BLOG O MURAL: Difícil a vida do PSDB!
O partido está fora de sintonia. Enquanto se esforça para retomar na TV o discurso centrado no resgate do governo FHC, que o partido e seus candidatos presidenciais (José Serra e Geraldo Alckmin), e demais, se recusaram a defender em três eleições, nas de 2002, 2006 e 2010, na vida real José e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) já disputam quem será o candidato tucano e da oposição ao Palácio do Planalto em 2014.
Isso mesmo - pasmem - em 2014! E nessa peleja, o PSDB adota um comportamento absolutamente equivocado. Segue sem agenda, sem propostas, e sem alternativas. Totalmente por fora do debate político que se trava no país no momento. Perderam o rumo e nunca mais se encontraram, é o que demonstra no programa nacional de rádio e TV que ocuparam ontem.
Tucanos, o debate no momento está centrado na crise internacional e na pauta do Congresso Nacional, em royalties do petróleo; Emenda 29 de recursos para a Saúde; Plano Decenal da Educação (PDE); criação e instalação da Comissão da Verdade; reformas política e tributária; Desvinculação dos Recursos da União (DRU); e Orçamento Geral da União - e os estaduais - de 2012.Perderam o rumo e nunca mais se encontraram.
PSDB defende as propostas do século XX com cara de século XIX e esconde seu suposto mensalão paulista
Por outro lado, qualquer aluno do 1º ano de ciência política, sociologia, história, publicidade e marketing político, desaconselharia o resgate do governo FHCtucanato.
A inoportunidade desse resgate é mais do que evidente, já que a maioria do eleitorado três vezes se recusou a voltar ao passado com os tucanos, As urnas não mentem. Os eleitores preferiram mudar em 2002 e manter o rumo do país governado pelo presidente Lula em 2006 e em 2010 elegendo sua candidata, a presidenta Dilma Rousseff.
Pretender resgatar a imagem do PSDB e reorganizar a agenda do tucanato tendo como base os oito anos de FHC é um erro primário. O que se espera do PSDB como maior partido da oposição é uma nova agenda e propostas para o século XXI. Não um recordar é viver do século XX, com cara de século XIX.
Sim, porque é isso que invoca e lembra o partido ao ir para uma rede nacional de rádio e TV defender o liberalismo político e econômico totalmente fora de moda nos dias de hoje - dias de revolta e indignação contra a ideologia que governou com o tucanato.
Ainda mais falar em corrupção quando as manchetes dos jornais colocam sua principal figura o governador Geraldo Alkimin em posição constrangedora tentando esconder as emendas liberadas sem nenhum critério e com suspeita de corrupção dos deputados da sua base de apoio – antes de continuar disse SUSPEITA – mas mesmo assim eles falam sobre o assunto como se nada tivesse acontecido e ainda esconde os 4 anos de (des)governo da tucana Yeda no Rio Grande do Sul.
PSDB e seu programa.
O programa do PSDB que vai ao ar agora à noite é de doer. Parece que os marqueteiros jogaram a toalha, mesmo. O início do programa ressuscita Fernando Henrique, com a autolouvação do seu governo e uma meia crítica ao PT - que seria contra tudo, mas depois teria feito igual.
De fato, não consigo imaginar um ataque mais duro que FHC possa fazer a alguém do que compará-lo a si mesmo. Depois, entra Serra, enfadonho e raivoso. E Sérgio Guerra. E Álvaro Dias. É dispensável fazer comentários, não é? Na hora do jantar, imagine…
O programa termina com uma série de “the famous who” ( o famoso quem?). Antes dele, entalado num “limbo de audiência” – porque os níveis mais altos são o início e o final do programa, quando o pessoal volta para ver a TV – vem Aécio Neves. Triste, carrancudo, vira locutor de luxo das obras dos governadores do PSDB, que o escondem da tela. Aliás, quando some da tela para continuar em off, o corte mal feito o faz parecer estar dando uma “beiçada” para a câmara.
Não consigo entender o que pode levar uma pessoa cujo maior apelo eleitoral deveria ser a juventude e a afabilidade, a capacidade mineira de conversar, a escolher aparecer assim e não numa conversa com o telespectador.
Aécio, que tinha tudo para surgir como a inovação tucana, como algo diferente daquele ar de museu de cera da turma do FHCerra, falando em progresso, em desenvolvimento, em unir o país, acaba arrastado para, como dizia o personagem do Chico Anysio, para “o aquém do além, donde que véve os morto”. É de fato uma pena.
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