quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Depois de três meses de reuniões os vereadores apresentaram o relatório final da CE

BLOG O MURAL: Com o objetivo de apontar soluções para o problema do descarte de animais mortos na cidade e eventualmente apurar informações veiculadas nas redes sociais sobre supostas irregularidades, principalmente, no manejo desses cães mortos, atendendo um pedido do Prefeito Claudio Maffei, a Câmara de Vereadores decidiu instalar uma Comissão Especial (CE) para o caso.
A. I. Câmara Municipal

Os vereadores Urias de Oliveira (PT), Andréa Aparecida Nunes de Mattos (PT), Ednilson de Jesus Macedo (PSB), Armando Ambrósio Sobrinho (DEM) e José Antonio Queiroz da Rocha (PSDB) foram sorteados para formarem a Comissão, que teve sua primeira reunião no dia 25 de maio de 2012.

O vereador Urias de Oliveira foi o presidente da CE e o vereador Ednilson de Jesus Macedo foi escolhido como 1º Secretário. Os vereadores Armando Ambrósio e José Antonio Queiroz da Rocha participaram apenas da primeira reunião, se negando a prestigiar as demais.

Com a ajuda dos depoimentos que compõem um Inquérito Policial em andamento na Polícia Civil, que também investiga o caso, os vereadores convidaram para depor os senhores: Francisco Conrado (GCM), Vanderli Prestes (GCM), Ivete Gonçalves Ferreira (GCM), Alexandre dos Santos Souza (revista Porto Visão), Roberto Prestes (jornal Tribuna das Monções), Cauby Aparecido de Almeida (Meio Ambiente), Laudinei Rossi (Vigilância Sanitária), Paulo Ricardo Bassul (Meio Ambiente), Juliana Cardeli dos Santos (Zoonoses), Danilo Silva (Zoonoses), Arildo da Silva Almeida (Zoonoses), Ezequiel Pedroso Luciano (Zoonoses).

Não comparecendo os citados:
Ivete Gonçalves Ferreira e Roberto Prestes, este último tendo recusado o convite por meio de ofício encaminhado no dia 12 de junho de 2012, explicando nada poder ajudar a Comissão Especial no processo.

Os três vereadores que participaram da Comissão Especial, deram sua opinião sobre o caso:

O Presidente da Comissão, Urias de Oliveira, falou sobre a CE: " Montamos uma comissão para estudo e logo no início fomos abandonados pela oposição, os vereadores Coquinho e Armando se negaram a participar faltando com respeito a nossa câmara. Acreditamos que o crime foi intencional e agora deveremos esperar um parecer mais específico da polícia. Mas houve um crime e quem o fez sabia que prejudicaria muitas pessoas", afirma Urias.

A vereadora Andrea Aparecida Nunes de Matos comentou: "Participei das reuniões da CE e ouvi atentamente todos os que, convidados, compareceram à Câmara Municipal para nos ajudar a esclarecer tais fatos. Agradeço a todos pela contribuição, pois nosso objetivo é o aprimoramento dos serviços prestados à sociedade porto-felicense".

Ednilson de Jesus Macedo finalizou: "Toda essa mobilização para a CE, pra chegar a um resultado que já imaginávamos. Teve muita tempestade em torno do caso para nenhuma prova efetiva. Fizemos a nossa parte, escutamos todos os convidados, para tentar ajudar a cidade de Porto Feliz".

Conclusões Finais

O Estudo de Apontamento desta Comissão sugere três medidas para providências da administração pública no caso. Seguem:


CURTO PRAZO
A vala utilizada para descarte dos cães no bairro da Vila Nova é utilizada de acordo com normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo). Para melhoramento do local, sugere-se que a área seja cercada, além da identificação do local como área pública e vala de descarte, e o agendamento da atividade de acordo com a Secretaria de Obras Públicas, evitando-se assim a demora e a exposição dos corpos dos animais.
MÉDIO PRAZO
Um estudo sobre prós e contras da aquisição de um Incinerador para fazer o descarte desses animais, assim como o descarte de material infectante. E também uma avaliação se esse equipamento reduziria o custo com a terceirização do descarte de material infectante. Reunião com pessoas e entidades da área para planejamento coletivo dessas soluções.
LONGO PRAZO
A doação de uma área para a criação de um Cemitério de Animais, e, em contrapartida, a instalação/criação de uma ONG que se encarregue deste serviço. Outro fator apontado é o estudo sobre como melhorar o armazenamento e o recolhimento dos animais das clínicas particulares e da Zoonoses do município e também sobre a responsabilidade das entidades com o tratamento de cães e gatos vítimas de abandono.

Diz o relatório: "Houve montagem das imagens publicadas no jornal local - o qual se reserva o direito de não dizer quem foi o autor da foto publicada - demonstrando que o autor tinha puro interesse político, pois estamos em ano eleitoral.O que mostra que o autor sabia estar cometendo um crime ao retirar os animais da vala e forjar uma situação que não era real.

Pode até existir falha no descarte, porque o local não era identificado como tal para esse serviço e nem identificado como área pública. Não havia o cercamento e houve demora em cobrir o buraco com terra. Mas esse fator é aceitável, se tratando da distância para locomoção da máquina e de ter passado por um feriado.

Como se sabe, as fotos correram a internet e tudo foi oficializado pela delegacia de Polícia Civil de Porto Feliz, mas uma coisa é certa: não houve crime de matança indiscriminada de animais sadios, nem há cemitério clandestino. Isso fica provado já no depoimento dos GCMs e reforça-se pelo depoimento do veterinário, que atesta a quantidade de animais que eles entregam para o município que responsabiliza-se pelo descarte final. A Zoonoses também reforça esse número, variando entre os depoimentos - algo entre 2 a 4 animais por dia, o que é normal em se tratando de números.

Com isso, atestamos que fatos isolados podem ter marcado os assuntos debatidos na internet e nos meios públicos, assim como nos meios políticos, pois quem procura analisar as imagens, tem a impressão de caos. Mas ao levantar os procedimentos das clínicas veterinárias particulares e, principalmente, da Zoonoses, vê-se que o tratamento dado aos animais é de primeira grandeza, aliás, trabalho visto em poucas cidades da região. Mesmo tendo o destino final no terreno da Vila Nova, o trabalho é feito de forma correta e seguindo as normas da vigilância sanitária, tanto da cidade quanto do Estado. Tanto é verdade que a denúncia não foi tratada como crime por órgãos fiscalizadores.

Texto: A. I. Câmara Municipal de Porto Feliz

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