segunda-feira, 30 de abril de 2012

OIT diz que a crise eleva o risco de perturbação social em 57 países e enaltece modelo do Brasil

BL Às vésperas do dia do Trabalho, a Organização Internacional do Trabalho divulgou seu relatório anual sobre a situação do emprego no mundo. O documento traz uma aferição do risco de perturbação social em 106 países. Compara a conjuntura de 2010 com a de 2011. E conclui que a falta de emprego, potencializada pelo que chama de “armadilha da austeridade”, elevou os riscos em 57 nações.
De acordo com o relatório da OIT (disponível aqui, está em inglês e ocupa 108 folhas), a inquietação social é mais alta na África subsaariana, no Oriente Médio e no norte da África. Mas elevaram-se os riscos de turbulência também na Europa. Registrou-se movimento inverso em países da Ásia e da América Latina. Em nações como o Brasil, onde há recuperação do emprego, o nível de desassossego diminuiu.
O documento anota que os efeitos da crise sobre o mercado de trabalho no ano passado proruziram um cenário “especialmente problemático”. Especialmente quando se leva em conta que o estrago de 2008 ainda não foi totalmente sanado. “Existe um déficit de aproximadamente 50 milhões de empregos em comparação com a situação anterior” à crise financeira global de 2008, anota o texto da OIT.
O ruim tende a tornar-se ainda pior: “É pouco provável que durante os próximos dois anos a economia mundial cresça em ritmo suficiente para reduzir o atual déficit de emprego e oferecer trabalho a mais de 80 milhões de pessoas que se calcula que entrarão no mercado nesse período.”
Do pior, pode-se evoluir para o muito pior: segundo a OIT, o desemprego vive nova fase. “Depois de quatro anos de crise mundial, os desequilíbrios no mercado de trabalho são mais estruturais e, portanto, mais difíceis de resolver.” O relatório sustenta que “certos grupos de pessoas, como os desempregados por muito tempo, correm o risco de ficar excluídos do mercado de trabalho.”
De resto, mesmo entre os empregados, quantidades cada vez maiores de pessoas têm de se contentar com empregos “mais instáveis e precários”. As vagas de tempo parcial e temporárias cresceram em dois terços de mais da metade das economias desenvolvidas. A proporção de emprego informal situa-se acima dos 40% em dois terços dos países emergentes –no Brasil, a taxa é de 45%.
O relatório acomoda a Europa contra um pano de fundo funesto: o desemprego subiu em dois terços dos países europeus. Ao noticiar o documento, na noite passada, o diário britânico ‘The Guardian’ misturou os dados da OIT com o que se passa ao redor: greve na Alemanha, protestos de trabalhadores em 50 cidades da Espanha. E “a OIT informou que a situação em 27 países europeus está ficando mais instável”, escreveu o repórter Phillip Inman.
O relatório informa também que a recuperação do emprego em economias avançadas do planeta como Japão e EUA. Na China, a despeito das altas taxas de crescimento, “os progressos em matéria de emprego foram débeis” se comparados “às necessidades de uma população em idade de trabalhar cada vez mais numerosa e mais bem educada.”
Na opinião da OIT, a deterioração do emprego é um reflexo da “armadilha da austeridade” que aprisiona países desenvolvidos, sobretudo na Europa. Diz o relatório: “A despeito das declarações a favor do emprego nas sucessivas reuniões do G20 e em outros foros globais, a estratégia política mudou suas prioridades, distanciando-se da criação e melhoria dos postos de trabalho.”
Agora, escreve a OIT, a prioridade é “a redução dos déficits fiscais a qualquer custo.” Na Europa, alega-se que o rigor fiscal é “essencial para acalmar os mercados financeiros. Mas mesmo em países que não sofreram os efeitos da crise, essa estratégia está sendo aplicada por razões preventivas.” Algo que, para a OIT, tem levado ao oposto do pretendido.
Entrou-se num círculo vicioso: “a austeridade produziu crescimento econômico mais débil, elevando a volatilidade e piorando o balanço dos bancos”. O que ocasionou “maior contração do crédito, menos investimentos e, em consequência, maiores perdas de empregos.” Mais: com a economia contraída, os governos recolhem menos tributos. E as exigências de austeridade aumentam.
Tudo isso associado a mudanças que flexibilizam as relações trabalhistas, tornando ainda mais precário o emprego e mais baixos os salários. A certa altura, o documento realça que as relações trabalhistas devem ser combinadas com “medidas de proteção social”. Anota que “essa política foi aplicada com êxito [...] em países como Áustria e Brasil.”
O modelo, diz a OIT, vem se espraiando por “muitos países emergentes e em desenvolvimento.” Nações que “adotaram a estratégia de estimular a demanda interna com o objetivo de compensar as fracas perspectivas de exportação para as economias avançadas.” Além da América Latina, o documento cita como adeptos dessa filosofia a Índia, a China e a África do Sul –países que, a exemplo do Brasil, integram o Brics.
O texto da OIT esgrime um discurso parecido com o que Dilma Rousseff tem repisado nos foros internacionais. Mesmo os países que respondem à crise reforçando o seu mercado interno, afirma o relatório, não estão livres dos “fluxos voláteis de capital” –Dilma diria “tsunami monetário”—, que tornam a economia real instável e dificultam a criação de novos empregos.
Para fugir da “armadilha da austeridade”, a OIT sugere a adoção de política assentada em três pilares. Num, crescimento dos salários no mesmo ritmo da produtividade, com reajustes coordenados do salário mínimo. Noutro, abertura de crédito e criação de “um ambiente empresarial mais favorável para as pequenas empresas.”
No terceiro pilar, a promoção do emprego simultaneamente ao cumprimento das metas fiscais. Para os emergentes, diz o texto, “os esforços deveriam concentrar-se no investimento público e na redução da pobreza e das desigualdades de renda, estimulando a demanda agregada.”
Nas economias avançadas, “a prioridade deveria ser os desempregados, especialmente os jovens, a fim de garantir que recebam o apoio adequado para encontrar novos empregos.” Para que isso ocorra, afirma o documento, “é preciso aceitar a ideia de que as políticas que favorecem o emprego têm efeito positivo sobre a economia e que a voz das finanças não deveria guiar as decisões.”

sábado, 28 de abril de 2012

Como explicar sexo para o seu filho em linguagem atual

BLOG O MURAL: Essa eu gostei.
Sugestão do Carlos Cassaro, do Boteco de Aeroporto.











sexta-feira, 27 de abril de 2012

Secretaria de Saúde inicia campanha de vacinação contra gripe

Campanha começa dia 5, para crianças e idosos. Foto: Google Imagens
BLOG O MURAL: Começa no dia 5 de maio, a 14ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.    Em Porto Feliz, a campanha atenderá todas as unidades de Saúde. Neste ano, assim como em 2011, além dos idosos a partir de 60 anos, serão vacinadas crianças – de seis meses a dois anos de idade –, gestantes e indígenas.
        A campanha segue até 25 de maio. No primeiro dia da campanha, todas as unidades estarão abertas, das 8h às 17h. Nos dias 30 de abril e 1º de maio os postos de saúde estarão fechados.

A vacina
        A ampliação do público da campanha foi definida pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, com base em estudos epidemiológicos e observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente o vírus da influenza.
        As complicações da influenza (pneumonias bacterianas ou agravamento de doenças crônicas já existentes, como diabetes e hipertensão) são mais comuns nesses grupos - idosos e crianças com idade entre seis meses e dois anos, além das gestantes, que também são muito vulneráveis. Neste caso, a principal forma de prevenção é a vacinação.
        Não deve tomar a vacina quem tem alergia à proteína do ovo. Pessoas com deficiência na produção de anticorpos, seja por problemas genéticos, imunodeficiência ou terapia imunossupressora, devem consultar o médico primeiro.
        A vacina protege contra os três principais vírus que circulam no hemisfério sul, entre eles o da influenza A (H1N1).

Câncer Bucal
        No mesmo período, entre 5 e 25 de maio, haverá a campanha de prevenção do câncer bucal em todas as unidades de Saúde do município.
        No sábado, 5, nas unidades de Saúde, haverá equipes da campanha de vacinação e dentista para a campanha do câncer bucal.

Informações: 15 3261-9000

Texto: A. I. Prefeitura

Dobradinha: segunda Academia da Cidade será inaugurada dia 3. Confira!

Academia será inaugurada na Popular - Foto: Urias de Oliveira
BLOG O MURAL: Mais uma Academia da Cidade será inaugurada. Agora é a vez do bairro Popular, que possuirá os equipamentos para a prática de esportes. A inauguração será no dia 3 de maio, às 9h, com uma caminhada, partindo da concentração na Praça São João Batista (Jd Santa Elisa) e com destino a Praça São Pedro (Água Branca). No evento, a animação ficará por conta da dupla Diego e Leandro e da apresentação da orquestra do Instituto Sonorum. A população também terá acesso a espaços que oferecem serviços públicos  e comunitários.
A cerimônia é aberta a população.

Informações: 15 3261-9000


terça-feira, 24 de abril de 2012

Os desafios da esquerda na gestão municipal, segundo Pochmann

BLOG O MURAL: Essa entrevista de Pochmann a revista Carta Maior é fundamental para entender as dificuldades de governar um município com o país em crescimento ordenado e continuo, por isso, coloco aqui no blog a disposição de todos os pré-candidatos a prefeito e a prefeita de Porto Feliz, para que reflitam sobre o tema, governar bem uma cidade é de fundamental importância para o projeto do governo federal.

Notem que o governo estadual fica fora da análise de Pochmann, é evidente que o modelo tucano e do demo é, do estado mínimo onde o mercado controla as decisões do estado, coisa já falida na Europa e na América, refletida nos protestos das cidade gregas e na França. Por isso, é de fundamental importância que nós tenhamos contatos com os planos de governo de cada candidato, para que possamos ver quem está antenado  com a modernidade e com atual fase de crescimento do país.

Os desafios da esquerda na gestão municipal, segundo Pochmann

O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, e o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, vão concorrer às prefeituras de Campinas e São Paulo, respectivamente, por interferência direta do ex-presidente, e dentro de um projeto de mudança no perfil de um partido que, para Lula, esgotou o ciclo que vai de sua criação até a ascensão social de grandes massas da população não organizadas
São Paulo - A intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições dos dois mais importantes municípios paulistas - São Paulo, capital e Campinas – tem um objetivo que transcende o pleito de outubro. Lula colocou em andamento uma estratégia que consiste em oxigenar o PT via seu núcleo paulista, estruturado a partir dos movimentos sindicais dos anos 80, e trazê-lo para uma realidade de democracia consolidada no país, mas de onde emerge uma classe desgarrada do sindicalismo, das associações de base ou da militância em movimentos sociais.
Essa visão dos desafios que o partido terá que enfrentar para se adequar a esse novo ciclo político foi exposta por Lula ao economista Márcio Pochmann, no ano passado, quando o chamou para conversar sobre a possibilidade de aceitar a candidatura petista à prefeitura de Campinas. Simultaneamente, Lula investiu no seu ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, para que assumisse igual papel, em outubro, na disputa pela prefeitura da maior cidade do país e da América Latina, São Paulo.
Pochmann e Haddad têm biografias parecidas. Ambos, muito jovens, estavam nas articulações que resultaram na fundação do PT. Os dois, em algum momento, tornaram-se quadros intelectuais do partido, ao seguirem carreira acadêmica. Ambos integraram a administração de Marta Suplicy (2001-2004) - Pochmann comandou a pasta do Trabalho e Haddad foi chefe de gabinete da Secretaria de Finanças, cujo titular era João Sayad. Haddad foi ministro de Lula; Pochmann assumiu, em 2007, a presidência do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). 
Ambos podem ser enquadrados na classificação de "técnicos", por terem feito carreiras mais ligadas à academia do que à política institucional, mas não há como negar que, também por essas qualidades, foram parte e articuladores de políticas de gestão pública importantes.
"O PT é muito grande e terá candidatos a prefeitos de diversas origens. Haddad e eu somos os únicos que viemos do sistema universitário e com experiências mais intelectuais", afirmou Pochmann, em entrevista à Carta Maior. A escolha de dois acadêmicos que tiveram experiências na gestão pública federal, na opinião do pré-candidato em Campinas, é uma inversão na ideia de que uma prefeitura é apenas o início de uma carreira política: o espaço municipal é retomado como um elemento fundamental para o êxito de políticas públicas. “O sucesso do governo federal em políticas públicas decorre de experiências exitosas de prefeituras, como os bancos populares municipais, o orçamento participativo, políticas de distribuição de renda e o próprio Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma Pochmann.
O movimento municipalista dos anos 70 e 80, se foi fundamental para a inovação da gestão, vive hoje uma fase de esgotamento, pela “pasteurização das políticas públicas”, afirma o economista. As inovações daquele período foram absorvidas indistintamente pelas administrações municipais, independentemente dos partidos políticos a que pertenciam os gestores. Pochmann acredita que desafio para ele e Haddad é propor um novo ciclo de renovação de políticas públicas, numa realidade econômica em que o país tem uma melhor distribuição de renda e adquire maior importância no cenário internacional.
Pochmann, que se intitula da “esquerda democrática, que tem como valor fundante a radicalização da democracia”, considera que essa vertente ideológica tem desafios próprios. O primeiro deles é o de reconhecer “um certo esgotamento da experiência democrática representiva” e, a partir daí, avançar e propor novos instrumentos de participação da população na gestão municipal. Um avanço seria associar os conselhos municipais, que hoje existem em todas as áreas da administração, a orçamentos participativos territorializados. “Hoje há áreas geográficas enormes, com grandes populações, e a ideia de um município centralizado na prefeitura, em um único espaço, distancia a participação popular”, afirma o presidente do Ipea.
Outro desafio, segundo o pré-candidato, será lidar com cidades que tiveram uma forte experiência industrial e hoje se transformam em municípios de serviços. A cidade industrial empurrou as pessoas mais pobres para as periferias e comprometeu uma grande parte do tempo das pessoas com todos tipos de deslacamento. A cidade de serviços, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, não pressuporá grandes deslocamentos “se houver uma mudança da centralidade da cidade”. O novo modelo é aquele em que o trabalho e a residência são mais próximos, “com forte presença do espaço público e da educação, que é o principal ativo dessa sociedade”, diz Pochmann.
O outro grande desafio é a alteração na demografia das grandes cidades brasileiras. “Estamos vivendo uma transformação importante na queda da fertilidade brasileira e em duas décadas teremos uma regressão absoluta no número de habitantes e um aumento na proporção de pessoas idosas”, observa. Esta é uma realidade para a qual o país não está preparado. “Vão sobrar escolas, haverá uma mudança no perfil profissional da população e será uma sociedade de jovens e adultos muito complexa, com forte dependência do conhecimento”.
Maria Inês Nassif
No Carta Maior

GM inicia projeto voluntário de Música. Confira!

BLOG O MURAL: A Guarda Municipal de Porto Feliz iniciou o projeto de “Música nas escolas”, no Centro de Educação Infantil Proª Violeta de Arruda Mello Brusco. No dia 19 de abril, os estudantes receberam a visita de um integrante da Banda Musical Edivaldo Rodrigues dos Santos, o GM Antônio Batista de Oliveira Pinto. Na escola, o guarda ensaiou músicas infantis por meio do saxofone, acompanhado pelo canto de algumas crianças que participaram. “Em meia hora de produção mostramos as canções mais conhecidas, como Marcha Soldado, Teresinha de Jesus entre outras”, lembra.

Para a diretora da instituição, Sandra Cristina Leme Segato, a iniciativa chamou a atenção dos presentes e destacou que a música é um dos fatores que mais contribui para a formação integral dos alunos.
O objetivo do projeto é que outras escolas participem e que o trabalho desenvolvido seja totalmente voluntário.

fonte: Em Movimento / PASCOM

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Errata

BLOG O MURAL: A Assessoria de Imprensa do vereador Urias de Oliveira (PT), informa:


O valor destinado para Porto Feliz na emenda aprovada no dia 19 de abril, de iniciativa do vereador Urias de Oliveira em parceria do deputado Devanir Ribeiro, que atenderá a área de Saúde será no valor de R$ 200 mil. A verba servirá para compra de uma nova ambulância e para a construção da Academia da Terceira Idade (ATI).


Leia a matéria na íntegra aqui: http://blogdourias.blogspot.com.br/2012/04/vitoria-mais-uma-emenda-e-aprovada-e.html


Vereador participa de reunião com moradores do Bambu e atende solicitações

BLOG O MURAL: No dia 27 de março, o vereador Urias de Oliveira (PT) participou de uma reunião da Associação dos Moradores do Bairro Bambu e Adjacência. De lá, saiu com pedidos e solicitações de diversos serviços, como: solicitar uma reunião com a Coordenadoria de Trânsito, para melhorar o posicionamento das placas de saída entre Sorocaba e Itu (instaladas na saída da cidade pelo mesmo bairro);  solicitar a Diretoria de Meio Ambiente que fizesse uma mudança de arbustos do canteiro da Avenida Getúlio Vargas (a vegetação atrapalhava a visibilidade tanto do motorista quanto do pedestre e oferecia risco ao tráfego); a fiscalização da Vigilância Sanitária para que fiscalizasse e regulamentasse um terreno onde o serviço de reciclagem é feito (segundo os moradores, o espaço trabalhava a céu aberto).
As solicitações dos moradores foram registradas em forma de ofício e encaminhadas ao prefeito Cláudio Maffei e as secretarias citadas. No dia 24 de abril, Urias participará da segunda reunião agendada pela associação e entregará em mãos os documentos impressos que registram o atendimento a população.
        Além disso, há também um pedido encaminhado a empresa Colinas para que seja construída no bairro uma passarela que dê acesso aos moradores ao outro lado da cidade – que é cortado pela Rodovia Marechal Rondon.

100% de crianças vacinadas em Porto Feliz

BLOG O MURAL: De acordo com o balanço oficial apresentado pela Diretoria Regional de Saúde de Sorocaba, 100% das crianças de Porto Feliz receberam as vacinas que constam no calendário oficial do Ministério da Saúde do ano de 2011.
As vacinas padronizadas no calendário anual do Ministério da Saúde são: BCG, Hepatite B, Poliomielite, Tetravalente (Tétano, Difteria, Coqueluche e Hemófilos B), Rotavirus, Pneumocócica, Meningocócica e Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola).
A secretária municipal de Saúde, Claudia Meirelles, comenta sobre as metas atingidas na imunização de crianças. “Nossa abrangência de vacinação ficou acima de 100%. Ou seja, vacinamos um número ainda maior do que a população prevista. Estamos promovendo saúde e prevenindo doenças”, afirmou. “A população também está mais atenta e consciente sobre a necessidade de vacinar nossas crianças”, conclui Cláudia.

Fonte: A. I. Prefeitura

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Emenda é aprovada e Porto Feliz recebe verba de R$270 mil

BLOG O MURAL:
Funcionários da prefeitura já trabalham na obra na Popular
Porto Feliz receberá mais uma emenda no valor de R$ 270 mil para investimentos em saúde. O dinheiro será destinado para a compra de uma ambulância e para a construção de uma Academia da Terceira Idade (ATI). Esse marco é resultado do trabalho do vereador Urias de Oliveira (PT), que foi à São Paulo (SP), na Assembleia Legislativa, buscar parceiros. Após diversas reuniões com o deputado Devanir Ribeiro (PT), no dia 19 de abril, foi divulgada a notícia da aprovação do projeto. “Estamos lutando há muito tempo para buscar mais e mais recursos para nossa cidade”, confessa o vereador.
Verba foi aprovada pelo deputado Devanir Ribeiro (PT)

Nos últimos meses, a área de saúde tem recebido uma atenção em especial: a inauguração da ATI no bairro Cidade Jardim, o prêmio Brasil Sorridente (o município ocupa a terceira classificação em ranking regional) e a Audiência Pública que aprovou o investimento de R$ 600 mil no ano de 2012 (no mês de dezembro). “As duas conquistas: a segunda academia em fase de construção - no bairro Popular e a ambulância, são importantes para a população! Ampliará o atendimento da rede de saúde municipal para ações preventivas e emergenciais. Mostrando que essa emenda ajudará no desenvolvimento econômico e social em Porto Feliz”, diz Urias.
Concretização
        Agora, com o dinheiro em caixa, a prefeitura deverá realizar duas licitações: uma para compra do material de obra na academia e outra para o veículo.
        Segunda emenda
        Outro pedido do vereador está nas mãos do deputado Devanir. É uma solicitação de verba para ser aplicada na área de turismo que aguarda uma resposta. “Estou lutando para conseguir que esses projetos sejam aprovados e assim ajudar, cada vez mais, nossos porto-felicenses.”

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vereadores visitam feira de brinquedos em São Paulo

BLOG O MURAL: A 29ª Feira Brasileira de Brinquedos (ABRIN) reuniu todos os lançamentos do mercado de brinquedo infantil em São Paulo (SP), na Expo Center Norte, entre os dias 9 a 12 de abril, para lojistas e convidados. O objetivo principal do evento é lançar as últimas novidades em brinquedos para que ainda em 2012, sejam encontrados nas prateleiras de inúmeras lojas por todo Brasil.
No dia 11, o vice-prefeito Júlio Bronze, o presidente da Câmara dos Vereadores Roberto Brandão (PT), acompanhados dos vereadores Urias de Oliveira (PT) e Andréa Matos (PT), receberam o convite das empresas porto-felicenses  Syd-Nil, Toroli e Brinq Feliz,  para prestigiar os mais de 178 expositores.
Na feira, além de brinquedos e tecnologia, os visitantes encontraram livros pedagógicos, fantasias, material esportivo, artigos para festas, bicicletas, embalagens, jogos  e contaram com palestras educativas. “Saber que as nossas empresas estão lá, expondo produtos maravilhosos é saber que o nome de Porto Feliz está sendo bem representado. Um orgulho para nós”, diz o vereador Urias.


Para acompanhar os produtos expostos, acesse o site: www.abrin.com.br


Mais de cem pessoas participaram da inauguração da Academia da Cidade


BLOG O MURAL: Domingo, 15 de abril. Essa foi a data escolhida para inaugurar um novo espaço destinado a saúde em Porto Feliz. A Academia da Cidade – na Praça Pastor Moisés Sabino de Faria - foi inaugurada no bairro da Cidade Jardim (próxima à saída de Sorocaba). Na programação, uma caminhada foi promovida partindo da Igreja Matriz (centro) com destino ao local da academia e contou com mais de cem pessoas participando das atividades. Entre eles, o prefeito Cláudio Maffei (PT), o vice-prefeito Júlio Bronze (PT), o presidente da Câmara Municipal Roberto Brandão (PT), os vereadores Urias de Oliveira (PT), Andréa Matos (PT), Marco Antonio Campos Vieira (PT) e Ednilson de Jesus Macedo (PSB).
Ao ar livre, a academia terá um simulador de caminhada, cavalgada, esqui, surf, multi-exercitador, alongador, aparelhos de rotação e pressão de pernas e remada. Oferecendo atividades que aumentem a flexibilidade, mobilidade, agilidade, fortalecimento da musculatura e outros benefícios. Para orientar os alunos, profissionais da área estarão disponíveis no local, de segunda a sexta-feira, das 7h as 9h e das 16h30 as 19. Aos sábados das 7h as 10h.
O projeto que é uma parceria entre prefeitura e Instituto de Meio Ambiente (ISAMA).

 Informações: 15 3261-9000

Presidente da Câmara declara guerra à Veja


Presidente da Câmara declara guerra à Veja  
Foto: Dorivan Marinho/Folhapress_Divulgação

BLOG O MURAL: Marco Maia responde à reportagem desta semana em que a publicação acusa o PT de armar uma cortina de fumaça para ofuscar o mensalão; mais: ele promete um capítulo dedicado às relações de Cachoeira com a mídia e lembra o caso Murdoch:

Via 247 - Agora é guerra. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, soltou uma nota contestando a reportagem de capa da revista Veja deste fim de semana, que acusa o PT de armar uma cortina de fumaça, com a CPI do caso Cachoeira, para abafar o escândalo do mensalão. Num texto duro, Maia garante que haverá uma investigação sobre as relações de jornalistas com grupos clandestinos de espionagem e lembrou o caso do News of the World, que fechou as portas após a descoberta de que publicava grampos ilícitos.

Leia, abaixo, a nota de Marco Maia (PT/RS):
Resposta de Marco Maia, Presidente da Câmara dos Deputados à Veja.

Por que a Veja é contra a CPMI do Cachoeira?

Tendo em vista a publicação, na edição desta semana, de mais uma matéria opinativa por parte da revista Veja do Grupo Abril, desferindo um novo ataque desrespeitoso e grosseiro contra minha pessoa, sinto-me no dever de prestar os esclarecimentos a seguir em respeito aos cidadãos brasileiros, em especial aos leitores da referida revista e aos meus eleitores:

- a decisão de instalação de uma CPMI, reunindo Senado e Câmara Federal, resultou do entendimento quase unânime por parte do conjunto de partidos políticos com representação no Congresso Nacional sobre a necessidade de investigar as denúncias que se tornaram públicas, envolvendo as relações entre o contraventor conhecido como Carlinhos Cachoeira com integrantes dos setores público e privado, entre eles a imprensa;

- não é verdadeira, portanto, a tese que a referida matéria tenta construir (de forma arrogante e totalitária) de que esta CPMI seja um ato que vise tão somente confundir a opinião pública no momento em que o judiciário prepara-se para julgar as responsabilidades de diversos políticos citados no processo conhecido como "Mensalão";

- também não é verdadeira a tese, que a revista Veja tenta construir (também de forma totalitária), de que esta CPMI tem como um dos objetivos realizar uma caça a jornalistas que tenham realizado denúncias contra este ou aquele partido ou pessoa. Mas posso assegurar que haverá, sim, investigações sobre as graves denúncias de que o contraventor Carlinhos Cachoeira abastecia jornalistas e veículos de imprensa com informações obtidas a partir de um esquema clandestino de arapongagem;

- vale lembrar que, há pouco tempo, um importante jornal inglês foi obrigado a fechar as portas por denúncias menos graves do que estas. Isto sem falar na defesa que a matéria da Veja faz da cartilha fascista de que os fins justificam os meios ao defender o uso de meios espúrios para alcançar seus objetivos;

- afinal, por que a revista Veja é tão crítica em relação à instalação desta CPMI? Por que a Veja ataca esta CPMI? Por que a Veja, há duas semanas, não publicou uma linha sequer sobre as denúncias que envolviam até então somente o senador Demóstenes Torres, quando todos (destaco "todos") os demais veículos da imprensa buscavam desvendar as denúncias? Por que não investigar possíveis desvios de conduta da imprensa? Vai mal a Veja!;

- o que mais surpreende é o fato de que, em nenhum momento nas minhas declarações durante a última semana, falei especificamente sobre a revista, apontei envolvidos, ou mesmo emiti juízo de valor sobre o que é certo ou errado no comportamento da imprensa ou de qualquer envolvido no esquema. Ao contrário, apenas afirmei a necessidade de investigar tudo o que diz respeito às relações criminosas apontadas pelas Operações Monte Carlo e Vegas;

- não é a primeira vez que a revista Veja realiza matérias, aparentemente jornalísticas, mas com cunho opinativo, exagerando nos adjetivos a mim, sem sequer, como manda qualquer manual de jornalismo, ouvir as partes, o que não aconteceu em relação à minha pessoa (confesso que não entendo o porquê), demonstrando o emprego de métodos pouco jornalísticos, o que não colabora com a consolidação da democracia que tanto depende do uso responsável da liberdade de imprensa.

Dep. Marco Maia,
Presidente da Câmara dos Deputados
Em 15 de abril de 2012

domingo, 15 de abril de 2012

A pergunta que não quer calar.....

BLOG O MURAL: Essa história me fez lembrar a reunião dos partidos para discutir o vice....

Intimidade

Os dois na cama.
— Bem...
— Mmm?
— Posso te fazer uma pergunta?
— Se você pode me fazer uma pergunta? 40 anos de casados e você precisa de permissão para me fazer uma pergunta?
— É uma coisa que me intriga há 40 anos...
— O que?
— A sua calcinha pendurada no box do chuveiro...
— Sim?
— Está ali para secar ou para molhar mais?
— Como é?!
— A sua calcinha pendurada no...
— Eu ouvi a pergunta. Só não estou acreditando. Há 40 anos você vive com essa dúvida? O que a calcinha dela está fazendo no box do banheiro?
— É. Ela foi lavada e está secando, ou está ali para receber mais água?
— E por que você levou 40 anos para me fazer essa pergunta?
— Sei lá. Eu...
— Você achou que nós não tínhamos intimidade o bastante para tratar do assunto, é isto?. Que eram necessários 40 anos de vida em comum para podermos discutir a minha calcinha pendurada no box sem constrangimentos. É isto? Você sabe tudo ao meu respeito. Sabe toda a minha vida, conhece cada estria e sinal do meu corpo, sabe do que eu gosto e não gosto, em quem eu voto, sabe as minhas manias e os meus ruídos, mas estava faltando este detalhe. Este ponto cego no nosso relacionamento. O que a minha calcinha faz pendurada no box do banheiro.
— Não, eu queria perguntar há tempo, mas...
— Já sei. Você achou que fosse uma coisa só de mulher, que homem jamais entenderia. As calcinhas penduradas no chuveiro seriam uma espécie de demarcação de território, um ritual de congregação tribal. Um mistério que une todas as mulheres do mundo e um terreno em que homem só entra com o risco de enlouquecer. Por isso demorou tanto para fazer a pergunta.
— Nada disso. Eu só...
— Francamente.
Ele já estava quase dormindo quando se deu conta. Ela não respondera a pergunta.
 Luís Fernando Veríssimo

E por causa disso vai acabar nosso casamento, que tolice.....

E as duas partes vão perder, quem sair e quem ficar, pois numa separação todos perdem....
 

sábado, 14 de abril de 2012

Lula de volta aos braços do povo, que bom.......

BLOG O MURAL: Lula de volta aos braços do povo, que bom.................



Hoje o presidente Lula retornou aos braços do povo, na inauguração do primeiro Centro Educacional Unificado (CEU) de São Bernardo do Campo, que tem o nome de Regina Rocco Casa, em homenagem à mãe da D. Marisa Letícia.

Lula agradeceu à homenagem prestada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e falou que “a mãe da Marisa, como tantas outras mães, são daquelas figuras anônimas que ajudaram a construir São Bernardo do Campo”.

A presidenta Dilma também foi lembrada. Lula disse que ela estaria no evento não fosse a viagem à Colômbia para participar da Cúpula das Américas, e completou: “Eu acho que a Dilma é outra coisa boa que aconteceu pro país ... Assim como eu provei que não precisa de uma pilha de diploma para governar e saber cuidar de pobre, a Dilma vai provar que a mulher não tem nada de inferior ao homem”.

Lula, que ainda faz exercícios de fonoaudiologia para a voz, disse esperar, em 15 ou 20 dias, estar liberado para se dirigir aos companheiros e companheiras de todo Brasil e ”ajudar o nosso partido a continuar crescendo e elegendo pessoas como o Marinho, como o Fernando Haddad, como o Oswaldo, como o Mário Reali, como Grana, e como tantos que nós temos que eleger no Brasil inteiro”.
A senadora Marta Suplicy (PT), que lançou o programa dos CEU's quando foi prefeita São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, Lula, D. Mariza, o ex-ministro da educação Fernando Haddad com a esposa.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Porto Feliz tem história retratada em filme


BLOG O MURAL: Em comemoração a 56ª Semana das Monções, Porto Feliz tem agora sua história retratada no cinema. No mês de março, foi lançado um DVD produzido durante a semana de comemoração monçoeira, com a encenação teatral de mais de 100 atores, resgatando a partida da monção do porto de Araritaguaba com destino a Cuiabá. No evento, estiveram presentes o presidênte da Câmara Municipal, Roberto Brandão (PT), os vereadores Urias de Oliveira (PT), Andréa Matos (PT), Nando César (PR), o vice prefeito Júlio Bronze (PT), o secretário de Desenvolvimento Social e Sustentável João Esquerdo (PMDB), e o diretor de Cultura Claudemir Causim. Além de atores e moradores da cidade.

A produção é uma parceria entre a prefeitura, a secretaria de Desenvolvimento Social e Sustentável e os grupos teatrais do município e estará disponível em toda rede de ensino municipal.

Fotos: A.I. Prefeitura

Solicitação de remanejamento do projeto Escola Integral no Monsenhor recebe resposta do Governo do Estado

BLOG O MURAL: O projeto escola integral que seria implantado na Escola Monsenhor Seckler, em Porto Feliz, contou com polêmicas e reivindicações acima do previsto. Desde que a escola foi comunicada sobre a instalação do novo sistema, alunos, professores e diretores se declararam contra a proposta do governo (em instalar no prédio uma escola que funcionasse com aulas em período integral e cursos profissionalizantes). A medida mudaria toda a história da escola tradicional da cidade. Além de uma reforma no espaço, havia também a possibilidade que o nome da instituição fosse mudado.
        O vereador Urias de Oliveira (PT) fez uma indicação, “solicitando o remanejamento da escola integral, da EE Monsenhor Seckler, para a EE Professora Esther Maurino
Rodrigues, no mesmo município” – Indicação nº 170/2011. A resposta do governo foi divulgada no dia 30 de março, assinado pela Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Confira o texto na íntegra:
         “Em atenção ao solicitado no ofício de nº 2/2012, pelo prefeito do município de Porto Feliz, que trata do remanejamento da escola em tempo integral, temos a informar que, de acordo com o Cadastro de Escolas do Estado de São Paulo, as escolas estaduais em questão, a E. E. Professora Esther Maurino Rodrigues (CEI 922481) e a E. E. Monsenhor Seckler (CIE 15714), não oferecem para o ano letivo de 2012, O PERÍODO DE TEMPO INTEGRAL. Informamos também que para inserção de qualquer escola em Projeto Escola de Tempo Integral há a necessidade de a mesma ser indicada pela Secretaria Estadual de Educação.” 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Academia da Cidade será inaugurada dia 15 de abril

BLOG O MURAL: A Academia da Cidade será inaugurada na Cidade Jardim no dia 15 de abril. O projeto que é uma parceria entre prefeitura e Instituto de Meio Ambiente (ISAMA) contará com uma caminhada como parte do evento de inauguração. A partir das 9h, haverá uma concentração na Praça Drº José Sacramento e Silva (Matriz) que seguirá seu percurso até a Praça Pastor Moisés Sabino Faria (Cidade Jardim) e no local, a cerimônia oficial.
Informações: (15) 3261-9000

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sexualidade precoce: realidade e ficção

BLOG O MURAL: Via blog Terrabrasilis.blogspot.com.

Dois episódios me chamaram a atenção nos últimos dias. Reúno-os aqui porque acho que, de alguma forma, são faces de uma mesma moeda. O primeiro, divulgado fartamente pela mídia, diz respeito à decisão do STJ considerando - em caso que envolvia uma menina  de 12 anos - que  nem sempre o ato sexual com menores de 14 anos pode ser considerado estupro. O segundo, que, por sua aparente ingenuidade, não mereceu nenhuma observação nos veículos de comunicação, refere-se a um episódio da nova novela da Globo, “Avenida Brasil”, em que se promove, de brincadeirinha, o “casamento” de duas crianças, uma delas de  7 anos de idade.
Junto esses dois fatos, um lamentavelmente real e outro fruto da “criatividade” do novelista, porque os dois põem a nu um dos problemas mais sérios da sociedade contemporânea: a forma como está sendo encarada a infância.


A decisão jurídica parece ser  mais uma – e temos sido brindados por muitas, ultimamente – em que, em nome de princípios “legais”, joga-se a dignidade e a moralidade para escanteio. Segundo a  ministra relatora,  “não se pode considerar crime o ato que não viola o bem jurídico tutelado – no caso, a liberdade sexual”, uma vez que as menores a que se referia o processo julgado “se prostituíam havia tempos”  quando do suposto crime. Segundo transcrição na imprensa, no Acórdão que consolidou a decisão relata-se que “a prova trazida aos autos demonstra, fartamente, que as vítimas, à época dos fatos, lamentavelmente, já estavam longe de serem inocentes, ingênuas, inconscientes e desinformadas a respeito do sexo. Embora imoral e reprovável a conduta praticada pelo réu, não restaram configurados os tipos penais pelos quais foi denunciado”.


Já se discute a revisão dessa decisão, diante da indignação geral, que conta com as vozes dos Ministros da Justiça e da Secretaria dos Direitos Humanos e já chegou ao âmbito da ONU. Para a Ministra Maria do Rosário, que fala em buscar medidas jurídicas cabíveis para reverter o decidido, “a sentença demonstra que quem foi julgada foi a vítima, mas não quem está respondendo pela prática de um crime".


O fato é que, legal ou não, a decisão do STJ permite o entendimento de que a prostituição infantil – meninas de 12 anos, no caso – é aceitável, não sendo objeto de punibilidade aqueles que dela se aproveitam. Não querendo, aqui,  enveredar pelos meandros jurídicos, vislumbro nesse caso  alguns aspectos que merecem reflexão. Em primeiro lugar, uma questão de gênero, que afirma o poder machista do homem-sujeito  sobre a mulher-objeto. No caso, a justificativa da relatora caberia bem no que alguém já batizou de “machismo às avessas”, quando a própria mulher o assume ou admite. Por outro lado, será que não houve uma questão de classe? Convenhamos: a justiça a favor do mais poderoso não é novidade entre nós... Finalmente, tão ou mais grave, a decisão reforça uma postura que muitos adultos  vêm assumindo em relação às suas crianças, estimulando uma precocidade não raro marcada por apelos à sensualidade capazes de gerar consequências que eles mesmos irão lamentar. Claro que não é esse o caso da prostituição das meninas - muito mais uma tragédia social do que comportamental. Mas a decisão do STJ parece vincular o fato de as crianças se prostituírem a uma perda de inocência e de ingenuidade, atribuindo-lhes  consciência e  informação. Será?


Chego aqui ao segundo fato, o episódio da novela global que promoveu, entre as crianças de um lixão idealizado, uma cerimônia lúdica de  casamento de uma menina de 7 anos com um menino de idade semelhante, com direito a beijo na boca... Não se veja aqui uma visão moralista nessa observação. O assunto é realmente sério e me remete ao recentíssimo artigo da Leila Cordeiro, que fundamenta bem as razões que levam a Globo a promover todos os absurdos – incluídos aqui os vulgares – em busca de uma audiência que ela acha que pode obter por esse caminho. As novelas estão repletas de monstrinhos infantis, poços de precocidade indevida. Não resisto aqui a um comentário   paralelo, uma digressão: a Globo conseguiu, agora, inventar um BBB com lutadores do MMA... Mas essa é outra história que eu acho que ainda vai ter seus efeitos para a sociedade. Esperemos...


Os dois fatos aqui tratados permitem, talvez, uma advertência: antes que seja tarde, a sociedade deve despertar para as reformas que se impõem, não apenas a reforma política, mas também  a do nosso judiciário, que anda pródigo em escândalos internos e em decisões contrárias ao interesse público. E também é preciso reformar a permissibilidade que confere à mídia, pouco responsável e apenas interessada em audiência , o poder de desinformar e, mais recentemente, o de deformar as mentes brasileiras. Um crime que assume proporções trágicas quando envolve os segmentos mais jovens, as crianças e os adolescentes.


Machado de Assis, buscando a frase no poeta inglês Wordsworth, intitula um capítulo de “Memórias Póstumas de  Brás Cubas” com a afirmação de que “O menino é o pai do homem”. Sabemos que é isso mesmo. O que vivenciamos e experimentamos na infância repercutirá em nossa maturidade. O que forjarmos em nossas crianças definirá o seu futuro como indivíduos dignos e conscientes, capazes de enxergar muito mais do que o próprio umbigo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Artigo: Agir no caso Demóstenes antes que o abafem, por Elói Pietá


Elói Pietá, secretário geral nacional do PT (Foto: Ricardo Weg/Divulgação PT)

 

"Os poucos editoriais dos grandes jornais vão na linha de isentar o DEM das ações de sua maior estrela, e até elogiam o partido"



BLOG O MURAL: O PT e as forças progressistas precisam agir de imediato, pois está em curso uma tentativa de acabar logo com o caso Demóstenes & Cachoeira. Para muitos é incômodo discuti-lo. Vai atingir bastante gente por comissão ou omissão. Faz três anos que a Polícia Federal apresentou provas consistentes à Procuradoria Geral da República, agora reforçadas e também ele nada fez, precisamos saber o porquê.

 

Não dá para acreditar, num país em que vaza tudo o que é sigiloso, que era segredo a relação entre Demóstenes e o chefe de uma organização criminosa. Além disso, era notória no meio político de Goiás, a antiga amizade do senador com o bicheiro e as estreitas relações que este mantinha com o suplente de Demóstenes no Senado e principal financiador legal de sua campanha eleitoral. Deste círculo participavam deputados, secretários de Estado, prefeitos, delegados da polícia federal e estadual, oficiais da polícia militar, juízes, a chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, e o próprio governador, de quem adquirira a casa em que morava quando foi preso.
Talvez a Procuradoria Geral da República e os governistas inibiram-se com as vacinas que a oposição e a grande mídia vieram sistematicamente injetando na sociedade contra a investigação de atividades ilícitas de membros da oposição, taxando-a de produção de dossiês e de perseguição política.
Logo que veio a público a existência, na mesma pessoa, de outro Demóstenes, aliado do crime organizado e da corrupção sistemática, o DEM quis logo ver-se livre de seu líder, por longos anos alçado a herói da luta contra a corrupção, cogitado para ser candidato a presidente da República ou vice da candidatura do PSDB. Os outros partidos de oposição mostraram-se perplexos e cautelosos, também porque tem políticos seus envolvidos no mesmo esquema.
Os poucos editoriais dos grandes jornais vão na linha de isentar o DEM das ações de sua maior estrela, e até elogiam o partido. O Estadão chegou a misturar Demóstenes com Pimentel e Palocci, como se os casos fossem iguais. A Veja, cujo diretor da sucursal de Brasília falou por telefone cerca de 200 vezes com Cachoeira, preferiu priorizar na capa uma polêmica de dois mil anos sobre o santo sudário. Um importante jornalista de O Globo ensaiou a hipótese de problemas mentais no personagem. A mídia não abriu neste caso uma campanha, como fez no governo Dilma as campanhas pela queda de ministros. Como fez várias no governo Lula, a primeira quando o mesmo Cachoeira filmou um pedido de propina de Waldomiro Diniz, antes deste ir para o governo federal. A mídia até chegou a lançar uma contracampanha, colocando em igual destaque o caso de uma contribuição legal ao PT de Santa Catarina feita por uma empresa fornecedora do Ministério da Pesca.
Cabe a nós do PT e a nossos aliados abrir uma campanha de esclarecimento e dela tirar todas as consequências para a luta contra a corrupção e para a reforma necessária da política brasileira. O que levou o ex-procurador geral de Justiça de Goiás, ex-secretário de Segurança Pública, senador reeleito de brilhante carreira, envolver-se com o crime organizado, e enganar uma nação? Foi o financiamento de suas campanhas, de sua atividade política, de suas ambições políticas? Quem foi beneficiado, quem participou? Quem colaborou no ocultamento de tantas evidências por tanto tempo? E muitas outras perguntas que exigem resposta.
Não será fácil levar esta empreitada adiante porque Demóstenes era um dos principais líderes do projeto conservador de país que se opõe ao projeto reformista em curso. Tem muita gente apoiando seu imediato sumiço da cena. A dupla personalidade política agora revelada, e por ele levada ao extremo, lembra a linha da velha escola udenista, que tem muita força ainda no Parlamento, no Judiciário, na mídia. O udenismo, quando fazia campanha contra a corrupção, escondia, sob a máscara desta campanha, seu objetivo real: assumir o poder para impor uma política elitista no lugar de uma política popular distributiva de direitos, e para substituir o nacionalismo por um alinhamento incondicional aos Estados Unidos. O ‘varre-varre vassourinha’ de Jânio, que veio em sequência na mesma tradição, ao assumir o poder quis dar um golpe na democracia para objetivos similares ao que se assistiu depois de 1964. A ‘caça aos marajás’, que mais tarde elegeu Collor presidente, quando no governo, confiscou as poupanças e quebrou boa parte da indústria com as primeiras medidas neoliberais.
Às forças conservadoras e à oposição que delas faz parte não interessa esclarecer este caso. As forças que defendem com o PT o mesmo projeto de país mais igualitário, mais democrático, e mais soberano tem que se mobilizar para desvelar a extensão desta farsa. Temos uma grande oportunidade para tornar mais clara a política brasileira. Não podemos perdê-la.
Elói Pietá é titular da Secretaria Geral Nacional do Partido dos Trabalhadores

Demóstenes não é Collor. Mas pode ser pior

BLOG O MURAL: Enganam-se os que equiparam o caso Demóstenes Torres ao revés sofrido pelo conservadorismo brasileiro no impeachment de Collor há quase duas décadas. O baque atual pode ser maior. Não pela importância intrínseca de Demóstenes, mas pelo entorno histórico que cerca o streap-tease ético do aspirante a novo salvador da pátria das elites nativas.

 

Collor renunciou ao final de 1992. No ano seguinte Bill Clinton sucederia a Reagan na maratona desregulatória nos EUA. A retroescavadeira neoliberal sacudiria o legado de Roosevelt por quase dez anos (até 2001), sobretudo no sistema financeiro. A direita brasileira, portanto, estava amparada ideologicamente no ambiente internacional. Rapidamente ela se refez da queda do caçador de marajás que ajudara a eleger (e como!). Seu dispositivo midiático agiu em duas frentes. Reduziu o ex-herói à insignificância política de um personagem que não estava à altura do seu enredo. Mas preservou o enredo, encontrando um similar de Clinton para comandar as 'reformas' aqui: FHC

 

A gestão Democrata em Washington foi um lastro decisivo nesse processo. Clinton não apenas incorporou o legado de Reagan (que por sua vez havia replicado Tatcher), como aprofundou-o estendendo a desregulação e o Estado mínimo à esfera bancária para pavimentar a supremacia das finanças desreguladas. Não é retórica. A eliminação da lei Glass Stegall, em 1999, liberou a formação dos grandes conglomerados financeiros ao suprimir as barreiras criadas por Roosevelt, em 1933, que separavam bancos de investimentos da banca comercial. A fusão dos dois balcões num só permitiu aos financistas especularem com dinheiro alheio, sem contrapartidas equivalentes.

O afrouxamento da supervisão estatal gerou o fastígio do crescimento sem poupança, à base do crédito ilimitado. Foi um sucesso enquanto a corrente se ampliava. A coisa desmoronou em 2008, com o estouro das subprime. O resto é sabido. E o sabido foi tragicamente sintetizado no suicídio de um aposentado grego, na semana passada. Ao tirar a própria vida com um tiro, ele deixou um bilhete no qual exorta os jovens à luta armada e declara sua recusa à opção cada dia mais coerente com a persistência da lógica dos livres mercado: comer lixo. É nesse ambiente ideologicamente abafado dos interesses conservadores que se dá o streap-tease do aspirante a novo Collor dos Cerrados.

 

A mídia investia pesado na face do novo savonarola, lambuzando-o com o glacê da 'direita preparada e linha-dura'. Abandonado agora à sarjeta reservado aos que encerram elevado teor contagioso, o senador dublê de contraventor escancara a indigência ideológica do projeto conservador para o Brasil. Ao contrário do que se viu nos anos 90, hoje à crise moral personificada no centurião goiano superpõe-se a assustadora deriva de uma economia mundial em que o reiteração das ideias mercadistas tornou-se sinônimo de

 

recessão e desespero. A margem de manobra estreitou-se a olhos vistos.

 

Quem se habilita a preencher o hiato com um salto progressista de abrangência e profundidade equivalentes ao que representou o ciclo neoliberal, nos anos 90? Esse é o ponto. Via blog contextolivre.com

domingo, 8 de abril de 2012