BLOG O MURAL: A questão relacionada ao nosso Rio Tietê é de estrema gravidade, pois desde 1990 vem se falando em limpar o rio para que ele se torne limpo e saudável. O que sabemos sempre é pela imprensa e muitas das vezes essa mesma imprensa que sobrevive do dinheiro dos grandes empresários que sempre aparece defendendo o rio, mas a verdade que não é mostrado pela mesma imprensa é que estes mesmo empresários não querem o rio limpo e explico o porquê de minha tese.
Simples se os rios, não só o Tietê, mas o Tamanduatei, Pinheiros e o Aricanduva que são os principais da grande São Paulo estiver limpo onde as empresas de toda grande São Paulo que inclui ABC, entre outras cidades do entorno de São Paulo iria despejar os dejetos não dos humanos, mas os dejetos da fábrica que eles têm que tratar, e que encarece seu produto e eles perdem mercados, pois perdem competitividade no ramos de suas atuações, pro isso não tratam 100% e jogam mais do que deveriam jogar nos pobres rios.
Com tudo isso é impossível nos vermos esses rios limpos, pois não a interesse do estado, não a interesse dos empresários de despuluir, e nem da mídia de denunciar isso, sobram somente os bravos combatentes de ONGs que ficam batendo de frente com ajuda de algumas pessoas da população que tem mais noção da gravidade de se ter um rio poluído passando na sua cidade. Temos que levar em conta também que a ONGs que se corrompe em favor dos industriais e ficam fazendo média para inglês ver, e deixa de fiscalizar e cobrar soluções para esse descaso do estado e das indústrias com nosso maior patrimônio natural o rio.
O PSDB esta a frente deste projeto há 17 anos, mas ainda não achou ou encontrou força suficiente respaldos na sociedade e na mídia para cobrar das indústrias e comércio alem é claro das cidades esse naco de responsabilidade, alem disso, dizer que só o esgoto doméstico é que polui, estão ocultando os maiores poluidores, já é comprovado que só o esgoto doméstico não seria difícil de acabar em uma década então já estaríamos em boa forma com o nosso rio, pois faz 20 anos que tentam despoluir esses rios.
Não sei se é caso de algum partido conseguir fazer isso sozinho, mas se juntarmos a força de todos que tem interesse nessa solução para nosso rio teríamos como cobrar de qualquer autoridade que esteja no poder para que fizessem sua parte na despoluição dos rios da grande São Paulo e das cidades que margeiam o rio da sua nascente até sua foz. A matéria abaixo mostra bem esse descaso com nosso rio, ela mostra tudo que pode a respeito das gravidades, mas não aponta os poluidores nem da nomes, ou seja, oculta quem de fato deveria ser constrangido por esse crime ambiental, assim como na corrupção não aparece os corruptores, na poluição não aparece os poluidores, simples assim, é nós vamos esperando que algo de diferente aconteça algum dia, se é que esse dia chegara.
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
O ano era 1992. Chitãozinho & Xororó cantavam em propaganda do governo de SP que a população poderia, enfim, voltar a nadar no Tietê.
Mais otimista, o governador Luiz Antônio Fleury Filho disse que um dia beberia do rio e que, na sua gestão, reduziria em 50% a sua poluição por conta do Projeto Tietê, o mais ambicioso plano ambiental da história de SP.
O ano é 2010. Quase duas décadas e US$ 1,6 bilhão depois, a água do Tietê no trecho que atravessa a Grande São Paulo está ainda pior.
O quadro, detectado em avaliação anual da Cetesb, mostra que ele segue feio (turvo), sujo (lixo e esgoto) e malvado (transmite doenças).
Dos seis pontos monitorados desde 1992, cinco estavam piores em 2010. Dos nove avaliados hoje, quatro são péssimos, e três, ruins. Os dois bons ficam perto da nascente, em Salesópolis (101 km de SP).
A Folha usou o IQA (Índice de Qualidade das Águas), o mais amplo dos indicadores apurados pela Cetesb, que leva em conta nove parâmetros, entre eles quantidade de oxigênio e coliformes fecais.
Em quase toda a região, as taxas de oxigênio ficaram perto de zero, o que inviabiliza qualquer tipo de vida.
Ou seja, o Tietê -que, em tupi-guarani, ironicamente, é "água boa" ou "rio verdadeiro"- é ainda um rio morto.
E não é o único: o cenário é o mesmo em todos os rios da capital, como Pinheiros, Tamanduateí e Aricanduva.
Apesar dos investimentos em esgoto, é grande o número de domicílios não ligados à rede -de favelas à beira de córregos a condomínios de luxo na zona oeste da cidade.
Nas duas primeiras fases do plano -a terceira vai de 2010 a 2015-, a Sabesp priorizou a montagem estrutural da rede, como a construção de três estações de esgoto (eram duas), redes coletoras e interceptores, entre outros.
O volume de esgoto tratado quadruplicou e incluiu 8,5 milhões de habitantes. "É a população de Londres", diz Carlos Eduardo Carrela, superintendente de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp.
Parece muito, mas está abaixo da meta (18 milhões) e atinge só 50% da população. Dez cidades, como Guarulhos e Barueri, não tratavam nada do esgoto em 2010.
"É como na era medieval. O cocô é jogado no rio, o importante é ir embora da minha casa", diz Mario Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, que monitora o plano desde o início.
Outro fator foi que a população cresceu (em 5 milhões) e, com ela, problemas como lixo e poluição do ar (chuva ácida), que já respondem por 30% da poluição do rio.
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