sábado, 29 de janeiro de 2011
Alckmin e Anastasia cobram o IPVA mais caro do Brasil
sábado, 22 de janeiro de 2011
NaMariaNews: E agora Alckmin, como fica a FDE?
Ortiz
BLOG O MURAL: Bela reportagem do blog da NaMariaNews leiam e veja na mão de quem nossa educação a do Estado de São Paulo digo, vai ficar.
Desde ontem, 21, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada à Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP), está sob nova presidência. Sai Fábio Bonini Simões de Lima, assume José Bernardo Ortiz Monteiro.
A nomeação, feita pelo próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 21 de janeiro.
Não existe currículo “oficial” do senhor Ortiz na WEB. É necessário pinçar aqui e acolá, para tentar extrair algum caldinho.
Natural do Rio de Janeiro, tem 75 anos, fez a vida em Taubaté, onde foi prefeito por três mandatos (1983-88 pelo PMDB; 1993-96 e 2001-04 pelo PSDB). Conhecido como o Velho; é PSDB de corpo e alma. Secretário municipal de Urbanismo de Caraguatatuba, cargo que deverá desocupar diante da nomeação recente. Foi professor na Universidade de Taubaté (Unitau), onde se aposentou e da qual “foi saído” do curso de engenharia, em 2006.
Parceiro de Alckmin de longa data, Ortiz sempre esteve envolvido em negócios estaduais, além da política. Foi diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (CODASP), de 2005-07, por exemplo. Mas antes, ocupou a superintendência do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE (1997-2000). Em 1997, anunciou o fim dos alagamentos provocados pelo Rio Tietê, graças aos U$500 milhões do fundo de investimentos japonês Overseas Economic Cooperation (OECF) e aos U$200 milhões do Estado, além da construção de piscinões e outras medidas saneadoras. Como se sabe, não deu muito certo – conforme o NaMaria News mostrou neste texto.
A escolha de Ortiz para a FDE tumultuada devido à disputa pelo espólio do tucanato no próprio governo do Estado de São Paulo. O nome de Ortiz já estava acertado há duas semanas, período em que os HDs dos computadores das diretorias daquela nobre casa foram sendo formatados.
O presidente nomeado por Alckmin para a FDE é um antigo conhecido do sistema Judiciário. No Diário Oficial (DO), por exemplo, as mais significativas e abundantes citações estão nos cadernos do Judiciário e Legislativo. Só que não é preciso recorrer aos labirintos do DO para reconhecer tal fato, a mais simples WEB nos ajuda.
Em junho de 2010, após ser derrotado em Primeira Instância na 4ª Vara Civil de Taubaté, ele foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por improbidade administrativa.
Trata-se da Ação Civil Pública nº 625.01.2001.002663-4, referente à contratação de profissionais sem concurso. Na referida causa, o filho de Ortiz (José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior) atuou como advogado. A sentença completa do Juiz Luis Manuel Fonseca Pires, de 11/agosto e registrada em 14/agosto/2008, pode ser lida ao clicar na imagem abaixo.
Ortiz, é claro, recorreu. E perdeu. Assim como perdeu no Superior Tribunal de Justiça até a terceira instância. Em decisão monocrática de 31/maio (publicada em 16/junho/2010), o ministro do STJ Humberto Martins, negou provimento ao recurso do ex-prefeito.
Sobre a decisão do ministro em relação ao caso de José Ortiz, a Coordenadoria de Editoria e Imprensa do STJ divulgou o seguinte comunicado:
18/06/2010 – 12h12DECISÃO
Mantida condenação de ex-prefeito de Taubaté que contratava sem concurso
O ministro Humberto Martins, da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve a decisão da Justiça paulista que havia condenado, por improbidade administrativa, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz, de Taubaté (SP). Acusado pelo Ministério Público de contratar servidores sem concurso, Ortiz teve os direitos políticos suspensos por cinco anos e foi condenado, ainda, a pagar multa de 20 vezes sua remuneração como prefeito, além de perder o cargo público que esteja ocupando atualmente.
Para o Tribunal de Justiça de São Paulo, o ex-prefeito fez “uso abusivo” da lei que autoriza a contratação sem concurso em situações excepcionais, transformando-a em “mecanismo rotineiro de burla à Constituição”. Segundo o acórdão do tribunal paulista, isso foi feito “de modo absolutamente escancarado”, pois “não se cuidou de realizar nenhum concurso público ou, ao menos, estabelecer um cronograma de concursos”.
O ex-prefeito ingressou no STJ com recurso especial contra a condenação. Alegou, entre outras coisas, que a lei de improbidade administrativa exige a comprovação não apenas da intenção do agente público em praticar atos tidos como ímprobos, mas também de danos aos cofres públicos e da obtenção de vantagens ilícitas. Tais situações não estariam caracterizadas, segundo Ortiz.
No entanto, o relator do recurso especial, Humberto Martins, considerou que o dolo (intenção de cometer o ato ilícito) “salta aos olhos” no processo. Quanto à alegada inexistência de dano ao erário e à ausência de enriquecimento ilícito, o relator lembrou que já é pacífico no STJ o entendimento de que essas outras condições não são indispensáveis para o enquadramento do agente público na lei de improbidade. Por isso, em decisão monocrática, o ministro negou provimento ao recurso do ex-prefeito.
Vale ressaltar que essa decisão do STJ vai além da sentença dada pela 4ª Vara Civil de Taubaté, que o condenou à perda dos direitos políticos por três anos e multa equivalente a 12 vezes o valor da última remuneração recebida por ele como prefeito.
Então, a decisão em terceira instância do STJ para José Bernardo Ortiz Monteiro não vale para o cargo tão importante na Fundação para o Desenvolvimento da Educação?
O ministro Humberto Martins nos dá a resposta:
Pouco importa aqui o elemento subjetivo que o animou, embora custe crer que o Prefeito Municipal de importante cidade localizada em região altamente desenvolvida do Estado de São Paulo, não tivesse a exata dimensão de sua ação;Em arremate, o réu violou, e de modo grave a Constituição Federal e seus princípios, caracterizando-se sua conduta como de improbidade administrativa.
Leia mais:
Jacques Gaillot: “Não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina.”
Jacques Gaillot.
Hernando Calvo Ospina
São poucos os franceses que conhecem o nome da máxima autoridade da Igreja Católica no país, mas a imensa maioria sabe quem é o monsenhor Jacques Gaillot. Homem extremamente humilde, de olhar sereno e voz pausada, que sem usar frases grandiloquentes diz o que gostaríamos de escutar de muitos políticos.
Nasceu em 11 de setembro de 1935 em Saint Dizier, uma pequena cidade da França. Aos 20 anos, deixou o seminário para realizar o serviço militar. Foi para a Argélia, onde havia uma guerra de libertação contra o colonialismo francês. Conta que foi uma sorte não ter sido obrigado a usar armas, pois foi destacado para trabalhos sociais, a viver com a comunidade.
O que significou para você ter vivido essa guerra?
Esta experiência começou a mudar a minha vida. Ali me encontrei com o Islã, uma religião muito diferente da católica e sobre a qual nada conhecia. Fiquei sabendo que os muçulmanos tinham fé em um Deus, que oravam e que eram hospitaleiros. Eles foram como meus irmãos. Esta interreligiosidade influiu em minha fé. Também vivi a violência da guerra, razão pela qual fui me convertendo em um militante da não violência. Realmente, a Argélia foi um seminário para mim.
Após 22 meses na Argélia, você foi enviado a Roma e, em 1961, ordenado sacerdote. Até que, em 1982, foi nomeado bispo da cidade de Evreux, na França. Mas, em 13 de janeiro de 1995, o Vaticano decidiu retirar-lhe essa missão pastoral. O que aconteceu?
Alguns dias antes dessa data fui chamado a comparecer diante das autoridades do Vaticano sem saber por quê. Ante minha incredulidade, em algumas horas fui declarado culpado e, em menos de um dia, foi decretada minha expulsão da diocese. O cardeal Bernardin Gantin, prefeito da Congregação dos Bispos, me propôs que eu assinasse minha demissão e assim poderia manter o título honorífico de bispo emérito de Evreux. Não assinei nada. Então me nomearam bispo de Partenia, uma diocese que não existe desde o século 5, situada na atual Argélia. Com minhas poucas roupas deixei a diocese de Evreux. Como não tinha onde ficar, me instalei durante um ano em um prédio recuperado por famílias sem teto e estrangeiros sem documentos, em Paris. Depois fui acolhido por uma comunidade de missionários.
O que levou o Vaticano a tomar uma decisão tão drástica? Talvez suas posições políticas e compromissos sociais? Porque, vejamos: em 1983, foi um dos bispos que não votou a favor de um texto episcopal sobre a dissuasão nuclear. Em 1985, apoiou o levante palestino nos territórios ocupados por Israel, além de se encontrar com Yasser Arafat em Tunis. Em 1987, preferiu viajar até a África do Sul para visitar um preso, militante contra a segregação racial, em vez de ir à peregrinação pela Virgem de Lourdes. Em 1988, defendeu na revista Ele a ordenação de homens casados. No mesmo ano se declarou a favor de dar a benção a homossexuais. Em 2 de fevereiro de 1989, publicou na revista Gai Pied um artigo intitulado “Ser homossexual e católico”. Desde 1994, você se envolveu diretamente na fundação de associações de apoio a marginalizados, passando a ser conhecido como “O bispo dos sem”: sem documentos, sem teto... Não acredita que isso já seja o suficiente para conseguir inimigos entre os círculos de poder eclesiástico e civil?
Ainda que siga sem provas concretas até hoje, fontes confiáveis me disseram que o governo francês, em particular o ministro do Interior da época, Charles Pascua, tem a ver com a decisão do Vaticano. Não esqueçamos que, na França, este ministério está encarregado dos cultos. Tenho certeza que um livro meu contra a lei de imigração foi a gota d’água que entornou o copo. O Vaticano e o governo francês quiseram me isolar. Mas em 1996, no primeiro aniversário de minha partida de Evreux, alguns amigos criaram na internet a Associação Partenia (1), fazendo de mim um “bispo virtual”. Não imaginaram que eu iria acabar animando a única diocese em expansão, com mais fiéis no mundo e em diferentes idiomas. Imediatamente agradeci ao Vaticano e a Pascua, porque eles me fizeram dar mais passos na direção da outra margem, onde encontrei outra vida. Agora tenho toda a liberdade, vivo na ação com os excluídos da sociedade. Posso viver com as pessoas, compartilhar suas alegrias e suas angústias. Tem sido maravilhoso conhecer todas as pessoas que conheci. Enquanto isso, Pascua está sendo processado por vários delitos e a Igreja a cada dia perde mais cristãos.
Como você avalia atualmente a Igreja Católica?
A Igreja nos ensinou que Deus quis trazer-nos as desgraças e assim nos leva à resignação. Isso não é cristão. A Igreja procura fazer Deus intervir para nos forçar a obedecer e a não pensar. Muitos discursos sobre Deus falam dele, mas quando alguém fala bem do ser humano, isso me diz muito de Deus. A Instituição segue impávida em seu pedestal, longe do povo e de Deus. A seguir assim, se converterá em uma seita, porque muitas pessoas estão partindo para outras religiões. A Igreja vive uma hemorragia. A Igreja deve mudar, modernizar-se, reconhecer que os casais têm direito a se divorciar e a usar a camisinha, que as mulheres podem abortar, que homens e mulheres podem ser homossexuais e se casar, que as mulheres podem chegar ao sacerdócio e ter acesso às esferas de decisão. Deve-se revisar a disciplina do celibato para que os sacerdotes possam amar como qualquer outro ser humano, sem ter de viver relações clandestinas, como delinquentes. A situação atual é perversa e destruidora tanto para os indivíduos como para a Igreja. O Vaticano é a última monarquia absoluta da Europa. A Igreja deve aceitar a democracia em todos os níveis. E deve mudar de modelo porque o atual não é evangélico.
O que você pensa da Teologia da Libertação, que teve um desenvolvimento importante na América Latina?
Eu me interessei por ela porque é uma teologia que fala dos pobres. Não se fala da liturgia, nem do catecismo, nem da Igreja; fala-se do povo pobre. Ensina que são os próprios pobres que devem tomar consciência da necessidade de sua libertação. Alguns de nós fomos muito tocados pelos ensinamentos de Dom Helder Câmara, no Brasil, um grande teólogo (2); do monsenhor Leônidas Proaño, no Equador (3); de Oscar Romero, em El Salvador, e outros sacerdotes latino-americanos, principalmente. Para mim foi um choque brutal quando Romero foi assassinado celebrando a missa, em 24 de março de 1980. Ele havia deixado a Igreja dos poderosos para estar com os pobres. Achei admirável essa conversão. Na América Latina, existiram alguns padres e freiras que pegaram em armas (4). Eu respeito sua decisão, não os julgo, ainda que não esteja de acordo com ela por ser um adepto da não-violência. Evidentemente, a Teologia da Libertação é perigosa para os poderosos. Quando os pobres são submissos aceitam seu triste destino, então não há nada que temer, são pão abençoado para os poderosos. Os detentores do poder podem dormir tranquilos. Mas se os pobres despertam e adquirem consciência de sua condição, convertendo-se em atores da mudança, então isso produz medo no poder. Parece que é terrível quando os pobres tomam a palavra e questionam a instituição eclesiástica. No mesmo instante, ela diz: “Atenção, cuidado com esses comunistas”. Porque sempre prevaleceu a obsessão da infiltração comunista. Por isso, regularmente, as ditaduras, os governos repressivos e o Vaticano se unem em um combate comum. Infelizmente não existem muitos rebeldes na Igreja, porque a instituição sempre formou para a obediência e para a submissão.
Como você vê a situação social e econômica na França hoje?
Eu julgo uma sociedade em função do que ela faz pelos mais desfavorecidos. E é claro que eu só posso fazer um juízo severo, porque na França não se respeita a todos os seres humanos. Para mim o problema número um é a injustiça que reina por toda parte. Os que estão no poder não investem nos pobres. Temos um governo que só favorece os ricos. Por isso temos três milhões de pobres. Muitos de nossos cidadãos acreditam que os trabalhadores ilegais se aproveitam do sistema, sem saber que eles recebem o formulário de impostos em suas casas. Ou seja, eles são conhecidos pelo governo, mas como não estão com os papéis em dia não podem se beneficiar de nenhuma ajuda social. Isso é uma extorsão por parte do Estado! E a Igreja o que faz? Tomemos como exemplo o que ocorreu em 23 de agosto de 1996, quando quase mil policiais das forças especiais forçaram a ponta de machado as portas da Igreja Saint Bernard de la Chapelle em Paris, tirando a força 300 estrangeiros em situação irregular. Eu estava escandalizado e desgostoso porque o próprio bispo havia pedido sua expulsão. E quando alguém expulsa humanos que se protegem em uma igreja, está dessacralizando essa igreja. Desgraçadamente, isso continua acontecendo. E o que se faz com os estrangeiros ilegais? São jogados em centros de detenção, e recebem um tratamento próprio de campos de concentração. Isso é o que ocorre hoje na França. Nas prisões, ocorre um suicídio a cada três dias. É um número enorme. O único horizonte para muitos desses presos é o suicídio, Nunca se viu algo igual. Na Europa, a França tem o recorde de suicídios por enforcamento na prisão.
E o discurso sobre a crise econômica, onde se situa?
Nesta crise, não são os ricos que estão em crise, são os mais pobres. Protestamos o ano passado contra as leis propostas pelo governo porque elas penalizavam os pobres. Hoje, muitos franceses só vão ao médico, ao dentista, ao oftalmologista quando é algo verdadeiramente de urgência. E às vezes já é tarde. Os direitos sociais estão sendo eliminados. E a crise atinge as famílias. Se alguém comprou uma casa, perde o trabalho e não arruma outro, deve revendê-la. Isso traz muitos problemas de droga e delinquência. A moradia social não é uma prioridade política, porque aqueles que estão no poder possuem boas mansões. Constrói-se pouco e as pessoas não sabem aonde ir, restando-lhes as ruas ou algum sótão insalubre. E isso não importa, ainda que existam muitos edifícios vazios em Paris. Quando chega o inverno, o governo fala de “planos”. Então, abrem-se ginásios ou algumas salas para abrigar os milhares que não tem onde morar. Mas esses “planos” não são solução para o frio. A solução é construir habitações dignas. É uma vergonha, é desumano e não é cristão deixar que centenas de pessoas morram de frio nas calçadas e ruas da França. Como disse o escritor Victor Hugo: “Fazemos caridade quando não conseguimos impor a justiça”. Porque não é de caridade que necessitamos. A justiça vai às causas; a caridade, aos efeitos. Eu não estou dizendo que não se deve ajudar com um prato de sopa ou um abrigo a quem está nas ruas. Existem urgências. Eu faço isso, mas minha consciência não fica tranquila, porque penso que devemos lutar contra as causas estruturais que prendem essas pessoas na injustiça. O mais triste é que as pessoas vão se acostumando com a injustiça. E eu digo: Despertem! Tenham vergonha! Vamos nos indignar contra a injustiça! Hoje, a injustiça está presente por toda a França. Existem oásis de riqueza, de luxo exorbitante, e extensos guetos de miséria. Na França, há uma violação flagrante dos Direitos Humanos. Por isso devemos combater, para que os direitos das pessoas sejam respeitados.
No ano passado, ocorreram manifestações massivas de protesto contra diferentes projetos do governo, que se fez de surdo para o barulho das ruas.
Eu acredito que, quando não se respeita o povo que se expressa nas ruas, não se tem em conta o futuro. Na França, ficou um sentimento de raiva. Isso não pode seguir assim. Não se pode seguir metendo a polícia por todas as partes para conter a inconformidade do povo. Isso está nos levando na direção de um regime policial. A injustiça não traz paz. É exatamente o contrário. Existe fogo sob uma panela que querem manter fechada. Ela pode explodir.
Suas lutas pela justiça não se dão só na França. Sua palavra e ação se manifestam em outros lugares também. Poderia dar alguns exemplos?
Seguimos lutando pelos direitos do povo palestino. Israel é um Estado colonialista que rouba terra palestina e exclui esse povo pela força. Há mais de 60 anos que a Palestina vive sob a ocupação israelense e a injustiça. E a chamada “comunidade internacional” faz bem pouco ou nada. Por isso estamos nos mobilizando em todas as partes para exercer uma pressão sobre o governo israelense. E uma das ações é boicotar os produtos vindos de Israel, principalmente aqueles que são produzidos nos territórios ocupados. Cerca de 50 produtos agrícolas são produzidos na Palestina para benefício israelense. Enquanto os palestinos viverem na injustiça, não haverá paz. Cuba. Este é um país que tem futuro. Eu pude constatar que é um povo digno, corajoso e solidário. Em Cuba pode haver pobreza, mas não existe a miséria que se vê em qualquer país da América Latina, ou na França, ou nos Estados Unidos. Apesar do bloqueio imposto pelos EUA, todos têm saúde e educação gratuita, e ninguém dorme nas ruas. É incrível! Eu faço parte do Comitê Internacional pela Libertação dos Cinco Cubanos presos nos EUA. Eles lutaram contra as ações terroristas que estavam sendo preparadas em Miami. Resolvi participar do Comitê porque me dei conta da injustiça cometida contra eles e que não pode ser tolerada.
Qual sua avaliação sobre a maneira pela qual a imprensa francesa trata os processos sociais e políticos alternativos que se desenrolam na América Latina? Por que essa imprensa tem a tendência a ridicularizar presidentes como Evo Morales e Hugo Chavez?
Esse comportamento da imprensa deve-se ao fato de que, regularmente, a França apóia a quem não deveria apoiar. É uma questão de interesses. Estes presidentes não fazem o que os ricos querem, assim a França se coloca ao lado dos ricos. É como faz na África também. Agora, a participação das mulheres latino-americanas na política é sensacional. Uma mulher na presidência do Brasil é algo extraordinário. Na França, não fomos capazes nem de ter uma primeira ministra: somos tão machos! Ah, sim, uma vez tivemos a senhora Edith Cresson, mas ela não pode ficar por muito tempo já que tentaram massacrá-la em função de sua condição de mulher. Somos machos e vulgares como não se pode imaginar! Hoje, não é a velha Europa que dá o exemplo, é a América Latina. Devemos olhar para lá.
Duas últimas perguntas: o que outros altos membros da Igreja Católica pensam do senhor? E, como cidadão e ser humano, vê alguma alternativa para a situação social da França?
Em geral, minhas relações com os outros bispos são cordiais, ainda que alguns prefiram me ignorar. Não me enviam nenhum documento da Conferência Episcopal, não me convidam para a assembleia anual em Lourdes. Tampouco dizem o porquê, e eu também não perguntei, embora outros sacerdotes tenham perguntado, sem receberem uma resposta até hoje. Às vezes, isso não é confortável, mas o que me conforta é que estou em paz com minha consciência, por dizer o que penso, por denunciar a injustiça. Quanto à segunda pergunta, tenho confiança e esperança nos homens e mulheres. Vamos seguir avançando. Existem movimentos cidadãos que estão criando um tecido associativo alternativo. Vejo muitas lutas que nascem e se desenvolvem pouco a pouco. É formidável! Cada um deve encontrar o caminho onde outros lutam. A unidade: é isso que pode ajudar a salvar a democracia e os direitos das pessoas. Eu tenho esperança.
Notas
(2) Foi arcebispo de Olinda e Recife. Morreu em 27 de agosto de 1999.
(3) Chamado de “Bispo dos índios” e também de “O bispo vermelho”. Exercia seu trabalho pastoral na cidade de Riobamba. Morreu em 31 de agosto de 1988.
(4) Vários sacerdotes e freiras somaram-se às guerrilhas. O precursor foi Camilo Torres, na Colômbia, que morreu em combate em 15 de fevereiro de 1966. Na Nicarágua, durante a guerra contra a ditadura de Somoza, muitos seguiram seu exemplo, sendo Ernesto Cardenal o mais famoso.
Hernando Calvo Ospina é jornalista colombiano residente na Europa, autor de vários livros, dentre os quais, Salsa, Don Pablo Escobar, Peru: los senderos posibles y Bacardí: la guerra oculta.
Tradução: Katarina Peixoto
Via Carta Maior
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
70% dos “filhos” da classe C estudam mais do que os pais
BLOG O MURAL: Olha nós ai gente....................
Extraído do portal R7:
Pesquisa mostra que perfil de educação e emprego mudou em famílias emergentes
Uma pesquisa da Data Popular, consultoria voltada para o estudo sobre hábitos da classe média, mostra que, de cada cem jovens de famílias emergentes, a chamada classe C, 68 têm mais anos de estudo do que os pais.
Ou seja, quase 70% dos jovens desta faixa de renda no Brasil passaram a ter um nível escolar mais alto que o familiar. O estudo foi feito com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O quadro fica mais claro quando se verifica que a classe média-baixa ganha força em um momento de intenso desenvolvimento econômico no Brasil.
Terminar o ensino médio é pré-requisito nos processos de contratação da maioria das empresas do país.
O documento que acompanha o estudo reforça essa ideia, ao frisar que “a ascensão social acontece a partir da frequência escolar”.
As mudanças no tipo de trabalho realizado pela classe C são o resultado desse avanço escolar. Os familiares dos jovens formam um grupo de pessoas entre 45 e 65 anos, que exerce profissões com mão de obra “menos intelectualizada, tais como trabalhadores domésticos e da construção civil”.
Por sua vez, os brasileiros entre 18 e 25 anos na classe emergente ocupam funções que necessitam de conhecimentos específicos e aptidões comunicativas, como operador de telemarketing, de acordo com o estudo.
(…)
Com goleada, Desportivo Brasil está na semifinal.
O Desportivo Brasil partiu com tudo para cima do PAEC. Logo aos cinco minutos de bola rolando, Júnior balançou as redes para o time de Porto Feliz.
A resposta do PAEC, que conseguiu equilibrar o duelo e subiu ao campo de ataque, veio aos 20 minutos, com gol de Renan. O empate fez o Desportivo Brasil recuperar a iniciativa e pouco depois, Gabriel Ramos foi às redes, colocando o time do interior novamente em vantagem.
Na segunda etapa, Delatorre, aos três minutos, fez o terceiro gol do Desportivo Brasil e, aos 12 minutos, Luiz Gustavo ampliou em cobrança de falta para fechar a goleada.
Sobrando em campo, o Desportivo Brasil passou a administrar o placar e a trocar passes na linha intermediária, sem nenhuma pressa. O PAEC, que estava invicto na competição, se despede da Copa São Paulo.
Agora o Desportivo Brasil espera o vencedor do confronto entre Coritiba e Flamengo, que decidem a vaga nesta noite, às 21h, em Limeira.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Só depende de nós, pois o controle esta em nossas mãos.
A forma debochada que o diretor trata a questão da homossexualidade da candidata eliminada a Ariadna, mostra que é evidente que o programa vai ter que mudar de rota, agora será talvez, um homem ser relacionar com outro homem, mais uma vez tentando impor uma agenda conservadora e Homofobica que dará uns pontinhos a mais no IBOP.
Esquecem os globais e seus diretores, que isso alem de incitar a questão do preconceito também gera uma insegurança nos lares brasileiro, pois quem é diferente do padrão da sociedade machista e preconceituosa não poderá viver em harmonia com os outros diferentemente do que nós pregamos na nossa democracia.
Eliminada com 49% dos votos, Ariadna teria enfrentado uma rejeição do público possivelmente ainda maior se tivesse revelado abertamente ao grupo a sua condição. Porém, se essa revelação teria sido a senha para prolongar a sua estadia no confinamento. Pois, os demais candidatos ficariam constrangidos de indicar ou votar em Ariadna se ela tivesse exposto mais claramente a sua situação de vida e sua sexualidade.
Assim como Lucival, o outro gay da casa, já havia sido indicado, Cristiano temeu que o voto em Daniel, gay assumido e caracterizasse ”preconceito”. Imagine se ele soubesse da situação de Ariadna.
De tudo isso fica o alerta para que nós que temos o controle remoto da televisão não nos entreguemos as bestialidade dos BBB11, só para se ter uma idéia na Ingraterra o BBB não passou da 2ª edição tamanha falata de interesse do publico de lá, nós já estamos na décima primeira edição, ou seja, 11e é por isso que digo, depende somente de nós se vamos ou não continuar dando credito ao programa.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
EUA: Passou no Wal Mart, comprou munição e foi matar pessoas
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Meta de incluir 50% das crianças em creche está dez anos atrasada
Entre 1995 e 2009, o crescimento foi de 0,81 ponto percentual ao ano – era 7,6% e chegou a 18,4%. O PNE anterior, que vigorou entre 2001 e 2010, já previa que o país atendesse a 50% da população de 0 a 3 anos até 2011. “A meta já existia no outro plano, deveria ser cumprida até 2011 e agora passou para 2020. Ou seja, já estamos com dez anos de atraso”, compara o coordenador da Rede Nacional Primeira Infância, Vital Didonet.
O especialista aponta que o atendimento em creche é caro e por isso o aumento das vagas públicas é tão lento. Se o ritmo dos últimos anos for seguido (0,81 ponto percentual ao ano), a meta de 2020 não será cumprida. “A criança pequena precisa de um espaço grande, adequado, não é qualquer local que pode recebê-la, precisamos fugir dessa forma histórica do atendimento em creche. Ainda são necessários profissionais qualificados e materiais próprios para o desenvolvimento infantil”, acrescenta.
O MEC tem hoje dois programas que tentam reverter o cenário deficitário. O Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), criado em 2007, estabelece convênios com os municípios para a construção de unidades de educação infantil. Em três anos, apenas 100 creches das cerca de 2 mil já conveniadas foram finalizadas – cerca de 5%.
A outra frente de ação foi a inclusão da construção de creches na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A meta é construir 6 mil creches até 2014. Considerando que a atual população de 0 a 3 anos do país é de cerca de 10 milhões de crianças, para que se garanta a matrícula de 50% desse grupo será preciso chegar a 2020 com 5 milhões de matrículas – quase 3 milhões a mais do que o número atual.
De acordo com a coordenadora de Educação Infantil do MEC, Rita Coelho, os investimentos da União na área são inéditos, considerando o orçamento de anos anteriores. Ela acredita que o apoio do MEC é importante, mas não resolverá todo o problema.
“Não é suficiente porque o apoio da União é suplementar, uma atuação colaboradora. Mas os municípios também precisam ter suas propostas, colocar recursos próprios. Os investimentos precisam ser ampliados e não só na educação infantil”, ressalta. Ela acredita que hoje é “inquestionável” o comprometimento das prefeituras com a expansão dessa etapa educacional.
Além do desafio físico da rede, Rita acredita que outra dificuldade está na construção de uma proposta pedagógica para a educação infantil. “Temos que consolidar na sociedade a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, mas também não é uma antecipação da escolaridade, nem assistência social”, diz.
Fortes chuvas obrigam SAAE a desligar equipamentos na captação de água
Devido ao acúmulo de água das chuvas nos últimos dias, o ribeirão excedeu sua capacidade. As bombas e painéis eletrônicos foram atingidos pela cheia do Avecuia e tiveram de ser desativados para evitar danos.
De acordo com o SAAE a captação só voltará ao normal após o nível da água baixar. Com isso, poderá haver interrupção no abastecimento de água nas residências nos próximos dias.
Ainda segundo o SAAE não há previsão para o religamento dos equipamentos na captação.
Carro de som circulará por todos os bairros da cidade avisando aos moradores sobre o problema.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Secretário de Educação de São Paulo diz que Serra não se preocupou em ter docente motivado
Estado não se preocupou em ter docente motivado
Novo secretário da Educação de São Paulo afirma que professores estão sem motivação devido a baixos salários, carreira profissional ruim e falta de diálogo.
DENISE CHIARATO
EDITORA DE COTIDIANO
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
Dois dias após assumir a Secretaria da Educação de São Paulo, o ex-reitor da Unesp Herman Voorwald, 55, já tem uma avaliação da rede: os professores estão desmotivados e com salários baixos.
Indicado pelo governador Alckmin, cujo partido, o PSDB, está há quase 20 anos no comando de São Paulo, Voorwald afirma que o Estado não se preocupou em aumentar o comprometimento dos servidores. Mas ele, que não é filiado a partido político, diz não saber o porquê dessa situação.
A prioridade agora, afirma, é “resgatar a dignidade” dos professores, por meio de diálogo, aumento salarial e uma nova carreira – os recursos para isso, porém, ainda não estão garantidos.
Em sua primeira entrevista exclusiva, concedida à Folha na sexta-feira, dia 7, o novo titular da gestão Alckmin (PSDB) sinalizou que deverá alterar o exame implementado pelo governo Serra (PSDB) que concede reajuste salarial aos professores mais bem-classificados em uma prova.
O problema, diz, é que no máximo 20% dos docentes podem receber o reajuste – ainda que parcela maior tenha atingido a nota mínima fixada. Essa e outras constatações surgiram após reuniões do secretário com os seis sindicatos da categoria.
Engenheiro com carreira na Unesp, Voorwald [lê-se Vuervald] afirma que ainda não conhece as escolas estaduais. Abaixo, a entrevista em que analisa a situação da maior rede de ensino do País.
FOLHA – Qual sua avaliação inicial da rede?
Herman Voorwald – A informação que tive das entidades é que há muito pouco contato [da administração] com a rede. Se o objetivo é dar o melhor aprendizado ao aluno, a pessoa que dá o aprendizado precisa se manifestar sobre as atividades que fará na aula.
Alguma preocupação se destacou nas conversas?
Já tinha isso comigo: a qualidade de ensino está relacionada ao comprometimento das pessoas. Nas universidades estaduais paulista ocorreu isso. Em 1989, quando conseguiram autonomia, sempre priorizaram recursos humanos, para assegurar um quadro de servidores que garantisse qualidade institucional. Não sinto o mesmo na educação fundamental e média. Honestamente, em uma semana que estou aqui, não sinto que a preocupação seja ter um quadro comprometido. Pretendo resgatar a dignidade dos professores, o que passa por salário e carreiras dignos. Se conseguir dar um passo nesse sentido, acho que trarei algo novo. Outro fator importante é o diálogo. As pessoas reclamam que a rede não consegue se manifestar. Eles colocaram isso de uma forma muito clara na progressão continuada. A fala foi que o sistema foi gestado na administração e imposto, de cima para baixo. As entidades são unânimes na defesa da progressão, mas não no modelo de hoje. A solução é avaliar se o conteúdo foi absorvido. Em não sendo, precisamos encontrar maneira de recuperar o conteúdo – foi o que faltou.
Como o senhor analisa a situação dos professores temporários?
Temos cerca de 30 mil temporários [sem estabilidade]. A proposta é que até 2013 cheguemos a 10 mil. Tenho claro que deve haver uma carreira. Num processo que você não tem correção linear do salário ao longo dos anos, aqueles que não tiverem compensação [por meio de exame] ficam desestimulados.
Como o senhor avalia a rede, em termos de infraestrutura, de organização pedagógica?
Ainda não conheço as escolas. Vamos fazer um diagnóstico, objetivando que a infraestrutura seja a ideal. De qualquer forma, tive um sentimento da rede de absoluto desconforto de como a administração entende o processo de educação. O sentimento é muito ruim. Senti uma desmotivação, uma leitura de desconsideração do papel do professor. Há o sentimento que o Estado não tem preocupação em formar bem os jovens. Esse sentimento não é bom. A fala foi geral e a sinalização foi o quanto se paga para um professor que ingressa [R$1.835,00 para jornada de 40 horas semanais]. Como você quer ter alguém comprometido, formado em boa universidade?
Qual é o salário adequado?
É difícil dizer. A fala aqui foi que deveria ser aumentado, o que eu concordo.
Então está definido que haverá aumento?
Não conversei com o governador sobre isso. Mas ele já colocou que educação é sua prioridade.
O PSDB está há quase 20 anos no poder. O que levou a esse quadro de desestímulo que o senhor aponta? Não sei dizer se foram apenas implicações econômicas ou de prioridade. Sei que minha prioridade é que recursos humanos serão o diferencial. Os programas da secretaria são bons, a gestão é boa, o material é bom. Podemos fazer reformas de prédios, se necessário. Tudo isso é administrável. O que não se consegue administrar matematicamente é o sentimento daquele que ministra dentro da sala de aula.
O senhor já estabeleceu metas de melhoria no ensino?
Não pensei quantitativamente. Apesar de ser engenheiro, não tenho olhar só para tabelas. Sei que número você trabalha como quiser. Mas tenho a leitura que um trabalho muito forte precisa ser feito no ensino médio, que está enfrentando os piores indicadores. Sem isso, você não terá ensino superior de qualidade, e o menino não vai ingressar no mercado. A proposta, que já vinha sendo discutida, é integrar o ensino médio com o profissional. Permitir, por meio de convênios, que o menino complete sua formação com disciplinas técnicas, para habilitá-lo para o mercado de trabalho. Ele já sairia com uma habilitação, como técnico em mecânica ou eletrônica. Claro que o aluno não será obrigado a fazer isso. Em outra vertente, ele pode ter disciplinas gerais para o mercado de trabalho dentro do currículo do ensino médio. E as universidades podem oferecer cursinho para os que decidirem não ir para habilitações técnicas.
O senhor manterá a política de pagamento aos professores com base no desempenho?
O mérito tem de estar presente numa discussão de carreira. O que eu entendo é que, se é para avaliar o mérito, a regra precisa estar clara e as pessoas que atingiram o mérito devem ter o resultado. As falas foram que isso não ocorreu. Uma quantidade atingiu a nota mínima, mas só uma porcentagem obteve o resultado financeiro. E aqueles que também atingiram e não ganharam?
O deputado Gabriel Chalita (PSB) teve influência na escolha do seu nome?
Conheço o deputado Chalita não com profundidade. Tenho respeito por ele, mas não há nenhuma ligação que possa levar à conclusão que houve ligação da parte dele. Não tenho essa informação.
O senhor conhece alguém que tenha filho em escola estadual?
Meus filhos são mais velhos. Minha família mora na Holanda. Meus parentes aqui são os da minha esposa, nenhum em idade escolar. Fiz o antigo primário, colegial, em escola pública. Claro, era uma outra época. Não teria dificuldade em colocar meu filho em uma escola pública. O que temos de buscar é a qualidade. O Estado teve uma política de expansão violenta. Agora precisa de uma política de qualidade, outra etapa da história.
Via
domingo, 9 de janeiro de 2011
RSA Animate Changing Education Paradigms
sábado, 8 de janeiro de 2011
Imprensa brasileira deveria se orgulhar de Lula escolher o Guarujá para férias
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Ao contrário de FHC, Lula deixou o poder sob recorde mundial de aprovação – módicos 87%. FHC deixou o poder com pouco mais de um quarto disso. E essa não é a única diferença entre os dois ex-presidentes.
Desde que Lula deixou o cargo que apanha sem parar da mídia, que implicou com as férias que o governante que sai deixando tanta saudade foi passar em uma instalação militar no Guarujá durante um período em que o Estado tem o dever de garantir a todo ex-mandatário as melhores condições para retomar sua vida.
Depois, a mídia também passou a implicar com a concessão de passaportes diplomáticos para familiares de Lula, apesar de a lei conceder ao Itamaraty a prerrogativa de avaliar subjetivamente a relevância desse tipo de concessão.
Vale, pois, analisar o que diz o decreto da Casa Civil da Presidência da República sob número 5.978, de 4 de dezembro de 2006, em seu artigo 6º, sobre a concessão de passaportes diplomáticos:
I - ao Presidente da República, ao Vice-Presidente e aos ex-Presidentes da República;
II - aos Ministros de Estado, aos ocupantes de cargos de natureza especial e aos titulares de Secretarias vinculadas à Presidência da República;
III - aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
IV - aos funcionários da Carreira de Diplomata, em atividade e aposentados, de Oficial de Chancelaria e aos Vice-Cônsules em exercício;
V - aos correios diplomáticos;
VII - aos militares a serviço em missões da Organização das Nações Unidas e de outros organismos internacionais, a critério do Ministério das Relações Exteriores;
VIII - aos chefes de missões diplomáticas especiais e aos chefes de delegações em reuniões de caráter diplomático, desde que designados por decreto;
IX - aos membros do Congresso Nacional;
X - aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União;
XI - ao Procurador-Geral da República e aos Subprocuradores-Gerais do Ministério Público Federal; e
XII - aos juízes brasileiros em Tribunais Internacionais Judiciais ou Tribunais Internacionais Arbitrais.
§ 1o A concessão de passaporte diplomático ao cônjuge, companheiro ou companheira e aos dependentes das pessoas indicadas neste artigo será regulada pelo Ministério das Relações Exteriores.
§ 2o A critério do Ministério das Relações Exteriores e levando-se em conta as peculiaridades do país onde estiverem a serviço, em missão de caráter permanente, conceder-se-á passaporte diplomático a funcionários de outras categorias.
§ 3o Mediante autorização do Ministro de Estado das Relações Exteriores, conceder-se-á passaporte diplomático às pessoas que, embora não relacionadas nos incisos deste artigo, devam portá-lo em função do interesse do País.
Art. 7o O passaporte diplomático será autorizado, no território nacional, pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, seu substituto legal ou delegado e, no exterior, pelo chefe da missão diplomática ou da repartição consular, seus substitutos legais ou delegados.
Por falta de esclarecimento, alguns dizem que os filhos de Lula, por exemplo, não viajarão sempre com ele. Todavia, viajarão com ele, também. E, se não tiverem o passaporte diplomático, a diferença de tratamento na imigração de outros países criará constrangimento para um ex-chefe de Estado, sendo que todas as nações democráticas do mundo honram seus ex-presidentes.
Com FHC, porém, o tratamento sempre foi outro, mesmo no momento imediatamente posterior ao que deixou o governo sob ampla desaprovação da sociedade, em 2002. Desde então, a mídia se encarrega de exaltar seu governo desastroso, que fez com que até hoje mais de 70% dos brasileiros o desaprovem. E ainda se esfalfa para lhe atribuir os méritos auferidos pelo governo Lula.
Fiscalização das regalias e benesses recebidas pelo ex-presidente tucano, nem pensar. Apesar de invadir a vida privada de Lula sem parar, durante anos a fio jamais incomodaram FHC com a história do filho ilegítimo que gerou com uma jornalista da Globo, que pagou as despesas dela e do filho na Espanha durante todo esse tempo sem que ela produzisse nada que se conheça, jornalisticamente.
As encrencas de outros filhos de FHC, os assumidos por ele, jamais chegaram tão rápido ao noticiário. Só em 2009, 8 anos depois de o tucano deixar o poder, a mídia soltou notinhas sobre Luciana Cardoso, que recebia salários do Senado sem aparecer por lá para trabalhar.
Tais fatos revelam o sentimento que está por trás da diferença de tratamento que a mídia dispensa a ex-presidentes avaliados de formas tão distintas pela sociedade brasileira. Esse sentimento é o medo.
Lula prometeu meter a boca no trombone se a mídia e a oposição fizerem com a presidente Dilma Rousseff o que fizeram com ele, durante o seu mandato. Isso sem contar o fato de que ainda acham que o adversário político se candidatará para a sucessão da presidente, em 2014.
Alckmin: cadê a ponte do Serra?
Pouco antes de deixar o cargo pra concorrer à Presidência, o então governador paulista mostrou a maquete. A ponte ligaria Santos ao Guarujá (conhecido balneário paulista).
O governo Lula tem muitas falhas na área de infra-estrutura. Elas são expostas na velha imprensa. Ok. Mas, vejamos: Lula faz a rodovia transoceânica (que liga o Brasil ao Peru), mas o governo paulista não consegue fazer uma ponte?
Imaginem se Lula tivesse inaugurado uma maquete, e anos depois não desse explicação sobre a ponte que sumiu? Estaria nas manchetes, como escândalo!
A imagem de bons gestores, que os tucanos mantêm entre a classe média paulista, é um mistério. Na verdade, nem tanto: eles contam com a ajuda singela da velha mídia (que compra assinaturas dos jornais, e entrega nas escolas públicas, pra dar uma “força”), e põe o nome de “publishers” da velha mídia em prédios públicos. É assim que as coisas acontecem em São Paulo – como bem mostra o Augusto…
Já ouvimos falar de governo marqueteiro. Mas parece que agora São Paulo criou o governo “maqueteiro”.
===
por Augusto da Fonseca, no blog FBI
Já que o desgovernador Alckmin está desmontando a farsa que foi o desgoverno Serra (mostrando, aliás, que foi desgoverno mesmo), que tal informar a nós todos sobre o paradeiro do projeto da ponte estaiada que, supostamente, fará a ligação Santos-Guarujá, hoje feita por barcaças?
Para entender o que estou falando, é necessário contar a história em detalhes.
***
No ano passado (9/3/10), publicamos o seguinte post, republicado em outubro/10:
Serra começa a governar no quarto ano e inaugura maquete da ponte Santos – Guarujá
Vejamos o que dizia, na ocasião, o site oficial do Governo de São Paulo:
O governador José Serra anunciou nesta terça-feira, 09, o projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá.
O complexo de 4,6 km, sendo 1 km de ponte estaiada, irá beneficiar não só os 24 mil veículos que passam todo dia pela balsa, mas também os cerca de um milhão de pessoas que vivem em Santos, São Vicente e Guarujá.
Estimadas em cerca de R$ 700 milhões, as obras terão duração prevista de 30 meses, após a assinatura do contrato.
***
Em 10/12/10, publiquei o post:
Santos – Guarujá: 12 anos de túnel e mais 12 de ponte; no final ficarão as barcaças
Há 12 anos os tucanos enganam os paulistas sobre o túnel que ligaria Santos a Guarujá e, com isso, eliminaria a arcaica travessia por barcaças.
Em janeiro de 2009, o Governador José Serra anunciou que as obras do túnel iniciariam até o final daquele ano.
Agora, de repente, é inaugurada (9/3/10) a maquete de uma ponte estaiada (foto), que substituirá o túnel (não há maquete do túnel).
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
SEM POLÍTICOS NÃO HÁ DEMOCRACIA.
A discussão que setores da imprensa desencadearam por conta do aumento dos salários dos políticos detentores de mandatos eletivos ignora (propositalmente) a inegável premissa do primeiro parágrafo e tenta pintar toda a classe política como corrupta, incompetente e abusadora dos privilégios dos cargos públicos.
Sei que estou remando contra maré, mas é preciso mostrar a realidade para que não fiquemos só com um ponto de vista, pois vejamos, a desqualificação generalista da classe política foi embutida pela “grande” imprensa a mando dos grupos econômicos nas mentes de expressiva parcela da sociedade ao longo da história da República (ler 1808 e 1822 Laurentino Gomes, entre outros). A tática é oriunda das elucubrações da ponta superior da pirâmide social e visa impedir que oportunidades se redistribuam na base da pirâmide em um país que começa agora a fazer justiça com distribuição de renda e um país em que é a mais concentrada.
“....O parlamento remunerado foi uma conquista dos trabalhadores no âmbito do Movimento Cartista do século XIX, na Inglaterra, desencadeado, por sua vez, no âmbito da Revolução Industrial..... Mas talvez a parte mais relevante do movimento tenha sido a luta por direitos políticos como o estabelecimento do sufrágio universal e o fim do voto censitário, que só delegava direito de voto a quem se enquadrasse em um perfil que englobava gênero, renda, religião e outros valores que nada têm que ver com o direito de votar e ser votado....” (Eric Hobsbawm Breve Século XX).
Diante do fato consumado de que qualquer um pode se eleger e ser pago para exercer mandato eletivo, os que prefeririam que o país fosse administrado pelo topo da pirâmide social vêm tratando de criminalizar o uso de dinheiro público para tentar impedir que até o cidadão mais humilde possa se eleger vereador, deputado, senador, prefeito, governador e até presidente da República. Vejamos o caso emblemático do humorista Tiririca, que teve que provar que é “letrado”, mas se ele não fosse, e apenas soubesse escrever seu nome, não poderia ele ser Deputado Federal? Isso é um a prova cabal do descrédito que as pessoas têm no seres humanos com menos sucesso na vida, não fosse sua popularidade e sua biografia o próprio Lula teria que ser conduzido a provar que sabia ler e escrever antes de se tornar presidente do Brasil.
Em países ricos, que têm sociedade educada, digno padrão médio de vida e leis que valem para todos, a corrupção é muito mais difícil de ocorrer porque a imprensa não cai matando só em cima dos políticos corruptos, como no Brasil, mas também em cima dos corruptores, que em países como o nosso são deixados em paz por serem grandes anunciantes (pagantes do privilegio do topo da pirâmide), vejam bem, alguém já questionou o salário do Faustão, da Xuxa, do Gugu, ETC.., ou dos desembargadores, Juizes Federais, Estaduais ETC... Os primeiros da lista são empregados de rede de televisão que tem uma concessão publica, ou seja, usam nosso espaço para ganhar dinheiro e ainda querem nos determinar quem pode ou não fazer as leis do país.
Pagar bem ao político brasileiro, portanto, é imperativo. Em um país como este, um cidadão como o autor deste texto teria dificuldade de se eleger e, assim, deixar a sua atividade profissional, pois como faria eu para ser um deputado Federal ou mesmo Estadual, teria que deixar de lado minha carreira para se dedicar ao serviço público, e com isso, depois de um mandato de quatro anos e não fosse reeleito teria que recomeçar a vida do zero, pois me afastar de minha profissão por tanto tempo me deixaria fora do mercado.
A intenção da criminalização da classe política é justamente essa. Baixos salários favorecem a imprensa, e grandes proprietários de grupos econômicos que precisam justamente de uma classe política mal-paga e assim, suscetíveis a corrupção e a coação por meio de ameaça de denúncias no noticiário. Não que altos salários sejam garantia de que um deputado, por exemplo, não irá se corromper. Como já foi dito, há políticos, advogados, médicos e até jornalistas corruptos, para os quais dinheiro nunca é demais. Daí a dizer que todos eles se corromperão pelo que fazem alguns, é outra história é má fé. Não que o aumento hora dado não seja uma afronta aos assalariados deste país, porem.
Porem, alguém já viu uma campanha da mídia dessa envergadura contra o salário de juízes, por exemplo? São os salários mais altos, aos quais acabam de ser equiparados os salários dos parlamentares e chefes do Executivo. Mas o senso comum diz que juízes devem ser bem pagos para não tomarem decisões movidos por propinas oferecidas pelos que serão julgados, não seria o mesmo caso do político, pois eles fazem leis que beneficiam uns e prejudica outros, digo de forma econômica, e se forem corrompidos a lei não sai nem de um lado nem para outro.
Aí ninguém contesta o argumento, pois é óbvio que juiz mal pago, ou melhor, que não seja muito bem pago, certamente correria maior risco de se vender, até por conta do poder que tem para fazê-lo sem ser descoberto. Mas a mídia e os grandes grupos econômicos não gostam muito de brigar com juízes, pois precisa deles o tempo todo. E muito menos com corruptores-anunciantes.
Mas quantos de nós poderíamos tem dois Habeas corpos em 24 horas (Habeas corpus significa "tenha o corpo". Garantia constitucional que deve ser concedida sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso do poder), pois, somos nós que pagamos o preço de sermos da base da pirâmide, e por isso, eles não querem que nós trabalhadores normais sejamos também fazedores de leis e fiscalizadores dos atos do executivo ou até mesmo o próprio executivo.
Por isso, que o movimento Cartista do século XIX no âmbito dos direitos políticos, a fim de que qualquer cidadão pudesse disputar um mandato eletivo, estabeleceram a remuneração aos que chegassem a cargos públicos pelo voto, sobretudo como parlamentares. Foi a fórmula encontrada para impedir que só os “ricos” exercessem o poder, é somente isso a briga deles e mais nada.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O pig não perde o costume de agredir e com mentiras, pelo visto 2011 será igual.
Hage atuou como advogado em Salvador (BA), entre 1963 e 1970, e foi professor adjunto da UFBA entre 1962 e 1991. Exerceu diversas funções de direção e coordenação acadêmica, além do magistério superior, inclusive como pró-reitor de Planejamento e Administração da UFBA.
Jorge Hage foi prefeito de Salvador, deputado estadual, pelo estado da Bahia, e deputado federal, havendo participado da Assembléia Nacional Constituinte.
Em âmbito internacional, ele atuou como consultor internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA), em missões na Argentina e Venezuela, além de já ter sido consultor também na Bolívia e Colômbia.
Hage ingressou por concurso público na magistratura do Distrito Federal, em 1991, exercendo-a em Brasília até o ano de 2001, ocasião em que assumiu as funções de coordenador da Assessoria da Presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), até 2003. Neste mesmo ano, assumiu a função de secretário-executivo da Controladoria-Geral da União.
Resposta do ministro Jorge Hage a editorial de balanço da revista Veja:
Brasília, 27 de dezembro de 2010.
Sr. Editor,
Apesar de não surpreender a ninguém que haja acompanhado as edições da sua revista nos últimos anos, o número 52 do ano de 2010, dito de “Balanço dos 8 anos de Lula”, conseguiu superar-se como confirmação final da cegueira a que a má vontade e o preconceito acabam por conduzir.
Qualquer leitor que não tenha desembarcado diretamente de Marte na noite anterior haverá de perguntar-se “de que país a Veja está falando?”. E, se o leitor for um brasileiro e não integrar aquela ínfima minoria de 4% que avalia o Governo Lula como ruim ou péssimo, haverá de enxergar-se um completo idiota, pois pensava que o Governo Lula fora ótimo, bom ou regular. Se isso se aplica a todas as “matérias” e artigos da dita retrospectiva, quero deter-me especialmente às páginas não-numeradas e não-assinadas, sob o título “Fecham-se as cortinas, termina o espetáculo”. Ali, dentre outras raivosas adjetivações (e sem apontar quaisquer fatos, registre-se), o Governo Lula é apontado como “o mais corrupto da República”.
Será ele o mais corrupto porque foi o primeiro Governo da República que colocou a Polícia Federal no encalço dos corruptos, a ponto de ter suas operações criticadas por expor aquelas pessoas à execração pública? Ou por ser o primeiro que levou até governadores à cadeia, um deles, aliás, objeto de matéria nesta mesma edição de Veja, à página 81? Ou será por ser este o primeiro Governo que fortaleceu a Controladoria-Geral da União e deu-lhe liberdade para investigar as fraudes que ocorriam desde sempre, desbaratando esquemas mafiosos que operavam desde os anos 90, (como as Sanguessugas, os Vampiros, os Gafanhotos, os Gabirus e tantos mais), e, em parceria com a PF e o Ministério Público, propiciar os inquéritos e as ações judiciais que hoje já se contam pelos milhares? Ou por ter indicado para dirigir o Ministério Público Federal o nome escolhido em primeiro lugar pelos membros da categoria, de modo a dispor da mais ampla autonomia de atuação, inclusive contra o próprio Governo, quando fosse o caso? Ou já foram esquecidos os tempos do “Engavetador-Geral da República”?
Ou talvez tenha sido por haver criado um Sistema de Corregedorias que já expulsou do serviço público mais de 2.800 agentes públicos de todos os níveis, incluindo altos funcionários como procuradores federais e auditores fiscais, além de diretores e superintendentes de estatais (como os Correios e a Infraero). Ou talvez este seja o governo mais corrupto por haver aberto as contas públicas a toda a população, no Portal da Transparência, que exibe hoje as despesas realizadas até a noite de ontem, em tal nível de abertura que se tornou referência mundial reconhecida pela ONU, OCDE e demais organismos internacionais.
Poderia estender-me aqui indefinidamente, enumerando os avanços concretos verificados no enfrentamento da corrupção, que é tão antiga no Brasil quanto no resto do mundo, sendo que a diferença que marcou este governo foi o haver passado a investigá-la e revelá-la, ao invés de varrê-la para debaixo do tapete, como sempre se fez por aqui.
Peço a publicação.
Jorge Hage SobrinhoMinistro-Chefe da Controladoria-Geral da União
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Pannunzio consegue o quinto mandato
Com toda essa manobra, o também sorocabano Renato Amary passa a ser o primeiro suplente do partido na Câmara dos Deputados.
Segundo Pannunzio, antes de falar com ele o governador eleito tomou o cuidado de fazer consultas a especialistas que garantem que a vaga é do partido. Segundo ele, há decisão nesse sentido no STF (Supremo Tribunal Federal).
“O Geraldo é sempre cuidadoso e quando me ligou foi com a convicção de que é minha a vaga na Câmara com as mexidas feitas por ele”.
Sobre seu futuro, Renato Amary mostrou-se tranquilo, sempre risonho durante a entrevista, passando a percepção de que sabe de alguma situação que não quis revelar. “Estou feliz, o Geraldo me ligou explicando toda a situação e me deixou muito feliz pois as expectativas dele e minha são muito parecidas para os próximos meses”.
‘Sempre há espaço para o diálogo’
Tanto Antônio Carlos Pannunzio quanto Renato Amary estavam radiantes com os acontecimentos e deixaram claro que há espaço para que volte a reinar a paz do partido na cidade.
Sobre um entendimento entre as lideranças tucanas da cidade, Pannunzio foi objetivo: “O PSDB tem tudo para continuar indo bem na cidade se cada liderança der a sua contribuição, o que não pode são projetos pessoais ficarem acima dos projetos partidários”. E assim concluiu Pannunzio: “Em política sempre existe espaço aberto para o diálogo”.