quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A COR DA PELE MANDA NA NOSSA CONSCIÊNCIA?

Foto Google

BLOG O MURAL: Esta pergunta no titulo deste texto devemos fazer sempre que deparamos com preconceitos racistas, pois esta semana vivenciamos duas cenas de puro preconceito racial e incomuns nos meios de comunicação, que coincidentemente deram IBOPE, e foi só por isso que foi divulgado, e teve uma maior repercussão por que uma emissora não quer ficar atrás da outra, e a maioria delas cobriram também os dois casos, mas este tipo de “crime” racial é muito comum no dia a dia da comunidade negra do país onde se diz não ser racista, e por nós muitas das vezes ignorados como “caso comum”.
Mas veja bem, se não fossemos racista, e se isso fosse mesmo verdade em nosso país, seria possível que um vendedor de carro incomodasse com uma criança negra sentado em um sofá de uma loja “chique” de importados? Não! Mas não foi isso que ocorreu neste caso como vocês puderam ver na reportagem das emissoras de televisão.  O fato ocorreu no Rio de Janeiro sede das Olimpíadas de 2016, e sede da Copa do Mundo a ser realizada em 2014, cidade que é vista por muitos como a mais desenvolvida do Brasil e quem tem a maior quantidade de estrangeiros com certeza, mas mesmo assim teve este triste episódio de preconceito só pela cor da pele poderíamos dizer.
Já em Campinas a segunda maior cidade do Estado de São Paulo, e que já é considerada um megalope por muitos especialistas, ouve outro caso, e mais grave, pois se no caso acima o racismo vem do setor privado, este caso em Campinas vem do poder público, onde a Policia Militar do Estado de São Paulo despachou ordem para seus comandados: “que abordassem com cuidado as pessoas da cor 'PARDA' e 'NEGRA' nas idades entre 18 e 25 anos”.
Sabemos que não é só isso, o fato da loja "chique" ou da ordem da "policia". Estas atitudes e muitas outras faz parte da cultura na nossa sociedade, entre elas dizer que preto, pobre e puta são a mazelas de nossos problemas, isto esta enraizado desde os tempos da escravidão, e cada vez que ignoramos fatos de preconceito ou reforçamos piadas sobre este assunto, estamos perpetuando o nosso preconceito contra este tipo de ser humano, seja na piada da televisão como é o caso do programa Zorra Total com a neguinha banguela no trem sendo usado para o deboche, seja na piada dentro da sala de nossa casa onde rimos com comentários do tipo “se não fizer na entrada, faz na saída”.
Estes dois casos apenas explicitam o que ocorre no dia a dia de muitos afro-descendentes de nosso país, por isso temos que nos policiar ao máximo nas nossas condutas, seja na sociedade abertamente, seja no privado em nossas casas, para que preconceitos deste tipo comessem a diminuir.
Muitos dirão que jamais fizeram isso, outros vão dizer que, se fazem com branco, por que não fazer com preto. O primeiro não entende que o não fazer apenas ajuda, mas se ele corrigir/denunciar os que fazem ajudaria muito mais, já o segundo não entende que branco ao que consta na história só foi escravizado em questões de guerras, já o negro foi escravizado para ser explorado na sua mão de obra e também como mercadoria, houve época que eles nem eram considerado humano, e sim mercadoria animal.
Em quanto não entendermos que isso esta na nossa cultura, e temos que mudar radicalmente. Mudar com políticas afirmativas, não censura, mas repudio a qualquer preconceito racial contra a pessoa afro-descendente, esteja ele em posição social que estiver, seja rico, pobre ou puta.
Fatos como esse dois que vimos na televisão continuaram ocorrendo, e pior sem que saibamos dos mesmos, pois só viraram notícia os casos berrantes, ou sangrentos, pois só assim a mídia nativa –todas, TVs, jornais e revista– se interessarão, pois os casos comum só veremos se acontecer perto de nós e aí temos o dever de corrigir se for piada, denunciar se for crime ou repreender se for dentro de nossa casa. 

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