domingo, 30 de maio de 2010

O perigo da volta do Serra que “já foi”


BLOG DO U: Acabei de ler um texto do Brisola Neto em seu blog o tijolaço, achei muito lúcido e vou transcrever aqui no blog, leiam muito interessante;



O projeto que a direita brasileira traçara, cuidadosamente, para tentar retormar o poder total – porque totalmente do poder ela jamais saiu – está arruinado.


A essência deste projeto era a desinformação e o esfriamento do debate político. O desconhecimento de Dilma, o seu quase anonimato, era o seu trunfo. E, convenhamos, isso correspondia a uma realidade.


Um realidade que prevaleceria, se dependesse apenas do processo político convencional, inclusive das estruturas partidárias que apóiam Dilma, perdidas em composições eleitorais, disputas por “cabeças de chapa” e disputas de “espaço interno”. As estruturas políticas convencionais da nossa “esquerda” estão acomodadas, sofrendo da “modorra” criada por anos de governo, de cargos, de praticar uma política que, embora diferente do ponto de vista dos seus objetivos, ia se tornando semelhante, em matéria eleitoral, à dos políticos conservadores.
Alguns fatores, porém, mudaram esta situação.


O primeiro, e mais importante deles, é que Lula nem de longe trabalhou com a tese de que seu retorno ao poder em 2014 fosse o objetivo central e, portanto, nunca adotou a posição de d’après moi le deluge (depois de mim, o dilúvio, que teria sido uma frase dita por Luís XV, rei da França). E olhem que isso não é raro com governantes populares e bem avaliados, e os mais velhos podem traçar paralelos com o que ocorreu com JK.


Ao contrário. Lula, desde o momento em que escolheu Dilma sinalizou que quem enfrentaria o processo eleitoral não seria o PT ou os partidos da base do Governo, mas ele, pessoalmente. Ele, que pela sua origem e estatura, sabe que o sucesso de seu governo deveu-se não à máquina, mas a si mesmo, quis alguém externo à máquina partidária, que não tinha como desafiá-lo e a quem não restava alternativa de, mesmo sem grande ânimo, senão aderir – para alguns com certo contragosto – à candidatura Dilma.


Tenho certeza que foi enorme o sofrimento pessoal do presidente ao sacrificar Ciro Gomes- que não apenas foi um aliado fiel como é uma figura humana cativante – em nome desta identificação única: Lula é Dilma e Dilma é Lula.


E Lula enfrentou, pra valer, o processo eleitoral. Expôs-se até ao um risco de quebra de sua “unanimidade”, jamais recolheu-se a uma falsa posição de árbitro ou de alheio ao processo, não seguiu o modelo “Bachelet” de manter-se um tanto quanto afastado da dinâmica eleitoral para que um eventual insucesso eleitoral não maculasse sua “canonização” política, o que era algo tão forte que até mesmo Serra – o prévio Serra – não hesitava em exaltar.


Ficou claro o que Lula queria deixar claro: Lula é Dilma e Dilma é Lula.


O segundo fator foi, por conta disso, a lucidez do povo brasileiro. Na sua simplicidade, soube – e está sabendo cada vez mais – ler o que dizia o presidente e corresponder a este entendimento. A adesão à candidatura Dilma espalhou-se como uma imensa hera, incontrolável, por vezes – para escândalo dos sabichões elitistas – de forma aparentemente irracional (mas, no fundo, totalmente lógica e razoável, por identificação a um momento novo na vida do país). Era “a muié do Lula”, termo que nossos “punhos de renda” desprezavam, mas que para o nosso povão, na sua sincera e genial compreensão, resumia perfeitamente o significado da candidatura que ele propunha às massas. Ah, como este nosso povo é lúcido quando os líderes se oferecem a ele como referência!


Ficou-lhe claro que Lula é Dilma e que Dilma é Lula.


O terceiro fator, menos importante do ponto de vista de massas, mas importantíssimo para que o debate formal e midiático não ficasse totalmente sob as rédeas da direita – como sempre aconteceu – foi esta nossa incipiente comunicação via web. As manobras, a parcialidade da mídia, as manipulações das pesquisas, tudo isso que sempre se fez impunemente nos processos eleitorais, de repente, viu-se sob o crivo de dezenas de milhares de olhos e suas contradições foram expostas, escritas num lugar em que centenas de milhares ou até milhões de pessoas poderiam ver.


Se a crise do capitalismo mundial abalou o mundo do pensamento único, foi aqui – e não na mídia convencional – que os outros pensamentos, as outras análises, os outros enfoques, as outras verdades encontraram o seu canal de expressão aberta, já não mais restritas aos circulos acadêmicos, partidários, corporativos.


Uma leitora, num depoimento que me comoveu profundamente, disse outro dia aqui que tinha largado as panelas do jantar de sua família para ler uma determinada análise política. Será que os nossos analistas políticos se dão conta do que vem a ser isso? Será que se dão conta do sentido sublime e genial desta participação de alguém que, para eles, é uma pessoa amorfa, conduzida de forma inciente pelo marketing?


A mudança de posição de Serra, abandonando o “lulismo”, tem dois significados.
O primeiro é que desabou a pretensão da direita de, sob mil artifícios de mídia e de pesquisas (e ambas se confundem, não é?), inaugurar a campanha eleitoral, com o “favoritismo” de Serra. Este favoritismo seria sua legitimação. Seria sua “ligação com o povo”, que o absolveria de ser, como é, o candidato anti-povo.


Ele a perdeu. Ele está fadado a começar a campanha como o candidato das elites , do “grand-monde” , ordem interna e da obediência externa.


E isso quer dizer que seu “teto” baixou para algo como os 30% dos votos que a direita, em geral, consegue reunir em qualquer pleito eleitoral. São estes que Serra busca consolidar. Ninguém ache que o sentimento anti-Lula se resuma aos 5 ou 6% que aparecem como avaliação de “ruim e péssimo” nas pesquisas sobre seu Governo. Ele é correspondente, isso sim, aos 24 ou 26% que não são classificados como “aprovação”.


Você mesmo pode verificar entre o seu círculo de relacionamentos que os que classificam o Governo como “razoável” são, em geral, eleitores do candidato anti-Lula.


Mas não se ganha eleição com 25 a 30%.


É preciso criar uma crise que desestabilize esta tendência natural.
Econômica, seria o ideal. Mas o caminho para isso parece estar fechado pela pujança que a economia brasileira tem, neste momento e, ao que tudo indica, terá nos próximos meses.
Resta a crise institucional. E ai, já vimos que estamos diante de alguém desligado de qualquer princípio ético e moral, que é capaz de mentir, de camuflar, de esconder ou de intrigar de todas as formas.


Nosso dever, aqui nesta nossa pequena janela que lança luz sobre os fatos, é não descuidar e nunca achar que o inimigo está derrotado. Porque ele não segue as regras do jogo democrático e eleitoral.


Vamos vencer, sim. Mas o preço desta vitória ainda nos será muito caro. Virão ainda mil e uma armações, além das que já estão em curso.


Talvez nos sirva o preceito bíblico: vigiai e orai. Mas com um acréscimo: vigiai, orai e lutai.
Comecemos mais uma semana de combate, meus amigos.


Com a serenidade dos que têm a razão a seu lado.
Mas com a dedicação e coragem dos que sabem que estão lutando uma grande batalha histórica.

BLOG DO U: Tem imagem que diz mais que mil palavras, vejam esta;



preciza dizer mais alguma coisa

sábado, 29 de maio de 2010

VISTIA DO SENADOR MERCADANTE - SP. A REGIÃO DE SOROCABA


BLOG DO U: O senador Aloizio Mercadante apresentou, em visita a Sorocaba, propostas para valorizar a economia das cidades do interior paulista.

Mercadante defendeu a criação da região metropolitana de Sorocaba. Com mais de dois milhões de habitantes, as 17 cidades que compõem a região já são responsáveis por 4,7% do PIB estadual. Atualmente, 68% da riqueza do estado está concentrada nas regiões de Campinas, Santos e da capital. Por outro lado, 440 municípios são responsáveis por apenas 5% do PIB paulista.

Para acabar com estas ilhas de pobreza e riqueza, Mercadante sugere a criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional, que apoiaria o crescimento das cidades, respeitando e valorizando o perfil econômico dos municípíos.

A ideia é suprir uma lacuna deixada com a venda do Banespa e Nossa Caixa. Aloizio Mercadante avalia que o ideal é repensar o desenvolvimento do estado para gerar mercado de trabalho nos municípios. Jovens migram cada vez mais para a Grande são Paulo atrás de uma oportunidade de emprego. Este cenário mudaria com a valorização das economias locais.

A região de Sorocaba, por exemplo, ganharia um forte impulso com a modernização do aeroporto e sua inclusão no sistema de tráfego aéreo nacional. A medida atrairia mais empresas de tecnologia para a área no entorno da Rodovia Castelo Branco, além de desafogar o aeroporto de Viracopos e Congonhas. Mercadante também defende a ampliação da malha ferroviária para desafogar e baratear o transporte de carga e aliviar os congestionamentos - principalmente nos acessos à capital.

"São Paulo, nos últimos anos, perdeu espaço no cenário nacional. É preciso planejar o fututo de forma organizada e compartilhada", afirmou o senador.


Cesar Ogata - Fotógrafo http://www.cesarogata.com.br/

VEM AÍ MAIS UMA PESQUISA DO VOX POPULI.



BLOG DO U: OS TUCANOS, DEMOS, PPS(NEOSOCIALISTA) E AGREGADOS, ESTÃO SE BORRANDO.
OS ULTRA DIREITA VIRAM DIZENDO A MESMA ASNEIRA DE SEMPRE.

DEMOs afundam na lama e levam os tucanos juntos.


BLOG DO U: A. E. deu a noticia, mas a grande mídia esconde quanto pode , mas nos blogueiros fazemos nossa parte replicamos a informação veja o texto:

O delator (?) do "mensalão do DEM" do Distrito Federal, Durval Barbosa, afirmou que o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), era um dos beneficiários do esquema montado pelo governador cassado José Roberto Arruda. "O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda", disse. Autor dos vídeos que levaram à queda de Arruda, de quem foi secretário de Relações Institucionais, Barbosa afirmou que a participação do presidente nacional do DEM é uma das vertentes da nova fase das investigações, com as quais colabora por meio de um acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF).
"O Ministério Público vai pegar", afirmou, referindo-se à suposta participação de Rodrigo Maia no desvio de dinheiro do governo do Distrito Federal. O ex-secretário também acusou o PMDB de receber pagamentos mensais do esquema de Arruda. Barbosa conversou com o jornal O Estado de S. Paulo na quarta-feira à noite, quando participava de uma festa para mais de 500 pessoas numa das casas de eventos mais badaladas de Brasília. Era a abertura de uma feira de noivas.


A metralhadora do delator do mensalão candango segue ativa. Além de disparar contra o presidente nacional do DEM, Barbosa afirmou que dirigentes do PMDB se beneficiavam do esquema de corrupção montado no governo Arruda. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. "Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB", afirmou Barbosa. "Inclusive tem um áudio sobre isso", emendou.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Parque Temático X Parque Industrial



BLOG DO U: Parque Temático X Parque Industrial


Muito bom a analise de Roberto Prestes na sua coluna semanal no Jornal Tribuna das Monções de uma clareza de desnudar o ex-prefeito, não sobrou pedra sobre pedra nos argumentos frágeis do ex-prefeito que assina o panfleto, alias tenho alguns da época de campanha que eles soltavam na calada da noite até perder a vergonha, pois nada acontecia e passarem a fazer isso durante o dia, e pior não sofreu nenhuma punição dos órgãos competente a época, pois soltar panfletos apócrifos é crime principalmente com calunias contra pessoas e acusações sem embasamento (provas), porque os panfletos apócrifos da época eram iguais, é muito parecidíssimo com esse atual, acho que o maketeiro da oposição continua o mesmo, nenhum, assim como os entregadores também são os mesmo, porém... A justiça tarda, mas não falha é esperar para ver.

Vamos falar da nota que o ex-prefeito Erval colocou na Tribuna, vejam vocês quanta incoerência, primeiro no que se refere a Itu com um terreno doado para criação de um distrito industrial, pasme doado pelo governador de São Paulo senhor José Serra, é, e para nós senhor ex-prefeito o Senhor Governador José Serra manda um presídio, legal porque será que em vez de doar a terra para cidade de Itu fazer um parque industrial ele não fez o presídio lá, e preferiu comprar nas Terras da Monções, afinal à distância que nos separa de Itu é mínima, e no google o secretario de políticas de segurança publicas, poderia muito bem apontar com o seu dedo as terras devolutas do estado para instalar o presídio, será que José Serra tem alguma coisa contra nós portofelisense, porém...

Porém, em artigo neste mesmo jornal o próprio ex-prefeito Erval defendeu a vinda do presídio para nossa cidade, o que o senhor ex-prefeito quer é que Porto feliz e seus portofelissense abaixe a cabeça e aceite o presídio aqui enquanto Itu tem terra doadas pelo estado para fazer parque industrial, que bom o senhor pensa assim ex-prefeito Erval, mostra a diferença gritante de governar. Maffei e o Partido dos Trabalhadores não se renderam as pressões do Senhor José Serra, e tenho certa que o povo de Porto Feliz estará com eles, vamos ficar atento a qualquer sinal de movimento das futuras instalações dos presídios, e ajudar o Maffei, Partido dos Trabalhadores, seus VEREADORES e aliados, a defender Porto Feliz.

Alias a instalação do Parque temático religioso será um dos argumentos, pois se trata de turista visitando nossa cidade e nos ajudara a impedir a vinda do presídio aqui na nossa cidade, afinal a cidade de Itu citada no panfleto é turística, porque entre outros fatos históricos, como capital da república, um personagem a colocou muito na mídia dizendo que em Itu tudo é grande, e com isso o estado tem dificuldade de lá instalar o presídio, por se tratar de uma região histórica e turística, talvez seja isso que o ex-prefeito e seu grupo político e três vereadores hoje na câmara municipal votam contra o desenvolvimento e é contra a cidade torna-se turística e por isso contra o povo de Porto Feliz, porém...

Porém, isso quer dizer que quando foi a favor do presídio ou quando é contra que Porto Feliz se torne visitada turisticamente, seja lá por qual segmento for, eles têm a visão tacanha de achar que progresso só se dá com industrialização ou ele e seu grupo político querem é acomodar no colo do outro autoritário Senhor José Serra a placa que lê falta construidor de presídio principalmente em cidades onde os pupilos deles não estão governando, para gerar a insegurança total, o que será que pensa a Senhora Rita Passo Secretaria de Social do Governo José Serra e esposa de Herculano prefeito de Itu da vinda do presídio na região ou na sua própria cidade, seria interessante saber.

Por essa e por outra que Maffei é tão amado pelo seu povo, e o PT é tão respeitado, pois eles têm a clareza do que a cidade de Porto feliz precisa, e pode ter certeza ele não descansará e nem o Partido dos Trabalhadores deixará de lutar para que essa terra seja turística, o mote para impedir a vinda do presídio passa por muitas coisas, mas pode ter a certeza uns dos principais é Porto Feliz transformada em cidade turística, é claro além dos muitos fatos históricos, ela será a única cidade na América do Sul a ter um parque temático religioso para a três maiores religião do mundo o Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, porém...

Queremos parque temático, minha casa minha vida, estádio de futebol, escolas, indústrias e desenvolvimento para Porto Feliz, venham do segmento que for, o que temos certeza também é que, não queremos presídio, nada contra quem os tem, mas a cidade de Porto Feliz precisa primeiro estruturar e preparar para o futuro, coisa que os antigos prefeitos nunca pensaram inclusive e principalmente o ex-prefeito, afinal Maffei ganhou a eleições com aproximadamente 70% dos votos da cidade em 2008, o Partido dos Trabalhadores - PT ganhou as eleições em 2004, com 150 votos de diferença isso é a verdade factual.

Quando o Jornalista Prestes coloca a questão legal, creio eu que ele se refere à forma autoritária que o ex-prefeito governava a cidade, não respeitando nada nem as leis, prova disso são suas condenações na justiça, diga condenações todas passiveis de recurso e defesa, mas são mostras de que à forma de governar é contrário às leis do nosso país, porém...

Porém, nossa cidade evoluí a cada dia, temos a certeza que estamos no caminho certo e que faremos de nossa cidade a grandeza que ela e seu povo merecem, com muito amor e fé em Deus e muita humildade para mudar e arrumar a rota sempre que necessário sem o autoritarismo de outrora. Porém...

Porém,a verdade´é que o ex-prefeito está contra a vinda do parque temático religioso e contra o projeto minha casa minha vida do Governo Federal, pois como disse acima ele é a favor de José Serra e contra Lula, e obviamente contra o PT coisa que somos carecas de saber.

Alias o ex-prefeito sempre foi contra nós do Partido dos Trabalhadores, nós sempre estivemos em lado oposto, eles defende o populismo o autoritarismo como forma de governar, nós defendemos a democracia, o dialogo, a compreensão e a humildade como forma de governar, porém...

Porém, não podemos nos calar diante de algumas colocações do ex-prefeito as quais respeitamos, mas que discordamos categoricamente, principalmente quando ele diz que nas assembléias públicas só tinha funcionários da prefeitura, pura inverdade, pois tinham alguns funcionários sim, afinal à assembléia era ato oficial do governo, mas na sua maioria eram moradores do local que foram convidados dignamente e foram voluntariamente às assembléias, alem é claros das autoridades religiosas e públicas desta cidade inclusive o ex-prefeito, porém....

Porém, em vez de defender suas idéias sem ser contestado por ninguém, preferiu atacar alguns projetos nosso e desabafar sua duas derrota, alias o ex-prefeito como de costume sempre faz isso, escutamos e é da democracia, mas ele perdeu tempo precioso para expor suas idéias e contra argumentar ao nosso projeto com um projeto alternativo ao nosso, pois o nosso é por lá na antiga área industrial, três grandes empreendimento, depois das primeira e segunda ardência ele até fez isso, mas não foi o suficiente para convencer quem lá estava e nós demos seqüência no processo e isso faz parte do poder democrático que nos foi outorgado pelo povo de Porto Feliz nas duas eleições supracitada.

Fico ainda com a esperança que o ex-prefeito entenda que nosso futuro passa não só por indústria que é essencial para nossa cidade, mas outros pólos geradores de emprego também têm que ser levado em considerações, tais como, o empreendimento do JHavila a Traffic que esta construída de forma legal e que o tipo de empreendimento dele o esportivo nunca vai gerar poluente para nosso Avecuia, muito contraio as coisa que o ex-prefeito diz, pois o mesmo não será possível garantir de um parque industrial seja ela de que seguimento for, mas que outro tipos de industria de entretenimento como, por exemplo, o turístico seja ele religioso ou não, os empreendimento de construções, agro-negócios, etc..., são fundamentais para uma cidade de nosso porte, pois dará a nós a segurança de que nas crises tanto interna como externa nunca nos pegará de surpresa.

Tempos atrás já fomos vitima da cultura de seguimento único, dois grandes fechamentos um da fabrica mães dos homens onde gerou muitos desempregados na cidade, a outra foi a da antiga usina de açúcar que por sinal foi fechada coincidência ou não depois de uma assembléia onde o ex-prefeito Erval a época candidato a prefeito fez em frente do prédio da usina num ato a favor da greve, alias greve que definiu o fechamento da unidade de Porto Feliz e permanecendo a unidade na nossa vizinha cidade de Rafard, mais uma mostra que o ex-prefeito seus seguidores os três vereadores sempre estiveram e estão do lado contrario ao crescimento de Porto Feliz e fazem algumas avaliações erroneamente.

Vamos seguir o que Presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores fez com o Brasil não ficando mais dependente de um único exportador o EUA, ele fez relação comercial com outros paises um verdadeiro vendedor de nosso produto, o que certamente nos livrou de uma recessão muito grande na crise de 2009, a maior desde a grande crise de1929, época que o Brasil era dependente da exportação do café um único produto, por isso, devemos seguir o exemplo de Lula e do Partido dos Trabalhadores e fazer nossa cidade ter o maior números de empregos em diversas áreas para que nas crises interna e externa sejamos menos vulneráveis. Podem ter certeza o prefeito Maffei e sua equipe assim como Partido dos Trabalhadores o farão, e de tudo para que isso ocorra e a cidade seja mais feliz e nossa gente faça a história deste país.

Chegou a hora desta gente blogada mostrar seu valor




BLOG DO U: Eu não posso assumir a função de advogado, não posso assumir a função de dirigente da campanha da Dilma, não posso oferecer mais que minhas poucas horas de direito ao descanso e ao convívio com minha família, sustentando o combate aqui nesta fronteira cibernética. Mas onde houver chance de lutar, vou lutar, com as armas da democracia, do esclarecimento e da mobilização.



Aí em cima está o selo criado para marcar nossa adesão (criado pelo Brisola Neto em seu blog) a uma campanha eleitoral que se decida com o voto popular, não na mídia, nos escritórios de advocacia, nos gabinetes de marqueteiros, de políticos e, sobretudo, não no Judiciário.



Já coloquei no meu blog. Sugiro que todos os blogueiros comprometidos com a causa da democracia, independentemente de partidos, façam o mesmo. E que reproduzam, como puderem, no Orkut, no Facebook, no Twitter, nos “templates” de e-mail, avatares, enfim, onde der e puder.



É preciso que vejam que, por toda a parte, existem brasileiros que dizem: eleição se ganha é no voto!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Só por cima do meu cadáver tambem.



BLOG DO U: Pessoal preste atenção neste texto, quero fazer uma reflexão do nosso momento político no país.
Vamos chamar pelo que é esse ensaio da próxima linha de ataque da direita brasileira: tentativa de golpe contra a vontade popular. Simples assim. Com base em interpretação dúbia de leis, a direita quer fazer a Justiça Eleitoral tirar da disputa pela Presidência da República a sua principal adversária exatamente no momento em que vai ficando claro que a eleição dela é vontade da maioria do eleitorado brasileiro.

E não é porque a lei eleitoral trata os brasileiros como burros que eles são, pois todos sabemos que vantagem ilegal tem, sim, o PSDB, pois tem toda mídia, inclusive as concessões públicas de rádio e tevê, do lado dele, dizendo que Dilma “cometeu gafe”, que sua campanha “vai mal”, que ela está “empacada”, que um de seus marqueteiros é uma besta etc.

É de estranhar uma justiça eleitoral que não enxerga o abuso de poder econômico que são as propagandas do governo de São Paulo em todas as rádios e tevês durante toda a programação de todas as emissoras abertas e até fechadas à razão de pelo menos umas 10 peças publicitárias por hora, às vezes mais.

E essa, acima, é apenas uma das incoerências dos tucanos, que atacam adversários pelo que fazem desabridamente em termos de campanha eleitoral antecipada e de vantagem injusta sobre o adversário.

O PT teve o programa dele de dez minutos e os tucanos terão o seu. Podem aproveitar para difundir Serra ou não, mas já aproveitaram antes e há várias provas gravadas, a maioria das quais não vieram a público, sem falar que a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, ao dizer que há mais provas contra o PT, contra o PSDB não disse que não há, mas que há menos, apenas.

O que é estranho é que a procuradora disse que há menos provas contra o PSDB porque ele não tem a máquina pública, sendo que, até algumas semanas, teve apenas o segundo orçamento do país nas mãos, o de São Paulo, e continua tendo, como se vê nas exaltações do governo tucano paulista em programas caríssimos em todos os horários de rádio e tevê.

Enfim, quero crer, ainda, que a Justiça Eleitoral deverá funcionar e que a doutora Sandra saberá explicar o grande número de posições contra o PT e o número zero de posições contra o PSDB que tem adotado, pois a aceitação da representação do Movimento dos Sem Mídia foi totalmente apartidária, para investigar institutos de pesquisa dos dois lados, se é que algum deles tem lado…
Mas, enfim, acho que chegou a hora de a onça beber água. Acho que a sociedade civil deve começar a se mobilizar já e os partidos da aliança governista que sustenta Dilma Rousseff devem pedir explicações à Justiça Eleitoral.

Quanto a mim, já me considero engajado em qualquer forma de resistência a um golpe análogo ao de Honduras, que a mídia brasileira carinhosamente chamou de “constitucional” – ou seja, um golpe de Estado, uma ruptura ilegal da democracia por definição, passa a ser compatível com a mesma Constituição que proíbe golpes, na visão da direita brasileira.

E também comunico que o Movimento dos Sem Mídia já se mobiliza para analisar e agir contra essa possibilidade de ruptura “constitucional” do processo eleitoral legal e democrático no qual somente o povo tem poder para decidir, pois considera que cassar uma candidatura que vem crescendo com intensidade devido ao amplo apoio popular, é golpe.

O próximo passo do MSM virá no momento oportuno, pois. Mas o da sociedade civil deveria começar já, na impossibilidade de ter começado ontem.


domingo, 23 de maio de 2010

O ELEVADOR DA CAMPANHA PRESEDENCIAL.


BLOG DO U: QUEM SOBE E QUEM DESCE NA TABELA...

Se PSDB quiser, pode colocar o FHC na propaganda de Serra


BLOG DO U: Ao assistir a TV assembléia na Camara Federal ouvi e vi o deputado João Almeida (PSDB/BA), líder tucano na Câmara, mostra-se estressado, ao dizer que o resultado da pesquisa Datafolha não "causa estresse".


Ele coloca a "culpa" pelo resultado da pesquisa na propaganda do PT, por ter usado a imagem de Lula.


Ora, o PSDB terá seu programa em rede nacional, de 10 minutos, no dia 17 de junho. Pode lançar mão do mesmo modelo, e colocar no programa FHC para falar do Serra.


Garanto que ninguém do PT, nem dos demais partidos aliados, irão reclamar. Os demo-tucanos estão reclamando do quê?

O plano B da direita, temos que ficar de olho.



BLOG DO U: Esta na hora de nos socialista prestar atenção no discurso da mídia brasileira principalmente o consorcio de oposição da direita o PIG (Partido da Imprensa Golpista.).

Veja o texto do brilhante jornalista Eduardo Guimaraes, no blog dele cidadania.com.
Foi sintomática a preocupação dos leitores com matéria de pregação golpista publicada no sábado no blog do Josias de Souza – aquele que publicou foto de Marta Suplicy e Dilma Rousseff sob legenda contendo as palavras “vadias” e “vagabundas”. O post contém “entrevista” com Marco Aurélio Mello, primo de Fernando Collor de Mello, indicado por este para a Suprema Corte. Mello, em 2000, soltou o banqueiro Salvatore Cacciola, que fugiu do Brasil no mesmo dia em que recebeu o habeas-corpus.

Em síntese, esse juiz, ao melhor estilo Gilmar Mendes de ser, costuma antecipar, em “entrevistas”, decisões que pode tomar. Como Mendes, tornou-se uma espécie de “conselheiro jurídico” dos partidos de direita ora na oposição. Neste caso, sugeriu a eles que representem contra Dilma na Justiça Eleitoral pedindo a cassação de sua candidatura por conta do programa do PT no último dia 13 de maio, em que o partido fez campanha para ela.

Desde então, Globo, Folha, Estadão e Veja vêm batendo nesta tecla, sobretudo desde que saíram as pesquisas Vox Populi e Sensus. Mas a idéia desse plano B para a direita colocar novamente um despachante no governo do país ganhou força com a divulgação da pesquisa Datafolha, que, sob o olhar da Polícia Federal, teve que se render aos institutos de pesquisa que a Folha de São Paulo tentou desmoralizar quando mostraram a força da candidata petista.

Não tenho a menor dúvida de que, conforme for caindo a ficha da direita brasileira de que um governo tão bem avaliado quanto o de Lula dificilmente deixará de fazer seu sucessor, essa idéia para tentar eleger José Serra sem ser pela via eleitoral ganhará força. Contudo, há alguns entraves a tal idéia os quais, obviamente, serão desprezados quando o desespero eleitoral tucano-midiático aumentar diante da perspectiva de mais quatro anos fora do poder.

São vários os entraves ao plano B destro. Pesa contra Serra, por exemplo, praticamente o mesmo que contra Dilma. Além de campanha eleitoral antecipada e abuso de poder que o candidato conservador praticou ao aparecer em programas de outros partidos em outros Estados e até em São Paulo, ele também usou a companhia de saneamento básico paulista, a Sabesp, para fazer propaganda de seu governo por todo Brasil.

Enquanto a direita serrista não decide se embarca ou não nessa imprevisível aventura, a mídia fica batendo na tecla de que Lula e Dilma estariam cometendo “crime” ao fazerem proselitismo político “antecipado”. Como se vê, Globo e companhia já pensam em imprimir na memória popular uma justificativa para uma eventual medida judicial pedindo a cassação da candidata à qual se opõem.

No sábado, na Globo News, a jornalista Cristiana Lobo falava abertamente nisso, mas considerando que a chance de sucesso de tal medida (tentar cassar Dilma caso ela se eleja, ou até mesmo antes) seria pequena porque Lula, com sua popularidade imensa, “jogaria o país contra o Judiciário”. Não foi dita uma só palavra sobre a campanha antecipada de Serra, claro.

Mas os principais entraves a uma medida desesperada como essa ainda não foram mencionados. São eles a repercussão de um discurso desses – sobre cassar a candidata de Lula – entre o eleitorado e o medo do empresariado, que financia os partidos de direita, dos prejuízos que teria com a onda de greves que sobreviria e com o repúdio da comunidade internacional, que pode descambar até para pesadas sanções comerciais e econômicas contra o Brasil se sua direita tentar eleger seu candidato por via não-eleitoral.

E é entre o eleitorado que talvez esteja o principal problema desse recurso ao terceiro turno. Pegaria muito mal. Denotaria que Serra acha que não terá votos e que, por isso, tenta ganhar no tapetão. E como não dá para ter certeza de que a Justiça Eleitoral seria capaz de contrariar a vontade da maioria dos brasileiros, ficar falando em cassação de candidatura por conta de uma infração que todos estão cometendo só servirá para aumentar a percepção de inevitabilidade da vitória de Dilma.

Contudo, não podemos nos esquecer de que a paranóica direita brasileira está perdendo o sono ante a possibilidade de ser eleita presidente uma mulher que essa facção política prendeu e torturou por três anos, de forma que os preparativos de movimentos sociais, de sindicatos, enfim, da sociedade civil devem ir sendo feitos, pois, de uma vez que fique materializada a inevitabilidade da eleição de Dilma, tenho poucas dúvidas de que Serra tentará o tapetão.
Escrito por Eduardo Guimarães às 08h15

sábado, 22 de maio de 2010

Serra adora chimarrão olha o sorriso dele....


BLOG DO U: A foto dispensa comentários, mas atentem para as caras dos deputados que estão na mesa com o ex-governador de São Paulo.

PSDB passa a perna em Alckmin, novamente!



BLOG DO U: Esta poderia ser mais uma daquelas fabulosas terorias da conspiração que circulam impunemente por aí.

Mas não é.

A candidatura de Paulo Skaf ao governo de SP pelo PSB de Ciro é uma demonstração de que Serra se enoja com seus aliados com o mesmo fervor que tem nojo dos inimigos.

Saindo o Zé pra concorrer à Presidência da República, com o apoio integral da mídia tucana brasileira, sobraria a candidatura ao Governo ao ex-ocupante da cadeira, o vice de Covas que governou por dois mandatos e meio (abrindo a brecha da possibilidade jurídica de um detentor do Poder Executivo ser candidato à vice nas eleições seguintes).

Só que ninguém do PSDB paulista está disposto a dar essa mãozinha ao picolé de chuchú (nas palavras do Simão). Geraldo não tem apoio nem dentro do próprio partido.

A debandada do empresariado é geral. Skaf é a melhor opção.

O que se passa? Uma disputa de fachada saboreada nos bastidores pelo PIB nacional. O PSDB fica quieto e deixa Skaf prosseguir. Por mais que Geraldo venha a espernear, ele não manda nada, mesmo.

E (quase) todos saem felizes.

Não sem antes atentar para a suma hipocrisia. Skaf pode até nao ter ido contra Lula em 2002, mas dizer que é "socialista" já é demais. Ou esqueceu que o "S' do PSB é isso?

Interessante mesmo é notar como Geraldo foi trapaceado de novo por seus mentores ideológicos neoliberais do tucanato. O mínimo que se esperaria do Zé e do FHC era um pouco de fidelidade aos ideias que ele defendeou com unhas e dentes durante tantos anos de governo. Era de se esperar que fizessem algum esforço pra manter a base unida.

Mas nada. No fechar das cortinas, FHC e Serra deixaram o barco correr e abandonaram Geraldo à própria sorte.

Pobre Geraldo.

É assim que o PSDB vai sumindo do mapa. Serra perde, Geraldo perde, FHC inexiste. A incrível história do partido que virou suco.
Com isso Mercadante vai remando rumo ao segundo turno da capital paulista e pelo visto já tem acordado com Eskaf o apoio para o segundo turno qualquer um deles que chegem.
É como disem no aqui no interior, no PSDB e cobra comendo cobra...

Dilma-Lula já faz Serra-FHC mudar discurso.


BLOG DO U: Veja o que diz Ricardo Kotscho em seu bog balio do Kotscho leia o texto:


Mais do que o empate (37 a 37), com a subida de Dilma e a queda de Serra, agora finalmente admitido também pelo Datafolha, foi a imediata mudança no discurso do candidato tucano que mais me chamou a atenção no noticiário político deste sábado.


Ao mesmo tempo em que se consolida a imagem de Dilma-Lula, acaba a versão “Serrinha Paz e Amor”, com elogios a Lula e ao governo, adotada pelo PSDB desde a largada para as Eleições 2010. Ontem à noite mesmo, certamente já sabendo dos números do Datafolha, Serra voltou ao figurino original.


Atacou duramente o PT e até colocou em dúvida a existência de Deus: “Se aquele que era o guardião da moral, da ética, do antipatrimonialismo toma outro rumo, o rumo oposto, para muita gente Deus morreu”. Se falar em “momento mais patrimonialista da nossa história” vai ou não lhe render votos, não se sabe, mas é certo que daqui para a frente o tom será outro.


Em encontro com seus aliados do PPS de Roberto Freire, na noite de sexta-feira, Serra saiu dos cuidados recomendados por seus marqueteiros e criticou duramente a política econômica, um dos esteios da popularidade do presidente Lula, que bateu novo recorde no Datafolha (foi a 76%):
“Nós estamos voltando rapidamente a um modelo (voltado exclusivamente para o setor agrícola para exportação) que não atende à demanda de emprego que o país possui. Nós precisamos de uma economia que desenvolva não apenas o setor primário”.


O que aconteceu, afinal, para justificar esta guinada dos resultados do Datafolha e, em consequência, do discurso do candidato da oposição? Segundo o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, foi a televisão:
“O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente”.


Sem tirar o mérito do competente programa do PT criado por João Santana na semana passada, em que o presidente Lula apresentou Dilma Rousseff como a sua candidata para dar continuidade às políticas do governo, o fato é que esta identificação por parte do eleitorado era só uma questão de tempo, como já vinha sendo mostrado pelas pesquisas Vox Populi e Sensus, divulgadas anteriormente. O programa serviu para apressar este tempo, antecipar uma tendência.


Na minha recente viagem pelo Nordeste, deu para perceber nas conversas com eleitores, principalmente nas cidades mais pobres do sertão, que muita gente ainda não sabe nem que teremos eleições presidenciais em outubro, muito menos quem são os candidatos. Alguns chegaram a falar vagamente que votariam na “mulher do Lula”, sem saber de quem se trata.
Se na pesquisa estimulada do Datafolha os dois principais candidatos chegam ao final de maio em situação de empate, abriu-se para cinco pontos a diferença na espontânea, agora fora da margem de erro: Dilma foi de 13 para 19, enquanto Serra subia de 12 para 14. Acrescente-se a isso o fato de 5% dos eleitores ainda terem intenção de votar em Lula, mais 3% que querem votar no “candidato de Lula” e mais 1% no “candidato do PT”.


Somados estes votos, que fatalmente irão para Dilma, quando todos forem informados de que ela é a candidata de Lula, a ex-ministra já poderia estar com 28% na espontânea neste momento.
Pela primeira vez, o Datafolha só trouxe notícias boas para Dilma e péssimas para Serra. Na rejeição, o índice de Dilma caiu de 24 para 20%, enquanto Serra subia de 24 para 27%. Na projeção de segundo turno, em que a pesquisa anterior, de abril, apontava uma diferença de 10 pontos a favor de Serra (50 a 40), agora Dilma aparece um ponto à frente (46 a 45).


Mais à vontade no papel de candidata, com menos gente dando palpite e falando em nome dela no comando da campanha, como eu já havia constatado no post anterior (“Virou de novo vento da campanha eleitoral”), tanto nos números das pesquisas como na sua atitude diante das platéias, Dilma inverteu os papéis com Serra, que começou melhor na largada, mas agora vai ter que rever toda sua estratégia.


É disto que falaremos nos próximos dias. Agora, será a vez de Serra e seus aliados ocuparem a televisão. Se o programa do PT se preocupou apenas em fazer de Lula o grande cabo eleitoral de Dilma, o que poderá dizer o programa do DEM na próxima semana?
Que Serra é o candidato de Rodrigo e Cesar Maia? Ou o PPS dirá que Serra é o candidato de Roberto Freire? E o do PSDB? Dirá que Serra é candidato de quem? Do próprio Serra, já que não é recomendável lembrar de FHC?


A campanha do candidato da oposição, que parecia caminhar tão bem, segundo o noticiário político, chega a uma encruzilhada. Já que não convém bater em Lula e no governo, que são rejeitados por apenas 5% da população, segundo o Datafolha, a única esperança de apresentar um fato novo na campanha para reverter a “onda Dilma”, que já começa a se formar, será convencer Aécio Neves a aceitar o papel de vice. Mesmo que ele aceite, o que parece improvável, já pode ser tarde demais.


Em campanhas presidencias, quando se começa a formar uma onda, como aconteceu com Fernando Henrique Cardoso e seu Plano Real, em 1994, ou com Lula e seu grito de mudança, em 2002, fica muito difícil detê-la. Os números das últimas pesquisas, confirmados agora pelo Datafolha, mostram um quadro que pode se tornar irreversível à medida em que o eleitorado tomar conhecimento de quem é candidato de quem e o que cada um representa.

Toureador X Touro, quem leva a melhor?


Foto em que, o toureiro espanhol Julio Aparicio leva uma chifrada nas fuças dada pelo touro que ele pretendia torturar até a morte

BLOG DO U: A tourada é um espetáculo deprimente ancorado em um argumento falacioso, o da tradição histórica, que, no fim das contas, pode ser usado para justificar tudo, inclusive o canibalismo e a pedofilia.
Eu não sei vocês, mas, em questão de tourada, eu sempre torço pelo touro.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O preço da capitulação mental

BLOG DO U: O TSE acaba de tomar duas decisões. A primeira de, contrariando o voto do relator, multar o instituto Sensus por corrigir um erro no registro de uma pesquisa – a anterior, onde Dilma ainda aparecia ligeiramente atrás de Serra, criminosamente atacada pelo PSDB, que chegou a divulgar distribuição mentirosa das entrevistas e, depois, disse que tinha se confundido com pesquisas e dado informações erradas à imprensa. A outra, a de multar o Presidente Lula por, em um evento do qual participou, ter dito que não podia dizer o nome de quem apoiava, mas que todos o sabiam.

A eleição foi, definitivamente, judicializada. Suas Excelências – e sei que me exponho falando isso – estão exercendo o seu dever com um rigorismo formal que, infelizmente, não têm diante de outras forças, que influenciam de maneira muito mais perversa e camuflada o processo eleitoral.
Se a mídia não pode ser compelida a ser equânime e equilibrada em sua cobertura além de um certo ponto – e com isso concordo, para que não ressuscitemos o fantasma da censura – também não o podem ser, além do razoável, os demais agentes públicos e privados.

O TSE vem de absolver o PSDB do uso de um site em que detrata, inclusive graficamente, o Presidente da República.. O Presidente, porém, deve ficar quieto, sob pena de multa. A alegação de que o site do PSDB não pedia votos para Serra se desmancha diante das ligações daquele com outros sites onde o faz.

Mas parte deste problema está na postura do PT, lamento dizer.
Seus dirigentes estão cheios de punhos de renda. Hoje ainda li declarações do presidente José Eduardo Dutra que deram toda margem a serem interpretadas, como foram, de que a eleição seguirá “empatada” até julho? De onde o presidente tirou esta afirmação? Em dois institutos de pesquisa, Dilma não só já passou a frente como continua em trajetória de alta.

Em condições normais, com o crescimento da informação pública de que é ela a candidata de Lula – é só olhar os detalhes das pesquisas – seu crescimento se acentuará.
Mas, como o PT – salvo honrosas exceções – não briga, não luta, não combate, para cada 20 ou 30 ações judiciais tucanas há uma em favor da pré-candidata Dilma Roussef.

O PSDB usou, em seu programa eleitoral de dezembro, 85% do tempo promovendo José Serra e Aécio Neves. O PT não os acionou. O Datafolha distorce e modifica em suas pesquisas, de forma evidente, a amostra que ele próprio registrou no TSE e nada acontece. O nosso comentarista Rafael Lima Silva, faz pouco, comentou que assistiu a inserções de propaganda do DEM com a presença de Serra (o que é expressamente vedado pela lei 9.096, em seu Art. 45, &1°, inc.I).

Poderia listar dúzias de situações. Até mesmo o descumprimento da lei 12.034, de setembro de 2009, que obriga a que do tempo dos programas partidários haja, ao menos, 10% dedicado à participação feminina (alterando o art. 45 da Lei 9.096 e determinando que compete aos programas partidários “promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento).”

Mas, não. Salvo alguns bons (graças a Deus, nem tão poucos) companheiros, que têm sangue nas guelras, há os que miam.Há os que dão a batalha como ganha e pensam apenas no lugar que lhes caberá na vitória na qual não expõem o peito.

Acham que Lula, e só o Lula, irá dar-lhes a vitória.

É verdade que temos um grande general, que está se arriscando pessoalmente. Vocês imaginam que um homem que não tivesse grande coragem pessoal se exponha, como o faz Lula, seja no processo eleitoral, seja no desempenho de suas funções presidenciais, como fez, agora, contra tudo e contra todos, inclusive contra a maior potência mundial, no caso do Irã.

Qualquer marqueteiro de meia-tigela teria dito: presidente, o senhor tem quase 80% de popularidade, esta história de Irã não vai lhe dar nem um por cento a mais, mas pode faze-lo perder muito, muito mais”.pensem, e vejam se não é verdade. Mas Lula cumpriu seu dever, expôs-se e saiu engrandecido, como o Brasil e, principalmente, o seu povo saiu mais informado e lúcido sobre questões que um país que era um “gigante-anão” no mundo jamais teve coragem de abordar.

Lula tem a nós, que somos soldados de um combate por nosso povo. Dele, não quero nada, senão que seja o que é, o símbolo de um povo que é capaz de tomar o futuro em suas mãos.
Mas temos um “meio campo” preguiçoso, aburguesado, acomodado.
Se estes não combaterem, tudo ficará a cargo do general e dos soldados. Se ele não fustigar, não agir, não oferecer resposta a cada ação do inimigo, tudo nos será mais pesado. Eles acreditam em contos de fada, idílicos. Nós, que nada temos do Estado, senão o poder que ele encarna de fazer-nos uma Nação, sabemos que a diferença entre vitória e derrota se conta em crianças sem futuro, em homens e mulheres desesperançados, em riquezas que se vão para nunca mais, em não sermos nós mesmos.

Mas não nos será impossível, nem nos amedrontará. Vimos a face da esperança, e ela se gravou em nossas almas e existências.

Jogamos aqui muito mais que nossas vidas, jogamos aqui o nosso destino como povo e como país.
Deus queira que possamos fazer esta luta com serenidade apaixonada. Mas se a tivermos de fazer, por falta de meios, com a fúria da paixão, aquela que fez Cristo brandir o chicote contra os vendilhões do tempo, a faremos, que não se enganem.

Não somos liberais, muito menos neoliberais. Somos abandeirados, temos uma causa e um dever.
E ele será cumprido.

domingo, 16 de maio de 2010

Coimbra na Carta: esqueça o Globope e o Data-da-Folha. Ou: o Serra só tem


BLOG DO U: Coimbra pesquisa só vai interessar quando souberem quem o Lula quer

Marcos Coimbra, da Vox Populi, estreia uma coluna na Carta Capital, esta semana.
“A caminho da eleição” é o titulo.


É importante ler o que ele diz sobre as pesquisas desses dias que passam, em que boa parte do eleitorado ainda não sabe que a Dilma é a candidata do presidente mais popular da História.


Quando o eleitor sabe que ela é candidata do Lula, ela ganha do Serra com onze pontos na frente.
E o Serra só está à frente, porque 43% dos eleitores não conhecem a Dilma, ainda.


Mas, isso, com o tempo passa: e a imagem do Lula cola na del a.
A conclusão de Coimbra é especial: “Para Serra, só haverá boas notícias, se tudo o que está em curso mudar”.


Ou seja, amigo navegante, a única bala na agulha do Serra é desconstruir a Dilma.

Marcos Coimbra: A caminho da eleição


BLOG DO U: A Carta Capital esta com o colunista Marcos Coimbra e ele analisa a pesquisa, porém tem uma novidade que ninguem fala e que ele desmetifica.


Porque Lula fala com certeza que Dilma ganha ?


vejam abaixo.


por Marcos Coimbra, em Carta Capital
Há uma diferença que assume, neste ano, maior proeminência: a existente entre os que conhecem os candidatos e os que (ainda) não sabem quem são.


Os eleitores podem ser divididos e agrupados de várias maneiras. Podemos falar de distinções demográficas, de gênero ou idade, por exemplo. Ou de diferenças socioeconômicas, como as que existem entre as pessoas em função de renda, escolaridade ou situação ocupacional.


A diversidade regional é importante. Na última eleição, houve uma nítida geografia no voto, com o Sul indo para um lado e o Norte/Nordeste para outro.


Nesta, algo parecido acontece, ao menos por hora, com José Serra à frente onde Geraldo Alckmin havia ido bem e Dilma Rousseff se distanciando nos lugares onde Lula venceu.


As variações entre cidades pequenas e grandes, especialmente as metrópoles e as capitais, fazem parte de nosso folclore político. No interior, votava-se mais à direita, enquanto o voto urbano tendia a ir mais para candidatos de esquerda e para as oposições. Em seus primeiros anos, isso acontecia claramente com o PT. Hoje, mudou.


Todas essas diferenciações jogam seu papel nestas eleições. Olhando as pesquisas, vê-se que existem diferenças entre o que pensam fazer homens e mulheres, nordestinos e sulistas.


Mas há uma diferença que assume, neste ano, uma proeminência maior que no passado: a que existe entre os que conhecem os candidatos e os que (ainda) não sabem quem são. Essa é uma dimensão sempre fundamental na interpretação das pesquisas pré-eleitorais, mas nunca foi tão importante quanto agora.


A razão para isso é simples e tem a ver com três fatores. Primeiro, que temos um presidente que termina seu mandato com uma aprovação popular que nunca houve em nossa história.


Segundo, que esse presidente indica uma candidata e assegura que ela encarnará a continuidade de seu governo. Terceiro, que ela é pouco conhecida, pois só existe, por enquanto, uma candidatura (até pouco tempo atrás, duas) que os eleitores conhecem bem.


Ao contrário das outras diferenciações, a do nível de conhecimento dos candidatos tende a desaparecer ao longo da campanha. À medida que ela avança, a desinformação cai, se aproximando de zero, enquanto se amplia a informação.


No dia da eleição, teremos, desejavelmente, o universo de eleitores em condições semelhantes de escolha: todos podem optar entre todos os candidatos, pois têm deles um conhecimento parecido.


Enquanto estivermos distantes dessa situação de homogeneidade, as pesquisas de intenção de voto devem ser lidas com cuidado. Não que sejam menos válidas, mas por misturarem pessoas diferentes em um aspecto essencial da eleição.


É possível, no entanto, contornar esse problema. Basta considerar, em separado, as respostas dos que conhecem e dos que não conhecem os candidatos, de quem sabe e quem não sabe que Dilma é a candidata indicada por Lula. É o mesmo que se faz para comparar o que pensam jovens e velhos, ricos e pobres, moradores de áreas rurais e urbanas e todas as outras diferenciações.


Na última pesquisa publicada do Vox Populi, feita há um mês, a intenção estimulada de voto (considerados apenas três candidatos) do conjunto dos entrevistados foi de 38% para Serra, 33% para Dilma e 7% para Marina.


Nesse resultado médio estão, naturalmente, tanto as repostas das pessoas que acertaram a identificação de Dilma como candidata do presidente quanto das que erraram ou não souberam fazê-lo.


Quando, porém, se analisam separadamente as intenções de voto dos dois segmentos, vê-se um quadro diferente.


A tabela mostra que, se levarmos em conta as intenções de voto dos eleitores que sabem que Dilma é a candidata de Lula (que são 70% do total), ela está 11 pontos porcentuais na frente de Serra.


O ex-governador lidera no agregado apenas por ter uma imensa vantagem, de 43 pontos, entre os eleitores que não sabem quem ela é (e que são 30% do universo).


Um dia, esses que não sabem vão desaparecer e todos (ou quase todos) vão saber.


Para Dilma, a boa notícia é que os que não a conhecem são ainda mais propensos a votar nela que os que já o fazem.


Para Serra, só haverá boas notícias se tudo que está em curso mudar.

sábado, 15 de maio de 2010

O camarada Serra, sera?


BLOG DO U: Ao se declarar um homem de esquerda, durante entrevista na CBN, o ex-governador José Serra deve:

1) Ter caído em desgraça na revista Veja;

2) Ter caído em desgraça no Instituto Millennium;

3) Ter caído em desgraça na Fiesp;

4) Ter caído em desgraça no Clube Militar;

5) Ter caído em desgraça na ANJ;

6) Ter caído em desgraça nos blogs de esgoto;

7) Ter caído em desgraça na TFP;

8) Ter caído em desgraça na UDR;

9) Ter caído em desgraça na CNA;

10) Ter caído em desgraça na CNI;

11) Ter caído em desgraça no DEM;

12) Ter caído em desgraça em Higienópolis;

13) Ter caído em desgraça nas Organizações Globo;

14) Ter caído em desgraça na Febraban;

15) Ter caído em desgraça no PSDB.

Então, fico imaginando quem, afinal, deverá votar em José Serra, o Vermelho:

1) Os 30 mil pernambucanos beneficiados pela plataforma de indústria naval fixada no estado como parte do PAC?

2) Os 60 milhões de brasileiros beneficiados pela distribuição de renda catalisada pelo Bolsa Família?

3) Os 32 milhões de brasileiros que saíram da condição de miseráveis à de consumidores?

4) Os 1,2 milhão de trabalhadores que recebem um salário mínimo que pulou de 60 dólares, da Era Tucana, para 200 dólares, no governo Lula?

5) Os trabalhadores sem-terra perseguidos no interior de São Paulo?

6) Os familiares dos motoboys assassinados pela PM paulista?

7) O delegado Protógenes Queiroz?

8) O juiz Fausto De Sanctis?

9) Os comunistas?

10) Os eleitores de Dilma Rousseff?

E, finalmente, alguém pode me explicar como é que um sujeito de esquerda pode aparecer todo sorridente numa foto ao lado da senadora Kátia Abreu? Seria um caso clássico de infiltração esquerdista nas hostes ruralistas?

Dilma ultrapassa Serra no Vox Populi: 37% x 34%


BLOG DO U: Pesquisa divulgada neste sábado pelo instituto Vox Populi mostra que Dilma ultrapassou Serra.

Na pesquisa estimulada, na qual a lista de candidatos é apresentada aos eleitores:


Dilma Rousseff (PT): 37%


dJosé Serra (PSDB): 34%


Marina Silva (PV): 7%


A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os votos brancos e nulos somam 8% e 14% não responderam ou não souberam responder.


Segundo turno já dá Dilma:


Dilma Rousseff (PT): 40%


dJosé Serra (PSDB): 37%


Os votos nulos e brancos somariam 9%.


Outros 13% de eleitores não responderam ou não souberam responder.

O tempo passa mas a velha Europa continua a mesma


BLOG DO U: Vejam só essa citação que encontrei do grande Eça de Queirós. Feita em 1872, ela parece feita ontem. Tem coisas européias que parecem ser eternas...


Mas lembrem-se no Brasil foi 500 anos deste mesmo remédio só agora nos 8 anos de Lula que as coisas mudaram, lei o texto brilhante de Eça.


"Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada econômica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".


Eça de Queiros, As Farpas, 1872.

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Instado por um leitor, fui ler post do deputado Brizola Neto em seu blog em que, com todo o conhecimento de causa de um parlamentar, vê risco de a oposição tucano-pefelê e essa quadrilha de bandidos que controla veículos de comunicação de história golpista como o jornal O Estado de São Paulo, buscarem alternativa não eleitoral para eleger José Serra.



É por falta de voto que a direita brasileira começa a flertar com o golpismo, como sempre foi neste país. E a Justiça Eleitoral, de acordo com o deputado pedetista e com a matéria do jornal paulista, estaria disposta a embarcar na mais nova aventura golpista da famigerada direita brasileira.



Caso seja verdade o que diz a matéria desse jornal calhorda, é muito grave a mera cogitação de impedir Dilma de disputar a eleição.



Que tem havido excessos nas pré-campanhas eleitorais de todos os candidatos, de todos os partidos e em todos os níveis em relação à lei esdrúxula que, a poucos meses da eleição, obriga a classe política a fingir que não haverá eleição, disso não resta a menor dúvida. Contudo, o fato de o PT estar cochilando ao não bater às portas da Justiça para reclamar que o PSDB faz exatamente a mesma coisa, não quer dizer que só a campanha de Dilma está em campo.



O Estadão prega a inelegibilidade de Dilma por conta dos programas eleitorais na tevê e no rádio de que ela participou recentemente. Isso porque, nas urnas, essa direita meliante que infesta o Brasil sabe que não vencerá a eleição.



A direita perdeu sua mais eficaz arma de fraude eleitoral com a representação do Movimento dos Sem Mídia, ou seja, a fraude em pesquisas, arma que tentaria induzir o eleitorado a votar em um José Serra falsamente colocado na dianteira. Então começa a se desesperar e a cogitar saídas golpistas, como sempre fez.



Pois aqui vai um aviso ao Estadão, à Globo, à Folha, à Veja e aos políticos que controlam esses veículos: NÃO TENTEM!!



A menos que os militares estejam dispostos a dar novo golpe de Estado, isolando o Brasil da comunidade internacional e destruindo todas as magníficas conquistas logradas pelo país depois da catástrofe tucana de oito anos no governo federal, os movimentos sociais, os sindicatos e, sobretudo, os cidadãos comuns de todas as partes do país sairão às ruas em defesa da democracia.



Querem multar, suprimir programas institucionais só de um dos lados na tevê e no rádio apesar de que o outro lado faz a mesma coisa? Enquanto o PT continuar dormindo no ponto, podem fazer, pois, apesar de o outro lado fazer a mesma coisa, estarão dentro da lei. Mas, no tapetão, vocês, canalhas reacionários e golpistas, não elegerão Serra.




Estou absolutamente certo de que não falo só por mim.




O povo brasileiro não aceitará nada menos do que uma disputa legítima entre Serra, Dilma, Marina e quem mais se candidatar. Se tentarem impedir essa disputa por conta de o candidato da elite apodrecida não ter votos fora de São Paulo, abrirão as portas do inferno. Podem acreditar

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Como a Tubaína passou a vender mais que a Coca Cola. Ou: é assim que o Serra pensa que vai ganhar


BLOG DO U: Bela comparação que fez o Paulo Henrique Amorim e seu blog converça afiada de uma olhada.

Tome Coca Cola, tome Cola Cola, tome Coca Cola – ele é um gênio

Diálogo com Tirésias, o profeta, que entende muito de marketing eleitoral.
- Tirésias, tem futuro esse negócio do Serra de não falar mal do Lula, dizer que ele está acima do bem e do mal ?, perguntei.
- Não menospreze o Gonzaga, meu filho, sentenciou o Tirésias, velho sábio.
- Que Gonzaga ?
- O Gonzaga, aquela de idade provincial, como você diz.
- O marketeiro do Serra ?
- Ele próprio, o Gonzaga.
- Mas, qual é a genialidade do Gonzaga ?
- Ele é que bolou o “pós-Lula”.
- O que é isso, “pós-Lula”, que futuro tem isso ?
- Primeiro, é ficar amigo do Lula, dar a impressão de que ama o Lula de paixão.
- Sim, mas ninguém leva isso a sério.
- Pode não levar a sério, mas tem uma estratégia marketeira por baixo disso.
- Qual é a “estratégia marketeira”?, perguntei, com certo desdém.
- Você já ouviu falar na Tubaína …
- Não é um refrigerante popular ?
- Isso, que vende muito no interior de São Paulo.
- E o que a Tubaína tem a ver com o “pós-Lula” ?
- O Gonzaga vendeu ao Serra o seguinte: não adianta brigar com a Coca Cola.
- Claro.
- Todo mundo gosta e bebe Coca Cola.
- Isso, a Coca Cola está “acima do bem e do mal”, completei o raciocínio.
- Aí, o Gonzaga falou pra Serra: elogie a Coca Cola, mande todo mundo tomar a Coca Cola.
- Desculpe, mas não entendo.
- É simples. Dirá o Serra – quer dizer, o Gonzaga – tome Coca Cola. Mas, quando for tomar outro refrigerante não tome mais Coca Cola.
- Quer dizer que o cara passa a vida toda a tomar Coca Cola, mas chega o Serra e diz que, na hora de tomar Coca Cola de novo, não tome Coca Cola de novo.
- Exato ! Você é brilhante.
- E aí, faz o que ?
- Tome Tubaína !
- Tubaína ?
- É. Tome Coca Cola, tome Coca Cola, mas, um dia, troque para Tubaína. Entendeu ?
- Claro. Tome Coca Cola e, em seguida, o “pós Coca Cola”, que é ele, a Tubaína.
- Você é um gênio.
- Calma. Gênio é o Serra !
- O Gonzaga, disse o Tirésias.
Pano rápido

Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 11 de maio de 2010

Bresser e a crise grega: a culpa não é do Estado; lembremos 98, quando Serra não era de "esquerda"


BLOG DO U: A Grécia é o elo mais fraco de um Capitalismo em crise: culpa não é do Estado, mas do sistema econômico. por escrevinhador (Luis Carlos Azenha)

Os "fundamentalistas de mercado" querem que o povo desavisado acredite numa fábula: a crise que corrói as instituições européias - a partir da Grécia - foi provocada (apenas) pelo descontrole das contas públicas. O Estado - ah, ele é sempre o culpado - teria crescido demais, com essa maldita mania de dar direitos sociais aos trabalhadores. Sabe como é: gregos, portugueses, italianos, espanhóis. Povos mediterrâneos, descontrolados, voluptuosos.

Trata-se de grossa mentira.
A "turma da bufunfa" (como diz o Paulo Nogueira Batista - "nosso" homem no FMI) usa os "fundamentalistas de mercado" para vender essa tese. Desde os anos 90 é assim. Aqui, no Escrevinhador, costumo chamar esse pessoal de "a turma da lição de casa". Passaram anos dizendo que o Brasil precisava fazer a "lição de casa": menos Estado, privatizações, mercado livre e desregulado. Essa seria a receita para o paraíso...

Foi a receita para o caos. E essa receita está na base também da crise na Grécia e na Europa.

O Capitalismo central está em crise. Esse é o fato.
E quando o capitalismo está em crise coisas incríveis podem acontecer. Até o Serra pode virar de "esquerda". Como ele se auto-definiu em entrevista recente.

Menos hipócrita é a posição de um outro tucano. Falo de Luiz Carlos Bresser-Pereira. Vale a pena ler o mais recente artigo de Bresser-Pereira. Sóbrio, sem idolatria ao mercado, ele avisa:

"A imprensa tem dado amplo noticiário sobre o assunto, mas afinal se limita a informar sobre o deficit público e a dívida pública do Estado grego, em vez de informar sobre o problema fundamental que não é do setor público, e sim do setor privado...".

E, mais adiante, vaticina:
A política de crescimento com poupança externa já vitimou muitos países. É preciso repensar radicalmente o problema das finanças internacionais e dos deficit em conta-corrente."
Por uma questão de delicadeza, talvez, Bresser tenha deixado de lembrar que entre as "vítimas" esteve o Brasil, em 98. Sob comando de FHC, o país apostou em financiamento externo para os déficits em suas contas. Afinal, o mercado internacional é tão bonzinho, não? Está aí pra nos ajudar, desde que façamos a "lição de casa".

E foi assim que fomos ao buraco. Quebramos em 98!

Naquela época, o Serra ainda não era de "esquerda"... E o Bresser ainda não dizia as coisas com tanta clareza.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ora direis, ouvir estrelas…certo perdeste o senso



BLOG DO U: José Serra, que andou ameaçando o Mercosul, sempre orientado por questões de mercado e não de relações entre países e povos, deveria conversar com Lula para saber o que é solidariedade entre vizinhos e como isso pode resultar em ganhos conjuntos. Lula poderia lhe contar, por exemplo, como o Brasil ajudou o Chile a ser o local para a instalação do maior telescópio do mundo a ser construído pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). É o E-ELT (European Extremely Large Telescope), que será “o grande olho no céu” – o maior telescópio óptico e infravermelho do mundo, com um espelho de 42 metros de diâmetro.
A história completa está na edição do último domingo do jornal chileno El Mercúrio. O E-ELT estava entre o Cerro Armazones, no deserto do Atacama, no Chile, e a ilha de Palma, na Espanha. Apesar do céu do deserto chileno ser considerado o melhor local do mundo para observações astronômicas, pesavam na decisão da ESO os 300 milhões de euros que a Espanha aportaria ao projeto se fosse a escolhida.

O Chile, pelas suas condições meteorológicas – o local onde será instalado o telescópio tem uma média de 320 noites propícias à observação por ano – já é o destino, hoje, onde cientistas brasileiros vão buscar oportunidades de estudos mais avançados.

Em meio à disputa, o governo chileno soube que o financiamento pesava na proposta e o presidente Piñera iniciou gestões com o Brasil para compensar a quantia que faltava para a conclusão do projeto. Piñera teve um encontro com Lula no dia 9 de abril, em Brasília, e o presidente brasileiro se comprometeu a enviar um comunicado à direção da ESO na Alemanha.

Lula sabia que o observatório no Chile beneficiaria também a nossa ciência, e escreveu uma carta dizendo que ao Brasil interessava participar da ESO desde que o telescópio gigante estivesse em um país sul-americano. Segundo o El Mercúrio, uma semana depois da carta de Lula, o Chile foi escolhido o local do novo telescópio, uma decisão que surpreendeu o governo chileno, que só a esperava para junho.

Pode ser que Lula nem tenha tido essa influência toda, mas deu uma grande demonstração de solidariedade ao Chile, cujo governo está ideologicamente muito longe do brasileiro. Com isso, também garantiu ao Brasil a condição de sócio astronômico do Chile e participação no projeto do telescópio gigante.

Mas tem gente que, de tão tecnocrata, não enxerga longe nem de telescópio.
Para estes não valem os versos de Bilac:
(…)só quem ama pode ter ouvido/ capaz de ouvir e de entender estrelas

domingo, 9 de maio de 2010

Serra, o do Brasil pobre, mais


BLOG DO U: De um estudo do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas: o gasto social per capita do Governo federal era de R$ 438,53. Nos primeiros anos do Governo Lula, quando ele ainda ia seguindo a cartilha do “paz e amor”, chegou a cair para R$ 402,31. A partir de 2005, quando Lula muda o Governo , o gasto social sobe fortemente, chegando em 2006 a R$ 992,33. Segundo matéria publicada ano passado pelo Estado de S. Paulo, entre 2004 e 2008, a despesa social cresceu a uma média anual de 18%. Ou seja, dobrou, em quatro anos.

No final de 2009, a revista Newsweek publicou o artigo “A terra de menos contraste – como o Brasil enfrentou a desigualdade”, onde diz que entre 2003 e 2008, “os 10% mais ricos ficaram 11% mais ricos, enquanto os 10% mais pobres aumentaram a renda em 72%”. O resultado, dia a revista, é que desde 2003 a desigualdade tinha caído 5,5% até quase dois anos atrás. E mais, se considerarmos que 2009 e este ano foram marcados por expressivos aumentos do salário mínimo e do consumo.

Agora vamos ver a turma que diz que “pode mais”.

Da Folha de S. Paulo, hoje:“Depois de terem merecido uma duplicação de verbas no ano eleitoral de 2006, os principais programas sociais de transferência de renda mantidos pelo governo paulista encolheram ao longo da administração do tucano José Serra.

Espécie de Bolsa Família local, o Renda Cidadã gastará menos com o pagamento de benefícios em 2010 do que há quatro anos, apesar de nova ampliação promovida em março -dias antes de Serra deixar o Palácio dos Bandeirantes com o objetivo de concorrer ao Planalto.

O orçamento atual do Ação Jovem, voltado para estudantes pobres de 15 a 24 anos, também é inferior ao do final do mandato de Geraldo Alckmin, que, como seu sucessor faz agora, tentava na época seu voo presidencial pelo PSDB.Juntos, os dois programas respondem hoje por cerca de 80% das despesas estaduais com transferências diretas de renda, classificadas na contabilidade oficial como “auxílios a pessoas físicas”, que caíram, de 2006 para 2009, de R$ 279,5 milhões para R$ 198,9 milhões. Considerada a inflação, a queda chega a 38%.”

Parabéns a todas as mamães do mundo


Bolsa Família: Mais de um milhão de famílias paulistas


EM HOMENAGEM AS MÃES DO BRASIL.

BLOG DO U: DILMA E SUA ENTREVISTA A ISTOÉ - PARTE II.





ISTOÉ – O que a sr. faria diferente do atual governo?
Dilma – Nós tivemos que trocar o pneu do carro com ele andando. Algumas coisas concluímos, em outras não conseguimos avançar. Acho imprescindível, para o patamar de crescimento atingido, fazer a reforma tributária. Não é proposta, é uma exigência. Se quisermos aumentar nossa produtividade e, consequentemente, nossa competitividade, precisamos acabar com coisas absurdas como a tributação em cascata.

ISTOÉ – O governo atual também diz que tentou fazer isto.

Dilma – Não deu agora porque reforma tributária significa conflito federativo. Aprendemos que é inviável fazer reforma tributária sem compensações porque ela tem tempos diferentes. Para neutralizar o efeito negativo da perda de arrecadação, vamos criar um fundo de compensação. Este é o único mecanismo negociável.

ISTOÉ – Os acordos políticos resultarão ainda em loteamento de cargos?

Dilma – Não. O apoio político é totalmente legítimo. Em todos os países há uma composição política que governa. O que você tem que exigir é padrões técnicos. Lutei muito para implantar isso no governo.

ISTOÉ – A sra. será avó, em breve.

E provavelmente seu neto nascerá num hospital privado e se educará numa escola particular. Em que momento a sra. acha que o Brasil estará pronto para mudar isso?Dilma – Quero muito que isso aconteça porque me esforcei muito para estudar numa excepcional escola pública, que era o Colégio Estadual de Minas Gerais. A gente fazia um vestibularzinho para passar ali. Era difícil. Este é o grande desafio do Brasil. Para a educação ser de qualidade, não é só prédio, laboratório, banda larga nas escolas. É, sobretudo, professor bem remunerado e com formação adequada.
ISTOÉ – Está satisfeita com o que foi feito?
Dilma – Acho que podemos melhorar.

“Depois que minha filha nasceu, tive uma gravideztubária.

Eu não podia mais ter filho”

ISTOÉ – A sra. será avó, em breve.

E provavelmente seu neto nascerá num hospital privado e se educará numa escola particular. Em que momento a sra. acha que o Brasil estará pronto para mudar isso?Dilma – Quero muito que isso aconteça porque me esforcei muito para estudar numa excepcional escola pública, que era o Colégio Estadual de Minas Gerais. A gente fazia um vestibularzinho para passar ali. Era difícil. Este é o grande desafio do Brasil. Para a educação ser de qualidade, não é só prédio, laboratório, banda larga nas escolas. É, sobretudo, professor bem remunerado e com formação adequada.

ISTOÉ – Seu neto vai ter uma superavó, moderna, talvez presidente da República.

Essa avó moderna também namora?Dilma – Olha, eu não namoro atual mente, apesar de recomendar para todo mundo. Acho que faz bem para a pele, para a alma, faz todo o bem do mundo.

ISTOÉ – Uma vez eleita, a sra. assumiria um relacionamento?

A sra. casaria no meio do mandato?Dilma – A vida não é assim, tem que se confluírem os astros…Eu não sou uma pessoa carente propriamente dita, tive uma vida afetiva muito boa, muito rica. Mas nos relacionamentos há uma variá vel que é estratégica, que é com quem eu vou casar. Essa variável estratégica eu tenho que saber, porque assim, no genérico, isso não existe. Agora, vamos supor que a pessoa seja maravilhosa e eu esteja apaixonadíssima…

“Não sou uma pessoa carente propriamentedita.
Tive uma vida afetiva muito boa, muito rica”
ISTOÉ – A sra. está fechada para isso?
Dilma – Não, ninguém pode estar na vida. Mas para mim é uma coisa muito distante. E depende dessa variável: que noivo é esse?
ISTOÉ – Qual a sua posição em relação ao aborto?
A sra. passou pela experiência de fazer um aborto?Dilma – Eu duvido que alguma mulher defenda e ache o aborto uma maravilha. O aborto é uma agressão ao corpo. Além de ser uma agressão, dói. Imagino que a pessoa saia de lá baqueada. Eu não tive que fazer aborto. Depois que minha filha nasceu, tive uma gravidez tubária, eu não podia mais ter filho. E antes disso só engravidei uma vez, quando perdi o filho por razões normais. Tive uma hemorragia, logo no início da gravidez, sem maiores efeitos físicos.
ISTOÉ – Isso foi antes de sua filha nascer?
Dilma – Foi antes. Tanto é que eu fiquei com muito medo de perder minha filha, quando fiquei grávida. Mas todas as minhas amigas que vi passarem por experiências de aborto entraram chorando e saíram chorando. Eu acho que, do ponto de vista de um governo, o aborto não é uma questão de foro íntimo, mas de saúde pública. Você não pode hoje segregar mulheres. Deixar para a população de baixa renda os métodos terríveis, como aquelas agulhas de tricô compridas, o uso de chás absurdos, de métodos absolutamente medievais, enquanto as mulheres de renda mais alta recorrem a clínicas privadas para fazer aborto. Há muita falsidade nisto.
ISTOÉ – A sra. defende uma legislação que descriminalize o aborto?
Dilma – Que obrigue a ter tratamento para as pessoas, para não haver risco de vida. Como nos países desenvolvidos do mundo inteiro. Atendimento público para quem estiver em condições de fazer o aborto ou querendo fazer o aborto.
ISTOÉ – A Igreja Católica se opõe a isto.
Dilma – Entendo perfeitamente. Numa democracia, a Igreja tem absoluto direito de externar sua posição.
ISTOÉ – A sra. é católica?
Dilma – Sou. Quer dizer, sou antes de tudo cristã. Num segundo momento sou católica. Tive minha formação no Colégio Sion.
ISTOÉ – A sra. passou por um tratamento para curar um câncer e precisa submeter-se a revisões periódicas. O que deu sua revisão dos seis meses?
Dilma – Agora faço de seis em seis meses. Fiz há pouco, em abril, e deu tudo perfeito.Existe na sociedade e em cada um de nós uma visão ainda muito pesada sobre a questão do câncer. E isso provoca nas pessoas muita dificuldade em tratar a doença Eu tive a sorte de descobrir cedo. Estava fazendo um exame no estômago e resolveram ver como estavam minhas coronárias. Eu fui para fazer um exame de coronária e descobri um linfoma.
ISTOÉ – Como a sra. reagiu?
Dilma – A notícia é impactante. Na hora eu não acreditei, estava me sentindo tão bem. Há uma contradição entre o que você sente e o que te falam. Para combater o câncer você precisa encontrar forças em você mesma. Tem que se voltar para você, não pode, de jeito nenhum, se entregar. Depois, você combate porque conta com apoio. Eu tive uma sorte danada, recebi apoio popular. Chegavam perto de mim e falavam que estavam rezando. A gente se comove muito. E também tive apoio dos amigos, do presidente, de meus colegas no governo.
“Eu quero Neymar e o Ganso na Seleção.
Eles trouxeram alegria de volta para o futebol”
ISTOÉ – A sra. rezava?
Dilma – Ah, você reza, sim. E reza principalmente porque não é o câncer que é ruim, é o tratamento.
ISTOÉ – A sra. tem medo que o câncer volte?
Dilma – Hoje não.
ISTOÉ – Como a sra. encara a vida depois disso?
Dilma – A gente dá mais valor a coisas que costumam passar despercebidas. Você olha para o sol e fica pensando se você vai poder continuar vendo esta coisa bonita. Você fica mais alerta. Só combate isso se tiver força interna. Vou contar uma coisa. Eu não conhecia a Ana Maria Braga e um dia ela me ligou e conversou comigo explicando como tinha vencido o câncer dela, que o dela era mais difícil, diferente, e que superou. Vou ter sempre uma dívida com ela, porque, de forma absolutamente solidária e humana, ela me ligou naquele momento.

ISTOÉ – Mudando de assunto, o Lula é um bom chefe?
Dilma – Sim. O Lula é uma pessoa extremamente afetiva. Ele não te olha como se você fosse um instrumento dele. Te olha como uma pessoa, te leva em consideração, te valoriza, brinca. Ele tem uma imensa qualidade: ele ri, ri de si mesmo.

ISTOÉ – A sra. também será assim como chefe?
Porque dizem que a senhora é o contrário disto, durona…Dilma – Você não pense que o Lula não é duro não, hein. É fácil até para você cobrar, em função disto. Basta dizer: amanhã tem reunião com o Lula. Simples…

ISTOÉ – As reuniões são muito longas?
Dilma – A busca de um consenso é um jeito que criamos no governo. Algumas vezes o presidente chamava isto de toyotismo. Não é a linha de montagem da Ford, onde cada um vai olhando só uma parte. É aquele método de ilha da Toyota, porque você faz tudo em conjunto. Outra coisa é que a gente sempre discute com os setores interessados. Sabe como saiu o Minha Casa, Minha Vida? Porque nós sentamos com eles (empresários da construção civil) e conversamos. Eles criticando o que se fazia, os 13 grandes mais a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil. Se você não fizer isso, se não for absolutamente exaustivo no debate do detalhe, o projeto não fica em pé. Na curva ele cai.

ISTOÉ – Hoje todo mundo comenta, inclusive dentro do partido, que, a partir da entrada do presidente na campanha, suas chances de vitória aumentam. A sra. traz essa expectativa também?
Dilma – Do nosso ponto de vista já é dado que o presidente participa. Nós nunca achamos que ele vai chegar um dia e participar depois. O presidente é a maior liderança do PT, a maior liderança da coligação do governo, uma das maiores lideranças do País, uma das maiores lideranças do mundo…

ISTOÉ – O fato de ter duas mulheres pela primeira vez concorrendo dará um tom diferente à campanha?
Dilma – Acho que as mulheres estão preparadas para pleitear as suas respectivas candidaturas e o Brasil está preparado para as mulheres agora. Penso que é muito importante que haja um olhar feminino sobre o Brasil. As mulheres são sensíveis e isso é uma grande qualidade. As mulheres são sensatas e objetivas até porque lidam na vida privada com condições que exigem isto. Ou você não conseguiria botar filho na escola, providenciar comida, mandar tomar banho, ir trabalhar… As mulheres também são corajosas: a gente segura dor, a gente encara.

ISTOÉ – A sra. é a favor ou contra a reeleição?
Dilma – Sou a favor. Acho muito importante.
ISTOÉ – A sra. cederia a possibilidade de uma reeleição para o presidente Lula, no caso de ele querer se candidatar em 2014?
Dilma – Ele já me disse para não responder a essa pergunta.

ISTOÉ – Até quando a sra. vai obedecer cegamente o que ele manda?
Dilma – Lula não exige obediências cegas.
ISTOÉ – A sra. acompanha futebol como o presidente Lula?
Dilma – Quero o Neymar e o Ganso na Seleção. Tenho muita simpatia pelo Ganso, aquele jeito meio desconcertado de falar. Mas gosto dos dois. Eles trouxeram alegria de volta para o futebol. Jogam de forma desconcertante e atrevida.