BLOG O MURAL: Mais do lamaçal em que semeteu o Senador da Republica pelo partido do DEM, o Demóstenes via blog do Eduardo que é o www.blogdacidadania.com
Tem sido muito comentado até na imprensa amiga dos
Democratas – que já foi PFL e, de alguma forma, Arena – que a agremiação
estaria moribunda. Para um, certo setor da sociedade, supõe-se que seja uma
hipótese incompreensível. Há gente que, quando fala em corrupção, cita Delúbio,
Dirceu, blábláblá, blábláblá e blábláblá, mas não fala de um só “democrata” ou
tucano.
Essas pessoas não entendem por que um partido teria
que acabar “apenas” por um de seus quadros ter sofrido denúncia de corrupção.
Diante de uma pseudo - contradição, logo tecem argumentação que até poderia
fazer sentido: sendo assim, o PT deveria ter acabado há muito tempo, pois ao
menos depois que chegou ao poder não há outro partido que tenha sofrido tantas
denúncias de corrupção.
Não dá para negar. Não existe partido, na história
recente, que supere o PT como alvo de acusações de gente como Demóstenes Torres
ou José Roberto Arruda, por exemplo. Todavia, o que é incompreensível é que não
há partido tão atingido por corrupção comprovada quanto o DEM.
Com base em dados divulgados pelo Tribunal
Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral divulgou um balanço com os partidos com maior número de
parlamentares cassados por corrupção desde 2000. O DEM, com 69 cassações, tem o
equivalente a 9,02% de todos os políticos cassados no período de apuração,
sendo o campeão.
Veja, abaixo, o ranking da corrupção COMPROVADA em
cada partido.
A realidade combina com os dados. Não há notícia de
políticos de expressão de outros partidos que tenham sido flagrados nas
situações em que foram flagrados José Roberto Arruda, ex-governador de
Brasília, e o senador goiano Demóstenes Torres, só para ficarmos na história
mais recente.
De uma forma um tanto quanto bizarra, portanto, os
Democratas – ou qualquer outro nome que venha a ter no futuro, se é que terá
outro nome ou algum futuro – presta um serviço à sociedade. E não é de hoje.
Desde a revelação do caso Hildebrando “motosserra” Paschoal, que tinha o
péssimo hábito de serrar adversários políticos ao meio (literalmente), esse
partido explica ao país, de forma didática, que tipo de gente há na política se
fazendo de probo e “indignado” com a “corrupção petista”.
Demóstenes Torres e José Roberto Arruda são versões
civilizadas de Hildebrando Pachoal. E mostram que quando há corrupção de
verdade, cedo ou tarde ela vem à tona e não é através de ilações e suposições,
mas de provas para lá de materiais, como as que pesam contra esses dois entre
tantos outros demos da vida.
Claro que há corrupção em qualquer partido. Aliás,
em um partido desses pequenos, na lista aí em cima, alguém pode achar que
existe pouca corrupção, mas, às vezes, são partidos com meia dúzia de deputados
ou vereadores ou prefeitos que, apesar de terem tão poucos representantes,
quase todos são corruptos.
Se não fosse assim, não teria um índice de
corrupção para o PT, também. É o 10º colocado. Não se pode negar que tem sua
cota de políticos ímprobos. Agora, usar uma sigla com tão menos corrupção para
simbolizá-la só é possível porque a mídia não usa critérios técnicos e sérios
para criar esse quadro nas mentes da minoria que se opõe a esse partido.
A extinção do DEM, portanto, significaria menos
corrupção? Negativo. Ela se espalharia por outras agremiações. Dessa maneira,
defendo que tenha vida eterna, pois, pelo menos, a corrupção estará concentrada
em um lugar só e, dessa maneira, tanto para a polícia quanto para a Justiça
ficará mais fácil fiscalizar. Isso sem falar do didatismo sobre corrupção que
tal partido proporciona.
Há certas coisas que só o DEM faz por você, leitor.
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