sábado, 14 de janeiro de 2012

Big Brother Brasil, querendo ou não ele entra na sua vida


Foto Google. Pedro Bial apresentador do programa

BLOG O MURAL:  Desde que a Trafic veio para nossa cidade todo mês de janeiro, Porto Feliz tem ao menos duas certezas: a primeira é de que a cidades será a sede da Copa São Paulo de Futebol Junior e os nossos meninos e meninas ficam eufóricos, comum na adolescência que é saudável, pois esporte é saúde e tira nossos meninos da frente da televisão por alguns míseros dias. Foi o que vi na abertura da copinha no novo estádio Ernesto Rocco.

A segunda e não tão saudável assim é “Big Brother” queiram as pessoas ou não, e só conseguirão se esconder do Big Brother Brasil saindo do país e abolindo qualquer contato com parentes, amigos, colegas de trabalho e com o noticiário, ou seja, se isolando do mundo. Talvez o Alaska.


Essa invasão irrefreável de sua vida se deve à inabalável persistência da Globo em um programa que, além de só piorar a cada edição, jamais muda de formato. Aliás, esse talvez seja o pior defeito – entre muitos a escolher – não só do BBB, mas das telenovelas: a insuportável repetição de enredos.

Novelas ainda têm enredos, mas o Big Brother deveria ser a antítese delas devido à suposta imprevisibilidade do que poderiam fazer os “brothers”, ou seja, os jovens – alguns nem tanto – confinados à “Casa” – a multimilionária instalação cenográfica que, pelo 12º ano – a país que esse mesmo programa não passou da 2ª edição – abrigará a atração global. Todavia, devido à repetição do “perfil da Globo” – leia-se corpo sarado – dos participantes, as situações acabam sendo sempre as mesmas, como nas telenovelas.


Contudo, pessoas dotadas de conteúdo intelectual não são as melhores para protagonizar as “baladas” nas quais aquela juventude se entrega ao alcoolismo, ao ridículo e ao comportamento vulgar, sobretudo das garotas, muitas das quais se exibem para o país de forma intensamente degradante – trôpegas e embriagadas, estimulando o consumo de álcool entre os jovens – lembre-se alcoolismo porta de entrada de outras drogas, as não licita.


Nada contra a sensualidade, aliás. Estamos em pleno século XXI. Todos gostam de ver pessoas bonitas, desde que o conceito de beleza não exclua certas etnias dos participantes. Além disso, o envolvimento sensual que o clima de confinamento necessariamente acaba exacerbando em jovens com hormônios em ebulição a flor da pele é inevitável.


A contra gosto de poucos como este colunista, o BBB foi se transformando em uma atração em que o sexo é a viga-mestra com exceção talvez do 1° e 2°. Aliás, a versão brasileira da franquia televisiva da holandesa Endemol é de longe a que mais se escora no voyeurismo, o que torna inevitável a erotização precoce das crianças porque elas não conseguem escapar do programa mesmo se os seus pais quiserem impedir – e muitos não querem, até pela filosofia educacional que adotam.


Mesmo que as crianças não possam assistir ao BBB em casa, assistem em celulares e computadores de outras crianças na escola ou nas casas dos colegas, ao visitá-los. Para os responsáveis por crianças que não querem ver assistindo a cenas degradantes de embriaguês ou de sexo, não há forma de impedi-las.


É fato incontestável, portanto, que não há forma de impedir que, ano após ano, o BBB vá erotizando precocemente as nossas crianças. E um sintoma dessa erotização é a produção que está surgindo de sutiãs para garotas de oito ou dez anos que crescem vendo “exemplos” de moças esculturais caindo de bêbadas e sendo “traçadas” ao vivo e em rede nacional.


Em países em que a comunicação tem regras, como nos Estados Unidos ou na Europa, não se permite essa erotização compulsória da infância e da juventude. O BBB, portanto, apesar de também ser inevitável em outras partes do mundo devido à tecnologia e à inserção social, nesses países não as envolvem nessa teia de mediocridade, luxúria e burrice.


O que se permite à Globo pôr na televisão aberta durante as edições do BBB, não se permite a tevê alguma em países em que crianças e adolescentes são considerados patrimônio da nação em vez de, apenas, consumidores.


Dessa maneira, prepare-se: converse muito com seus filhos e netos pequenos durante os próximos dois ou três meses. Explique que nem sempre o que se vê na televisão deve ser imitado. Critique, com serenidade e seja didático, a situação das moças que hipotecam a própria dignidade, o uso indiscriminado de álcool e outros comportamentos reprováveis.


Tente saber o que as crianças sabem dessa “atração” nefasta. Descubra o que viram e tente dirimir suas inevitáveis dúvidas, mostrando o que há de ruim em certos comportamentos. Não deixe de fazer isso porque, querendo ou não, vem aí o BBB, e ele entra em sua vida e na de seus filhos, netos etc. Sob as barbas das autoridades.


Na foto la encima o Bial avisa fiquem de olho.

Assista o video abaixo e ouça você mesmo o que diz o pintor Antonio Veroneze sobre o assunto BBB e a Masturbação das meninas brasileiras.






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