sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Lojas entrarão em novo horário para Natal

Decoração em 2011. Divulgação
BLOG O MURAL: Porto Feliz (SP), começará a sentir o clima natalino invadido o comércio nos próximos dias. É que a partir de 3 de dezembro, as lojas passarão a atender em horário estendido, até as 22h, para que os consumidores façam suas compras com mais calma. 

Agenda:

Sábados (8, 15 e 22): até as 18h.
Segunda, terça, quarta, quinta e sexta (dos dias 3 a 23): até as 22h.
Segunda (24 véspera de Natal): até as 18h.


A Associação Comercial e Empresarial de Porto Feliz (ACEPF) conta também com um projeto em parceria com a prefeitura: o Iluminatal – que será responsável pela decoração da Praça da Matriz e das principais avenidas.

Dentro da programação, prêmio para a Casa Mais Enfeitada: o 1º lugar levará uma tv, 2º Xbox e 3º um tablet. “Tudo para incentivar a população a participar desse clima”, define a associação.


Informações: (15) 3262-1515

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O $U$ cercado pelo mercado


BLOG O MURAL: Trago para vocês uma reportagem de Carta Capital muito interessante sobre o SUS, vale a pena ler, pois temos que saber porque não interessa aos médicos e aos planos de saúde que o SUS funcione, é a famosa "lei do mercado", quanto mais a procura maior será o preço.

Por Rodrigo Martins e Samantha Maia
No início de outubro, o gigante americano United Health Group (UHG) anunciou a compra da operadora de planos de saúde Amil, um negócio que pode alcançar a vultosa cifra de 9,9 bilhões de ­reais. ­Coincidentemente, a ruidosa aquisição foi fechada na mesma semana em que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) impôs uma severa restrição a 38 operadoras de seguro saúde, ora proibidas de comercializar novos planos por três meses. A decisão, anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi provocada pelo descumprimento de prazos máximos para a marcação de consultas, exames e cirurgias.
Os episódios são emblemáticos. De um lado, revela o forte crescimento e a tendência de concentração das empresas do setor, que movimentou 84,1 bilhões de reais no ano passado, valor 11,5% superior ao de 2010. De outro, as operadoras sofrem cobranças cada vez maiores por conta da baixa qualidade dos serviços ofertados, com mais de 10 mil reclamações de usuários de julho a setembro, segundo a ANS. Ainda assim, o País mostra-se dependente do setor, responsável pela assistência médica a 48 milhões de brasileiros, um quarto da população.

Diagnóstico. A rede privada se beneficia com renúncias fiscais, e o SUS padece de pires na mão. Foto: Raul Spinassé / Ag. A Tarde / AE

Apesar de desafogar a rede pública, o economista Carlos Octávio Ocké-Reis, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sustenta que, da forma como estão organizados hoje, “os planos de saúde mais prejudicam do que contribuem com o Sistema Único de Saúde, a começar pelo fato de o Estado subsidiar o setor privado com renúncias fiscais e abrir mão de mais de 19 bilhões de reais que poderiam ser investidos na rede pública”. Autor do livro SUS: O desafio de ser único, recém-lançado pela Editora Fiocruz, o especialista, com pós-doutorado pela Yale School of Management (EUA), defende uma nova regulamentação da saúde suplementar, de forma que a assistência médica passe a ser organizada a partir do modelo de concessão, como ocorre no setor elétrico. E propõe que o governo crie um seguro público para competir com os planos privados, nos moldes do Plan Public Option, que o presidente Barack Obama tentou, sem sucesso, implantar nos EUA.

Ocké-Reis elenca um
extenso rol de distorções causadas pelo sistema paralelo, público e privado. Um deles é a forma arbitrária como os preços dos planos de saúde são estabelecidos. Os idosos ou doentes crônicos, por exemplo, são praticamente expulsos do mercado quando mais precisam, em razão das elevadas mensalidades cobradas a esse público. São empurrados para a rede pública, que sofre com o subfinanciamento e assume os custos dos procedimentos médicos mais caros e complexos, normalmente não cobertos pelos planos de saúde. A legislação permite que o SUS peça o ressarcimento pelos serviços prestados aos clientes da rede privada, mas as operadoras boicotam a cobrança. Os prestadores de serviços médicos também são estimulados a trabalhar para o mercado privado, mais lucrativo. Sem falar da dupla porta de entrada em hospitais de referência, que atendem pacientes do SUS, mas oferecem atendimento diferenciado aos usuários de planos de saúde.
“Ao criar um seguro público, haverá uma salutar competição com os planos privados. E o governo terá condições de induzir mudanças para fortalecer o SUS, assim como os bancos estatais ajudaram a reduzir os juros cobrados pelo sistema financeiro”, aposta Ocké-Reis. “Os incentivos fiscais também devem ser repensados, pois acabam por favorecer os mais ricos.”
O economista Carlos Ocké-Reis propõe a criação de um seguro saúde público para competir com as operadoras privadas, nos moldes do plano de Obama nos EUA. Foto: Adriana Lorete
Em 2006, o governo abriu mão de 7,5 bilhões de reais da arrecadação de Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas para compensar os gastos dos contribuintes com a saúde privada, em especial com os planos. Se incluir os descontos para medicamentos e hospitais filantrópicos, o gasto tributário em saúde ultrapassa a marca de 12,5 bilhões, proporcional a 30% dos dispêndios do Ministério da Saúde. O livro não traz dados mais recentes sobre o subsídio estatal ao setor privado, mas não é difícil projetar o impacto. Uma vez mantido esse porcentual de renúncia fiscal (o que parece improvável, tendo em vista o elevado crescimento do mercado de planos), o governo deixou de arrecadar, aproximadamente, 19 bilhões de reais em 2010. As isenções beneficiam pouco mais de 10% da população.
“O nó a ser desatado é o fato de o SUS não ter condições, hoje, de substituir o setor privado na cobertura do núcleo mais dinâmico da economia e do Estado”, diz o especialista. Isso porque o Estado, historicamente, contribuiu para a formação e o fortalecimento dos planos privados. O movimento começou nos anos 1960, quando o governo financiou a juros negativos a construção de instalações hospitalares e equipamentos médicos, beneficiando, sobretudo, as empresas de medicina de grupo. A partir dos anos 1990, o governo permite a consolidação dos planos de saúde por meio de sua política de renúncia fiscal. Ocorre então a chamada “universalização excludente”.
“Milhões de pobres e trabalhadores informais passaram a ter acesso à saúde pública, antes restrita a quem contribuía para o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)”, afirma. “Houve, contudo, uma ‘exclusão por cima’, na medida em que milhões de trabalhadores formais, em busca de atendimento diferenciado, migraram do seguro social para o mercado de planos de saúde. Em vez de ser um sistema único, para todos os brasileiros, o SUS ficou relegado aos mais pobres.”
A crítica ao sistema híbrido encontra eco na academia. “A ideia era de que o sistema privado fosse suplementar, a oferecer serviços a mais que o SUS. Na realidade, as duas atividades se sobrepõem”, critica João Fernando Moura Viana, especialista em regulação econômica com doutorado pela Unicamp. “De 2000 a 2011, os planos de saúde foram reajustados em 151%, e esse aumento não tem fim. A mudança do perfil demográfico, com a população com mais de 60 anos passando de 10%, em 2010, para 19%, em 2030, agrava esse cenário.”
Difícil será convencer os usuários de planos e os prestadores de serviços médicos a confiar na opção preferencial pelo SUS ou num seguro saúde público. “Hoje, o País conta com uma rede de 6 mil hospitais, dos quais um terço é público, um terço é privado lucrativo e outro um terço é filantrópico, que atende tanto os planos de saúde quanto o SUS”, comenta Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional dos Hospitais Particulares. “Só que o SUS é mal pagador, e muitas instituições diminuem o número de leitos do SUS para atender os pacientes privados.”
Para Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), é impossível desatar o nó da saúde no Brasil sem a contribuição da rede privada. “Com base em dados do próprio governo, nos próximos 18 anos a saúde pública não dará conta da demanda. O ­porcentual de gasto público com saúde em relação ao PIB entre 2000 e 2010 subiu de 2,9% para 3,8%. A previsão é de que alcance 3,96%, e ainda assim será muito inferior ao dos países desenvolvidos.”

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Procon-SP divulga lista com mais de 200 sites que devem ser evitados pelo consumidor

Internet450stock_xchng.jpg
Falta de entrega do produto e de resposta no atendimento são as principais reclamações. Foto: Stock Xchng
BLOG O MURAL: Na hora de comprar pela internet, atenção: alguns sites devem ser evitados. Uma lista de sites não recomendados foi divulgada na manhã desta quarta-feira, 28, pela Fundação Procon-SP. Além do endereço eletrônico das empresas em ordem alfabética, a lista possui a razão social e o número do  CNPJ ou CPF. Também relata se o site encontra-se “fora do ar” ou “no ar”.

estadao.com 

Yolanda Fordelone

 VEJA A LISTA COMPLETA
O Procon-SP informou que recebeu reclamações desses sites por irregularidades na prática de comércio eletrônico. As principais queixas são falta de entrega do produto adquirido pelo consumidor e de resposta para a solução do problema.
Os leitores Marcelo Fernandes e Mario Sergio Silva Oliveira se identificaram com o problema. Eles relataram na rede social Facebook que entre os spams recebidos diariamente muitos são destes sites.
De acordo com o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, esses fornecedores virtuais não são localizados, inclusive no rastreamento feito no banco de dados de órgãos como Junta Comercial, Receita Federal e Registro BR, responsável pelo registro de domínios no Brasil,  o que inviabiliza a solução do problema apresentado pelo consumidor.
Veja também
Góes classificou como preocupante a proliferação de sites mal- intencionados, que em alguns casos continuam no ar lesando o consumidor. “Denunciamos os casos ao Departamento de Polícia e Proteção a Pessoa (DPPC) e ao Comitê Gestor da Internet (CGI), que controla o registro de domínios no Brasil, mas, o mais importante é que o consumidor consulte essa lista, antes de fechar uma compra pela internet, para evitar o prejuízo”.
O Procon-SP mantém em seu site o “Guia de Comércio Eletrônico”, com dicas e cuidados que o consumidor deve ter ao comprar produtos ou contratar serviços pela internet.

Miss Estudantil será realizado em dezembro

BLOG O MURAL: O mês de dezembro será recheado de festividades e comemorações seguindo a tradição natalina. Para completar os eventos, em Porto Feliz (SP), será realizado o Miss e Mister Estudantil no dia 2 de dezembro, às 19h, no Porto Feliz Tenis Clube. Todas as principais escolas participarão: Coronel Esmédio, Monsenhor Seckler, Pedro Fernandes de Camargo, Externato São José, Vereador Carlinhos e outras. 

Todo o evento está por conta do Instituto Sonorum e conta com o apoio da revista Ticlikei. Convites já estão a venda:
Entrada: R$10
Mesa: R$50 (com 4 convites)

Instituto Sonorum (perto do Tenis Clube) - 
Loja Segredos de Família
Academia Silvana Yara
Loja Gregório Fashion
Gitex Baby

Informações: (15) 3261-4277

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Brasil tem o maior ganho de bem-estar em 5 anos entre 150 países


O Brasil é o País que mais investiu em bem-estar social de sua população nos últimos cinco anos e os programas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, contribuíram de maneira decisiva para esse resultado.


BLOG O MURAL: De acordo com o levantamento feito pela empresa internacional de consultoria Boston Consulting Group (BCG) entre 150 países e publicado na edição desta terça-feira do Jornal Valor Econômico, o Brasil foi o que mais utilizou seu crescimento econômico para garantir a elevação do padrão de vida de sua população. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a um ritmo médio anual de 5,1% entre 2006 e 2011, os ganhos sociais obtidos no período são equivalentes aos de um país que tivesse registrado expansão anual de 13% da economia – ou seja, mais do que o dobro do crescimento econômico brasileiro.

A consultoria comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países e criou o Índice de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Seda, na sigla em inglês), com base em 51 indicadores coletados em diversas fontes, como Banco Mundial, FMI, ONU e OCDE e concluiu que a redistribuição de renda no nos últimos anos garantiu a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Nessa comparação de progressos recentes alcançados, o Brasil lidera com 100 pontos, pontuação máxima atribuída ao país que melhor se saiu nesse critério de avaliação. Aparecem a seguir Angola (98), Albânia (97,9), Camboja (97,5) e Uruguai (96,9). A Argentina ficou na 26ª colocação, com 80, 4 pontos. Chile (48º) e México (127º) ficaram ainda mais atrás.

“O Brasil diminuiu consideravelmente as diferenças de rendimento entre ricos e pobres na década passada, o que permitiu reduzir a pobreza extrema pela metade. Ao mesmo tempo, o número de crianças na escola subiu de 90% para 97% desde os anos 90”, diz o texto do relatório “Da riqueza para o bem-estar”, que será oficialmente divulgado nesta terça-feira (27). O estudo também faz referencia ao programa Bolsa Família, destacando que a ajuda do Governo às famílias pobres está ligada à permanência da criança na escola.

Foram usados dados disponíveis para todos os 150 países e que fossem capazes de traçar um panorama abrangente de dez diferentes áreas: renda, estabilidade econômica, emprego, distribuição de renda, sociedade civil, governança (estabilidade política, liberdade de expressão, direito de propriedade, baixo nível de corrupção, entre outros itens), educação, saúde, ambiente e infraestrutura.

O ranking-base gerou a elaboração de mais três indicadores, para permitir a comparação do desempenho, efetivo ou potencial, dos países em momentos diferentes: 1) atual nível socioeconômico do país; 2) progressos feitos nos últimos cinco anos; e 3) sustentabilidade no longo prazo das melhorias atingidas.

Entre os países que ocupam os primeiros lugares nesse ranking de melhoria relativa dos padrões de vida da população nos últimos cinco anos, a renda per capita anual é muito diversificada, indo desde menos de US$ 1 mil em alguns países da África até os US$ 80 mil verificados na Suíça. Além do Brasil, mais dois países sul-americanos - Peru e Uruguai - aparecem na lista dos 20 primeiros. Também estão nela três países africanos que em décadas passadas estiveram envolvidos em guerras civis - Angola, Etiópia e Ruanda - e que nos anos recentes mostram fortes ganhos em relação a padrão de vida. Da Ásia, aparecem na relação Camboja, Indonésia e Vietnã.

Nova Zelândia e Polônia também integram esse grupo. O crescimento médio do PIB neozelandês foi de 1,5%, mas a melhora do bem-estar foi semelhante à de uma economia que estivesse crescendo 6% ao ano. Na Polônia e na Indonésia, que atingiram crescimento médio do PIB de 6,5% ano, o padrão de vida teve elevação digna de uma economia em expansão de 11%.

O estudo também compara o desempenho recente dos Brics - além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - na geração de mais bem-estar para os cidadãos. Se em relação à expansão da economia, o Brasil ficou atrás dos seus parceiros entre 2006 e 2011, o país superou a média obtida pelo bloco em áreas como ambiente, governança, renda, distribuição de renda, emprego e infraestrutura, diz Orglmeister. China, Rússia, Índia e África do Sul aparecem apenas em 55º, 77º, 78º e 130º, respectivamente, nessa base de comparação, que é liderada pelo Brasil.

(PT no Senado, com informações do Jornal Valor Econômico)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Facção paulista oferece ‘auxílio bélico’ e empréstimos de até R$ 5 mil para ex-detentos

BLOG O MURAL: SÃO PAULO - Os detalhes da criação de um “banco de apoio dos irmão (sic)”, com direito a “auxílio bélico” e ajuda financeira para “necessidades emergenciais” a ex-detentos da maior facção criminosa brasileira, nascida nos presídios paulistas, constam de arquivos da organização apreendidos pela Polícia Civil durante a crise de segurança em São Paulo. Em sete páginas, o comando descreve o papel do banco e como integrantes do grupo que estivessem nas ruas até seis meses depois de sair de prisão poderiam obter armas e um crédito de até R$ 5 mil.


Ilustração / Google Imagens
Para a polícia, o documento é uma das evidências da complexidade e do grau de organização da facção que já se expandiu para 21 estados, além do Distrito Federal, conforme relatório reservado da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça, revelado neste domingo por O GLOBO.

Os documentos trazem detalhes da contabilidade de setores do grupo que estão fora dos presídios. Há registro em planilhas de despesas como chips de telefonia móvel, aluguel de ônibus e vans para a vista de parentes de detentos às unidades prisionais, gasolina, venda de cocaína, maconha, crack e até equipamentos como computadores e celulares.

“O crime fortalece o crime, é dando que se recebe”, diz o documento que detalha o funcionamento do “banco de apoio”, citando como objetivo da iniciativa “fortalecer aqueles irmãos que estão totalmente descabelados saindo da prisão”.

Para obter auxílio financeiro ou armas, o integrante deve buscar a “Sintonia da Rua” de sua região. Sintonia é como a facção se refere aos setores de divisão de atribuições da organização. Em São Paulo, há uma para cada uma das cinco regiões (Leste, Oeste, Sul, Norte e Centro), além do ABC, Baixada e interior. Cada regional de fora de do estado conta com um responsável pelas atividades na rua.

Na proposta da organização, para emprestar uma “ferramenta” (arma) é analisado até o objetivo declarado. Quem pega até R$ 5 mil emprestados tem 90 dias para pagar, sem precisar pagar juros. O prazo para devolução da arma é de 30 dias. Empréstimos de valores maiores são negociados caso a caso, por isso não constam da proposta do “banco”. Pelo menos R$ 500 mil foram provisionados pela facção para colocar a iniciativa em prática.

A facção alerta não admitir a prorrogação da devolução das armas. A proposta explica que o “auxílio bélico” inclui “todo tipo de material: fuzil, metralhadora, pistolas, granadas e revólver”. É necessário devolver os itens em boas condições. “No caso de infelicidade de perca (sic), a compreensão vai até o limite da responsabilidade do irmão beneficiado”. Isso significa que a “Sintonia” avaliará se a arma foi usada na situação informada e se a perda ocorreu durante a ação. Nesses casos, o prazo para reposição é de um ano.
Mesmo tempo para o caso de ser preso e estar devendo dinheiro à facção. “O único retorno que a família irá exigir será um maior comprometimento dentro das responsabilidades já existentes na organização”, explica a proposta.
Segundo o relatório da Senasp, a facção movimenta pelo menos R$ 72 milhões anuais com o comércio de drogas e mensalidades pagas por 13 mil integrantes, dos quais 6 mil estão presos em São Paulo, 2 mil nas ruas e 5 mil em outros estados.

Fonte: O Globo

OPINIÃO: Extremismos

BLOG O MURAL: Um dos assuntos mais discutidos nas redes sociais assim como a mídia de uma forma geral é o processo criminal conhecido como “mensalão”. Depois de observar o comportamento coletivo vigente resolvemos expor nossa opinião, tentando ser o mais racional, ético e imparcial possível. 
Facebook


Para tentar dar mais ênfase à nossa mensagem, pedimos licença para transcrever um pequeno trecho do artigo “Compra de votos e governabilidade”, escrito por Rogério César de Cerqueira Leite, no jornal A Folha de São Paulo, no dia 18/10/12. O autor do artigo é físico, professor emérito da Unicamp, pesquisador emérito do CNPq e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha. 

(...) “A afirmativa que os fins justificam os meios sempre foi vista como antiética. Todavia, em nosso cotidiano, vemos exemplos claros dessa prática, que não censuramos.Quando Fernando Henrique Cardoso foi pela primeira vez eleito presidente, José Serra, então seu fiel escudeiro, perguntado por um repórter se estaria preocupado com a “governabilidade”, respondeu que não, pois dispunha-se de 20 mil cargos. 
Entenda-se que esses cargos seriam distribuídos para obter governabilidade, o que significa apoio no Congresso, em votações que fossem do interesse do Executivo. Ou seja, governabilidade por distribuição de cargos não seria apenas um eufemismo para compra de votos? 

(...) Será que isso é diferente em sua essência, da compra de votos como interpretada pelo STF no caso do assim chamado “mensalão”?

(...) Esses e outros múltiplos dispositivos, igualmente inquinados, são generalizadamente adotados igualmente por impolutos e ímpios políticos no Brasil. Apenas não são tão explícitos como aquele do dito mensalão, pois sabem manter as aparências. À mulher de César basta parecer honesta. Que a simplista exposição aqui apresentada não seja entendida como escusa aos atos dos assim chamados mensaleiros, mas antes como alerta para a sociedade a respeito das múltiplas e corruptas formas, já banalizadas, de compra de voto que freqüentam o Congresso”. 

O mesmo jornal que editou o presente artigo fez uma pesquisa e detectou que o presente partido político, no quesito “candidatos barrados na lei ficha limpa” está em 8 lugar, enquanto que PSDB e PMDB lideram o referido ranking.Para reforçar um pouco mais essa questão: e quanto a Paulo Maluf e Fernando Collor? Alguém se lembra do escândalo dos “anões do orçamento”? Que tal nos lembrarmos um pouco da família Sarney e seu poderio no Norte-Nordeste brasileiro? Ah, em tempo: pedimos licença em solicitar aos amigos um estudo atento do livro A Privataria Tucana...

Todos esses exemplos são para demonstrar que a corrupção é um hábito pernicioso dos políticos brasileiros em geral, não se circunscrevendo somente a determinado seguimento partidário. Como educador e estudante de filosofia, diríamos mais: é problema ético inerente ao ser que deve ser combatido especialmente em nós mesmos (ou alguém se aventura em autorotular-se como incorruptível em seus atos e que por isso não necessita da autoanálise diária? ) .

Continuemos, pois, nossos raciocínios. 

Talvez exista um grupo de pessoas no Brasil que não aceitaram os rumos que o país felizmente tomou nos últimos anos. Mas pensando melhor, se esse mesmo grupo também se beneficiou com o crescimento econômico brasileiro nos últimos anos, o drama não foi o rumo que o país tomou, mas “quem” liderou essa trajetória. Ou alguém ainda duvida que exista uma classe elitista em nosso país que adoraria ter os “louros da vitória” no lugar de um simples nordestino operário, que apesar de analfabeto nos “bancos escolares”, é letrado na “escola da vida”, e com o diferencial de procurar servir aos mais pobres? 

Se alguém duvida disso, vejamos esses dados: de 2.002 até 2.012, 30 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza, o crescimento do país alavancou a ponto de tornar-se uma das 7 potências econômicas do mundo, e em meio a uma crise econômica mundial, o país tem se mantido firme, com taxas de renda e consumo altas. Mais futuramente, nosso país sediará dois grandes eventos esportivos mundiais que trarão mais trabalho, cultura e renda ao povo brasileiro. Que partido político não gostaria de ter esses dados a seu favor, não é? A inveja e o rancor são sentimentos que afloram em nosso caráter quando temos nossos orgulhos e vaidades feridas. Ou alguém duvida disso?O drama da vaidade e do orgulho ferido são as retaliações dos seus portadores, os que se julgaram ofendidos. 

A campanha no sentido de influenciar a população em encarar o Partido dos Trabalhadores como o “câncer da política brasileira”, ou o partido onde todos são corruptos, etc é gigantesca e tenaz. Tudo muito natural, afinal a “fera”, quando ferida em seu orgulho próprio, ataca a própria sombra. 

Analisando os fatos sob esse prisma e co-relacionando-o com o problema lamentável do “mensalão”. Sem pré-julgamentos (nem a favor nem contra), entendemos que sim, o “mensalão” pode ter existido lamentavelmente, mas a “dor de cotovelo” dessa mesma “elite” digamos, potencializou em muito o fato. 

Pedimos licença em questionar (e nos autoquestionar): será que nossa invigilância comportamental nos faz enxergar apenas o lado negativo da moeda?

Finalmente. 

O extremismo comportamental caracterizou as atitudes dos religiosos da Idade Média e dos 
nazistas na II Guerra Mundial. Meus amigos, que não caiamos na rede nefanda desse triste hábito! Analisemos as coisas de forma mais abrangente, sem “partidarismos”. É certo que após essas análises, todos perceberemos, por exemplo, que a corrupção não se iniciou em nosso país com a fundação do Partido dos Trabalhadores nem tãopouco acabará quando o julgamento do caso mensalão. Verificaremos também que esse partido tem uma história política realmente bela por tudo o que seus líderes já fizeram ao Brasil (vide homens como Lula, Eduardo Suplicy, Paulo Freire e tantos outros), que merece ser respeitada pelos seus opositores e consolidada com posturas mais transparentes e éticas aos atuais militantes do referido partido, em âmbito federal, estadual e municipal.


Rafael Kerche, porto-felicense e professor

ELEIÇÃO: Conselho Tutelar tem nova equipe

Divulgação
BLOG O MURAL: O sábado, dia 24 de novembro, foi dia de eleição para a nova equipe do Conselho Tutelar em Porto Feliz. Durante a manhã, a população escolheu cinco candidatos que deverão assumir os cargos a partir de 2013.

Confira:

Jacaré                        309 votos
Hélio (Santa Casa)       271 votos
Gláucia (ACS)              232 votos
Edna                          218 votos
Stela Mineli                 207 votos


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Empresários denunciam Aécio por sabotar redução na conta de luz

http://www.fiesp.com.br/wp-content/uploads/2012/11/450x275mm.pdf

BLOG O MURAL: A FIESP (Federação da Indústrias de São Paulo) finalmente iniciou uma campanha publicitária na imprensa para cobrar de senadores e deputados a aprovação da Medida Provisória da presidenta Dilma para diminuir a conta de luz.

Apesar de não citar nomes, o alvo principal do anúncio tem nome e endereço: o senador Aécio Neves (PSDB/MG). O tucano é o principal lobista contra a redução na conta de luz, porque diminui os lucros distribuídos pela CEMIG aos acionistas privados com quem ele tem o rabo preso por compromissos.


A campanha publicitária iniciou após a presidenta Dilma chamar as falas a FIESP. Os empresários reclamavam que o custo da energia elétrica no Brasil estava prejudicando a competitividade da indústria nacional. Dilma montou o marco regulatório da renovação antecipada da concessão das usinas hidrelétricas que estão vencendo, de forma a reduzir a tarifa. Passou a enfrentar resistência de parlamentares ligados as empresas geradoras de eletricidade, a maioria estatais sob controle de governadores tucanos. Os empresários da indústria, os maiores beneficiados, estavam quietos, diferente do que fizeram na época da CPMF. Com a pressão da Presidenta, se mexeram


# Fica a dica do blog: Governador Alkmim, faça o mesmo com os pedágios, afinal as concessões estão vencendo e ele poderia rever as tarifas que são as mais cara do mundo ajudando assim nosso país a sair mais rápido da crise e com isso ajudar o brasileiro a ter um produto na sua casa mais barato também..... 

Público: até onde é permitido?

Ilustração / Google Imagens
BLOG O MURAL: Depois do embate ocorrido na área da saúde, entre o secretário nomeado Drº Cássio Habice Prado e a atual gestora Drª Cláudia Meirelles - sobre as questões entre o serviço municipal e SUS (para ele por meio de uma entrevista concedida ao jornal Tribuna das Monções, e para ela uma postagem dentro do seu perfil no Facebook  - ocorrido entre outubro e novembro. Veja aqui), outro fato atual já rendeu comentários ao futuro administrador, o prefeito eleito Levi Rodrigues: a secretaria de educação.


Agora, a equipe começará a nomear e a anunciar nomes para cargos de “confiança” do primeiro escalão que deverão ficar entre 2013 e 2016. Durante a campanha, Levi prometeu escolher apenas porto-felicenses. Nos últimos dias, uma nota para a imprensa divulgou parte dessa equipe. Na Educação, o cargo será ocupado por Simone Mota Almeida, que é mulher do vice-prefeito eleito, Miguel Arcanjo.

Em contrapartida a anunciação, há o questionamento: até onde é permitido que cargos de chefia ocupem-se por parentes? Segundo a Constituição Federal, este ato é uma violação as regras.

O atual prefeito Cláudio Maffei teve oportunidade de nomear sua esposa e seu filho, mas nunca o fez. Nomeou um Tio próximo e ficou nisso.

Já a Simone que também ocupou o mesmo cargo na gestão Maffei e seu marido a época era vereador (2005 a 2008), eles foram alvo de muita polêmica na própria câmara municipal com o vereador Gerão (José Geraldo Pacheco da Cunha Filho), inclusive ele recorreu ao ministério público, mas como vereador não é cargo de chefia direta, o ministério mandou arquivar. Agora a situação mudou Miguel sendo vice-prefeito, e em caso de afastamento do prefeito, assume o vice, e mesmo que seja por dias, será chefe direto da esposa. Essa possibilidade já causa repercussões no facebook, com comentários e publicações do próprio vereador Gerão em seu perfil na rede.

No momento, ainda é desconhecido o restante da equipe, mas Simone já tem reuniões marcadas com a secretaria de educação para definir parâmetros de trabalho para o próximo período. Isso, na realidade, é uma forma de se mostrar qual será sua forma de trabalhar, pois na última sessão extraordinária da câmara com os vereadores, que foi debatida no dia 9 de novembro, todos concordaram por não discutir um projeto que faz alterações no campo educacional, alterada em 2012 para execução em 2013. Justamente porque preferiram esperar o pronunciamento da futura secretária.

E os projetos de Educação, como ficarão?
Essa é uma das questões que devemos observar: será que a nova administração continuará com os projetos que já estão trabalhando no município? Muitos deles são responsáveis pelos bons índices educacionais que a cidade recebeu nos últimos anos. Resultado positivo!
Os próximos nomes serão aguardados com ansiedade pela plateia... 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Secretários de Porto Feliz são apresentado em Salto

Vereador Uria e Rodnei Bergamo: arquivo blog.

Drª Cláudia Meireles: via google.

BLOG O MURAL: Juvenil Cireli apresenta seus secretários em Salto, e tém dois nomes que estavam nos quadros da administração Maffei de Porto Feliz, são eles, a Drª Cláudia Meireles e Rodnei Bergamo, ambos vão para mesma área que atuam hoje na terra das Monções, Saúde e Saae. 

Na tarde desta quinta-feira (22/11), o prefeito eleito Juvenil Cirelli e sua vice Jussara Vilaça anunciaram os nomes da equipe de secretariado. Vejam: Amilton Luis de Arruda Sampaio (Negócios Jurídicos); Paulo Takeyama (Obras); Adilson Marinho da Silva (Defesa Social); Milta Alves Ribeiro Maron (Educação); Lucilia Barbosa Damaceno (Ação Social); Wilson Caveden (Administração); João Di Conti Neto (Meio Ambiente); Eliana Moreira (Desenvolvimento Econômico e do Trabalho); Marcos Pardim (Cultura); Pedro Galindo (Finanças); Cláudia Meirelles (Saúde), Rodnei Bergamo (SAAE Ambiental); Luiz Eduardo Colaço (Governo); Lino Facchini Jr (Esportes); Luciano Oliveira dos Santos (Desenvolvimento Urbano), secretária de Gabinete Cristiane Andrade e chefe de Gabinete Daniel Paulino. Via Jornal Estância de Salto.

secretariado

Que é que vou dizer lá em casa?

:

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Semana da Música terá programação até sexta, 23

Sonorum
BLOG O MURAL: A Semana da Música contará com apresentações até a sexta-feira, dia 23 de novembro, na Estação das Artes, em Porto Feliz (SP).

Até o momento, já passaram pelo palco a Banda União, o Instituto Sonorum, Coral Infantil, Grupo as Marias e a Banda Banteirantes. Hoje, 21, será a vez do Grupo Aracaia, Grupo Lúdico de Vilões e um Duo de Violões.

Amanhã, o público poderá assistir ao Grupo de Violinos, Orquestra de Violões, Coral Municipal e um dueto com os professores Rafael e Pedro - que venceram o Mapa Cultural Paulista.

Na sexta, 23, o espetáculo ficará por conta de quatro apresentações: Trio de violões, Coral Presbiteriano, Coral Giuseppe Verdi e solos dos músicos Antonio Monteiro Junior e Amauri Andrade Franco (também vencedor do Mapa Cultural Paulista).

Informações: (15) 3261-9000

SP terá novo secretário de segurança - "Estávamos alarmados", diz Ministro

Divulgação
BLOG O MURAL: Antonio Ferreira Pinto deixou ontem o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo. O pedido de exoneração foi anunciado hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).


O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) comparou ontem a violência em São Paulo com a situação na faixa de Gaza.
"Estávamos alarmados com os mortos da Palestina, [mas] as estatísticas mostram que, só na Grande São Paulo, você tem mais gente assassinada do que nos ataques [no Oriente Médio]", afirmou o ministro, emendando que, "finalmente", São Paulo aceitou a ajuda do governo federal para combater a escalada da violência.



Alckmin ainda afirmou que o ex-procurador geral de justiça de São Paulo Fernando Grella será o novo secretário da pasta. Ele deve assumir o cargo amanhã.

Grella é procurador de Justiça, secretário da Procuradoria de Justiça Cível do Ministério Público de São Paulo e vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público. Alckmin afirmou que ele "está preparado para ajudar São Paulo a dar avanço e continuar sendo um dos Estados mais seguros do Brasil".
Apesar da declaração, o governador reconheceu que o Estado passa por um período de problemas na segurança. "Reconhecemos as dificuldades que estamos passando e vamos nos empenhar de forma redobrada neste trabalho".

Em sua carreira, Grella atuou nas áreas cível e criminal. Ele já foi secretário-geral da Confederação Nacional do Ministério Público, assessor jurídico de dois ex-procuradores-gerais de Justiça e representou o Ministério Público brasileiro no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.

Durante o anúncio da troca de cargos, o governador disse que Ferreira Pinto foi um "bom" secretário da Administração Penitenciária e Segurança Pública. "Quero agradecer a ele, que trabalhou com competência, dignidade e honestidade".

Ferreira Pinto foi capitão da Polícia Militar porém deixou o cargo para ir para o Ministério Público, onde foi promotor e procurador. Ele foi secretário da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) e, posteriormente, assumiu a pasta de Segurança Pública, na qual estava no cargo há seis anos graças ao discurso de combate à corrupção policial. A iniciativa, no entanto, lhe rendeu inimigos dentro da Polícia Civil.

Basicamente, sua política de investigação interna foi executada pela PM. A estratégia reavivou o racha entre as polícias e, há tempos, admitem integrantes da gestão Alckmin, Ferreira Pinto não conta mais com a ajuda de setores da Polícia Civil no combate ao crime organizado.

Indícios mostravam que Alckmin buscava um substituto para o secretário de Segurança Pública por estar insatisfeito com o desempenho do subordinado.
A insatisfação vinha de antes da onda de violência em São Paulo. A busca por um sucessor começou há mais de três meses, discretamente. Entretanto, Ferreira Pinto ainda não tinha sido trocado pela dificuldade em encontrar um novo nome para a pasta.

VIOLÊNCIA
O Estado de São Paulo vive uma onda de violência, com registros de chacinas, homicídios, ônibus incendiados e mortes de policiais militares. Desde o último dia 24, 253 pessoas foram mortas na região metropolitana de São Paulo - média de 9,7 por dia.

Somente entre a noite de ontem (20) e a madrugada desta quarta-feira, três pessoas foram mortas em uma chacina, mais seis pessoas foram assassinadas e 13 ficaram feridos, entre eles um policial militar. Um ônibus também foi incendiado.

Desde o início do ano, 95 policiais militares já foram assassinados em todo o Estado de São Paulo.

Em 2011, 47 PMs foram mortos - 21 dos crimes ocorreram enquanto os policiais estavam em serviço e 26 foram assassinados no horário de folga, de acordo comandante-geral da PM, Roberval França.

No sábado, um policial da Corregedoria, órgão responsável por investigar crimes praticados pelos próprios PMs, foi morto em um açougue em Guarulhos, durante uma tentativa de assalto. Na terça-feira (13), o soldado Edgar Lavado, 43, casado e pai de quatro filhos, foi morto a tiros quando chegava em sua casa, no Jardim Cumbica, por volta das 21h, em Guarulhos.


Fonte: Folha.com

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Mensalão e a agenda setting: a "Matrix" na prática



BLOG O MURAL: Muito discutida e ainda pouco compreendida, a essência do filme “Matrix” (a hipótese da virtualidade do real) talvez já esteja presente no nosso dia-a-dia mais do que imaginamos. A pesquisa “Agenda Setting e a Cobertura dos Casos Mensalão e Cachoeira” feita por estudantes de jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi São Paulo como conclusão do curso “Estudos da Semiótica” apresenta a constatação de que a mídia corporativa não tem mais o poder de eleger presidentes ou forçar impeachments como no passado, mas ela é eficiente em estabelecer pautas e agendas como a do atual julgamento do chamado “Mensalão”.  Se a hipótese da agenda setting for correta, o que chamamos de “realidade” poderia ser uma construção a partir de percepções e cognições fornecidos por um ambiente midiático em que vivemos. Isso é fundamental pra quem esta fazendo jornalismo. Quer ver a matéria interia clik aqui http://cinegnose.blogspot.com.br/2012/11/a-hipotese-da-agenda-setting-matrix-na.html#comment-form


sábado, 17 de novembro de 2012

Alckmin vê certo exagero nas notícias sobre a criminalidade.

http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/files/2012/11/AlckminEduardoKnapp300.jpg
BLOG O MURAL:  Ninguém fala de outra coisa na mídia, no trabalho,  nos botecos e nas padarias, nas feiras e nos táxis, onde quer que você vá: o medo da violência tomou conta dos paulistanos.
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse haver um quê de exagero nas notícias sobre o surto de violência que o rodeia. Acha que é preciso levar em conta o tamanho do mapa, imaginando que a plateia cairá nas lorotas, pois sabemos que o estado é governado a mais de 20 anos pelo PSDB e a politica de segurança sempre foi a mesma prender ao invés de educar.
 “Aqui é maior que a Argentina; é a terceira maior metrópole do mundo, com 22 milhões de pessoas”, disse, referindo-se à capital e região metropolitana.
Mas não é só lá o terror e o medo da população, pois em conversa com pessoas de Hotolândia e Araraquara ouvi os relatos de desespero deles com os "boatos" sobre toque de recolher que percorreu todas as cidades onde tem presídio. E a nossa logo logo entrará na linha dura dos "boatos e medos" é só esperar para ver. O jeito é aproveitar o feriado, e sair passear na minha Porto Feliz, aonde ainda é possível andar pelas ruas sem ter que olhar para os lados e apressar o passo para chegar logo em casa durante o dia, pois a noite já esta ficando difícil. Até quando? 
A conta de 2012 ainda não foi fechada, mas já soma algo como 200 civis e mais de 90 policiais assassinados. E o governador acha inapropiado chamar o frágil momento de ‘guerra’ da criminalidade contra a polícia. “É preciso dar o devido [critério]”, Do contrário, “se cria uma situação muito injusta, quase que uma campanha contra São Paulo. E não é possível fazer isso e ainda criar uma situação de pânico na população.”
Alckmin não se deu conta, mas flerta com o inusitado. Governador de Estado que reclama do noticiário é como motorista de ónibus urbano reclamar de parar nos pontos para embarque e desembarque de passageiros.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Retrato de uma República medíocre


Luis Nassif

 BLOG O MURAL: Deodoro e Ayres Britto, belos exemplos de personagens que chegaram sem saber como, foram sem saber onde, e serviram sabendo a quem. Foram frutos exclusivos de circunstâncias que lograram contornar uma plasmante mediocridade. Mas jamais se poderá imputar a Dedoro a pecha de oportunista.

Adriano Diogo: Em SP, o PM vai trabalhar em dobro para ganhar a metade

BLOG O MURAL:
publicado em 15 de novembro de 2012 às 12:31

por Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual
São Paulo – Depende apenas de sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a extensão para todo o estado de São Paulo da Operação Delegada, que autoriza o policial militar a atuar em funções de segurança contratadas por prefeituras. Como o Projeto de Lei Complementar 31, de 2012, é de autoria do Executivo estadual, trata-se de uma questão de tempo para que a medida, aprovada na terça-feira (13) pela Assembleia Legislativa, entre em vigor.
Criada em 2009, a Operação Delegada passou a permitir que policiais em horário de folga pudessem ser contratados pela prefeitura da capital paulista. Na sequência, em 2011, um convênio foi firmado com Mogi das Cruzes, e agora será possível oficializar o “bico” de PMs, que estarão autorizados a atuar em ações como as de combate ao comércio ambulante.
Segundo o texto enviado pelo Executivo aos deputados, “o princípio da cooperação entre os entes federados garante a possibilidade de transferência total ou parcial de encargos, com isso permitindo uma melhor gestão do serviço público”. Para ser aplicada, a proposta ainda vai exigir a elaboração de uma legislação específica pelos municípios.
O sargento Ângelo Criscuolo, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, disse ser contrário ao projeto aprovado. “O PM tem de ganhar o suficiente para sustentar sua família, proporcionar lazer e pagar suas contas sem precisar fazer bico”, justifica.
O contexto de aprovação do projeto é complexo. Além dos episódios de violência entre policiais e grupos armados, com a morte de 90 agentes desde janeiro, o governo estadual retirou recentemente da folha de pagamento dos PMs um benefício que vinha significando um importante acréscimo salarial.
Em um primeiro momento, a categoria conseguiu no Tribunal de Justiça de São Paulo uma liminar autorizando o recálculo de diferenças salariais reivindicadas pela categoria. No entanto, o ministro Ayres Brito, presidente do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a autorização em 31 de outubro. Os salários de outubro, pagos em novembro, sofreram os descontos do benefício, pago havia 90 dias.
Para o sargento Criscuolo, o problema é ainda maior neste momento da crise da segurança pública no estado. “Os policiais vão ser muito afetados, tanto mentalmente como fisicamente nesse contexto”, diz Criscuolo. “A medida mexeu no ordenado num momento difícil, diminui vantagens com as quais eles já estavam contando, porque já tinha entrado no holerite.” A entidade promete apresentar recurso contra a decisão.
‘Escândalo trabalhista’
O deputado estadual Adriano Diogo (PT), cuja bancada votou contra o PLC 31/2012, diz que a aprovação da lei envolve uma estratégia demagógica do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Ao mesmo tempo em que derruba na Justiça um direito já incorporado, ele ‘permite’ o bico. E o PM vai trabalhar em dobro para ganhar a metade. Do ponto de vista trabalhista, é um escândalo. Sem dúvida vai ser derrubado na Justiça”, acredita o parlamentar.
Além do problema trabalhista, Diogo entende que a medida serve para justificar a guarda patrimonial, de centros comerciais, por exemplo, deturpando o conceito da instituição Polícia Militar. “O conceito de Polícia Militar não é os PMs ficarem andando para proteger comércio, sua função deve ser para o pobre, para o rico, para todos”, diz Adriano Diogo.

O protesto dos familiares de policiais mortos em São Paulo

BLOG O MURAL: Familiares de policiais mortos fazem manifestação na Av. Paulista

Passeata começou por volta das 16h.
Pessoas vestem roupas pretas e carregam cruzes brancas.

Tatiana Santiago Do G1 São Paulo
 
47 comentários
Familiares de policiais mortos fazem manifestação na Avenida Paulista (Foto: Tatiana Santiago/G1)Familiares de policiais mortos fazem manifestação na Avenida Paulista (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Uma manifestação de familiares de policiais mortos aconteceu na Avenida Paulista, região central de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (15), feriado da proclamação da República.
Eles começaram uma passeata por volta das 16h e ocuparam três faixas da pista sentido Consolação. Seguiram até o Cemitário do Araçá, onde fica o mausoléu da Polícia Militar.
Boa parte dos presentes vestia roupas pretas e leva cruzes brancas. Os manifestantes carregaram também bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo.
A manifestação acontece em meio à onda de violência no Estado de São Paulo. Apenas neste ano, 92 policiais foram assassinados.
Pelo menos seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas entre a noite de quarta-feira (14) e a madrugada desta quinta na Grande São Paulo. Entre os feridos, três eram policiais militares. No Grajaú, na Zona Sul da capital, pelo menos duas pessoas morreram e uma ficou ferida em um ataque.
CondiçõesUm dos manifestantes, Zoroastro Volnei Pilatti, protestava contra as condições de trabalho oferecidas aos policiais militares. O filho dele, Marco Volnei Zacarias Pilatti, foi assassinado no começo de novembro em São Bernardo do Campo. "Vim protestar pela morte do meu filho para que isso não ocorra a mais ninguém", afirmou.
O diretor da Associação dos Praças da Polícia Militar de São Paulo, Geraldo do Espírito Santo, reclamou da omissão do governo do Estado que, segundo ele, já tinha informações sobre os ataques, mas não alertou os policiais. Ele também se queixou do fato de o governo não ter cumprido a promessa de blindar as bases da PM, conforme anunciou.
O coronel Telhada, ex-comandante da Rota eleito vereador nas últimas eleições em São Paulo, também marcou presença. Ele afirmou defender mudanças na legislação para combater o crime.
Cruzes colocadas no vão do Masp em protesto feito por familiares de policiais (Foto: Guilherme Tosetto)Cruzes colocadas no vão do Masp em protesto feito por familiares de policiais (Foto: Guilherme Tosetto)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Crônica do Motta: A nova luta dos Josés



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAJ2whHkwgS4_yREAD7905Oxgay10Sjhdn7GPqDT9Wto2CYtO1mjugHGPTCGPSYeJcRiA3k3I5Tcb58HLTkves1aXjX8JwDB2SZmHDNkznwod7Ti_Xr49dknLaAfSTwDKsdOY1sFy6OOXx/s1600/vavrova_naked_king_hca7.jpg








BLOG O MURAL: Os dois Josés condenados a cerca de 17 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do tal mensalão, Dirceu e Genoino, não aceitarão resignados seu destino.
O conteúdo das notas que soltaram logo depois da sentença mostra que estão dispostos a lutar, até o fim da vida, pela reparação do que consideram uma injustiça.

A condenação de ambos, mais que de qualquer outra do processo, tem um valor simbólico que extrapola os limites desta frágil democracia que vivemos.
O fato de ambos terem lutado contra a ditadura militar, sido presos e torturados por seus agentes, e, tantos anos depois, terem sido novamente condenados por um tribunal, agora de um regime supostamente democrático, num processo iníciado por uma entrevista a um jornal de um político desesperado para se safar de pesadas acusações de corrupção, é sintomático de que ainda há muitas coisas fora do lugar neste país.
Os dois Josés são políticos profissionais, não os bandidos que os juízes do STF dizem que são. 
Até seus mais ferrenhos inimigos - e eles são inúmeros - sabem disso.
Como sabem que o julgamento deles foi um ato político, um mero simulacro de um ritual solene, com toda aquela linguagem floreada, digna de um rococó absolutamente vazio.
Os dois Josés não tiveram nenhuma chance de serem inocentados.
Se não sabiam disso antes, agora já sabem.
E isso servirá de combustível extra para a cruzada que já iniciaram com objetivo não só de resgatar sua honra vilipendiada, mas de mostrar, como o menino da fábula, que o rei não veste os trajes mais ricos e belos do mundo, como supõe em sua imensa vaidade, mas sim que está inteiramente nu. 
Abaixo, as duas manifestações dos Josés depois da sentença do STF:

INJUSTA SENTENÇA
Dediquei minha vida ao Brasil, à luta pela democracia e ao PT. Na ditadura, quando nos opusemos colocando em risco a própria vida, fui preso e condenado. Banido do país, tive minha nacionalidade cassada, mas continuei lutando e voltei ao país clandestinamente para manter nossa luta. Reconquistada a democracia, nunca fui investigado ou processado. Entrei e saí do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado. Fui cassado pela Câmara dos Deputados e, agora, condenado pelo Supremo Tribunal Federal sem provas porque sou inocente.
A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito, como a teoria do domínio do fato, a condenação sem ato de ofício, o desprezo à presunção de inocência e o abandono de jurisprudência que beneficia os réus.
Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência.
Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena. Devo isso a todos os que acreditaram e ao meu lado lutaram nos últimos 45 anos, me apoiaram e foram solidários nesses últimos duros anos na certeza de minha inocência e na comunhão dos mesmos ideais e sonhos.
José Dirceu 

 José Genoíno e sua defesa reiteram seu respeito ao Supremo Tribunal Federal.

A aplicação da pena é apenas a decorrência maior da injustiça já antes perpetrada. Sua condenação contraria toda a prova dos autos. 
Irresignado, o acusado viverá até o fim de seus dias. E isso quer dizer que continuará batalhando junto ao Supremo a causa de sua inocência. Condenação sem o mínimo indício de prova merece reparação seja quando for, onde for e de quem for. 
Homem público reconhecido por sua Ética, por sua Moral ilibada, por sua vida de dedicação ao projeto de País no qual sempre acreditou e acredita. Exemplo de bom servidor, pai, marido e avô. Exemplo de amigo, de companheiro de seus companheiros, de fraterno porém corajoso lutador, que não esmorece e nem esmorecerá jamais diante de qualquer que seja a adversidade. 
Homem de guerrilha, prisão e tortura, batalhador congressista que foi, não se impressiona com a condenação de agora. Antes, encara e de peito aberto e cabeça erguida. Foi feito um juízo – e dele mais uma vez discorda firme e energicamente – um juízo de valor sob a égide do Estado de Direito. Convém respeitá-lo. 
Aceitá-lo, jamais! 
Vencido foi o réu e vencida foi a própria Justiça! Paciência. Resignação, de parte do acusado, nunca! Paciência e submissão às ordens emanadas da mais elevada Corte, sob o regime do Estado de Direito, sim. 
Subserviência, jamais!
Luiz Fernando Pacheco – advogado de José Genoíno Neto

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ARTES MARCIAIS: Maromba traz 11 medalhas para casa

Arquivo AAMPF
BLOG O MURAL: Mais uma vez a equipe de luta e de artes marciais da equipe Maromba da AAMPF (Associação de Artes Marciais de Porto Feliz), colhe bons frutos e representa bem a equipe dos atletas portofelicenses. Dessa vez, 11 medalhas foram conquistadas no tatame de Indaiatuba (SP), no dia 11 de novembro.

“Estamos superando nossos objetivos e acreditando no que fazemos, com determinação”, diz o líder e professor Mateus Luiz. No total, foram nove lutadores que disputaram na competição: Caio Russo, Gabe Coan, Luis Santos, Edson Marley, Wilson Carbonero Felix, Cleberson Holanda, Mateus Batista, Tiago Flez e o professor Bruno Lourenço.

AGENDA
A Associação realizará no dia 25 de novembro, a 1ª Etapa de Campeonato Naja Fight Team em Porto Feliz. O evento será no salão de festas do Buffet Agnela, às 10h30.

Inscrições abertas.

Informações: (15) 9720-5412


sábado, 10 de novembro de 2012

O “mensalão” tucano, por Mino Carta

BLOG O MURAL: Enviado por luisnassif, sab, 10/11/2012 - 10:24
Por Assis Ribeiro

O “mensalão” tucano

Por Mino Carta, na Carta Capital
A mídia nativa entende que o processo do “mensalão” petista provou finalmente que a Justiça brasileira tarda, mas não falha. Tarda, sim, e a tal ponto que conseguiu antecipar o julgamento de José Dirceu e companhia a um escândalo bem anterior e de complexidade e gravidade bastante maiores. Falemos então daquilo que poderíamos definir genericamente como “mensalão” tucano. Trata-se de um compromisso de CartaCapital insistir para que, se for verdadeira a inauguração de um tempo novo e justo, também o pássaro incapaz de voar compareça ao banco dos réus.
A privataria. Não adianta denunciar os graúdos: a mídia nativa cuida de acobertá-los
Réu mais esperto, matreiro, duradouro. A tigrada atuou impune por uma temporada apinhada de oportunidades excelentes. Quem quiser puxar pela memória em uma sociedade deliberadamente desmemoriada, pode desatar o entrecho a partir do propósito exposto por Serjão Motta de assegurar o poder ao tucanato por 20 anos. Pelo menos. Cabem com folga no enredo desde a compra dos votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, até a fase das grandes privatizações na segunda metade da década de 90, bem como a fraude do Banestado, desenrolada entre 1996 e 2002.
Um best seller intitulado A Privataria Tucanaexpõe em detalhes, e com provas irrefutáveis, o processo criminoso da desestatização da telefonia e da energia elétrica. Letra morta o livro, publicado em 2011, e sem resultado a denúncia, feita muito antes, por CartaCapital, edição de 25 de novembro de 1998. Tivemos acesso então a grampos executados no BNDES, e logo nas capas estampávamos as frases de alguns envolvidos no episódio. Um exemplo apenas. Dizia Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente do banco, para André Lara Rezende: “Temos de fazer os italianos na marra, que estão com o Opportunity. Fala pro Pio (Borges) que vamos fechar daquele jeito que só nós sabemos fazer”.
Afirmavam os protagonistas do episódio que, caso fosse preciso para alcançar o resultado desejado, valeria usar “a bomba atômica”, ou seja, FHC, transformado em arma letal. Veja eÉpoca foram o antídoto à nossa capa, divulgaram uma versão, editada no Planalto e bondosamente fornecida pelo ministro José Serra e pelo secretário da Presidência Eduardo Jorge. O arco-da-velha ficou rubro de vergonha, aposentadas as demais cores das quais costuma se servir.
Ah, o Opportunity de Daniel Dantas, sempre ele, onipresente, generoso na disposição de financiar a todos, sem contar a de enganar os tais italianos. Como não observar o perene envolvimento desse monumental vilão tão premiado por inúmeros privilégios? Várias perguntas temperam o guisado. Por que nunca foi aberto pelo mesmo Supremo que agora louvamos o disco rígido do Opportunity sequestrado pela PF por ocasião da Operação Chacal? Por que adernou miseravelmente a Operação Satiagraha? E por que Romeu Tuma Jr. saiu da Secretaria do Ministério da Justiça na gestão de  Tarso Genro? Tuma saberia demais? Nunca esquecerei uma frase que ouvi de Paulo Lacerda, quando diretor da PF, fim de 2005: “Se abrirem o disco rígido do Opportunity, a República acaba”. Qual República? A do Brasil, da nação brasileira? Ou de uma minoria dita impropriamente elite?
Daniel Dantas é poliédrico, polivalente, universal. E eis que está por trás de Marcos Valério, personagem central de dois “mensalões”. Nesta edição, Leandro Fortes tece a reportagem de capa em torno de Valério, figura que nem Hollywood conseguiria excogitar para um policial noir. Sua característica principal é a de se prestar a qualquer jogo desde que garanta retorno condizente. Vocação de sicário qualificado, servo de amos eventualmente díspares, Arlequim feroz pronto à pirueta mais sinistra. Não se surpreendam os leitores se a mídia nativa ainda lhe proporcionar um papel a favor da intriga falaciosa, da armação funesta, para o mal do País.
Pois é, hora do dilema. Ou há uma mudança positiva em andamento ou tudo não passa de palavras, palavras, palavras. Ao vento. É hora da Justiça? Prove-se, de direito e de fato. E me permito perguntar, in extremis: como vai acabar a CPI do Cachoeira? E qual será o destino de quem se mancomunou com o contraventor a fim de executar tarefas pretensamente jornalísticas, como a Veja e seu diretor da sucursal de Brasília, Policarpo Jr., uma revista e um profissional que desonram o jornalismo.