domingo, 25 de abril de 2010

O Brasil e o desenvolvimento regional.


BLOG DO U: Deputado estadual Hamilton Pereira, e o crescimento do Brasil.



O Cruzeiro do Sul de 22/04 trouxe a seguinte manchete: "Construção civil tem recorde de empregos". Na capa do caderno C1, reportagem do jornalista Rodrigo Gasparini informa que "Sorocaba bateu o recorde histórico na geração de empregos formais (com carteira assinada) no setor de construção civil". E conta que, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), a região Sorocaba fechou fevereiro com 73.792 trabalhadores no setor, que acumula um crescimento de 7,6% entre março de 2009 e fevereiro de 2010.


São números muito bons, mas que não devem ser tomados isoladamente, sob pena de perdermos a visão de conjunto. A realidade inquestionável é que a inflexão no rumo do desenvolvimento econômico do país, promovida pelo Governo Lula, gerou cerca de 12 milhões de empregos com carteira assinada. Todos os ramos da economia e todos os estados e cidades do Brasil, além do conjunto da população, beneficiaram-se do crescimento, aliado à distribuição de renda, promovido pelo Estado brasileiro.


Ficou no passado - que anda querendo voltar - a concepção monetarista e neoliberal segundo a qual o Brasil estaria destinado a ser um país de segunda linha. Não é. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que, segundo ele mesmo, ia ser um "mascate para vender o Brasil no mundo" - mostrou que é plenamente possível crescer a distribuir renda ao mesmo tempo.


A política econômica, aliada às políticas sociais, gerou um mercado interno fabuloso. Nestes sete anos, mais de 23 milhões de pessoas migraram das classes socioeconômicas E e D para a C e passaram a consumir, gerando um ciclo virtuoso muito positivo para o Brasil. O consumo puxou o emprego, que, por sua vez, elevou o consumo, fazendo as empresas contratarem mais. O problema, agora, passa a ser a falta de mão de obra mais qualificada, de técnicos e engenheiros. Por isso, o governo federal está investindo pesado nas universidades públicas e nas escolas técnicas federais. Sorocaba e região vão se beneficiar desta política, com a UFSCar e uma nova cefet.


No caso específico da construção civil, o programa Minha Casa, Minha Vida - depois de décadas de afastamento dos governos brasileiros de políticas efetivas de habitação popular - fez "bombar" as construtoras. Ao lado disto, programas de saneamento básico e de infraestrutura elevaram a contratação na indústria da construção pesada.


Então, é verdade que o emprego em Sorocaba e região bate recordes históricos sucessivos. Mas não vamos esquecer que isso é fruto do projeto político e do governo do PT e seus aliados. Os outros, que privatizaram e desmontaram grande parte do estado brasileiro, apontam para um caminho diferente: a integração subordinada do país à economia internacional. Os resultados destes dois projetos, que voltarão a se enfrentar nas eleições de outubro, são visíveis e podem ser comparados ponto a ponto. A escolha será do povo brasileiro.


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