sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Natal e Ano Novo: datas de reflexão... Será que todos nós fazemos?


BLOG O MURAL: Já faz muito tempo que observo a ação das pessoas em relação ao seu comportamento, mas depois dos protestos de junho e julho passei a fazer com mais insistência, afinal acreditava que as mudanças estavam na sociedade, se não, o porquê de tanta gente na rua gritando contra a corrupção, governos e partidos. Durante este tempo todo tenho observado que não há uma vez sequer que saio de minha casa e não constato ao menos uma situação de gente querendo levar vantagem em alguma coisa. No trânsito, em filas, no estacionamento, usando a calçada para seu comércio irregular… Não há uma única vez que saio de casa e não me deparo com um flagrante desse tipo.
Uma das minhas observações ocorreu no domingo passado em um supermercado de “elite” (usando termos de meus alunos). Vi uma mulher se posicionar em uma fila, e colocar duas filhas, cada uma em fila diversa. Por que não escolhe uma só fila e assume a consequência? Não. Não pode perder a chance de praticar a “esperteza”. Cobra-se honestidade de políticos, e com razões para isso, mas no dia a dia pratica-se o comportamento de levar vantagem e de não se preocupar com a coletividade. Como pode querer exigir retidão de políticos se em pequenas coisas pratica-se a metodologia que é criticada?
Não vou dizer que não comento meus pecados. Que jamais os cometi. Tenho me policiado. E não é tarefa fácil ser correto envolto a “espertos”. Gente que trapaceia na tua cara sem o menor constrangimento. Transmite a sensação de que ser correto é passar-se por bobo. Além do que se não permanecer vigilante quanto aos próprios atos acaba-se, por osmose, por praticar o comportamento condenável. O trânsito de veículos automotores no cotidiano é o exemplo aonde mais fácil se constata o que estou dizendo.
E essa falta de cuidado ocorre em tudo. Desde coisas simples como não se preocupar em estacionar o carro de forma que caiba mais um. O sujeito somente porque foi o primeiro a chegar coloca o carro de forma que apenas ele consiga estacionar. Isso é só um simples exemplo. Mas descamba para as mais diversas situações até a descarada priorização de categorias profissionais, de quem se sente especial, preterindo a sociedade de uma forma geral. É só pegarmos o exemplo dos juízes que deram voz de prisão, um a agente de trânsito e outro aos funcionários de uma empresa área.
Três dias após escrever o desabafo me deparei com outra situação ratificando minhas palavras. Assaltantes de Banco, na semana passada, dominaram o centro de uma cidade do interior de São Paulo, fazendo reféns transeuntes e clientes, que durante a ação permaneceram quietinhos. Na fuga, os assaltantes deixaram cair um saco de dinheiro cujas notas ficaram espalhadas no chão em plena rua. Todos os reféns e transeuntes estavam aterrorizados. Deixaram passar cerca de dois minutos (seria mais?) da fuga dos ladrões, certificando que de fato haviam ido embora e de repente, avançaram sobre o dinheiro espalhado pelo chão como piranhas em uma carcaça de boi.
É nessas horas que penso Natal, Ano Novo, tudo para que possamos mudar, começar o regime, largar o cigarro, beber menos etc.. Mas é importante mudarmos também nosso comportamento, que é essencial para a mudança da nossa sociedade. Pois percebem que é uma questão de oportunidade? Aquela mesma gente que avançou sobre o dinheiro, participando do roubo ao Banco, é que reclama de políticos, se tiver chance fará igual ao que hoje condenam. Como de fato fizeram.
Eis que de presente de Natal me cai no colo o comercial da Cacau Show, nada contra o chocolate, muito menos a marca, mas para mostrar que da classe C, D e E à classe A e B, passa se um pensamento tosco de levar vantagem em tudo. Quem assistir o vídeo verá que o menino levanta a noite para trocar os presentes, pegar o que pertencia ao seu tio e passar para seu avô, mostrando subliminarmente que neto e avô levaram vantagem ao trapacear os outros com um chocotone. Observem a subliminar mensagem do comercial, que para mim nada tem de subliminar, é de fato uma retorica no país essa cultura. Ou vocês acham que o publicitário era ingênuo?
Muito mais que apenas possibilitar o ensejo do debate pedagógico sobre o uso da criança em um comportamento inadequado, é a confirmação de que a cultura da esperteza, da malandragem, da pilantragem, faz parte do consciente coletivo. Quem em uma primeira olhadela, sem se atear à gravidade do fato, não achou engraçadinho o pilantrinha trapacear sob a cumplicidade e supervisão de um adulto? Esse comercial exibe toda a hipocrisia do falso brado de combate à corrupção e causa constrangimento porque esfrega em nossas caras que a cultura da trapaça é treinada e incentivada por adultos às crianças, desde a infância. Destarte, inútil queixar-se posteriormente do comportamento dos adultos, já que assim foram formados.
Por isso neste Natal e no começar de 2015, tratemos de ser mais humano e reconhecermos que somos propagador das culturas erradas, e a partir daí mudar, mas mudar de verdade, pois se continuarmos achando tudo de errado somente no próximo jamais mudaremos nossas culturas, e por consequência nossa sociedade. Feliz Natal e próspero Ano Novo a todos, mas com mudança dentro de nós mesmos.  Vejo o vídeo: www.youtube.com/watch?v=0sQy-ig7Nys.

Professor Urias de Oliveira...

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O Tucanistão, a maravilha fora do Brasil, por Safatle










BLOG O MURAL: Agora, acompanhe Safatle em sua visita ao Tucanistão.


“Bem-vindos ao Tucanistão, a terra da plena felicidade. Vocês acabam de desembarcar no aeroporto internacional que leva o nome do fundador de nossa dinastia, governador de nossa terra há 32 anos. Desde então, nossa amada dinastia está presente no coração de nosso povo de maneira praticamente ininterrupta.
Em nossos planos, haveria um Expresso Bandeirante que ligaria o aeroporto ao centro de nossa capital por trens rápidos. Ele não saiu do papel, mas isso não importa. Isso permitirá vocês passarem de carro lentamente pelo mais novo campus de nossa grande universidade, que leva o nome de nosso Segundo grande líder. No momento, ela está falida, com um deficit de 1 bilhão de reais produzido depois da passagem de um interventor nomeado pelo nosso Quarto grande líder. O próprio campus está sem aula por ter sido construído em terreno contaminado, mas tudo isso também não importa.
Depois do campus, vocês conhecerão o caudaloso rio Tietê. Há décadas ele está sendo despoluído. Grandes especialistas internacionais garantem que seu nível de poluição está caindo, mas ainda demorará algumas décadas para que os incautos sejam capazes de enxergar tal maravilha. Por falar em água, estamos passando atualmente por um “estresse hídrico de proporções não negligenciáveis”, mas não se preocupem. Como disse uma rainha francesa: quem não tem água que tome suco.
Se vocês olharem mais à frente verão nosso maravilhoso metrô cruzando velozmente nossa marginal. Não se deixem impressionar pelo fato de ele ser menor do que o de cidades como Santiago, Buenos Aires ou Cidade do México. Nós amamos nosso metrô do jeito que ele é, mesmo que inimigos tenham espalhado a informação de que investigações na Suíça e na França descobriram esquemas milionários de desvio e superfaturamento. Todos sabem que nossa dinastia é incorruptível. Se algo aconteceu, nosso Terceiro-Quinto grande líder não sabia de nada.
Não se espantem também com o tamanho dos muros e aparatos de segurança. Nossa polícia, que mata mais do que toda a polícia norte-americana junta, um dia conseguirá dar conta de todos esses bandidos. Nosso Terceiro-Quinto grande líder está pessoalmente empenhado nisso.
Alguns podem se impressionar com o fato de tanto fracasso não abalar nosso amor por nossa dinastia. É que eles ainda acham que devemos avaliar nosso líderes por aquilo que eles são capazes de fazer, mas nós descobrimos o valor do amor incondicional. Nós os amamos porque… nós os amamos. Por isso, nossa terra é o lugar da pura felicidade. O Tucanistão é a locomotiva do progresso imaginário, alimentada por choques tortos de gestão.”

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Relato do Jornalista que entrevistou Edir Macedo, o dono do império religioso.

BLOG O MURAL: O texto abaixo, do jornalista Thales Guaracy, foi publicado em seu blog.
Na abertura do templo
Na abertura do templo
Eu sou um dos pouquíssimos jornalistas que já tiveram a oportunidade de entrevistar e conhecer pessoalmente o bispo Edir Macedo. Fui recebido por ele quando trabalhava no grupo Exame, anos atrás. Ele havia acabado de comprar a TV Record e, depois de muita insistência, concordou que eu escrevesse um perfil falando dele, de sua igreja e da maneira como a organizava.
Edir chamava a atenção já no aperto de mão. Vítima de uma má-formação, ele possui em ambas as mãos o polegar diminuto e a pele escamosa; a sensação foi de que eu apertava uma rã. Parece apenas um detalhe bizarro, mas a deformidade de Edir tem um papel fundamental em sua história pessoal. Ele se culpava, ou a genes ruins, por ter tido uma filha com lábio leporino. Buscara ajuda na igreja católica, mas não encontrava consolo. Nas reuniões às quais ia, percebeu que mais ajudava as outras pessoas do que era ajudado. E resolver fundar sua própria igreja, primeiro subindo nas favelas do Rio de Janeiro, depois pregando no seu primeiro centro de culto, uma loja aonde antes funcionava uma funerária.
A igreja criada por Edir é um reflexo dele mesmo, uma panaceia que junta retalhos de outras fés. Embora sua base seja o Evangelho e a figura de Jesus, como a maioria das seitas pentecostais, Edir misturou outros elementos, da encenação do candomblé, com o exorcismo de pessoas supostamente tomadas pelo demônio, às raízes judaicas do Velho Testamento. Lá está o templo de Salomão, conhecido como o “rei da sabedoria”, na verdade uma figura controvertida na própria visão bíblica. No Livro de Salomão, a sabedoria terrena na verdade é vista criticamente, como a “vaidade das vaidades”, em oposição à simplicidade da fé.
Sem importar-se em ser um teólogo capaz de fazer sentido, Edir é na realidade um motivador de pessoas – aí reside seu talento. Essa virtude lhe permitiu não só conquistar acólitos como também ser um extraordinário formador de quadros capazes de ampliar seu raio de ação. É impressionante sua capacidade de produzir “bispos” e pastores fiéis ao seu discurso, gestual e ideias. Graças ao seu trabalho de RH, Edir fez a Universal prosperar rapidamente no Brasil e mundo afora.
É também um pastor com tino de empresário. Para mim, reclamou que a igreja era vista pela imprensa ingenuamente como uma exploradora do povo mais pobre. Para começar, dizia que não era o miserável que sustentava a Universal. Na verdade ele enxergara um mercado: o trabalhador que tinha emprego e renda, mas nenhuma perspectiva de subir na vida, por falta de oportunidade. Seu discurso sempre foi de que esse trabalhador pode conseguir mais, se tiver fé; ele tem dinheiro para pagar o dízimo, e a fé que o inspira é uma “fé de resultados” capaz de levá-lo a uma vida melhor.
A ideia de que ganhamos um lugar no Paraíso além da vida, pregada pela Igreja Católica, nunca foi suficiente para Edir. Ele sempre acreditou que a igreja tem de dar respostas para o ser humano ainda em vida. Sua igreja é pragmática e não há dúvida de que ajuda muita gente. Edir é polêmico porque é impossível medir a relação entre o benefício que sua igreja traz aos seus acólitos e o quanto do dinheiro arrecadado vai em benefício pessoal de seus bispos e pastores. Edir não vê nisso conflito de interesses, porque nunca pregou o discurso da vida ascética nem defendeu qualquer espécie de voto de pobreza.
Edir já foi preso por falsa ideologia, mas não apenas foi solto como o juiz que mandou prendê-lo (por sinal com um nome bíblico, Abrão), acabou sendo afastado para um forum na periferia de São Paulo – foi para a geladeira. O que era uma suposta defesa do público empreendida pelo justiceiro togado acabou virando, aos olhos do Judiciário, uma inútil perseguição. Não se pode subestimar as pessoas que seguem a Universal, que têm o direito de escolher, apoiar, pagar e professar a fé que quiserem, por mais descabida que possa parecer. E assim Edir vai conseguindo edificar o seu império, do qual o Tempo de Salomão, construção de proporções bíblicas numa das zonas mais abandonadas do centro de São Paulo, é apenas o mais novo, extravagante e significativo símbolo.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Felipão e este milionário futebol dos “professores

BLOG O MURAL: Blog do Kotscho
tecnicos Felipão e este milionário futebol dos professores
No capengante futebol brasileiro, dentro e fora de campo, com clubes sempre endividados, alguns quase falidos, pedindo socorro ao governo, e estádios semidesertos, a CBF e os "professores" da bola nadam em dinheiro. Ninguém deveria se surpreender com os R$ 4,1 milhões pagos pelo generoso José Maria Marin a Felipão por ter sido mandado embora da seleção, depois do vexame na Copa do Mundo (ver mais no blog do colega Cosme Rímoli).
Felipão e o coordenador Carlos Alberto Parreira ganhavam, cada um pouco, mais de R$ 900 mil por mês. Pode parecer muito para quem vive de salário, mas estes valores estratosféricos não constituem exceção nos nossos clubes, onde os "professores" não ganham muito menos do que isso, e nenhum dos "treinadores de ponta", sempre os mesmos, há muitos anos, ganha abaixo de R$ 500 mil.
Na maioria dos casos, eles ganham mais do que as estrelas do time. Pato, o jogador mais bem pago do país, que marcou apenas três gols em 16 jogos pelo São Paulo, ganha R$ 800 mil por mês (metade do salário ainda pago pelo Corinthians, que o emprestou ao time do Morumbi).
Eles se revezam no comando dos maiores clubes do país e são os principais responsáveis pelo futebolzinho mostrado no Brasileirão, com a honrosa exceção do Cruzeiro, de Marcelo Oliveira, que não faz parte da dança dos famosos e nunca foi cogitado para treinar a seleção.
Em seu comentário de terça-feira na CBN, antes da revelação de que Felipão ganhou esta fortuna na loteria esportiva da CBF, e depois do velho "professor" gaúcho acertar a volta ao Grêmio, o amigo Juca Kfouri chamou a atenção para um fato, ao mesmo tempo pitoresco e triste: há 19 anos, Felipão já era técnico do Grêmio; Luxemburgo, que acaba de retornar à Gávea, treinava o Flamengo; Abel Braga dirigia o Internacional, onde está de novo, e Muricy Ramalho era a novidade no São Paulo.
Precisa dizer mais alguma coisa sobre as razões da mesmice modorrenta mostrada em campo neste Brasileirão, que dá sono quando o Cruzeiro não joga? Parece que o discreto Marcelo Oliveira foi o único técnico brasileiro que assistiu à Copa no Brasil e entendeu alguma coisa. É por isso, que os maiores clubes do mundo levam nossos melhores jogadores embora e ninguém se interessa em contratar os milionários "professores", que vivem num mundinho à parte.
Nem técnicos são, na verdade, quanto mais professores, mas apenas folclóricos treineiros, que ficam se esgoelando à beira do gramado, xingando o juiz e os erros dos jogadores que não seguem seus "ensinamentos". Fazem apenas cena para a torcida, como se seus gritos  fossem ouvidos e fizessem alguma diferença em campo.
Ninguém, por exemplo, é mais são-paulino, do que o Muricy. Por isso, a torcida tricolor, inclusive eu, sempre pedem a sua volta quando o time vai mal, o que não tem sido raro. E neste seu novo retorno ao Morumbi o time continua mal, apesar do elenco de grandes craques, o maior do futebol brasileiro, que tem à disposição. Pergunto: tanto ele como os demais "professores" aqui citados fizeram quantos cursos de especialização e estágios nos grandes centros de treinamento do exterior nos últimos anos? Que novas táticas e técnicas desenvolveram?
É sempre mais do mesmo, e assim a gente entende melhor porque a Alemanha na Copa meteu 7 a 1 na nossa seleção e só não fez mais porque ficou com pena dos rapazes assustados e perdidos em campo com aquela camisa amarela, que antigamente metia medo nos adversários.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

São Paulo é um outro planeta

BLOG O MURAL: Blog do Motta:

São Paulo é um outro planeta

Não, não é um deserto, é a represa do Jaguari, em São Paulo
(Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

Embora morando a 150 km da capital paulista há seis meses, ainda procuro, sempre que posso, ter notícias da vida na metrópole. 

E pelo noticiário dos jornalões fico sabendo que os bares da badalada Vila Madalena já estão servindo bebidas em copos de plástico, por causa da falta d'água. Também leio que várias outras regiões da cidade sofrem do mesmo problema. 
Mas o interessante em tudo isso - diria até o contraditório - é que, segundo os jornalões, tudo parece estar na mais perfeita normalidade em São Paulo no que refere ao abastecimento hídrico.

A imprensa paulista garante que os problemas que estão sendo relatados são "pontuais".
E que quando as torneiras secam isso não significa racionamento, mas sim "restrição" - ah, as armadilhas da língua portuguesa...
Há muita gente que acredita nas notícias dos jornais, que leva, mesmo, a ferro e fogo aquilo que lê ou ouve nos telejornais ou nos Datenas que pululam pelas emissoras.
Mal sabem essas pessoas como os jornais são feitos, como as notícias são editadas, como os títulos podem ser distorcidos para que um fato negativo vire a mais espetacular novidade.
Como no caso dessa tragédia que representa o colapso do abastecimento de água em São Paulo.
É realmente impressionante a capacidade do governador Geraldo Alckmin se safar das mais incômodas situações, "tirar o seu da reta", como se diz popularmente.
Ele nunca tem culpa de nada, está sempre prometendo apurar tudo, punir todos os responsáveis pelas estripulias...
E os jornalões acreditam em cada palavra sua, em cada disparate que ele diz.
O governo Alckmin, o futuro comprovará, é um desastre sob todos os aspectos - administrativo, moral e ético.
Pelo visto, porém, os paulistas adoram passar por fortes emoções e estão prestes a elegê-lo novamente.
Non ducor, duco...

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Demitida por 'ser lésbica'

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BLOG O MURAL: Professora se recusa a responder perguntas íntimas e é demitida por causa de sua orientação sexual em colégio da Itália. “A diretora afirmou que eu era uma boa profissional, mas que haviam problemas porque diziam que eu seria lésbica”

Uma professora de uma escola católica no norte da Itália está acusando a instituição de tê-la mandado embora por causa de sua orientação sexual, num caso que está causando grande polêmica no país.
A professora do colégio católico Sacro Cuore, na cidade de Trento, disse que foi indagada pela direção da escola se seria homossexual e que se recusou a responder a perguntas íntimas.
“A diretora afirmou que eu era uma boa profissional, mas que haviam problemas por causa de boatos que diziam que eu seria lésbica”, disse a professora, que quer se manter no anonimato e foi citada pelo jornal La Stampa.
Ainda de acordo com o jornal, ela se recusou a desmentir o fato, como foi pedido pela diretora, a madre católica Eugenia Libratore. Depois disso ela teria sido informada que seu contrato não seria renovado.

‘Aspectos éticos’

Em uma nota à imprensa, a escola não negou ter feito o alegado pela professora.
“Quando escolho uma professora para uma escola católica, devo também levar em conta aspectos éticos e morais”, disse a madre.
Ela disse que falou com a professora para esclarecer boatos que havia escutado.
“Ela nem ao menos respondeu as perguntas. Tinha que saber, já que sou responsável por mil alunos e mais de cem professores.”
Em uma nota posterior, divulgada pelo jornal local Il Trentino, a escola Sacre Cuore disse que a professora teria “feito observações impróprias sobre sexualidade, impróprias ao ambiente escolar”. Segundo a nota, pais e alunos teriam comentado o fato junto à direção do colégio.

Polêmica

A ministra italiana da Educação, Stefania Giannini, disse que seu Ministério abriu uma investigação para apurar os fatos. “Se realmente houve discriminação sexual, seremos muito severos”, disse Giannini.
Vários grupos que representam os interesses de gays e lésbicas na Itália protestaram contra o ocorrido. A associação Arcigay exigiu que o governo da província onde fica a cidade de Trento esclareça o caso o quanto antes, já que a escola é financiada com dinheiro público.
Em uma nota conjunta, as associações Arcilesbica, Agedo, Equality e Famiglie Arcobaleno dizem que o ocorrido equivale a uma “execução sumária” e pedem à ministra da educação que “restaure a dignidade à professora ofendida”.
A docente não decidiu ainda se abrirá processo contra a escola. Citada pelo jornal Il Fatto Quotidiano, ela diz que está desempregada, mas que não quer seu emprego de volta.
“Não tenho nenhuma vontade de trabalhar em uma escola que se comporta dessa maneira”, afirmou.
Nos últimos anos, diferentes setores da sociedade italiana passaram a apoiar abertamente os direitos dos homossexuais. Partidos conservadores e o ex-premiê e líder de direita Silvio Berlusconi se proclamaram recentemente a favor da união homoafetiv

domingo, 27 de julho de 2014

E se 27 mil crianças norte-americanas fossem assassinadas?

BLOG O MURAL: E se os mortos de Gaza fossem americanos? Imagine a revolta por conta de 27.000 crianças mortas…
criança gaza israel morte
Médico palestino carrega uma menina que foi ferida por um bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza em 23 de julho de 2014. Atualmente, Israel está matando mais de uma criança por hora em Gaza (Efe)

Texto originalmente publicado em 22/07/2014 | Por Barry Lando, Counterpunch
As mortes em Gaza, à primeira vista, podem não ser tão horríveis para os norte-americanos – a não ser que você transporte o mesmo nível de morte e desordem para os Estados Unidos, que tem uma população 176 vezes maior do que a de Gaza.
Por exemplo, até o momento, 571 palestinos foram mortos (em 25/07 já são 819 mortos), incluindo entre eles 154 crianças. Número total de feridos: 3.550, dos quais 1.125 crianças.
Se os Estados Unidos fossem vítimas de uma chacina semelhante, o número de norte-americanos mortos – quase todos nos últimos cinco dias – chegaria a 101.000, dos quais 27.000 seriam crianças. O número de norte-americanos feridos seria de 627.000, dos quais 198.000 seriam crianças.
Outra comparação:
Esse número de mortos seria quase duas vezes o total de mortos em dez anos de guerra no Vietnã (58.000).
Quase se igualaria ao número de soldados norte-americnaos mortos na Primeira Guerra Mundial, que chegou a 116.000.
Seria mais de um terço dos norte-americanos (291.000) mortos lutando entre 1941 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
E quase se igualaria ao número total de soldados norte-americanos feridos durante a Segunda Guerra Mundial (670.000).
E lembre-se:
- A maior parte dessas mortes de palestinos aconteceu em apenas cinco dias.
- Um grande proporção dos mortos e feridos não era de soldados.
E a matança continua.

SUA SANTIDADE DIZ: "PAREM, POR FAVOR", PEDE PAPA EM NOME DA PAZ


terça-feira, 15 de julho de 2014

Agora não vai ter “fair-play”

BLOG O MURAL: Via blog do Tijolaço...


tvlula
Se você achava que o jogo sucessório já vinha sendo marcado por caneladas e entradas duras, prepare-se.
Não haverá fair-play
A campanha eleitoral terá o tom da arquibancada VIP do Itaquerão.
E a tendência, não importa o que queira Dilma Rousseff, será a de uma agressividade antigoverno que vai beirar a histeria.
A posição da Presidenta da República, numa campanha com este “baixo nível” é muito difícil.
Os deveres do cargo  e também seu estilo pessoal não são muito favoráveis a  enfrentá-lo.
Embora os adversários sejam fracos, pessoalmente, e Aécio, especificamente, tenha contra si os estigmas do passado tucano, têm a mídia e o poder empresarial a seu lado.
Vimos na Copa como, se não for possível transformar o que é sucesso em retumbante fracasso, apela-se para todo tipo de expediente para desviar o assunto.
Não é hora de ficar discutindo vaidades e teimosias.
A presença de Lula, agora, não apenas é indispensável como deve ser permanente.
E a internet vai ser o campo privilegiado de suas manifestações.
O ex-presidente, através do Instituto Lula começa a divulgar  hoje uma série de vídeos do ex-presidente.
Ainda não são “campanha”.
Mas são política, a começar pela discussão sobre a importância de disputá-la, em lugar de a negar.
É quase um “aquecimento”, mas é sinal de que ele já-já entra em campo.
A disputa está começando e nela está em jogo algo infinitamente maior do que um título de vencedor.
Estão os futuros e os direitos do povo brasileiro.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Portal lança projeto para aumentar acervo de filmes em domínio público



BLOG O MURAL: O portal Cinema Libre, que tem em seu acervo cerca de 300 filmes em domínio público, legendados em português, muitos deles joias da cinematografia mundial, pretende aumentar o seu acervo para 1.001 obras.
 
Para tanto, lançou um projeto no Catarse, site de financiamento coletivo, esperando arrecadar R$ 15 mil. 
As doações começam em R$ 15 e, como é praxe no sistema de "crowdfunding", os doadores recebem brindes como agradecimento.

Segundo o idealizador e responsável pelo Cinema Libre, Lucas Bombonatti, além de aumentar o acervo, o projeto se propõe a produzir um material especial sobre a história do cinema, desde o surgimento, com os irmãos Lumiére, até os dias de hoje. "Junto desse material estarão os filmes mais importantes de cada década que estejam em domínio público", diz Lucas. "Também iremos tratar sobre os diferentes movimentos artísticos do cinema, assim como as primeiras animações, primeiras ficções científicas, filmes de terror clássicos e comédias clássicas."

Lucas informa ainda que se forem arrecadados os R$ 15 mil o portal será inteiramente refeito, "disponibilizando o recurso de perfil pessoal para cada usuário". Com isso, explica, "todos os usuários poderão listar os seus filmes preferidos, dar notas aos filmes, gerando um grande ranking final que estará na primeira página do portal, poderá enviar comentários e críticas". 

Outra proposta é criar um fórum "para que todos os usuários possam enviar suas idéias e interagir", diz Lucas. E se o total arrecado permitir, Lucas pretende hospedar os filmes num servidor próprio, "deixando de depender de terceiros e criando um dos maiores bancos de dados sobre a história do cinema no mundo, tudo completamente legalizado, gratuito e livre para todos".

O Cinema Libre está no ar desde o início deste ano. Além dos filmes clássicos, desde as primeiras produções, datadas do fim do século XIX, a obras-primas da era do cinema mudo e das décadas de 30 e 40, passando por filmes brasileiros que muitos julgavam perdido, oferece ainda páginas especiais com os grandes artistas do cinema e dos países que mais influenciaram e ainda influenciam a sétima arte. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Há 5 anos, os lerdos tucanos diziam que pré-sal só produziria em 2019. Hoje, já produz 520 mil barris.

BLOG O MURAL:
2014:


2009:


Em 2009, o presidente Lula e a presidenta Dilma fizeram a Lei do Marco Regulatório do Petróleo para o pré-sal, descoberto pouco antes.

A nova lei mudou as regras do regime de concessão para partilha, de forma que a maior parte da riqueza fica com o povo brasileiro. É esse dinheiro permite a injeção de centenas de bilhões na educação e na saúde para os próximos anos, além de gerar todo um parque industrial de equipamentos com geração de empregos qualificados em torno da produção de petróleo.

Naquele ano, o tucano José Serra se declarou contra a nova lei, querendo que fosse adiado. Representou o PSDB como um todo, já que todos os líderes tucanos acompanharam o pensamento de Serra.

O tucano disse que "a Lei não teria efeito daqui a 3, 4 ou 5 anos. É coisa para 10, 15 anos em diante".

Pois bem, passados 5 anos que o tucano disse que não teria nenhum efeito, o pré-sal já está produzindo mais de 500 mil barris por dia.

Os tucanos disseram isso porque são lerdos e incompetentes?

Ou porque seguiam o calendário mandado pelas petroleiras estrangeiras, interessadas em ficar com as reservas brasileiras paradas em estoque, ditando o ritmo e o tempo de exploração no Brasil que trouxesse mais lucros para elas?

Observe que o custo de extração no Iraque invadido, na Líbia, e do óleo xisto descoberto nos próprios EUA, é mais barato no curto prazo do que no pré-sal brasileiro. Então as petroleiras estadunidenses só extrairiam petróleo aqui quando estas outras opções se esgotassem, pois não há o interesse delas de abarrotar o mundo com superprodução de petróleo para derrubar o preço e os lucros.

Como se vê, as propostas tucanas são um desastre para o presente e para o futuro do povo brasileiro.

Agora Aécio Neves é o candidato a presidente do PSDB que representa esse atraso, lerdeza e submissão, a ponto de dizer que, se for eleito, vai revogar o regime de partilha e voltar ao regime de concessão, retirando centenas de bilhões de reais destinada à educação nos próximos anos.

E não adianta agora Aécio querer negar, porque não é nenhum boato. A própria imprensa demotucana fanática testemunhou e divulgou estas intenções entreguistas de Aécio:


Ah... E Serra é candidato a senador por São Paulo. Certamente para propor a "emenda Serra-Chevron" para entregar o pré-sal ao estrangeiros.

domingo, 29 de junho de 2014

Alckmin prometeu reduzir preços pedágios...E deu novo aumento

BLOG O MURAL: Em meio a uma CPI na Assembleia Legislativa de SP para investigar o preço dos pedágios e a ações na Justiça, o governo do estado de São Paulo  Geraldo Alckmin (PSDB)  de São Paulo decidiu  fazer um reajuste, apesar de ter prometido durante a campanha eleitoral a redução dos preços cobrados nas rodovias paulistas  As tarifas cobradas nos pedágios das rodovias de São Paulo vão ficar  de 5,29%  até 8,57% mais caras a partir da próxima terça-feira (1º). O reajuste foi anunciado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) nesta sexta-feira (27). Com o reajuste, a tarifa no Sistema Anchieta-Imigrantes, por exemplo,  que hoje custa R$ 21,20, passará a R$ 22,00 no dia 1º de julho

A do Rodoanel, que até ano passado era a mais baixa, subiu de R$ 1,50 para R$ 1,60 - aumento de 5%.

A que sofreu o maior reajuste foi a praça de Rancharia, na Rodovia Raposo Tavares: passou de R$ 3,50 para R$ 3,80.

O reajuste ocorre no momento em que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo, investiga eventuais irregularidades nas tarifas cobradas pelas concessionárias nas rodovias paulistas.

Após a instalação da CPI, o governador tucano  decidiu entrar, a partir de maio, com ações na Justiça para reaver R$ 2 bilhões que, segundo a administração, foram pagos indevidamente a 12 concessionárias –SPVias, ViaOeste, Ecovias, Tebe, Triângulo do Sul, ViaNorte, Autovias, Renovias, Intervias, CentroVias, AutoBan e Colinas. A operação fez com que a taxa de retorno das concessionárias subisse de 18% para 25%, gerando ganho indevido de R$ 2 bilhões

Em 2010, 2011  e 2013, Geraldo Alckmin prometeu rever valores de pedágios

A questão dos valores cobrados foi colocada por Geraldo Alckmin ainda quando candidato a governador na campanha de 2010. Na época, o tucano disse, em entrevista às rádios Bandeirantes e Band News, que algumas praças deveriam ter contratos revistos em breve, implicando na redução de tarifas.

Alckmin afirmou  também em diversas entrevistas que  começaria imediatamente a analisar os contratos das concessionárias das rodovias e que o resultado com uma posterior revisão nos valores sairia ainda no primeiro ano de seu mandato, ou seja, em 2011.

No ano passado, em nova entrevista, o governador tucano confirmou a redução no preços do pedágios
No entanto,  um ano depois, não  houve redução. Muito pelo contrário, revisou os preços  para cima.

sábado, 28 de junho de 2014

Vendedores em rodovias são alternativa de mercado a agricultores de Sorocaba

BLOG O MURAL: Tipo de venda acaba empregando várias pessoas na informalidade; reportagem de Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br


 

Os vendedores de frutas e legumes instalados em caminhões, kombis e outros utilitários, em rodovias e nos bairros, são alternativa para o agricultor de Sorocaba e municípios da região escoarem seus produtos por um preço satisfatório. A época de safra oferta vegetais de melhor qualidade, vários deles difíceis de encontrar em supermercados, como milho verde e tipos diferentes de abóboras. Muitos dos vendedores são ambulantes, mas há os que trabalham em pontos fixos, como Hélio Antunes. 

O caminhão, um modelo Dodge antigo, não anda mais e serve como referência. O "caminhão da fruta" fica na rodovia Emerenciano Prestes de Barros (SP-97), em frente à escola do bairro Caguaçu, na saída de Sorocaba para Porto Feliz. E são os agricultores do Caguaçu os principais fornecedores de Hélio. Laranja, mexerica, limão, repolho, couve-flor e abobrinha vêm diretamente de propriedades do bairro, a apenas alguns quilômetros do ponto de venda. 

De acordo com Antunes, cerca de 30 agricultores de Sorocaba, principalmente do Caguaçu, fornecem os produtos, que entregam diretamente no ponto na rodovia e são colocados à venda logo depois. "Às vezes, acabam de chegar e já há pessoas esperando", diz o vendedor. Outros produtos, não cultivados em Sorocaba, têm que vir de outros municípios. "O milho verde e a melancia vêm de Capela do Alto. A uva e a goiaba, de Porto Feliz." O produto que vem de mais longe é o abacaxi, produzido em Minas Gerais. 

O vendedor também planta, em Capela do Alto, onde mora. Lá, ele cultiva mandioca e milho, que também vende no caminhão. Porém, é apenas uma parte. Ele conta que está há oito anos no mesmo ponto da rodovia e geralmente quem compra os vegetais costuma dividir com parentes e amigos. Há sacos de laranja de 12 quilos, vendidos a R$ 10, e de 25 quilos de batata, que custam R$ 20. Em quantidade maior, o preço compensa. "Há também gente que depois divide com colegas, no trabalho." 

Antunes procura comprar diretamente dos produtores, pois sem intermediários, pode pagar um pouco mais do que se vendessem para um atacadista ou rede de supermercados, e também ele obtém um retorno melhor. Além disso, recebe produtos mais frescos e de boa qualidade. Ele emprega 15 pessoas no negócio e evita comprar de atacadistas ou entrepostos. Três funcionários trabalham no ponto de venda e outros 10 em Capela do Alto, na preparação dos produtos. O milho verde, por exemplo, é vendido em sacos ou em bandejinhas, com as espigas já descascadas. Tomate, quiabo, maracujá também têm a opção de serem levados embalados, nas bandejinhas. 

Na carroceria do caminhão, Antunes mantém balança e uma máquina de embalar, para os produtos que são entregues diretamente. "O que a gente pode, faz aqui mesmo", diz ele. O vendedor tem a noção de que na rodovia não prejudica o negócio de nenhum comerciante. Na área urbana, poderia haver reclamação de donos de mercados e quitandas, avalia. 

As caixas de madeira servem de suporte para os produtos, colocados ao lado do caminhão, e formam fileiras. Uma lona protege do sol, mas quando chove uma outra tem que ser estendida. Há produtos mais perecíveis, como o milho verde, que dura até três dias. Se sobra, fica indisponível para o consumo humano e Antunes vende, por preço mais baixo, para alimentação animal. "Tem um homem que compra para dar aos carneiros". Este ano, a venda de milho verde não foi como esperava. As pessoas fazem pamonha, curau e sopa. Segundo ele, a Copa do Mundo atrapalhou, inclusive as festas juninas. "Todo mundo está com a cabeça na Copa." 

Lincoln Almeida usa um pequeno caminhão como ponto de venda móvel em Sorocaba. Laranja, mexerica, tomate, batata doce, entre outros produtos, são colocados na calçada. Ontem à tarde, ele permanecia na rua Comendador Genésio Rodrigues, uma travessa no final da avenida Ipanema. Mas percorre outras regiões da cidade. Ele se abastece no entreposto da Ceagesp, em Sorocaba, e também diretamente de produtores rurais na região. 

A laranja, Lincoln costuma pegar em Capela do Alto. Como tem um custo menor para comercialização e vai a vários bairros, pode vender por preços mais baixos e mantém uma clientela garantida. Para facilitar, aceita cartões de débito e de crédito. 

O agricultor e presidente da Cooperativa Mista do Bairro Caguaçu (Coopguaçu), Pedro Paifer, destaca o potencial agrícola de Sorocaba e observa que esses vendedores, ambulantes ou não, representam uma opção para o produtor rural negociar seus produtos. Ele diz que o preço pago é melhor, mas não é suficiente para escoar todo o volume. Para Paifer, a venda sem intermediários beneficia o agricultor, que consegue preços justos, e também o consumidor, que pode escolher vegetais de melhor qualidade e mais baratos. 

Paifer conta que há ideia antiga de uma feira do produtor em Sorocaba, na área urbana, para venda no atacado e no varejo. Havia projeto da Prefeitura, para essa feira ser realizada no Mercado Distrital, na Vila Fiori, junto com um Centro de Apoio ao Produtor Rural. Porém, a proposta foi questionada por mercadores já instalados, no ano passado, e se abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal, encerrada em abril. Apesar de serem discutidos outros lugares para a feira, não se chegou a uma definição.

Torcedores acompanham empate do Brasil na Praça da Matriz

BLOG O MURAL:

Torcedores acompanham empate do Brasil na Praça da Matriz

Arena-Coca reuniu 2 mil pessoas na terça-feira, 17; jogos da seleção de Honduras também são transmitidos na praça
Arena Coca-Cola transmitirá todos os jogos do Brasil e de Honduras na Copa do Mundo (Foto: Divulgação/Prefeitura de Porto Feliz)
Arena Coca-Cola transmitirá todos os jogos do Brasil e de Honduras na Copa do Mundo (Foto: Divulgação/Prefeitura de Porto Feliz)
PORTO FELIZ – Na terça-feira, 17, aproximadamente dois mil torcedores compareceram à Praça da Matriz para assistir na Arena Coca-Cola o empate entre Brasil e México, sem gols. Em seguida, a bateria da Barra realizou uma apresentação que alegrou o público presente.
A próxima partida transmitida na Arena acontece na segunda-feira, 23, quando o Brasil encerra sua participação na primeira fase contra a seleção de Camarões. A Arena Coca-Cola é uma parceria da empresa com a Prefeitura de Porto Feliz, por meio da Diretoria de Cultura, Esportes e Turismo.
Seleção de Honduras
A Arena Coca-Cola também está transmitindo os jogos de Honduras. Para o jogo de estreia do time no Mundial de futebol, realizado no domingo, 15, um público de aproximadamente 200 pessoas foi até a Praça da Matriz para ver os catrachos. A partida terminou com a vitória da França por 3 a 0, mas os torcedores fizeram muita festa com os lances da seleção hondurenha. Após o jogo, a atração foi a Orquestra Arte Pela Vida.
A próxima partida de Honduras aconteceu na sexta-feira, 20, às 19h, quando o país enfrentou o Equador, em Curitiba, e perdeu de 2 a 1. Para encerrar a primeira fase, na quarta-feira, 25, o time joga contra a Suíça, em Manaus, às 17h.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Kotscho: sucesso da Copa é a força do povo brasileiro


terror
BLOG O MURAL:  Ontem à noite ri muito vendo a matéria de abertura do noticiário do Sportv.
O repórter confessa que “está difícil arrancar uma única reclamação dos estrangeiros” sobre a organização da Copa do Mundo.
Vale a pena assistir.
É impressionante a desfaçatez com que a mídia brasileira trata seu próprio comportamento criminoso para com nosso país neste processo.
Por isso, para não ser impaciente, como sou, reproduzo o artigo de alguém que – todo jornalista que o conhece sabe disso – jamais deixa de se comportar com delicadeza e cavaleirismo.
Ricardo Kotscho, em seu Balaio, perde gentilmente a paciência e produz um artigo que, além de correto sob todos os pontos de vista, ainda produz, no título, a síntese perfeita do que está acontecendo.
O Kotscho, quando perde a paciência, é ainda melhor do que “a frio”.
Ricardo Kotscho
Faz duas semanas, deixei um país em guerra, afundado nas mais apocalípticas previsões, e desembarquei agora noutro, na volta, bem diferente, sem ter saído do Brasil. Durante meses, fomos submetidos a um massacre midiático sem precedentes, anunciando o caos na Copa do Fim do Mundo.
Fomos retratados como um povo de vagabundos, incompetentes, imprestáveis, corruptos, incapazes de organizar um evento deste porte. Sim, eu sei, não devemos confundir governo com Nação. Eles também sabem, mas, no afã de desgastar o governo da presidente Dilma Rousseff, acabaram esculhambando a nossa imagem no mundo todo, confundindo Jesus com Genésio, jogando sempre no popular quanto pior, melhor.
Estádios e aeroportos não ficariam prontos ou desabariam, o acesso aos jogos seria inviável, ninguém se sentiria seguro nas cidades-sede ocupadas por vândalos e marginais. Apenas três dias após o início da Copa, o New York Times, aquele jornalão americano que não pode ser chamado de petista chapa-branca, tirou um sarro da nossa mídia ao reproduzir as previsões negativas que ela fazia nas manchetes até a véspera. Certamente, muitos torcedores-turistas que para cá viriam ficaram com medo e desistiram. Quem vai pagar por este prejuízo provocado pelo terrorismo midiático?
Agora, que tudo é festa, e o mundo celebra a mais bela Copa do Mundo das últimos décadas, com tudo funcionando e nenhuma desgraça até o momento em que escrevo, só querem faturar com o sucesso alheio e nos ameaçam com o tal do “legado”. Depois de jogar contra o tempo todo, querem dizer que, após a última partida, nada restará de bom para os brasileiros aproveitarem o investimento feito. Como assim? Vai ser tudo implodido?
A canalhice não tem limites, como se fossemos todos idiotas sem memória e já tenhamos esquecido tudo o que eles falaram e escreveram desde que o Brasil foi escolhido, em 2007, para sediar o Mundial da Fifa. Pois aconteceu tudo ao contrário do que previam e ninguém veio a público até agora para pedir desculpas.
Como vivem em outro mundo, distantes da vida real do dia a dia do brasileiro, jornalistas donos da verdade e do saber não contaram com a incrível capacidade deste povo de superar dificuldades, dar a volta por cima, na raça e no improviso, para cumprir a palavra empenhada.
Para alcançar seus mal disfarçados objetivos políticos e eleitorais, após três derrotas seguidas, os antigos “formadores de opinião” abrigados no Instituto Millenium resolveram partir para o vale tudo, e quebraram a cara.
Qualquer que seja o resultado final dentro do campo, esta gente sombria e triste já perdeu, e a força do povo brasileiro ganhou mais uma vez. Este é maior legado da Copa, a grande confraternização mundial que tomou conta das ruas, resgatando a nossa autoestima, a alegria e a cordialidade, em lugar das “manifestações pacíficas” esperadas pelos black blocs da mídia para alimentar o baixo astral e melar a festa. Pois tem muito gringo por aí que já não quer mais nem voltar para seu país. Poderiam trocar com os nativos que não gostam daqui.
Que tal?
Em tempo: a 18 dias do início da Copa, escrevi um texto de ficção para a revista Brasileiros que está nas bancas, com o título “Deu zebra: ganhamos e o Brasil fez bonito”. Repito: trata-se de um exercício de ficção sobre um possível epílogo do Mundial.
Para acessar:
htpp://www.revistabrasileiros.com.br/?p=95905