BLOG DO U: É impressionante a resistência das elites brasileiras a distribuir a renda neste país. Esta é uma frase que escrevo, há muitos é falada e repetida por partidos, mas só um partido de esquerda com visão socialista e capaz de implantar. Lamento muitíssimo repeti-la tanto. Mas não tem jeito: a resistência é incansável, férrea. Muito impressionante mesmo.
Atacam, de cara, o reajuste. Se tomassem meio minuto para consultar números básicos, verificariam que se trata de uma crítica sem base. De 2003, quando as bolsas começaram a ser pagas, até o novo valor do benefício, previsto para vigorar até 2011, o aumento da bolsa ficou em 40,07%. No período, considerando índices de 4,5% em 2009 e 2010, o IPCA variou 41,07%. Ou seja, o valor real do benefício permanece praticamente o mesmo desde o início do programa.
Escandalizam-se com o fato de que não há previsão orçamentária para fazer frente ao aumento agora decretado. Ora, ora, senhores, mas qual é o drama? O Bolsa-família, até o fim do ano, com a incorporação de mais 1,3 milhão de famílias, alcançará cerca de 13 milhões de famílias, e nem assim absorverá mais de 0,8% do Orçamento da União. Falando na língua que os críticos entendem bem: um corte de 0,1 ponto percentual na taxa Selic paga toda a conta do programa.
É só querer dividir que dá e sobra para manter o doblo de contemplado no bolsa -família.
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