BLOG DO U: O Jornalista Luiz Carlos Azenha relata o contracenso do poder politico no Brasil, de um lado uma mídia que quer desmontar o poder de um operário que chegou ao poder e tirou o previlegio de governar da redações dos jornais e emisora de tv de outro lado os senadores que querem a qualquer custo pegar o senado, único local politico que ainda resta para eles fazerem oposição ao governo e privatizar o pré-sal para os todo poderosos do mundo capitalista.
O resultado disso vocês ja conhecem é só olhar a Vale do Rio Doce, a Telêfonica, o Banespa, a Fepasa e as estradas paulista onde o pedagio reinda absoluto sem controle do governo.
Eu não votei no senador Ali Kamel
por Luiz Carlos Azenha (Vio o mundo)
Maravilhosa a polêmica que envolve o Senado brasileiro.
O elenco é portentoso. Artur Virgílio, Pedro Simon, José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo…
Vivemos uma época em que os políticos se transformaram em despachantes de luxo. Vide a CPI feita sob encomenda para atender aos interesses do banqueiro Daniel Dantas.
Quem influencia mais a política agrícola/agrária do Brasil: a Marina Silva ou a Monsanto? Quem faz as leis do setor de comunicação: a Globo ou o Mercadante?
Se assim é, se o sistema político brasileiro não dá conta de ser verdadeiramente democrático e de atender às demandas de todos os setores da população, enquanto na calada da noite atende a todos os grandes interesses dos conglomerados econômicos, que pelo menos não nos neguem o circo.
Sim, o pão talvez viesse se o Senado fosse extinto e fosse convocada uma Assembléia Nacional Constituinte para valer.
Mas a coragem nunca fez parte do cardápio político brasileiro. Quando a esquerda ascende ao poder rapidamente espera que esqueçam o que ela prometeu, do mesmo jeitinho que o ex-presidente FHC pediu que esquecessem o que ele escreveu. FHC, aliás, que andou nos advertindo contra “aventureiros”, da esquerda ou da direita, que poderiam empalmar o poder no rastro do “escândalo” do Senado.
Vai esperar sentado.
O Senado brasileiro não é hoje nem melhor, nem pior do que antes. É um corpo extremamente conservador da política brasileira. Por mim poderia, sim, ser extinto.
Mas, se não é, que sirva de circo.
Aviso logo que, nesse caso específico, torço para os bandidos.
Impagável ver Collor, Renan e Simon se pegando no plenário. Não há ingênuos naquele lugar, como voces bem sabem. É a antecipação da campanha eleitoral. A turma do Serra tentando enfraquecer a turma da Dilma. As duas turmas se merecem.
E eu torço para os bandidos dos dois lados. Sim, porque nesse enredo novelesco-televisivo — hoje um dos senadores da oposição disse dramaticamente aos jornalistas viver “num calvário” — os mocinhos são aqueles que a campanha de José Serra encarregou de “estimular” a massa: Ali Kamel, Otavinho e os editores de Veja, aqueles que plantaram uma serpente no Congresso.
São os assessores, por assim dizer, “imagéticos” da “crise do Senado”.
São os encarregados de mobilizar a opinião pública com o objetivo de derrubar Sarney.
Além de interditar os debates necessários, que a sociedade brasileira precisa fazer — sobre o pré-sal, por exemplo –, os “assessores” querem pautar a opinião pública, o Congresso e o Planalto sem terem obtido um voto sequer para isso.
É por isso que fico com Sarney, Agripino Maia, Renan Calheiros e tudo o mais que o Senado nos reserva.
Eu não votei no Ali Kamel.
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