segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Quem diria! O Instituto Ethos financiado pela Siemens e pela Alstom...



BLOG O MURAL: Quem diria! A ONG Transparência emprestando seu nome para o tucanato. Antes condenava previamente sem respeitar a presunção de inocência e as decisões judiciais. Fazia, simultânea e apressadamente o papel de policia, procurador e juiz, alinhada numa parceria com o que há de pior na mídia.

Agora com os tucanos, e irmanada com o Instituto Ethos, faz parte de uma comissão paralela, denominada pelo governador tucano Geraldo Alckmin, que a criou ontem, de Movimento TranSParência, para acompanhar as investigações das denúncias de formação de cartéis em licitações de trens e metrô no Estado nos governos Mário Covas (1995-2001), Geraldo Alckmin (2001/2002 - 2003-2006, e agora) e José Serra (2007-2010).

Promessa do governo tucano paulista: a comissão terá independência e acesso a contratos e documentos para identificar e apontar possíveis problemas. Mas, já nasce com vício de origem: o presidente da Corregedoria-Geral da Administração (CGA), Gustavo Ungaro, por exemplo, questionado se o ex-governador José Serra será convidado a prestar esclarecimentos, já antecipa blindagens e informa que a corregedoria não tem atribuição em relação a ex-governadores. “É um órgão que pode investigar agentes públicos no Estado. Um ex-governador não tem mais vínculos com o Estado. Não está no foco da Corregedoria e não faz sentido ele ser ouvido”, disse Ungaro.

Movimento TranSParência, uma farsa...


Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apareceu dizendo que não há nada de corrupção no reino tucano paulista, que no mundo todo há formação de carteis e que é preciso tomar cuidado. "Do que eu vi, não há nada objetivo", disse. Tudo ao contrário que afirmou o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), que instalou um procedimento investigativo e criminal, declarando haver fortes indícios e evidencias de crime - formação de carteis, pagamento de propina a autoridades públicas e a membros do PSDB...

Mas, para FHC só há corruptores, não há corruptos no governo de São Paulo. Um caso único. "Não houve acusação de que o governo de São Paulo tivesse sido favorecido ou que algum político do PSDB tivesse se beneficiado. Há muita agitação, mas pouca coisa concreta. É preciso tomar cuidado". Aí FHC partiu para a defesa de Covas, Serra e Alckmin: "do que eu saiba, os governadores de São Paulo Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra são pessoas que não entram neste campo de corrupção, não têm nada a ver com isso".

Hilária, também, a declaração do promotor paulista, Marcelo Mendroni, ao anunciar que o MPE-SP instaurou procedimento investigativo criminal para apurar a prática dos crimes de formação de cartel e de fraudes em licitações do metrô e trens em São Paulo, entre os anos de 1999 e 2009. A investigação será em cima de cinco contratos assinados nas gestões dos governadores tucanos Covas, Alckmin e Serra.

A diferença, os dois pesos e duas medidas


Segundo Mendroni, “há forte indicio” de crime. Mas ao anunciar o processo, o mesmo promotor criticou as leis do país sobre formação de cartel. Esquece que é obvio que não se trata apenas de uma investigação sobre formação de cartel, mas como ele mesmo disse, a análise inicial aponta “provas diretas” de prática criminosa. Preferiu passar ao largo, mas convém lembrá-lo que o Congresso acabou de aprovar lei anti-corrupção enviada pelo presidente Lula e já sancionada pela presidenta Dilma Roussef, que agrava e muito as penalidades em cima das empresas corruptoras.

Enquanto isso os trens de São Paulo não andam, de novo estão parados. O que já se tornou uma rotina para os usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Na noite de ontem, uma falha sistêmica provocou queda de energia e interrompeu a circulação na linha-11 Coral, entre as estações Itaquera e Ferraz de Vasconcelos, Zona Leste da região metropolitana da capital. O Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (PAESE, sistema de ônibus de emergência da prefeitura paulistana) foi acionado.

Rotina, repito, para os usuários do sistema de transportes públicos da Grande São Paulo. Não há dia em que algo não funcione no mundo encantado dos tucanos, que já dura 20 anos no Estado.

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