sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mercadante: "O interior é a grande pujança econômica de SP"


Foto: Cesar Ogata

BLOG DO U: Em visita à 17ª Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, nesta quinta-feira, dia 29, o senador Aloizio Mercandante afirmou que o interior é a grande pujança econômica do Estado de São Paulo. "Apesar de ter perdido espaço na economia nacional nos últimos anos, São Paulo continua sendo a principal base industrial, agrícola e de serviços do país. Mas precisa de mais agilidade e criatividade no governo, precisa olhar mais para o interior, levar em conta a vocação econômica das regiões e resolver gargalos como, por exemplo, os valores abusivos dos pedágios, que engessam a economia paulista", observou Mercadante.

Ao lado da ex-ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, o senador visitou vário stands de veículos, máquinas e implementos agrícolas, além do espaço de 1,8 mil metros quadrados onde foram expostos produtos financiados pelo programa Mais Alimentos, do ministério do Desenvolvimento Agrário. A ação fez parte da estratégia do governo federal para enfrentar a crise econômica mundial. Durante a abertura da Agrishow, no dia 26, foi anunciado que o Mais Alimentos deixou de ser um programa para se tornar uma política perene.

"A crise econômica internacional abriu um espaço privilegiado para a agricultura brasileira, pois atingiu principalmente Estados Unidos e Europa e, com isso, projetou novos pólos de desenvolvimento como China e Índia. No entanto estes são países densos do ponto de vista demográfico, que não tem terras nem condições de produzir alimentos na velocidade necessária", comentou Mercadante. "Já o Brasil tem uma extensa área agriculturável, vem aumentando sua produtividade agrícola e seu excedente exportável. Portanto uma feira como a Agrishow impulsiona este nosso potencial e contribuiu para a modernização tecnológica e consequente aumento da eficiência na agricultura do país", destacou.

Ainda na Agrishow, Mercadante voltou a falar sobre a necessidade de um melhor equilíbrio no desenvolvimento econômico do interior do Estado, a partir da criação de um Conselho de Desenvolvimento Econômico Regional. "Quando venho para uma região como a de Ribeirão Preto, vejo como o interior é importante. Ribeirão é a expressão da competência na agricultura, da modernidade e da inovação tecnológica. É preciso levar um pouco de Ribeirão para o Estado e para o país", disse o senador. "Esse Conselho deve apoiar o pequeno empresário, instituir ensino profisionalizante voltado para a economia regional e levantar a vocação economica das regiões. O Brasil é hoje o segundo maior produtor e exportador de alimentos e, ao longo do governo Lula, tem sido o país que mais aumentou seu excedente exportável de alimentos", completou.

Além da Agrishow, Mercadante compareceu, junto com Dilma e Marta a um evento com as lideranças regionais do PT.

REVISTA "TIME" LULA O HOMEM MAIS INFLUENTE DO MUNDO

BLOG DO U: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encabeça a lista de líderes na edição da revista americana Time das 100 pessoas que mais influenciaram o mundo em 2010, publicada nesta quinta-feira. No texto escrito pelo cineasta Michael Moore, a revista diz que Lula tem lições a dar aos Estados Unidos.


O texto chama Lula de "um filho genuíno da classe trabalhadora da América Latina" e cita as dificuldades vividas pelo presidente no passado, como a necessidade de abandonar a escola na 5ª série para trabalhar como engraxate e o acidente de trabalho que o fez perder um dos dedos da mão.Para o cineasta, um dos motivos que levaram Lula a entrar na carreira política foi a morte de sua mulher durante o oitavo mês de gestação, por não receber atendimento médico adequado. "Eis uma lição para os bilionários de todo mundo: deixem o povo ter um bom serviço de saúde, e ele irá lhes causar muito menos problemas", diz o texto.


Segundo Moore, Lula trabalha para diminuir as desigualdades sociais no Brasil, enquanto os Estados Unidos enfrentam uma situação de concentração de renda cada vez maior. "O que Lula quer para o Brasil é o que nós costumávamos chamar de 'sonho americano'", diz o texto. "Paradoxalmente, os Estados Unidos, onde a população 1% mais rica detém mais riqueza financeira do que o conjunto dos 95% mais pobres", estão se transformando em uma sociedade que está se encaminhando rapidamente para um cenário semelhante ao brasileiro.


"A grande ironia da presidência de Lula (...) é que mesmo quando tenta impulsionar o Brasil para o Primeiro Mundo com programas sociais como o Fome Zero, destinado a acabar com a fome, e planos para melhorar a educação disponível à classe trabalhadora, os EUA se parecem a cada dia mais com o Terceiro Mundo", diz o cineasta.

domingo, 25 de abril de 2010

Mercadante o mais preparado para governar São Paulo


BLOG DO U: Vou transcrever aqui o discurso de mercandante no lançamento de sua pré-campanha no 17° encontro do Partido dos Trabalhadores.

Mais de 4 mil militantes lotaram a quadra do sindicato dos Bancários de São Paulo neste sábado, 24, onde o PT confirmou as pré-candidaturas de Aloizio Mercadante para o governo de SP e de Marta Suplicy para o Senado.

As pincipais lideranças políticas paulistas de nove partidos estavam lá, e contou com a presença também de Dilma Rousseff.

Mercadante lembrou suas origens, nascido em Santos, e como filho de militar, teve que morar em muitos estados do Brasil, devido as transferências. Mas não só nasceu como escolheu sempre viver em São Paulo, desde os 15 anos, quando veio em definitivo, e nunca mais quis sair de São Paulo.


Terra rica em migrantes precisa de um governo para todos.


A gente aprende que São Paulo tem gente de toda parte. Pra cá vieram imigrantes, os portugueses, espanhóis, italianos, alemães, franceses, japoneses, e aqui construíram suas famílias e ajudaram a trazer um pedaço das suas culturas pra construir a nossa identidade, que é própria, é nossa, que são as nossas tradições, já tão consolidadas como povo paulista.


Nós recebemos migrantes de toda parte. Dos mais de 30 milhões de migrantes que saíram do Nordeste para o Sul e para o Sudeste, São Paulo foi o estado que mais os acolheu. Nós recebemos gente do Norte, do Centro-Oeste, do Sul. São Paulo, portanto, é uma cultura de muitos povos, de muitas tradições, e por isso mesmo muito rica na sua diversidade. Esse sentimento de fazer parte desse estado tão importante historicamente traz pra mim um misto de orgulho e de responsabilidade.


São Paulo precisa aproveitar melhor o bom momento que vive o Brasil.


"... aqueles que apostaram na crise, olhando para o que ainda acontece nos Estados Unidos, no Japão, na Europa, perderam o discurso e credibilidade, porque o Brasil está crescendo neste primeiro trimestre mais de 7% ao ano, batendo recorde de empregos, com 657 mil novos empregos gerados. Deixa um Brasil que, pela primeira vez, a gente cresce distribuindo e distribui pra crescer. Porque o social foi o eixo econômico, com o Bolsa Família, com o salário mínimo, com a distribuição de renda e com o combate à pobreza."


Interior paulista precisa de políticas além de Pedágios e Presídios.


Para aproveitar essa oportunidade, Mercadante diagnosticou que um dos primeiros desafios a serem vencidos em São Paulo é desenvolver um crescimento no nosso estado mais harmônico, com menos desigualdade e assimetria, inclusive regional.


"... a macrorregião de Campinas, Baixada Santista e São Paulo representam hoje 63% da economia. E as periferias vão crescendo de forma desorganizada. E o interior, em mais de 200 cidades tivemos redução demográfica, as pessoas estão saindo especialmente do Oeste paulista, porque a única política que tiveram foi pedágio e presídio...


... E digo que um dos primeiros atos do meu governo será criar um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, como o presidente Lula fez para dialogar com todos os setores e nós vamos regionalizar esse Conselho pra criar governabilidade em cada região administrativa do estado de São Paulo. São Paulo vai se interiorizar, vai olhar o interior com mais respeito e com mais atenção. "


Engarrafamentos e lerdeza demo-tucana na construção do metrô.


"... São Paulo, no governo do PSDB, criou 1,2 quilômetro de metrô por ano. Pra gente chegar onde está a Cidade do México, que começou a construir junto com São Paulo a construir o metrô, nós vamos precisar mais de 100 anos no ritmo que eles impuseram. Nós vamos acelerar o metrô, recuperar a CPTM, fazer o Ferroanel, pra ter trem, metrô e corredores de ônibus pra ter transporte de qualidade, porque o povo não pode ser tratado com essa indignidade que é o transporte de São Paulo hoje".


Educação de qualidade e respeito ao professor.


"A escola é a prioridade das prioridades. E mesmo que o eleitor às vezes não veja isso, eu vou lutar nessa campanha pra colocar a educação em primeiro lugar entre as políticas públicas desse estado.


Minha companheira Dilma, Marta, uma mãe chegou pra mim e falou que o filho está com medo na escola. Eu falei: mas o que que é ? É o tráfico, as brigas? Porque estão acontecendo, o tráfico está na porta das escolas. Ela falou que não, que o medo dele é quase um pavor, ela disse pra mim que o medo dele é que o professor o chame na frente da sala e ele tenha que ler um texto. Porque ele está na 4ª série e não consegue ler, não consegue escrever....


... Os exames de avaliação do ensino em São Paulo, como o Pisa, que é um exame internacional, mostram que São Paulo está abaixo da média nacional. Como é que o estado mais rico da federação não consegue criar uma educação de qualidade, que impulsione o Brasil e mostre o caminho do futuro?


... Nós tivemos uma greve dos professores... Nós construímos a democracia para que qualquer um se manifeste como quiser, qualquer categoria, em qualquer momento. Quantas greves o governo Lula enfrentou? Buscando o diálogo, a negociação, a valorização do funcionalismo, hoje nós temos muito menos conflitos do que tínhamos. Se tiver uma mesa permanente de diálogo com o funcionalismo, o conflito diminui.


Agora, o que é que está por trás dessa greve: cinco anos que uma parcela da categoria dos professores, que tem o 14º salário do Brasil, em cinco anos recebeu 5% de reajuste. Eu não sou contra que a gente possa ter uma política de abono por desempenho. Mas não é possível impor uma prova, só 20% pode ter direito ao abono, e depois que recebem ficam quatro anos sem receber. E principalmente: uma categoria de professoras e professores cujo principal instrumento de trabalho é um pedaço de giz não pode ser tratado com borrachada e cassetete como aconteceu em São Paulo.


Não prometo atender todas as reivindicações. Mas prometo que farei de tudo pra dar dignidade, dar autoridade, formar os professores, motivar os professores, a começar por um diálogo permanente que nós vamos ter com eles e com as outras categorias do funcionalismo do Estado, que precisa ter mais respeito e melhor tratamento."


Habitação: governos demo-tucanos deixaram a desejar


"Se a gente olhar pra situação da habitação em São Paulo, nós temos tido uma média de 20 mil casas por ano ao longo desses últimos anos do governo do PSDB. Nós temos, só na Grande São Paulo e na macrorregião de Campinas, 11% de casas que precisam ser totalmente refeitas ou removidas. A maioria em situação de favela ou cortiço. Nesse ritmo, nós vamos precisar de 42 anos pra resolver. Ou seja, em São Paulo a CDHU mostrou que precisa de parceria com o governo federal. O programa Minha Casa, Minha Vida já tem 72 mil casas sendo construídas em São Paulo. Imagina se o governo do estado ajudar a financiar o terreno, ampliar esse programa e fazer uma verdadeira parceria... Nós vamos ser parceiros naquilo que é habitação popular....


Nós vamos olhar moradia popular com os movimentos populares, construindo um programa muito mais ousado.


Porque o presidente Lula me disse uma coisa: o grande sucesso do meu governo é que eu estou fazendo o básico pro povo, é ter emprego, é ter salário, é botar o filho na escola, é a renda mínima, é poder ter uma casa, esse é o segredo pra gente construir uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais solidária".


Segurança pública.


"Se nós quisermos olhar pro futuro, nós vamos ter que repensar a política de segurança pública em São Paulo. Não dá pra população e pro governo achar que só se lembra da polícia quando disca o 190. Aí todo mundo lembra da polícia. E nós, que temos uma tradição de luta, precisamos repactuar a relação com a polícia militar e civil em São Paulo, porque precisa de mais policiamento ostensivo, a melhor polícia é aquela que previne o crime. E quando ele ocorre as delegacias têm que ser reestruturadas pra poder responder à população.


E pra isso nós vamos ter que enfrentar a crise do sistema prisional... Porque, se nós não sairmos, tivermos passividade, falta de firmeza, de competência, nós já vimos aonde vai dar: o crime organizando, atacando a sociedade, matando policiais, assustando e impulsionando o tráfico de crack, de droga, como a gente vê hoje.


Nós temos que separar os presos por grau de periculosidade. Para os que são primários, os que são reincidentes, não perigosos, trabalho e educação para progressão no sistema prisional. Nós temos, para aqueles que não precisam ser presos, monitoramento eletrônico e pena alternativa, é muito mais inteligente ele trabalhar aqui fora pelo crime que cometeu que não ameace a vida e a sociedade, do que ficar preso nesse sistema, que ele sempre sai pior do que entrou, no sistema prisional. Nós temos que reestruturar as prisões e criar uma polícia comunitária, reaproximando São Paulo e valorizando a polícia. Nós fizemos isso com a Polícia Federal, nós fizemos a força nacional, que são exemplos de competência e atitude séria na segurança do Brasil."


Alagões.


"Nós temos que reorientar a Sabesp, não apenas na relação com os municípios e com seus clientes, mas na proteção dos mananciais, da águas, das matas ciliares, o governo do estado tem que ter uma proteção mais pró-ativa na proteção do que resta de mata atlântica, no combate às emissões.


Demos passos concretos para reduzir a emissão de gás carbônico e reduzir o efeito estufa. Estão em toda parte, os tufões, tsunamis, os terremotos, as enchentes. Eu percorri a maioria das cidades que foram atingidas e o governo federal está liberando recursos, dando apoio, ajudando esses municípios a enfrentar – 79 mortos, mais de 20 mil pessoas desabrigadas. Onde esteve o governo do estado em um momento tão delicado como esse".


Chegou a hora de São Paulo destucanar.


Presidenta Dilma: você sabe que a disputa aqui não é fácil. Nunca foi. Nesses 27 anos que o mesmo grupo se alterna ao poder e 16 anos do PSDB no governo mostra que nós teremos uma disputa dura. Mas eu sinto que todo esse tempo vai acomodando as pessoas. Falta criatividade, falta energia, falta motivação. E nós já estamos hoje, ontem, no ato que fizemos, estavam aqui os companheiros do PT do B, do PRP, do PTN, do PPL, do PRB, do PR, do PC do B, do PDT, do PT.


Nós já temos nove partidos e podemos ir além disso. Pela primeira vez na história de São Paulo nós conseguimos apoio das centrais sindicais e um amplo movimento pela mudança e pela transformação.E isso, esse salto que nós estamos dando, qual é a novidade? É que a mesma São Paulo que nunca deu oportunidade ao Lula de vencer uma eleição, hoje aplaude e reconhece a qualidade do governo Lula."


A íntegra do discurso pode ser lida aqui.

Quem está por traz de Serra que nós ainda não sabemos?
























BLOG DO U: "Não quero acabar com o Mercosul", diz, 'agora', Serra, mas o estrago já esta feito e nosso vizinho não acreditam que Serra esteja dizendo a verdade sobre sua intenção, pois ao voltar atrás na sua decisão de acabar ou não com o bloco econômico do Mercosul, soa falsidade, e as suas decisões anteriores não dão essa credibilidade.

Um dos vários argumentos dos nossos vizinho encontra respaldo na história, dizem eles, quem mentiu uma vez pode mentir de novo, referindo se a eleição de prefeito para a capital paulista na qual Serra disse no debate entre candidatos da emissora de televisão a rede Bandeirantes. clik aqui e veja você mesmo.
Ele disse e está lá gravado cumprirei todo meu mandato a frente da prefeitura municipal inclusive mostrou um documento reconhecido em cartório, mas de nada adiantou, pois na eleição seguinte foi disputar a eleição de governador por São Paulo.
Comprando inclusive uma briga com o colega de partido Alkimim, isso prova que José Serra não é confiável, e para atingir seus objetivos não terá vergonha de mentir novamente, esclarecem os jornais.


O Brasil e o desenvolvimento regional.


BLOG DO U: Deputado estadual Hamilton Pereira, e o crescimento do Brasil.



O Cruzeiro do Sul de 22/04 trouxe a seguinte manchete: "Construção civil tem recorde de empregos". Na capa do caderno C1, reportagem do jornalista Rodrigo Gasparini informa que "Sorocaba bateu o recorde histórico na geração de empregos formais (com carteira assinada) no setor de construção civil". E conta que, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), a região Sorocaba fechou fevereiro com 73.792 trabalhadores no setor, que acumula um crescimento de 7,6% entre março de 2009 e fevereiro de 2010.


São números muito bons, mas que não devem ser tomados isoladamente, sob pena de perdermos a visão de conjunto. A realidade inquestionável é que a inflexão no rumo do desenvolvimento econômico do país, promovida pelo Governo Lula, gerou cerca de 12 milhões de empregos com carteira assinada. Todos os ramos da economia e todos os estados e cidades do Brasil, além do conjunto da população, beneficiaram-se do crescimento, aliado à distribuição de renda, promovido pelo Estado brasileiro.


Ficou no passado - que anda querendo voltar - a concepção monetarista e neoliberal segundo a qual o Brasil estaria destinado a ser um país de segunda linha. Não é. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que, segundo ele mesmo, ia ser um "mascate para vender o Brasil no mundo" - mostrou que é plenamente possível crescer a distribuir renda ao mesmo tempo.


A política econômica, aliada às políticas sociais, gerou um mercado interno fabuloso. Nestes sete anos, mais de 23 milhões de pessoas migraram das classes socioeconômicas E e D para a C e passaram a consumir, gerando um ciclo virtuoso muito positivo para o Brasil. O consumo puxou o emprego, que, por sua vez, elevou o consumo, fazendo as empresas contratarem mais. O problema, agora, passa a ser a falta de mão de obra mais qualificada, de técnicos e engenheiros. Por isso, o governo federal está investindo pesado nas universidades públicas e nas escolas técnicas federais. Sorocaba e região vão se beneficiar desta política, com a UFSCar e uma nova cefet.


No caso específico da construção civil, o programa Minha Casa, Minha Vida - depois de décadas de afastamento dos governos brasileiros de políticas efetivas de habitação popular - fez "bombar" as construtoras. Ao lado disto, programas de saneamento básico e de infraestrutura elevaram a contratação na indústria da construção pesada.


Então, é verdade que o emprego em Sorocaba e região bate recordes históricos sucessivos. Mas não vamos esquecer que isso é fruto do projeto político e do governo do PT e seus aliados. Os outros, que privatizaram e desmontaram grande parte do estado brasileiro, apontam para um caminho diferente: a integração subordinada do país à economia internacional. Os resultados destes dois projetos, que voltarão a se enfrentar nas eleições de outubro, são visíveis e podem ser comparados ponto a ponto. A escolha será do povo brasileiro.


Oposição propõe melhorar aquilo que tentou destruir.




BLOG DO U: A esperança e o preconceito: as três batalhas de 2010
Simone de Beauvoir disse que “a ideologia da direita é o medo”. O medo foi o grande adversário de todas as campanhas de Lula. Desta vez, o fato de Lula ser governo desfaz grande parte das ameaças que antes insuflavam o temor entre os setores populares. O grande adversário dessa campanha não é mais o medo; tampouco é Serra, candidato de poucas alianças, sem programa e que esconde seu oposicionismo no armário. O grande adversário são os que estão por trás do tucanato e o utilizam como recurso político de uma guerra elitista, preconceituosa, autoritária e desigual.




O artigo é de Arlete Sampaio.




A campanha de 2010 não é apenas uma, mas pelo menos três grandes batalhas combinadas. Uma disputa política, dos que apóiam as conquistas do governo Lula contra aqueles que sempre as atacaram e agora se esquivam de dizer o que pensam e o que representam. Uma disputa econômica, dos que defendem o protagonismo brasileiro e sabem da importância central do estado na sustentação do crescimento, contra os que querem eletrocutar nossas chances de desenvolvimento com a proposta de “choque de gestão” e de esvaziamento do papel do estado. Finalmente, uma disputa ideológica entre, de um lado, a esperança de um país mais justo, igualitário e sem medo de ser feliz, contra, do outro lado, a indústria da disseminação de preconceitos.




Na disputa política, a popularidade do presidente Lula criou uma barreira que a oposição prefere contornar do que confrontar. Serra não quer aparecer como aquilo que ele realmente é: o anti-Lula. O mesmo anti-Lula que ele próprio foi em 2002 e que Alckmin fez as vezes, em 2006. Daí a tentativa de posar como “pós-Lula”. A oposição irá para a campanha na vergonhosa condição de fingir que não é oposição, que concorda com o que sempre atacou, que quer melhorar o que tentou, a todo o custo, destruir. Os eternos adeptos da ideia de que o Brasil não pode, não dá conta e não consegue, agora, empunham o discurso de que o Brasil pode mais.




Diante do fato de que alguém precisa assumir o impopular ataque ao governo e ao presidente, para alvejar a candidatura governista, surgiram duas frentes. A mais aberta e declarada é realizada pela imprensa mais tradicional, a que tem relações orgânicas com o grande empresariado brasileiro e com uma elite política que a ela é comercialmente afiliada.




Na ânsia de conseguir, contra Dilma, o que não conseguiu em 2006 contra Lula, esta imprensa tomou para si a tarefa de tentar derrotar ambos. Para tanto, tem enveredado em um padrão autoritário que significa um retrocesso claro até se comparado a seu comportamento na época da ditadura. Naquela época, a ditadura era a justificativa de suas manchetes. Hoje, não. Se não fosse pela democracia e pela mídia regional e alternativa, a situação seria igual à vivida quando era mais fácil ter notícias fidedignas a partir da imprensa internacional do que pela grande imprensa brasileira.




Um exemplo: o tratamento dado à participação do presidente Lula na cúpula nuclear em Washington. Dois dos mais tradicionais jornais brasileiros (Estadão e Folha) deram manchetes idênticas (“Obama ignora Lula…”), numa prova não de telepatia, mas de antipatia. Um editorial (“O Globo”, 14/4) chegou a dizer que “Lula isola Brasil na questão nuclear”. Se contássemos apenas com esses jornais, teríamos que apelar à Reuters, ao Wall Street Journal, ao Financial Times ou à Foreign Policy para sabermos que a China mudou de posição por influência do Brasil e declarou oficialmente sua opção pelo diálogo com Teerã.




Seria demais pedir que se reproduzisse, por exemplo, o destaque dado à cúpula dos BRICs, que no jornal Financial Times e na revista Economist foram bem maiores do que o conferido à cúpula de Washington. Até hoje, porém, o fato de nosso país estar galgando a posição de polo dinâmico da economia mundial, de modo acelerado, é visto com desdém pelos que não acreditam que o Brasil pode mais.




A questão nuclear teve a preferência porque cai como uma luva à tentativa de trazer para 2010 a questão do terrorismo, além de demonstrar a relação que existe entre as campanhas anti-Dilma, declaradas e mascaradas. A questão do terrorismo é um curioso espantalho invocado pelos próprios corvos (para usar uma imagem apropriada ao lacerdismo que continua vivo na direita brasileira e em parte de sua imprensa). A diferença sobejamente conhecida e reconhecida entre guerrilha e terrorismo e o fato de que os grupos armados brasileiros sempre se posicionaram contra o terrorismo como forma de luta política são esquecidos. Durante a ditadura, os grupos armados eram acusados de terroristas pela mesma linha dura que arquitetava explodir um gasoduto no Rio e bombas no Riocentro para inventar terroristas que, de fato, não existiam. A parte da imprensa que, por conta própria, reedita o autoritarismo faz jus ao título de “jornalismo linha dura”.




No campo da política econômica, a batalha será igualmente ferrenha e desigual, apesar dos feitos extraordinários de Lula. Seu governo é de fato o primeiro na história do País a conseguir combinar crescimento econômico, estabilidade (política e econômica) e redução das desigualdades. Segundo estudos, o Brasil conseguiu avançar em termos sociais em ritmo mais acelerado do que o alcançado pelo estado de bem-estar social europeu em seus anos dourados. Mesmo isso não tem sido suficiente para abalar a aposta de alguns setores da elite econômica de que a principal tarefa a ser cumprida é a de tornar o Brasil o país com o estado mais acanhado dentre os BRICs. São os que querem o Brasil mirando o Chile, e não a China, em termos econômicos. Para alguns, que sempre trataram o Brasil como um custo em sua planilha, não importa o tamanho do país, e sim o tamanho de suas empresas.




O que se vê até o momento não é nada diante do que ainda está por vir, dado o espírito de “é agora ou nunca” da direita em sua crise de abstinência. Os ataques declarados são amenos diante da guerra suja que tem sido travada via internet, por mercenários apócrifos que disseminam mensagens preconceituosas.




Dilma é “acusada” de não ter marido, de não ter mestrado, de não ter sido parlamentar. As piores acusações não são sobre o que ela fez, mas sobre o que ela não fez. As mais sórdidas são comprovadas mentiras, como a de ter sido terrorista.




Simone de Beauvoir disse que “a ideologia da direita é o medo”. O medo foi o grande adversário de todas as campanhas de Lula, e ele foi vencido em duas, dentre cinco. Desta vez, o fato de Lula ser governo desfaz grande parte das ameaças que antes insuflavam o temor entre os setores populares. O grande adversário dessa campanha não é mais o medo; tampouco é Serra, candidato de poucas alianças, sem programa e que esconde seu oposicionismo no armário. O grande adversário são os que estão por trás do tucanato e o utilizam como recurso político de uma guerra elitista, preconceituosa, autoritária e desigual.




A oposição cometeu o ato falho de declarar que “o país não tem dono”, mostrando que ainda raciocina como na época em que vendeu grande parte do patrimônio público e tratou o Brasil como terra de ninguém. Mas, por sorte, o país tem dono, sim. É o povo brasileiro. E, mais uma vez, é apenas com ele que contaremos quando outubro vier.



Arlete Sampaio é médica, foi vice-governadora do DF (1995-1998), deputada distrital (2003-2006) e secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, na gestão de Patrus Ananias (2007-2009).

sábado, 24 de abril de 2010

Mercadande os mais preparado para alavancar o estado de São Paulo


BLOG DO U: Entrevista do Senador por São Paulo e pré-candidato do PT a Governador Aloisio Mercadante.


O PT formaliza neste sábado a pré-candidatura de Aloizio Mercadante para o governo de São Paulo. Estarão presentes, além do candidato, Lula e a presidenciável Dilma Rousseff.

Será divulgado documento com as diretrizes do candidato. Traz na capa a inscrição: “Muito mais é possível”. Em discurso, Mercadante vai enunciar um lema: “São Paulo com tudo o que tem direito”.

O senador concedeu uma entrevista ao blog. Defende para o Estado algo que o PT tenta evitar na esfera federal: a alterbnância do poder. Aposta na transferência de prestígio de Lula para suplantar o favoritismo do rival tucano Geraldo Alckmin, dono de índice de intenção de voto ao redor de 50%.

Junto com Mercadante, o PR lançará Marta Suplicy para o Senado. Abaixo, a entrevista na qual Mercadante expôs sua estratégia e seus planos de governo:


- Na eleição de 2006, obteve 32% dos votos. De onde virão os outros 20%?

Entrei com 12% e terminei com 32%, o melhor resutado da história do PT.


- O que o faz crer que pode vencer agora?

Primeiro, a unidade do PT. Fato inédito. Segundo, construímos um leque de alianças que jamais tivemos no Estado. Isso vai nos dar tempo de TV muito maior. Teremos também o apoio de todas as centrais sindicias. E vivemos um momento em que o Lula tem a melhor avaliação que um presidente já teve na história.


- O prestígio de Lula será transferido para sua candidatura?

É evidente que o apoio do Lula contribui. E muito. Entramos o ano com a economia crescendo a uma taxa de 7%. E Muitas das realizações ocorrem em São Paulo.


- Por exemplo.

Há 72 mil casas contratadas, em fase de execução. Mais 80 mil em fase de análise na Caixa. A média do governo estadual é da ordem de 20 mil casas ano. Geramos 176 mil bolsas de estudo do Prouni em São Paulo. Cinco universidades federais. Expandimos a rede de escolas técnicas federais. Ampliamos as verbas da saúde e da educação.


- Geraldo Alckmin aparece nas pesquisas com 50%. Como convencerá o eleitor de que é uma opção melhor?

Pesquisa mede o momento. Se olharmos a eleilção para prefeitura, em 2008, o Alckmin saiu de 45% e chegou 22%. Não foi ao segundo turno.


- Mas elegeu-se Gilberto Kassab, do DEM, apoiado por José Serra.

É verdade, mas as pesquisas mostram que a avaliação do desempenho do governo municipal é, hoje, declinante. Há uma insatisfação profunda com a cidade.


- Será uma eleição fácil?

É evidente que é uma eleição difícil. A nossa história mostra isso. Mas o Lula, que sempre teve dificuldades eleitorais no Brasil e em São Paulo tem os méritos reconhecidos por todos. Por que São Paulo não pode dar uma chance pra gente governar o Estado como deu pro Lula governar o Brasil?


- A popularidade de Lula já era alta em 2008.

E o eleitor não deu a Marta Suplicy uma chance. Preferiu Kassab. É verdade. Mas ela foi para o segundo turno. Ela tinha uma experiência de governo em São Paulo que, hoje, é mais bem avaliada do que foi há um ano e meio. Várias coisas prometidas não aconteceram. Quando o governo federal desonerava a produção, São Paulo onerou a carga tributária. Tivemos um brutal aumento do IPTU. E a eleição para o governo não é a mesma coisa que o pleito municipal.


- Além do universo geográfico, o que há de diferente?

A avaliação do governo Lula em São Paulo, em 2006, estava abaixo da média nacional. A taxa de ótimo e bom era inferiror a 40%. Hoje está em torno de 70%. Todos os dados nos favorecem.


- Que dados?

Na área da saúde, governo FHC repassou, em 2002, R$ 383 milhões para o SUS em São Paulo. Lula está repassando R$ 3,9 bilhões. Um salto de 1000%. Entregamos 397 ambulâncias do Samu. E o governo do Estado não participa do co-financiamento. Fizemos 97 Unidades de Pronto Atendimento de Saúde. De novo, sem a co-participação do Estado. Queremos demonstrar que, em parceria, podemos fazer muito mais em São Paulo.


- Como defender a alternância de poder que o PT recusa no plano federal?

Estamos falando de pouco mais de sete anos de Lula em Brasília e 27 anos de mesmice em São Paulo.


- Não são 14 anos de tucanato?

Com o PSDB vem desde 1994. Mas o Aloísio [Nunes Ferreira] era vice do Fleury. O [Alberto] Goldman era secretário do [Orestes] Quércia, que está com eles agora. O Serra e o Paulo Renato foram secretários de Educação e Planejamento do [Franco] Montoro, em 1983. É o mesmo grupo político, que foi se alternando. O Alckmin ficou seis anos como vice do [Mario] Covas e mais seis anos como governador.


- O que deve ser mudado?

Na área da educação, os indicadores de São Paulo estão abaixo da média nacional. Leitura, ciências, matemática... A insatisfação dos professores é latente. Não adianta tentar dizer que a greve foi política.


- Quem diz é o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Durante cinco anos, de 2006 a 2010, os professores só tiveram reajuste linear de 5%. Não cobre nem a inflação. Como dizer que a greve é política?


- Serra instituiu o reajuste por metas. Acha ruim?

Pagar um aditivo salarial por desempenho é um caminho que deve ser valorizado. A divergência não está aí. Não é aceitável que o professor tenha em São Paulo o 14º piso salarial do Brasil. Além disso, só 20% da categoria pode receber o bônus. Recebeu, só pode receber de novo dali a quatro anos. Conosco, haverá uma mesa de diálogo permanente. Educação é obra coletiva. A outra face desse problema, é o agravamento da criminalidade.


- Faz uma ligação entre escola e violência?

A ligação é óbvia. A falta de escola atraente empurra o jovem para a droga, principalmente o crack, que abre caminho para o crime. Todos os indicadores de segurança pública do Estado pioraram em 2009. Os delegados voltaram a fazer operação padrão. Falta policiamento ostensivo. Temos 159 mil presos. Um excedente de 59 mil acima da capacidade. E a polícia prende mais dois presídios por mês.


- Qual é a solução?

Separar os presos por grau de periculosidade: primários, reincidentes não perigosos, perigosos e chefes do crime organizado. Prover trabalho e educação como critérios para progressão de pena. E introduzir monitoramenteo eletrônico de presos. Sob monitoramento, os que não oferecem risco à vida não precisam ficar presos aguardando o julgamento.


- E quanto à área de transportes?

É outro problema dramático. Pesquisa Ibope mostra que, na capital, as pessoas perdem, em média, 2h43m no trânsito por dia. Algo como 35 dias por ano. A solução passa pelo investimento pesado em transporte sobre trilhos, metrô e ônibus. Sob o PSDB, em 14 anos, construiu-se uma méida de 1,2 km de metrê ano. Temos, hoje, 63 km de metro. Santiago tem 80 km. A Cidade do México, 230 km. Junto com o Rodoanel, deveria ter sido feito o Ferroanel. Cerca de 28% da população anda de ônibus. E não construíram os corredores exclusivos. Sobra o automóvel. Há 7 milhões de carros na cidade. É preciso combinar os investimentos em transporte a uma política urbana.
via blog do Josias.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O "Jeito" Serra de governar, é "gestão" PSDB.


BLOG DO U: Altamiro Borges: Serra tira os sapatos no aeroporto


por Altamiro Borges, em seu blog
O presidenciável demotucano José Serra vai aos poucos soltando suas asinhas. Quando sua pré-candidatura foi oficializada, no início de abril, ele se fingiu de bonzinho. Evitando se confrontar com a alta popularidade do presidente Lula, afirmou que manteria o que há de positivo no atual governo e lançou o bordão adocicado “O Brasil pode mais” – que logo foi encampado pela TV Globo numa desastrada propaganda subliminar. Mas o “Serrinha paz e amor” não se sustenta. É pura estratégia eleitoral, coisa de marqueteiro esperto para embalar um produto falsificado.


Na semana passada, num evento com empresários de Minas Gerais, José Serra começou a fazer a demarcação dos projetos em disputa da eleição de outubro. Ele criticou o Plano de Aceleração do Crescimento, o que reforça a confissão à revista Veja do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, de que o PAC será extinto. Também afirmou que irá “rever o papel” do BNDES. O que chamou a atenção no seu discurso, porém, foi o ataque ao Mercosul. Para ele, o bloco regional “atrapalha as relações comerciais do Brasil”. O discurso deve ter agradado aos seus amos dos EUA.


Alinhamento automático” com o império


De há muito que a política externa do presidente Lula, mais altiva e ativa na defesa da soberania nacional, é motivo de duras críticas da oposição neoliberal-conservadora. Os demotucanos nunca engoliram a prioridade dada ao Mercosul e à integração regional; tentaram sabotar o ingresso da Venezuela no bloco regional e são inimigos declarados dos governos progressistas da região; não se pronunciaram contra o golpe militar em Honduras, mas condenaram o governo por dar abrigo ao presidente deposto. Para eles, como revela José Serra, a integração latino-americana atrapalha.


Presença nauseante nos telejornais da Globo e nas páginas dos jornalões e revistonas direitistas, os embaixadores tucanos Celso Lafer, Rubens Barbosa e Luiz Felipe Lampreia sempre pregaram o retorno à política de FHC do “alinhamento automático” com os EUA. No episódio recente da ameaça do governo Lula de retaliar produtos ianques em oposição ao seu protecionismo, alguns deles saíram em defesa dos EUA. Eles temem qualquer postura mais soberana diante do império. São contra a política de diversificação comercial do Brasil, contra a ênfase nas relações Sul-Sul.


Complexo de vira-lata dos demotucanos


Este é o time do candidato José Serra. Essa é a sua orientação para a política externa. Na prática, a oposição neoliberal-conservadora sonha com o retorno ao “alinhamento automático”. Mercosul e outras iniciativas visando quebrar o unilateralismo imperial seriam enterradas com a eleição do demotucano. O Brasil regrediria para o triste período de FHC, de total subserviência às potências capitalistas – do complexo de “vira-lata”. Serra tenta se afastar da imagem desgastada de FHC, mas sua política externa seria idêntica – não como farsa, mas como tragédia no mundo atual.



Para entender o que representaria este retrocesso vale a pena ler o livro “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos (de Collor a Lula, 1990-2004)”, do renomado historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira. Ele comprova, como farta documentação, como a política externa regrediu nos oito anos de reinado de FHC. Neste período nefasto, o país só não aderiu ao tratado neocolonial dos EUA, a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), devido à reação da sociedade. Esta resistência também evitou que Alcântara, no Maranhão, virasse uma base militar ianque.


Tratamento humilhante para o Brasil


Entre outros casos vexatórios da política de FHC, Moniz Bandeira relata a sumária exoneração do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) do Itamaraty, por este ter alertado o governo para os graves riscos da Alca. Cita a atitude acovardada do ex-ministro Celso Lafer diante das pressões dos EUA para afastar o embaixador brasileiro José Maurício Bustani da direção da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), ligada à ONU, por este ter tentado evitar a guerra genocida no Iraque. Lembra ainda os discursos do ex-ministro de FHC propondo a participação do Brasil no genocídio no Iraque com base no draconiano Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).



O ápice dessa postura subserviente se deu quando o diplomata aceitou tirar seus sapatinhos nos aeroportos dos EUA. “Em 31 de janeiro de 2002, Celso Lafer, ministro das Relações Exteriores do Brasil, sujeitou-se a tirar os sapatos e ficar descalço, a fim de ser revistado por seguranças do aeroporto, ao desembarcar em Miami. Esse desaire, ele novamente aceitou antes de tomar o avião para Washington, e mais uma vez desrespeitou a si próprio e desonrou não apenas o cargo de ministro, como também o governo ao qual servia. E, ao desembarcar em Nova York, voltou a tirar os sapatos, submetendo-se, pela terceira vez, ao mesmo tratamento humilhante”.


Subserviência ou soberania nacional?


Com base nas suas pesquisas, Moniz Bandeira garante que a eleição de Lula deu início a uma guinada na política externa, retomando a trajetória seguida por Vargas e outros nacionalistas. Ele lembra os discursos do então candidato contra a Alca, a indicação de Celso Amorim e de Samuel Pinheiro para o seu Ministério de Relações Exteriores, a prioridade às negociações do Mercosul, os esforços para a construção de um bloco regional sul-americano e a frenética investida na diversificação das relações com outros países em desenvolvimento – como China, Índia e Rússia. Cita ainda os duros discursos contra a ocupação do Iraque e o veto à base ianque em Alcântara.


Para o autor, após a longa fase de subserviência ao império, as relações do Brasil com os EUA voltaram a ficar tensas. Ele registra os vários discursos hidrófobos da direita estadunidense e não descarta manobras ardilosas e violentas para sabotar o atual projeto de autonomia nacional. Mas se mostra confiante na habilidade e ousadia da atual equipe do Itamaraty. Reproduzindo artigo do jornal O Globo, ele afirma que “há tempos (Celso Amorim) avisou a embaixadora dos EUA que não há força no mundo capaz de fazê-lo tirar os sapatos durante a revista de segurança dos aeroportos americanos. ‘Vou preso, mas não tiro o sapato’”. Conforme indica Moniz Bandeira, este é o dilema do Brasil na atualidade: subserviência ou soberania nacional?

TVPT vai transmitir ao vivo o 17º Estadual do partido: lançamentos de Marta e Mercadante


BLOG DO U: No dias 23 e 24, a TVPT de São Paulo transmite ao vivo as atividades do17º Encontro Estadual. O evento marcará o lançamento daspré-candidaturas de Aloizio Mercadante (ao Governo Paulista) e MartaSuplicy (ao Senado).No dia 23, sexta-feira, a TVPT transmite a partir das 19h00, direto daQuadra do Sindicato dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192 , Bairro Centro, São Paulo), a abertura do Encontro com a participação de lideranças políticas, de movimentos sociais
e convidados e, no final, a apresentação musical do grupo Tarancón.


No dia 24, sábado, a transmissão ao vivo terá início às 11h00 com o AtoPolítico de Lançamento das pré-candidaturas, que terá a participação daex-ministra Dilma e do presidente Lula.Acesse o site http://www.pt-sp.org.br/e acompanhe ao vivo o 17º Encontro Estadual do PT-SP.


Fonte: site oficial do PT

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A preparação do golpe vem ai cuidado - 3°



BLOG DO U: Quem diria o golpe anunciado em post anterior, já estava em andamento quando a blog esfera entrou em ação e denunciou, o PIG resolveu tirar do ar, mas nada mais me engana eles prepararam outros meios de fazer campanha para o Serra, ou é muita coincidência a capa da veja no sábado e o lançamento da campanha do 45 anos da globo no horário nobre de televisão. ser muito parecido com a propaganda e mote de campanha de Serra ou o mesmo de Barack Obama dos E.U.A

Mino Carta: a mídia nativa contra Lula, como sempre


BLOG DO U: É uma pena que Mino Carta tenha desistido de seu blog. Acostumados a suas postagens diárias, agora temos que nos contentar com os textos semanais. Brilhantes, como sempre.
Reproduzo a análise de Mino, publicada esta semana em "CartaCapital" - http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=6471.
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SERÁ? - por Mino Carta
Proponho um teste: quem pronunciou a seguinte sentença? “Não se deve pensar no Estado da inércia, da improdutividade. O Estado deve ser forte, não obeso. Forte em seu papel de cumprir as funções básicas e ativar o desenvolvimento, a justiça social e o bem-estar da população.” Respostas: a) Karl Marx; b) Antonio Gramsci; c) José Serra; d) Lenin; e) Dilma Rousseff.
Não obrigo os leitores a procurar na última página desta edição a resposta correta, colocada de cabeça para baixo. Digo logo: resposta C. A apreciação do pré-candidato tucano à Presidência da República consta da entrevista que ele deu à Folha de S.Paulo, publicada no domingo 11. Excluído do teste, obviamente, o público do jornal.
Talvez haja quem se surpreenda com uma declaração que coincide, ao menos na essência, com algumas anteriores feitas pela pré-candidata Dilma Rousseff. Os meus afáveis botões murmuram em surdina que a mim não cabe surpresa. Com sua definição a favor do Estado ativo (o adjetivo é dele), Serra foi certamente sincero. Outra situação que não justifica espantos é o entusiasmo da mídia nativa com o lançamento da candidatura do ex-governador, sábado 10. De volta aos botões, eles sentenciam: é a beatificação em vida.
Foi de fato uma apoteose, com o condimento das lágrimas de Fernando Henrique e da súbita empolgação de Aécio Neves. Sobram aspectos da cobertura midiática de compreensão intrincada, se não francamente impossível. Se Dilma fala em Estado forte, o pânico coa das páginas e do vídeo. Em compensação, a Serra tudo se permite. Será que editorialistas, colunistas, articulistas, repórteres não levam Serra a sério quando usa argumentos banidos do catecismo dos herdeiros do udenismo velho de guerra? E apostam então na ação concentrada do tucanato para conter os arroubos de um ex-cepalino ainda sob contágio?
Talvez. Coisa certa: a mídia nativa está contra Lula, desde sempre, e contra sua candidata. Portanto, a favor de Serra. Favor? Algo mais do que isto, como se no firmamento as estrelas tremelicassem em desespero. A campanha que esboça é, porém, antiga, anacrônica, mofada igual às roupas da bisavó nos baús do sótão. O propósito continua a ser a semeadura do medo. Funcionou contra Getúlio em 1950, contra JK, contra Lott, contra Jango. No golpe de 64. E contra as Diretas Já e contra Lula em 1989, aquele momento em que o presidente da Fiesp, Mario Amato, vaticinou o êxodo da burguesia caso vencesse o fundador do PT.
Com a candidatura de Fernando Henrique, tudo ficou fácil, os graúdos e sua mídia enamoraram-se dele. A vitória do ex-metalúrgico muda o quadro em 2002 e 2006. Fica provado que o jornalismo pátrio com suas aulas de pavor não chega lá. Chegaria agora? Lula não cativou apenas seu povo, que de resto é maioria. Cativou também largos setores do empresariado nacional que a mídia insiste em pretender assustar quando denuncia o ódio, pretensamente estimulado pelos governistas em um confronto entre ricos e pobres e entre Sul e Norte.
Os editoriais dos jornalões clamam contra a ideia do plebiscito, como se toda eleição não implicasse o confronto entre as realidades do passado e as promessas do futuro, e como se os índices de rejeição de FHC não alcançassem a abóbada celeste. Sim, Dilma é a candidata de Lula. Serra, entretanto, é a figura política que cresceu à sombra de Fernando Henrique, o amigo inseparável sob a batuta de Sergio Motta, o parceiro cativo.
Como escapar a esta circunstância? Houve tentativas de tirar o ex-presidente da ribalta. Em vão. Ali está ele, a reivindicar seu lugar na história e o próprio Serra não consegue fugir à injunção de recomendá-lo aos pósteros e de lhe provocar a comoção. A mídia malha Lula sem perceber que, desta maneira, endossa o conceito do pleito plebiscitário. Mostra, antes de mais nada, é seu medo, em face de uma candidata que absorve o prestígio de quem a ungiu.
Um ponto permanece obscuro: resta saber se a mídia nativa, desta vez e finalmente, dirá quem apoia, em lugar de alegar uma imparcialidade fajuta. A bem da verdade factual.

domingo, 18 de abril de 2010

Só o Serra salva as empresas do PiG (*). Daí, o desespero


BLOG DO U: Mensagem de Paulo Henrique Amorim em seu blog. clik aqui.


Na revista Carta Capital desta semana, na pág. 27 (clique aqui para ler ), Leandro Fortes (**) conta que a Folha (***) “demorou CINCO DIAS para publicar o desmentido enviado pela assessoria da candidata e reconhecer formalmente o erro”.


O erro foi um erro ou foi de propósito ?


O erro foi inventar uma frase que a Dilma não disse: “eu não fugi da luta e não deixei o Brasil”.


Nos cinco dias em que a Folha (***) censurou a carta de desmentido, o PiG (*) dançou e rolou em cima do “erro”.


A Folha já tem uma rubrica no passivo com a Dilma: a ficha falsa.E a circulação da Folha (***) é a que mais cai, dos jornais impressos.


A Abril e a Veja – a última flor do Fáscio (****) – não sobrevivem a outro mandato presidencial sem compras maciças de livro escolar.


O negócio de revistas desaba, a ponto de a internet, hoje, ter mais publicidade que as revistas.


A situação da Globo é a mais crítica.


Ela faz negócios escusos com o Serra, à luz do sol.




O bolo publicitário da tevê brasileira não cresce, significativamente.


A TV Globo, durante trinta anos, cresceu com uma equação – 50% de audiência e 75% da verba publicitária.


Como a tevê absorve 50% de toda a publicidade brasileira, ela tinha 75% de 50%, ou seja, de cada R$ 1 investido em publicidade no Brasil, ela ficava com R$ 0,37.Essa equação – inaceitável num regime de democracia – mudou.


O bolo não cresce e as concorrentes começam a tomar audiência e faturamento dela.


Ela não vai conseguir ser o que é, com menos audiência e menos dinheiro.A qualidade vai cair – e a concorrência se acirrará.


No campo da imprensa escrita, a Globo acaba de ganhar em seu território, o Rio, um adversário considerável, o grupo português “Ongoing” – ler na Carta Capital desta semana, na pág. 50.


O “Ongoing” lançou um jornal de negócios, o Brasil Econômico, para ir para cima do Valor, que é da Folha e do Globo, e acaba de comprar um jornal popular no Rio, O DIA.


Os portugueses querem ir para a televisãoE já entraram nos nichos do mercado onde há oxigênio para a imprensa escrita: o popular e de negócios.Ou seja, a Globo passou a ter um corrente de peso a lhe morder os calcanhares, já que o grupo vem de Portugal com variados interesses empresariais.


Logo no início do Governo Lula, o professor Wanderley Guilherme dos Santos dizia que a mídia impressa brasileira só tinha um poder remanescente: o de gerar crises.(Como, agora, a de Belo Monte …)Gerar crises para tomar uma grana do Governo.É o que faz o PiG(*).


E mais, como demonstrou a presidente da associação dos jornais: hoje, no Brasil, o PiG(*) é a oposição.(Ainda mais que o candidato da oposição não tem o que dizer. A não ser que sempre foi candidato. O que sempre se soube.)Esta eleição de 2010 coincide com o aparecimento de um nova realidade empresarial: a entrada da internet no jogo e a democratização das fontes de informação.


O PiG(*) brasileiro só tem uma salvação.


Eleger o Serra.Pelo menos no Data-da-Folha.Daí, o desespero.


Paulo Henrique Amorim


(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.


Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista


(**) Leandro Fortes e a Carta Capital são dois dos alvos, na imprensa, de (desde já perdidas) ações judiciais de Gilmar Dantas


(*****). O Supremo ex-Presidente do Supremo ignora o que o colega Ricardo Lewandowski disse hoje ao Estadão, pág. A12 : Qual o limite da privacidade ?, pergunta o Estadão. “Em matéria de interesse público, o limite é muito estreito”, ele respondeu.


Perguntou o Estadão: E o limite da liberdade de imprensa? Disse Lewandowski: “Há um núcleo essencial de privacidade que não deve ser atingido. Mas em se tratando de interesse publico E DE FIGURAS PÚBLICAS (ênfase minha – PHA), esse núcleo se estreita”.


(***)Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


(****) Na capa da Veja desta semana, a única coisa que conseguem destacar de um panegírico do Serra é que ele se preparou a vida toda para ser Presidente. E, eu, para ser astronauta da NASA.


(*****)Clique aqui para ver como um eminente colonista (******) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (******) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.


(******) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Sorocaba deverá ter escola técnica federal.


BLOG DO U: O Deputado Estadual Hamilton Pereira (PT), a ex-deputada federal Iara Bernardi - que até recentemente era a representante do MEC no estado de São Paulo - e o vereador Izidio de Brito Correa receberam aqui em Sorocaba, na última sexta-feira, o reitor em exercício do Instituto Federal de São Paulo, professor Garabed Kenchiam. Veja a matéria abaixo.



Na oportunidade, acompanhados pelo coordenador administrativo da Universidade Federal de São Carlos, Carlos Eduardo Vanucci, e por integrantes da secretarias municipais de Educação e de Obras, eles visitaram locais que poderão abrigar as futuras instalações da escola técnica federal de Sorocaba. Duas áreas, de aproximadamente 16 mil metros quadrados cada uma, foram visitadas. Uma na zona norte, no Horto Florestal, e outra na zona oeste, ao lado do Piazza de Roma.


Kenchiam falou sobre o plano de expansão, em andamento no governo Lula, dos institutos tecnológicos federais. "Sorocaba tem todas as condições de receber até mais de um. Seus representantes têm que lutar por isso, pois todas as regiões do país também querem", alertou. Iara Bernardi destacou que o governo federal tem investido pesado na área da Educação. "No ensino superior foram criadas 14 novas universidades federais e entre 2005 e 2009 foram quase 600 mil bolsas de estudo do ProUni. As crianças não foram esquecidas: o programa ProInfância, entre 2007 e 2009, conveniou mais de 1700 creches e na educação profissional e tecnológica temos 132 novas escolas funcionando e até o fim do ano devemos chegar a 214. Sorocaba não pode ficar fora deste esforço", concluiu.


Hamilton Pereira, por sua vez, lembrou que a cidade tem um perfil industrial e que há forte demanda por mão de obra qualificada. "Bem articuladas, as escolas técnicas federais, as universidades públicas e privadas e as escolas técnicas estaduais poderão ajudar a região a ter, ainda mais, trabalhadores altamente qualificados. Isso é uma alavanca para o desenvolvimento econômico com distribuição de renda", completou. Na mesma linha, o vereador Izidio destacou a necessidade do planejamento integrado do ensino técnico e tecnológico na região.
Post via blog do Hamilton

Olha Só a Que Ponto Chega o Desespero"PSDB"Cria Curso Para Dar Aulas de Antipetismo !!!!


BLOG DO U: Olha a que ponto chega os tucanos, na tentativa de formar uma rede de cabos eleitorais bem preparados para o debate político nas ruas, PSDB cria curso para dar aulas de antipetismo.


TREINAMENTO

Militantes tucanos do Recife assistem à aula sobre como defender o governo do PSDB . Na sala de um prédio no Recife, abarrotada de militantes e simpatizantes do PSDB, o palestrante André Regis, cientista político e presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco, conclama: “Se tiver poucos segundos para convencer alguém a votar em José Serra, fale da biografia dele. Compare com a de Dilma”, recomenda. Logo em seguida, um slide é exibido com os seguintes dizeres: “As pessoas devem deixar de ser espectadoras e se sentir participantes. Buscar engajamento.” O evento faz parte do programa Comunicar 45, idealizado pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), com o objetivo de treinar militantes a defender o partido e a candidatura de Serra ao Planalto. “Municiálos de argumentos para o debate político da eleição”,disse Regis à ISTOÉ.


Como o foco principal do PSDB, hoje, são os eleitores indecisos, os participantes das palestras são aconselhados a utilizar uma linguagem simples. “Não adianta dizer que o nosso partido foi o responsável pela estruturação da economia do País. As pessoas não vão entender”, explica o dirigente tucano. “Pergunte se ele tem celular. Fale da telefonia”, insiste Regis, enquanto o Power Point associa a estrela do PT a uma ficha telefônica. E o tucano, a um celular. A aula teórica começa com a recomendação de marcar a estabilidade da moeda como um divisor de águas no Brasil. De uma maneira ampla, o palestrante bate na tecla de que é preciso delimitar bem as diferenças entre o PSDB e o PT. Também são fornecidos atalhos para fugir de temas polêmicos. Por exemplo, se o eleitor mencionar o nome de Lula, o tucano deve reforçar que o debate não é mais entre o presidente petista e FHC. Caso a discussão gire em torno dos programas sociais, o militante deve responder de pronto que foi o PSDB que começou a construir a rede de proteção social do País, com a criação do Bolsa Alimentação, Bolsa Escola e Vale Gás.


O programa Comunicar 45 já treinou instrutores em São Paulo, Fortaleza, Espírito Santo, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Piauí e Maranhão. A iniciativa surgiu da convicção de que, ao contrário do militante petista, o tucano de carteirinha encontra dificuldades para vender as realizações do partido e do seu candidato. O PT dá de ombros ao projeto tucano e se diz pronto para a batalha da comunicação durante o corpo a corpo eleitoral. “A militância do PT tem conteúdo e vai mostrar o que foi o governo tucano. Ele vendeu nosso patrimônio e quase quebrou o Brasil”, responde o deputado José Eduardo Cardozo (SP), secretário-geral do PT. A guerra pelo voto está apenas no começo.


COMENTÁRIO BLOG U:

Os ataques ao PT e a guerra suja na internet já começaram .

O site oficial do Partido dos Trabalhadores está sendo alvo de um violento ataque de hackers. Desde domingo, a página já ficou várias vezes fora do ar e, o pior, com avisos de que se trata de um endereço “perigoso”, que pode danificar o computador visitante. Numa das ações “maliciosas”, o internauta que acessava o site do PT era redirecionado para uma entrevista com o Secretário-Geral do PSDB.O ataque tem nítidos contornos políticos e indica uma campanha orquestrada.


O PT já solicitou à Polícia Federal que investigue a operação criminosa. Segundo o secretário de comunicação do partido, deputado André Vargas, esta não é a primeira vez que o site é atacado.


Na eleição Presidencial de 2006, ele já sido vítima de ações semelhantes. “Certamente é alguém que não gosta do PT. É possível que o ataque tenha sido desferido por algum desocupado. Mas não descartamos a hipótese do incidente estar ligado à guerra suja que já começou na internet, deflagrada por aliados do tucano José Serra”, especula o parlamentar e dirigente petista.

A preparação do golpe vem ai cuidado - 2°




BLOG DO U: “O Datafolha não se contentou em "anabolizar" os bairros pesquisados na cidade de São Paulo, aumentando de 18 para 71, coisa que não fez em outras capitais, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Resolveu também "anabolizar" a pesquisa incluindo mais cidades do Estado de São Paulo na amostragem de sua pesquisa do mês de março em relação ao mês de fevereiro.É preciso salientar que o Datafolha mudou essa sua amostragem, quando Dilma encostou em Serra, com a diferença caindo para 4%.Em todos os demais estados, o número de cidades escolhidas ou não variaram ou sofreram variações pequenas: uma ou duas cidades a mais ou a menos. Até aí tudo dentro do aceitável.O que espanta é só no Estado de São Paulo ter saltado de 25 cidades em fevereiro, para 55 cidades pesquisadas em março.”http://nogueirajr.blogspot.com/



Veja como o Datafolha alterou a proporcionalidade dos eleitores entre as pesquisas de Fevereiro e de Março, beneficiando Serra!


O Datafolha alterou, de forma dramática, a proporcionalidade dos eleitores que entrevistou nas suas pesquisas de Fevereiro e de Março. Como o instituto fez isso, é o que irei explicar agora.


1) Em Fevereiro, na divisão por regiões do país, o Datafolha entrevistou o percentual de eleitores relacionado abaixo:Sudeste - 40,9% (o correto seria em torno de 42%);


Nordeste - 28,7% (o correto seria em torno de 29%);


Sul - 14,6% (o correto seria em torno de 14%);


Norte/Centro-Oeste - 15,8% (o correto seria em torno de 15%)


Portanto, o que se conclui destes dados acima é que o Datafolha respeitou, na sua pesquisa de Fevereiro deste ano, a proporcionalidade da população brasileira. Assim, o instituto entrevistou um número de eleitores, em cada região do país, que respeitou a divisão da mesma entre o Sul, Sudeste, Nordeste e o Norte/Centro-Oeste. As diferenças não chegam a 1%, o que é irrelevante do ponto de vista estatístico.


2) Mas, na sua pesquisa de Março, o Datafolha modificou, radicalmente, o percentual de eleitores entrevistados em cada região do país, desrespeitando totalmente a divisão da população brasileira entre cada uma delas. Duvidam? Então, vejam como o Datafolha dividiu (proporcionalmente) os eleitores entrevistados, em cada região do país, na sua pesquisa de Março:


Sudeste - 61,2% (o correto seria 42%);


Nordeste - 18,4% (o correto seria 29%);


Sul - 11,6% (o correto seria 14%);


Norte/Centro-Oeste - 9,2% (o correto seria 15%).


Portanto, na sua pesquisa de Março, o Datafolha aumentou fortemente o percentual de eleitores pesquisas na região Sudeste, que foi de 61,2%. E a imensa maioria destes, 48,1% dos eleitores pesquisados a nível nacional (2001 eleitores), eram paulistas. E 26% dos eleitores entrevistados no país inteiro eram da CIDADE de São Paulo (1081 eleitores).


Ao mesmo tempo, a participação dos eleitores das demais regiões foi bem menor do que seria o correto, principalmente no caso do Nordeste, que teve apenas 18,4% de entrevistados, quando o correto seria 29%. O Norte/Centro-Oeste foi outra região com uma sensível diminuição do percentual de eleitores pesquisados.Comparando-se as duas pesquisas, temos o seguinte:


Fevereiro/Março:Sudeste - 40,9%/61,2% (aumento de 49,6%);


Nordeste - 28,7%; 18,4% (redução de 35,9%);


Sul - 14,6%/11,6% (redução de 20,5%);


Norte/Centro-Oeste - 15,8%; 9,2% (redução de 41,8%).


Esta mudança brutal na divisão do eleitorado entrevistado pelo Datafolha, em cada região do país, ajuda muito a explicar porque nestas pesquisas os resultados foram os seguintes:


Fevereiro:1o. turno:


Serra - 32%;


Dilma - 28%.


2o. turno:


Serra - 45%;


Dilma - 41%.


Março:1o. turno:


Serra - 36%;


Dilma - 27%.


2o. turno:


Serra - 48%;


Dilma - 39%.


Portanto, a subida de Serra e a estagnação de Dilma na pesquisa de Março foi fruto, basicamente, desta manipulação grosseira feita pelo Datafolha. E segundo informações já divulgadas, o mesmo procedimento foi adotado pelo instituto na sua pesquisa divulgada ontem, promovendo-se uma nova manipulação do percentual de eleitores que deveriam ter sido pesquisados em cada região do país.É o Datafolha à serviço da candidatura de José Serra.


Links:


http://datafolha.folha.uol.com.br/folha/datafolha/tabs/intvoto_pres_01032010_tb2.pdf


http://datafolha.folha.uol.com.br/folha/datafolha/tabs/int_voto_pres_29032010_tb2.pdf


http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=953


http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=955


Postado por Marcos, do Guerrilheiro do Entardecer


Por Blog do U:










A preparação do golpe vem ai cuidado!







BLOG DO U: Post proibido para quem tem mais de 30 anos vejan no link do viomundo. http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/esse-post-e-proibido-para-quem-tem-mais-de-30-anos-de-idade.html






por Luiz Carlos Azenha
Se você tem menos de 30 anos de idade hoje, significa que estava por perto dos 10 anos de idade em 1989. Por isso, não viveu a campanha presidencial daquele ano. Escrevo “viveu” no sentido de entender perfeitamente o que se passou à sua volta. Você leu a respeito ou ouviu dizer. Viver é outra coisa.




Antes, porém, vamos à origem deste post. Eu conversava com um colega jornalista a respeito de um texto que publiquei no Viomundo em que narrei minha experiência pessoal nos bastidores da TV Globo, emissora da qual eu era repórter na temporada eleitoral 2005/2006.




O post está aqui, mas eu resumo: descobri, por experiência vivida, que só cabiam denúncias contra o PT ou aliados do PT. Denúncias que batiam em outros partidos e especialmente no então candidato a governador de São Paulo, José Serra, eram menos denúncias.

O Ministério da Mobilização do Serra.


BLOG DO U: O fato de não ter aproveitado o governo de São Paulo para estudar a complexa gama de problemas da população, está cobrando seu preço de José Serra. Não há ideias novas sobre nada.


Dias atrás, inquirido sobre as enchentes e desastres naturais, anunciou a proposta de criação de uma Força Nacional de defesa civil que – penso eu, deve ter pensado ele – agiria como um corpo de bombeiros. Para quê, se já existe o corpo de bombeiros? Na ocasião, Serra demonstrou desconhecimento básico da concepção de defesa civil, que é um instrumento de coordenação dos setores envolvidos com atendimento à população.


Aqui, critiquei inúmeras vezes a oportunidade jogada fora por Serra, de não ter mobilizado o estado de São Paulo em torno de um projeto de desenvolvimento, de inovação das empresas. Tinha-se de tudo no estado: grandes empresas, as melhores universidades, os melhores institutos de pesquisa, as melhores redes de atendimento empresarial, o apoio total da mídia, a melhor infra-estrutura urbana, as melhores cidades médias. Se juntasse todos esses atores, Serra poderia ter montado programas inesquecíveis de capacitação da indústria paulista, dos pequenos e médios empreendedores, poderia ter comandado acordos fundamentais, surfado nas novas ideias, feito uma revolução gerencial, mudado a estrutura de secretariado do governo. Enfim, aqui se teria o laboratório ideal para colocar em prática novas novos conceitos. Só que, em todo seu governo, Serra não soube apresentar uma nova ideia sequer.


Quando estourou a crise global, poderia ter saído na frente de Lula, com medidas próprias do Estado, grandes concentrações de empresários e trabalhadores contra a crise, medidas fiscais etc. Levou cinco meses para receber representantes da indústria. Para tomar as primeiras medidas, foi quase um semestre. A indústria de máquinas e equipamentos registrava 40% de queda nas vendas, e a única coisa que o estado fazia era ampliar a substituição tributária. Para serem recebidos pelo governador, empresários praticamente ameaçaram uma mobilização na frente do Palácio, junto com CUT e Força Sindical.


Agora, ele anuncia um Ministério da Mobilização. É uma cabeça burocrática. Mobilização não demanda estruturas novas, ministérios novos. É um trabalho de coordenação do que já existe, onde o presidente (ou governador) tem o papel central de mobilizar.


Para Serra, mobilizar exige um Ministério novo. Para quê? Só se for para mobilizá-lo.
Por Luis Nassif e Blog do U:

sábado, 17 de abril de 2010

Mercadante: “É preciso e é possível mudar São Paulo”


BLOG DO U: Mercadante e Marta em um ato da capital com zonais do PT.



Na presença de mais de mil militantes petistas, na noite dessa sexta-feira, dia 16, o senador Aloizio Mercadante disse estar convencido de que “é preciso e é possível mudar São Paulo”. Em discurso no 1º Congresso de Diretórios Zonais do PT da Capital, o senador traçou um diagnóstico dos principais problemas do Estado e ressaltou que o partido tem hoje “um imenso desafio mas também uma grande oportunidade”. Participaram também, entre outros, a ex-prefeita Marta Suplicy, o presidente estadual do PT, Edinho Silva, e o prefeito de Osasco, Emídio de Souza. O encontro reuniu 780 dirigentes de 36 diretórios zonais do partido na capital paulista.


“Quero dizer que nós temos neste ano a oportunidade de mudar a História de São Paulo”, discursou Mercadante. “Estaremos disputando com o partido que assumiu o poder em 1995, mas, se analisarmos bem, esse é o mesmo grupo que passou a governar o estado em 1983, com Franco Montoro. Ou seja: quem tem menos de 30 anos aqui em São Paulo não viveu outra experiência de governo que não seja essa. Por isso, temos um desafio, mas também uma oportunidade. Eu, nós, do PT, podemos representar essa mudança e falar mais alto ao coração do povo paulista”, ressaltou.


Em seguida, o senador traçou um diagnóstico da deterioração em vários setores do governo paulista, como transporte, educação, segurança, saúde e economia. “Não é possível que esse governo não assuma que não houve planejamento, que faltou visão de futuro, que faltou e que falta gestão”, afirmou Mercadante. Em sua análise, existe chance real para vencer as eleições para o governo de São Paulo porque, além de o governo federal ser o melhor avaliado em todos os tempos e do presidente Lula ser o de maior popularidade na História, o PT está completamente unido em torno desta chapa e deste desafio.


“Um exemplo é o apoio que tenho recebido para a minha pré-candidatura a governador. O partido tinha nomes fortes e muito capazes para disputar, como Antonio Palocci, Fernando Haddad, Arlindo Chinaglia, Marta Suplicy, Emidio de Souza e Eduardo Suplicy, mas todos compreenderam a necessidade de coesão e construímos o nosso projeto sem necessidade de disputa interna”, disse Mercadante. “Me sinto muito honrado com todo esse apoio e a confiança do presidente Lula. E temos feito alianças muito positivas com partidos que acreditam no mesmo projeto. Por isso, acredito que nós vamos governar São Paulo e recuperar a liderança que esse Estado costumava representar no país”.


O presidente estadual do PT, Edinho Silva, garantiu que as condições para a vitória foram criadas. “O povo está cansado. Os que governam São Paulo há anos foram incapazes de responder às demandas sociais e econômicas, aos serviços públicos essenciais, e as pessoas sabem disso. E é possível, sim, governar o estado de forma diferente. Vamos batalhar, com a força de nossa militância, para isso”. Pré-candidata ao Senado, a ex-prefeita Marta Suplicy acrescentou: “O que eu mais admiro em Aloizio Mercadante é a sua capacidade de estudo, o seu conhecimento e sua determinação de saber onde quer chegar, de ter metas, objetivos e projetos excelentes. Quando conquistarmos a cadeira de governador, vamos transformar São Paulo, que passará de locomotiva a trem bala”.


Fonte: site do Mercadante