desportivo Brasil estiveram em campo no dia 4 de janeiro, enfrentando o Criciúma. O jogo foi realizado no Estádio Ernesto Rocco, no Jardim Vante. Lá, mais de duas mil pessoas compareceram ao espaço e contaram com a presença do prefeito Cláudio Maffei, os vereadores Urias de Oliveira, Roberto Brandão e Andréa Matos (PT).

No primeiro tempo, Júnior marcou o primeiro gol para Porto Feliz. Mas empatou no segundo tempo, com Baiano. Alguns minutos depois, saiu o segundo ponto para o DB. O gol de empate foi feito por Maike, aos 35 minutos.
Agora, as equipes estão com um ponto na tabela do Grupo R.

O torneio é organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), e conta com apoio da prefeitura, Guarda Municipal e vereadores. “O evento é muito bom para Porto Feliz. Ele gera receita ao comércio, traz prestígio e ajuda a divulgar a nossa história local, valorizando a cidade e os cidadões”, diz o vereador Urias. “Incentivamos o esporte e os jovens ficam eufóricos para assistir os jogos e, é claro, ser um bom jogador. Só o fato de um menino querer ser jogador de futebol é sinal de que o esporte está presente na sua vida e com isso ele não se desviará para a vida do crime. Terá, mesmo não sendo profissional, uma vida com mais saúde, pois a prática do esporte é saúde.”

SENAI está com vagas abertas para 2012. Confira!

BLOG O MURAL: A escola Cemip Senai Roberto Moreau está com turmas abertas para o primeiro semestre de 2012. Serão mais de 15 cursos pagos e um gratuito oferecido aos interessados. Confira:

- Assistente Administrativo

- Assistente Recursos Humanos

- Auxiliar de Departamento Pessoal

- Recepcionista

- Assistente de Controle de Qualidade

- Interpretação de Normas

- Auditor Interno

- Ajustador Mecânico

- Desenho Técnico Mecânico

- Controle Dimensional

– Solidworks

- Programador de Produção

- Auxiliar de Produção

- Auxiliar de Logística

- Eletrecista Instalador

- NR10 Serviços Elétricos

- Comandos Elétricos

- Operador de Empilhadeira

- Costura (gratuito)

Informações: (15) 3261-5351

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Eduardo Galeano: Jovens assistem à política “como se fosse um circo”




BLOG O MURAL: Carta Maior: A ordem criminosa do mundo e suas consequências no futuro da Europa e América.

Em novembro de 2008, a TVE (Espanha) exibiu um documentário intitulado “A ordem criminosa do mundo”. Nele, Eduardo Galeano, Jean Ziegler e outras personalidades mundiais falam sobre a transformação da ordem capitalista mundial em um esquema mortífero e criminoso para milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de três anos depois, o documentário permanece mais atual do que nunca, com alguns traços antecipatórios da crise que viria atingir em cheio também a Europa. Reproduzimos aqui o vídeo, legendado em português, e algumas das principais afirmações de Galeano e Ziegler:

“Os verdadeiros donos do mundo hoje são invisíveis. Não estão submetidos a nenhum controle social, sindical, parlamentar. São homens nas sombras que procuram o governo do mundo. Atrás dos Estados, atrás das organizações internacionais, há um governo oligárquico, de muito poucas pessoas, mas que exercem um controle social sobre a humanidade, como jamais Papa algum, Imperador ou Rei teve”. (Jean Ziegler)

“O atual sistema universal de poder converteu o mundo num manicômio e num matadouro” (Eduardo Galeano).

“O capital financeiro percorre o planeta 24 horas por dia com um único objetivo: buscar o lucro máximo. A globalização é uma grande mentira. Os donos do grande capital que dirigem o mecanismo da globalização dizem: Vamos criar economias unificadas pelo mundo inteiro e assim todos poderão desfrutar de riqueza e de progresso. O que existe, na verdade, é de uma economia de arquipélagos que a globalização criou” (Jean Ziegler).

“Há três organizações muito poderosas que regulam os acontecimentos econômicos: Banco Mundial, FMI e OMC; são os bombeiros piromaníacos. Elas são, fundamentalmente, organizações mercenárias da oligarquia do capital financeiro invisível mundial” (Jean Ziegler).

“Eu não creio que se possa lutar contra a pobreza e criar uma estratégia de luta contra a pobreza sem lutar contra a riqueza, contra os ricos, pois os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres” (José Collado, Missionário em Níger).

“Todos os dias neste planeta, segundo a FAO, 100 mil pessoas morrem de fome ou por causa de suas consequências imediatas” (Jean Ziegler).

“Hoje as torturas são chamadas de “procedimento legal”, a traição se chama “realismo”, o oportunismo se chama “pragmatismo”, o imperialismo se chama “globalização” e as vítimas do imperialismo, “países em vias de desenvolvimento. O dicionário também foi assassinado pela organização criminosa do mundo. As palavras já não dizem o que dizem, ou não sabemos o que dizem” (Eduardo Galeano).

“Se hoje eu digo que faz falta uma rebelião, uma revolução, um desmoronamento, uma mudança total desta ordem mortífera e absurda do mundo, simplesmente estou sendo fiel á tradição mais íntima, mais sagrada da nossa civilização ocidental. O nosso dever primordial hoje deve ser reconquistar a mentalidade simbólica e dizer que a ordem mundial, tal como está, é criminosa. Ela é frontalmente contrária aos direitos do homem e aos textos fundacionais das nossas civilizações ocidentais” (Jean Ziegler).

“A primeira coisa que devemos fazer é olhar para a situação de frente e não considerar como normal e natural a destruição, por exemplo, de 36 milhões de pessoas por culpa da fome e da desnutrição. Se houvesse uma só morte por fome em Paris haveria uma revolta. De nenhum modo devemos permitir que as grandes organizações de comunicação nos intimidem, nem as fábricas das teorias neoliberais das grandes corporações, pois todas as corporações se ocupam, primeiro, de controlar as consciências, de controlar como podem a imprensa e o debate público” (Jean Ziegler).

Alô, “Cansei”. Vai ter passeata contra Alckmin?


  BLOG O MURAL: Dora Jr., com Serra: aguarda-se seu protesto indignado contra Geraldo Alckmin


Há quatro anos, a elite paulista lançou o movimento “Cansei”, que tinha como eixo a reclamação contra os impostos. Aliás, a queixa contra tal carga tributária – a qual FHC diz ser “choradeira” – sempre é personagem da tucanagem e da turma do DEM.
Portanto, se são sinceros, os nossos amigos visitadores do “impostômetro”,  como Serra e outros, deveriam promover a expulsão do Governador Geraldo Alckmin. Vamos esperar com ansiedade as colunas dos comentaristas econômicos revoltados.
Porque hoje o Estadão publica que o Governo de São Paulo, em plena crise mundial e no momento em que a presidenta Dilma reduz a alíquota de IPI de diversos produtos, para favorecer o consumo:

O Estado de São Paulo vai na contramão do governo federal e elevará os impostos estaduais de eletrodomésticos e eletrônicos em 2012. O aumento de tributos será feito de forma indireta. O governo aprovou no último dia 27 uma nova tabela do IVA (Índice de Valor Agregado), que serve de base para o cálculo do ICMS no regime de substituição tributária. Para a maioria dos produtos, os novos valores entram em vigor amanhã.
Dos 90 itens contemplados pela mudança, 76 deles terão elevação do imposto estadual. Entre eles estão fogão, geladeira, celulares, micro-ondas, TV de tubo e plasma. Alguns componentes terão redução de imposto – 14 no total, entre eles, câmeras digitais e TVs de LCD. Em média, os valores do IVA subiram 20%. O impacto desse reajuste no aumento efetivo de impostos depende da alíquota do ICMS de cada produto.
No caso da linha branca, a nova tabela terá outro cronograma. Para os produtos beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedida em dezembro pelo governo federal, a mudança vale a partir de 1º de abril.”

Aguarda-se, sobretudo, a manifestação dos fundadores do “Cansei”, João Dória Jr – recém filiado ao PSDB e pré-candidato a prefeito- e de Gabriel Chalita, então tucano e agora  candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Passado é retratado em tapumes

BLOG O MURAL: Uma dupla de artistas plásticos de Porto Feliz, interior de São Paulo, começa o ano com o olhar no passado. O desejo de disseminar a história da cidade motiva o trabalho de Marcelo Santos e Fernando Aragão dos Santos, ambos de 24 anos. Eles aproveitaram a instalação de tapumes ao redor do Museu Histórico e Pedagógico das Monções para pintar painéis com fotos antigas do município.

“Decidimos fazer uma intervenção cultural naquele lugar para lembrar as pessoas de como é importante resgatar o passado”, explica Fernando. O trabalho é feito manualmente, com pincéis e tinta. “Queremos enfatizar os detalhes de cada uma das obras”, comenta.

Ao todo, seis imagens antigas serão reproduzidas pelos artistas. Os tapumes foram implantados pela Prefeitura Municipal de Porto Feliz que, segundo a dupla, deverá iniciar um processo de revitalização no prédio em breve.

Os jovens estimam que o trabalho nos painéis deva durar todo o mês de janeiro. “Este trabalho é voluntário e motivador. As pessoas param para conversar conosco”, declara Fernando, que completa dizendo que, no primeiro dia, um senhor passou pelo local e se emocionou ao reconhecer a imagem retratada. “Essa foi a melhor época da cidade e eu vivi isso”, teria dito.

As histórias contadas pelos moradores servem de inspiração e motivação para a dupla, que pretende elaborar outros trabalhos como este pela cidade durante o ano. “A intenção é atingir o máximo de espaços urbanos possíveis e alegrar os moradores”, antecipa.

A dupla finaliza convidando a todos para visitarem os tapumes e conhecerem um pouco mais da história da cidade. “Ver as pessoas parando, olhando e gostando é muito emocionante”, conclui. O trabalho dos artistas plásticos pode ser conferido na Praça Coronel Esmédio, no Centro.


Por: Adriane Souza, no G1