Foto: Arquivo Pessoal |
Segundo
o vereador, pelo que foi apurado até o momento, não houve qualquer tipo de
matança de animais saudáveis. E ele levanta uma suspeita: tudo pode ter sido
armado. “Já há um suspeito sobre a autoria, mas não vou revelar”, disse. A
comissão já se reuniu em cinco oportunidades com pessoas envolvidas no processo
de investigação e o parecer final, de acordo com ele, deve ser concluído nos
próximos dias. Sobre o caso, tramita paralelamente um Inquérito Policial e um
representação no Ministério Público.
JP-PORTO - Após cinco reuniões, o que já foi avaliado?
Urias: Em
primeiro momento, gostaria de relatar um desrespeito à comissão. Dois
companheiros de Câmara que foram sorteados para participar, os vereadores
Armando Ambrósio e José Antonio Queiroz da Rocha (Coquinho), disseram já em
primeiro momento – quando definíamos o presidente e relator – que não estariam
presentes. Os dois representam a oposição na cidade e sempre nos criticam se
recusaram a participar. Acredito que essa negação é tamanho desrespeito, porque
pedi a eles, já na posição de presidente, que encaminhassem documentos da
desistência por escrito, mas até agora não os recebi. Já em relação às
reuniões, foram cinco. Estamos aproveitando todas as informações e pudemos ver
que não houve matança a animais como a mídia divulgou. Houve uma falha
processual de descarte de cães que morrem por motivos de doenças ou do
resultado de abandono nas ruas. Essas conclusões são tranquilizantes. Até
porque, o prefeito é gosta de animais e não permitiria que isso acontecesse. O
que também pudemos ver – e acho que é somente isso – é que há uma demora na
cobertura desse descarte, por conta da dificuldade da locomoção das máquinas a
um local afastado. Mas isso será corrigido, segundo informações do setor.
JP-PORTO - Como foi montado o processo de investigação?
Urias: O
prefeito Cláudio Maffei fez um pedido para que fizéssemos um estudo do problema
e apontássemos caminhos. Mas vi que o trabalho que a Zoonoses exerce está
correto, segue normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e outros
padrões aplicados no país. Acredito que com o crescimento e evolução do
município, nós precisemos dar atenção também a esta questão, pois outros
assuntos sobre infraestrutura o prefeito já resolveu. Mas eu pergunto: o descarte
era inadequado ou foi armado como mostram fotos publicadas na internet e nos
jornais? Isso é uma das coisas que queremos descobrir. Mas, sinceramente, a
priori, acredito que foram juntadas as duas coisas e também uma armação para a
denúncia. A foto publicada em jornais e internet e ainda permanece sem autor. Já
há um suspeito sobre a autoria, mas não vou revelar.
JP-PORTO - Como são coletadas as informações?
Urias: Após
um estudo sobre tudo o que foi dito e oficializado em depoimento à polícia, nós
convidamos os envolvidos para que forneçam também as informações à comissão.
Ouvidas as pessoas, elaboraremos um documento com orientações que seguirá ao
prefeito.
JP-PORTO – Mas qual a importância de uma Comissão para a cidade?
Urias: Ajudará
o município a resolver um problema – se é que podemos falar assim – e mostrará
que montaram uma catástrofe. Daremos encaminhamento e orientações para os
próximos administradores da cidade para que façam esse descarte de forma mais
completa.
JP-PORTO - Você representando a CE, como é seu trabalho para estudar
o caso?
Urias: Farei
uma visita na cidade de Piracicaba, pois lá tem um cemitério de animais que é
administrado por uma ONG. Gostei do modelo em que o município é apenas
colaborador e a entidade cuida desse descarte, tanto público quanto das
clínicas veterinárias. Procurei ler todos os depoimentos dos envolvidos que
foram coletados na polícia. Fiz anotações sobre pontos que não estão
esclarecidos e trabalho de forma para buscar uma conclusão e entender o que
está sendo feito. Quero usar todas essas ferramentas para encaminhar, da melhor
forma possível, um relatório com sugestões para quem quer que administre a
cidade.
JP-PORTO - Quando terminará a apuração?
Urias: Acredito
que ainda no mês de junho. Teremos um relatório com sugestões em três etapas:
curto, médio e longo prazo. Orientando e buscando soluções. Assim que
concluído, o documento ficará a disposição para consulta na Câmara Municipal.
JP-PORTO – Mas e essa comissão, como foi escolhida?
Urias: Por
sorteio, os vereadores: Ednilson da saúde, professora Andrea, Coquinho e
Armando.
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