terça-feira, 7 de junho de 2011

Energia para consumir e vender, é o Brasil crescendo.


Image

BLOG O MURAL: O Plano Decenal de Energia para o período 2011-2020 - que contempla investimentos de mais de R$ 1 tri ao longo da década - traz a melhor notícia dos últimos tempos. Ele prevê que a produção de petróleo no País deverá quase triplicar até 2020, saltando dos atuais 2,3 milhões de barris/dia para 6,1 milhões de barris/dia.

As projeções foram feitas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Ministério de Minas e Energia. Segundo a EPE, a maior parte desta produção deverá vir de áreas com reservas ainda não confirmadas, como o pré-sal. Em entrevista para detalhar o plano, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que, da produção total, 2,9 milhões de barris deverão atender à demanda interna de petróleo. Já, o restante, ou 3,2 milhões de barris/dia, deverá ser destinado à exportação.

Excendente

A história fica ainda melhor. Além de mais petróleo para consumo e para a produção de derivados, o Brasil contará também com gás suficiente para as indústrias e as termoelétricas. E ainda corre o risco de dispor de excedente a para exportação.

"Temos agora mais detalhes sobre as reservas e o que poderá ser retirado dos campos do pré-sal", comentou Tolmasquim. A oferta potencial anual de gás natural entre 2011 para 2020 deverá quase dobrar, partindo dos atuais 109 milhões de metros cúbicos por dia para 193 milhões de m3 por dia.

Caso as térmicas sejam acionadas apenas parcialmente, conforme o previsto, de forma a apenas complementar as oscilações da oferta da energia hídrica nas épocas de seca, é possível ao país contar com um excedente de 42 milhões de m3 de gás natural a ser destinado ao mercado spot por meio dos leilões de fornecimento interruptível da Petrobrás.

Matriz mais limpa do mundo

Outro aspecto importante detalhado no Plano Decenal é o aumento da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira na próxima década. As fontes de energia hidráulica, eólica, etanol, biomassa e afins – até aqui limitadas a 44,8% da matriz, somarão 46,3%. Com isso, o Brasil continuará a ser o país de matriz mais limpa do mundo.

Em resumo, teremos energia suficiente para o mercado interno e para a exportação. E das receitas obtidas com esse excedente, poderemos investir na educação e inovação, no meio ambiente e na saúde, assim como na infra-estrutura e na cultura. Tudo isso a partir de uma matriz limpa. Difícil uma notícia melhor.


Foto: site de Minas e Energia

Sem comentários: