quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Marina Silva pode comprar gato por lebre, será?


BLOG DO U: É preciso saber o que deseja Marina. Ela quer usar a eleição para fazer propaganda de teses? Ou pretende construir uma alternativa de poder? Se for a segunda opção, a senadora do Acre precisará dar um jeito de achar seu caminho para sair do cercadinho.


Se Marina Silva sair mesmo do PT e virar candidata a presidente (ou será presidenta?) pelo PV, e se ela mostrar viabilidade eleitoral, não terá como avançar sem enfrentar alguns debates com algum grau de pragmatismo. É preciso saber o que deseja Marina. Ela quer usar a eleição para fazer propaganda de teses? Ou pretende construir uma alternativa de poder, ainda que estrategicamente?


Se for a segunda opção, a senadora do Acre precisará dar um passo em direção a algumas discussões que se faz necessário.


Um passo difícil de dar num país cujos maiores desafios são acelerar o desenvolvimento e ocupar efetivamente o território. Dá para fazer isso respeitando 100% a sustentabilidade? É possível (provável) que sim. Só que até agora ninguém disse como. No debate sobre a energia, por exemplo, acena-se com as ditas alternativas, como as provenientes da luz solar e dos ventos. Mas será realista falar em desenvolver o Brasil no ritmo desejado (e necessário) renunciando às demais fontes energéticas?


Por se tratar sim, de uma disputa de poder, há o risco de a agenda verde radical ser recebida como antinacional nos países do mundo subdesenvolvido. Mais ainda nos Brics, nações que finalmente ameaçam romper a hegemonia do Primeiro Mundo. Não é um xadrez fácil de jogar. É um jogo perigoso, que embute riscos a serem bem explorados em períodos eleitorais

São questões que se faz necessárias para que a candidata possa pelo menos começar a produzir um plano de governo baseado na realidade factual do país.


Como forma de ajudar o brilhante jornalista Paulo Henrique Amorim entrevistou o deputado estadual do partido Verde por São Paulo, o polemico Major Olímpio, Veja um trecho da entrevista o que ele diz;


O deputado estadual Major Olimpio, de São Paulo, acaba de romper com o PV. Em entrevista ao Brasília Confidencial, ele afirma que o PV abre mão até de seus projetos ambientais em nome de um “apoio cego” à aliança PSDB-DEM. Rebelado desde o início do mandato, em 2006, Major Olímpio aponta o fisiologismo do partido e a censura que o PV impôs a suas denúncias contra o Governo José Serra (PSDB). Para a senadora Marina Silva (PT), que pode fazer o caminho contrário, aderindo ao PV para concorrer à Presidência da República, ele manda um recado: “Você não merece esse engodo”.
Policial militar por 29 anos, eleito em 2006 pelo PV com 52.386 votos para a Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado fez um acordo com o partido e ficou com o mandato, depois de alegar justa causa para deixar a legenda. PT, PDT, PSOL e PTB estão sondando o deputado, que adianta: “Não vou simplesmente trocar de cela”.
Esse é o triste PV que o Estado de São Paulo tem e que a Marina Silva terá que subir no Palanque aqui se for realmente candidata, um partido fiél ao inimigo numero 1 da ecologia que se chama José Serra, ou uma sublegenda do PSDB-DEM.

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