sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Governo demotucano: Especialistas da área lamentam “venda” de 25% dos leitos do SUS para planos de saúde
Suzana Vier, Rede Brasil Atual
Apesar de ter sido aprovado no final de 2009, o projeto foi vetado pelo então governador José Serra (PSDB) após repercussão negativa entre entidades médicas e a ameaça de intervenção do Ministério Público caso o plano fosse aprovado. No final de novembro, o governador Alberto Goldman (PSDB), que substitui Serra desde abril, voltou a apresentar o projeto em regime de urgência.
Em mensagem à Assembleia Legislativa de São Paulo, Goldman justificou que a medida vai permitir a cobrança de serviços especializados de saúde de planos privados. “Essa parcela [40% da população do estado] se utiliza rotineiramente do atendimento das unidades estaduais especializadas (...). Não é adequado que as unidades não possam realizar a cobrança do plano que os pacientes têm”, justificou o governador.
Críticas
Para os deputados de oposição e representantes da área médica, na prática a destinação de 25% dos leitos e serviços hospitalares do SUS a empresas de medicina privada vai significar a redução do atendimento nas unidades públicas e criar duas filas para atendimento.
“Evidentemente que criará uma triagem para que haja mais leitos para o sistema privado dentro do sistema que já é precário”, antevê Fausto Figueira, presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Alesp.
Figueira também descarta a ideia de que o projeto vai possibilitar a cobrança dos planos de saúde por serviços do SUS. “Essa desculpa de criar lei para conseguir cobrar dos planos o que é utilizado no serviço público é uma falácia. Já existe legislação estadual e federal para isso”, aponta o parlamentar.
Para o presidente do SindSaúde-SP, Benedito Augusto de Oliveira (Benão), a medida é inviável porque não há como regulamentar a separação de leitos do SUS, para pacientes do sistema público e de empresas privadas.
“É impossível operacionalizar [essa proposta]”, aponta. “Leito não é uma coisa estática. Cada dia, cada semana há um número à disposição”, esclarece. “A pessoa está doente e você vai dizer a ela que ficou nos 26% e são só 25%. Isso é um crime. O contrário também em relação aos 75%”, elabora. Para o dirigente sindical, o governador de São Paulo promove uma “antipolítica”.
De acordo com o PLC aprovado, a definição das unidades que poderão ofertar serviços a pacientes particulares ou usuários de planos de saúde privados e demais condições para operacionalização da medida serão realizados pela Secretaria Estadual da Saúde.
Os partidos no ministério de Dilma
Dos grandes partidos, faltam apenas as indicações do PSB. Ao que parece vai ficar com Integração Nacional e Portos e Aeroportos.
O ministério de Relações Institucionais, onde estava Padilha, é outro muito cobiçado. A secretaria de Mulheres é simbólico. O PT, por exemplo, não abre mão da titularidade nesta pasta.
No das Relações Institucionais o PT sugeriu o deputado carioca Luis Sérgio, mas eu não descartaria a indicação de alguém com a experiência de José Genoino.
Pode pintar uma surpresa por aí.
Confira o Ministério de Dilma
PT
Guido Mantega (Fazenda)
Alozio Mercadante (Ciência e Tecnologia)
Gilberto Carvalho (Secretaria Geral)
José Eduardo Cardozo (Justiça)
Antonio Palocci (Casa Civil)
Paulo Bernardo (Comunicações)
Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio)
Miriam Belchior (Planejamento)
Ideli Salvatti (Pesca)
Maria do Rosário (Direitos Humanos)
Fernando Haddad (Educação)
Alexandre Padilha (Saúde)
Luiza Bairros (Igualdade Racial)
Tereza Campelo (Desenvolvimento Social)
Luiz Sérgio (Secretaria de Relações Institucionais)
Iriny Lopes (Secretaria das Mulheres)
Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário)
PMDB
Wagner Rossi (Agricultura)
Pedro Novais (Turismo)
Garibaldi Alves (Previdência)
Edson Lobão (Minas e Energia)
Moreira Franco (Secretaria de Assuntos Estratégicos)
Nelson Jobim (Defesa) - Cota pessoal
PR
Alfredo Nascimento (Transportes)
PDT
Carlos Lupi (Trabalho)
PP
Mário Negromonte (Cidades)
PCdoB
Orlando Silva (Esporte)
PSB
Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional)
Leônidas Cristiano (Portos)
Alexandre Tombini (Banco Central)
Helena Chagas (Comunicação Social)
Antonio Patriota (Relações Exteriores)
Izabella Teixeira (Meio Ambiente)
Ana de Hollanda (Cultura)
Luís Inácio Lucena Adams (Advocacia Geral da União)
Jorge Hage (Controladoria Geral da União)
José Elito Carvalho Siqueira (Gabinete da Segurança Institucional)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Deputados paulistas aprovam “venda” de 25% dos leitos do SUS a convênios e particulares
CLIK NA IMAGEM PARA AUMENTAR
BLOG O MURAL: por Conceição Lemes
Por 55 a votos a 18 a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem (21/12/2010), o projeto de lei 45/10 que permite às Organizações Sociais (OS) venderem até 25% dos serviços dos SUS, incluindo leitos hospitalares, a planos de saúde e particulares.
O projeto foi enviado à Assembleia Legislativa, em regime de urgência, pelo governador Alberto Goldman (PSBD). As bancadas do PSBD, DEM, PV, PPS, PSB, PTB e PP votaram a favor do projeto, que obteve ainda alguns votos do PMDB, PRB e PR. Votaram contra PT, PSOL, 1 do PR e 1 do PDT.
“A nova lei das OS reduzirá mais o já precário atendimento hospitalar da população pobre”, denunciou ao Viomundo o deputado estadual Adriano Diogo (PT), da Comissão de Higiene e Saúde da Assembleia Legislativa. “É a expansão da ‘quarteirização’ dos serviços públicos de saúde no Estado de São Paulo.”
Para entender projeto, clique aqui. Paradescobrir como cada deputado estadual paulista votou, consulte a tabela abaixo. Os nomes em verde votaram a favor do projeto 45/10, do governador tucano. Os escritos em vermelho, contra.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Discriminação na Saúde paulista
Na semana passada, o governador Alberto Goldman (PSDB) enviou, em regime de urgência, à Assembleia Legislativa o PLC (Projeto de Lei Complementar) 45/10, que modifica lei anterior - aprovada no governo Mário Covas -, que estabelecia que as OSS (Organizações Sociais de Saúde) são obrigadas a atender somente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Iamspe (Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual). Pela modificação desejada por Goldman, as Organizações Sociais, que administram os hospitais públicos (já uma forma velada de privatização), poderão reservar até 25% dos leitos para o atendimento a usuários de planos privados de saúde.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Plano Nacional da Educação é encaminhado ao Congresso
O projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011/20 foi encaminhado ao Congresso Nacional na manhã da quarta-feira, dia 15. A solenidade ocorreu no Palácio do Planalto com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Educação, Fernando Haddad, além de representantes da Conferência Nacional de Educação (Conae), responsáveis pela elaboração da nova proposta.
Criado em 1996 para estabelecer os principais objetivos da educação nacional por dez anos, a primeira versão do PNE, que vigorou entre 2001 e 2010, foi marcada pelo excesso de metas. Das 295, menos de 30% foi cumprida até o final deste ano. “O importante é fixar menos metas e fiscalizá-las. Quando se vigia a ação, fica mais fácil adequar os meios às finalidades propostas”, defendeu o pedagogo Dermeval Saviani em entrevista à Carta na Escola (leia a matéria de Fernando Vives). Nesse aspecto, o novo PNE parece ser promissor: são 20 metas e dez diretrizes objetivas que contemplam valorização dos professores, acesso aos ciclos de ensino do infantil ao superior, alfabetização, entre outros.
Outro ponto que diferencia os dois planos trata de financiamento. Quando foi aprovado, o primeiro PNE previa que 7% do PIB brasileiro deveria ir para a educação, mas o então presidente Fernando Henrique Cardoso vetou a proposta. Com a aprovação da Emenda Constitucional 59, no final de 2008, o presidente da República fica obrigado a destinar um porcentual do PIB à área. O texto enviado ao Congresso por Haddad e Lula estipula os mesmos 7%.
Uma vez enviado ao Congresso, o projeto de lei será discutido na próxima administração. A previsão é de aprovação no primeiro semestre de 2011.
Metas e desafios
Cerca de 20% das metas afetam a valorização e formação do corpo docente. Primeiro, o PNE estipula que todos os professores do ensino básico deverão ter ensino superior, sendo metade com formação continuada com pós-graduação. Além do mais, os sistemas de ensino terão de elaborar, num prazo de dois anos, planos de carreira para o magistério.
As metas do PNE são as seguintes:
1. Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
2. Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de 6 a 14 anos.
3. Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa-etária.
4. Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular.
5. Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
6. Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
7. Atingir as seguintes médias nacionais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) até 2021: anos iniciais do ensino fundamental: 6,0; anos finais do ensino fundamental: 5,5; ensino médio: 5,2.
8. Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para a população do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
9. Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
10. Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
11. Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
12. Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
13. Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.
14. Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu por meio das agências oficiais de fomento.
15. Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
16. Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
17. Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de 11 anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
18. Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
19. Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
20. Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do país.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Valorização das culturas regionais do País foi prioridade do Ministério da Cultura nos últimos oito anos.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Pedagios o gargalo do progresso do Estado de São Paulo
Os motoristas pagam desde julho um valor de pedágio acima do previsto nos contratos de concessão em 24 praças de estradas no Estado de São Paulo, o problema, observado em 18% dos postos de cobrança das rodovias estaduais paulistas, deve-se à MODIFICAÇÃO da base para correção da tarifa e do critério para arredondamento. Segundo os cálculos contratuais, a tarifa no sistema Anchieta - Imigrantes deveria ser de R$ 18,40, e não R$ 18,50, segundo o jornal.
Igual a gasolina quando subia dia sim dia não, lembram-se, justamente na época de Itamar e FHC. Os donos de posto para não perderem com a inflação da época arredondavam as casas decimais para cima situação parecida ocorre na Bandeirantes, na Anhanguera, na Raposo Tavares e na Castello Branco. A diferença a mais nesses postos de cobrança varia de R$ 0,05 a R$ 0,10 para carros. No caso de caminhões é esse valor por eixo.
Segundo a Folha em nota, a Secretaria dos Transportes afirma que a decisão do governo Alberto Goldman PSDB "se mostrou benéfica para a grande maioria" e promete, em 2011, revisão das tarifas nos locais com cobrança extra.
Chorar agora é tarde, os paulistanos acabaram de eleger o PSDB que está no poder há 16 anos e adota esta política abusiva ao bolso do cidadão, através da cobrança abusiva de pedágios. Há estradas que não se consegue passar a quinta marcha, antes da próxima praça de cobrança. Isso é abuso de poder. Vejam na Anhanguera, existe praça a menos de cinquenta km uma da outra e cobram R$10,oo
Segundo informação do blog Cheiroso & Limpinho a Via Oeste, concessionária que administra as rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, teve lucro líquido acumulado (1.998 a 2009), descontadas todas as despesas de mais de R$ 558 milhões, o que significou um crescimento de mais de 793% neste período quase 800% de lucro. Mudança no objeto do contrato: criação de novas praças de pedágio (não previstas no edital), gerando aumento de 90% na quantidade de veículos pagantes e, conseqüente aumento na receita.
Um exemplo deste modelo que benificia apenas alguns poucos cidadões de nosso estado, esta na região da grande São Paulo onde moradores depois do KM 33, especialmente de São Roque, pagavam , até o reajuste de junho/10, a quantia de R$11,20 (no trajeto São Roque/São Paulo ida e volta), visto que o pedágio era unidirecional. Com a modificação passaram a pagar pelo mesmo trajeto o valor de R$ 16,80 visto que, o pedágio do Km33, passou a ser bidirecional e no valor de R$ 5,60 e ainda foram criados mais 2 pedágios na pista expressa da rodovia Castello Branco no valor de R$ 2,80. Desta forma, somente houve redução no valor do pedágio para os moradores da região de Alphaville.
Levantamento no balanço da concessionária Via Oeste mostra que de 2005 a 2009, a receita subiu 52%, já as despesas gerais e administrativas caíram quase 31% e as despesas financeiras aumentaram 117%. Mudança no OBJETO DO CONTRATO: criação de novas praças de pedágio (não previstas no edital), gerando aumento de 90% na quantidade de veículos pagantes e, conseqüente aumento na receita.
De 2006 a 2009, os investimentos caíram pela metade de 451 milhões para R$ 237 milhões, um recuo de 47% e curiosamente, o saldo em caixa cresceu o dobro de R$ 60 milhões para R$ 103 milhões, ou seja, mais de 72%. Esses dados apontam que após a prorrogação do contrato em 2006, a concessionária diminui despesas (investimentos em obras) para aumentar recursos em caixa, sem levar em conta os interesses dos usuários se é que algum dia levaram isso em conta.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Trem Bala, o Trem do Progresso
Isso trará desenvolvimento para a economia local, ou seja, trará mais investimento, mais turistas para o interior e, quem estiver preparado para isso, poderá ter a chance de oferecer ao mercado pacotes de atrações ai incluídas turísticas, econômicas e comerciais. Essa é a visão do futuro que muitos aqui não conseguem enxergar, pois neste mês deve ocorrer a maior licitação da Era Lula: R$33 bilhões é o preço mínimo da licitação do chamado Trem-Bala entre Rio e São Paulo.
Apesar de se chamar eixo Rio-São Paulo, o trem vai entrar interior adentro, assim como os bandeirantes e os monçoeiros, que alargaram as fronteiras do nosso país através das expedições em busca do ouro, do índio ou mesmo para povoamento no final do século 17 e começo do século 18. Já no nosso tempo, terá o Trem Bala a mesma incumbência de trazer o desenvolvimento mais perto de nós.
Mas, hoje, a história é outra. No projeto do moderno Trem, São Paulo é “apenas” passagem. O velho eixo entre as duas metrópoles já não dá mais conta da diversidade do nosso Brasil. Juntas, São Paulo e Campinas já formam o que poderíamos chamar de uma megalópole. Parece até simbólico que o novo traçado do trem seja Rio - Campinas, com paradas no Vale do Paraíba, região mais pobre do nosso estado e também com parada na capital paulista, região mais desenvolvida do Brasil, a capital do business.
O traçado do Trem Bala é novo, coisa pensada somente agora pelo governo Lula. Trata-se do reconhecimento de um Brasil que caminhou aqui no nosso interior a passos lentos. Mas que do governo Lula para cá não há mais espaço para retrocesso. Por certo, o Trem ajudará a estruturar e ampliará esse eixo que já foi Rio-SP, mas saturou, e hoje tem que avançar. Por isso que esse novo traçado que entra
Um eixo que terá inúmeros benefícios para as duas economias, a fluminense e a paulista, pois numa das pontas, o atrativo do turismo carioca e, na outra, forte atração de desenvolvimento do pré-sal que temos tanto no Rio como
A obra do Trem Bala servirá, em futuro próximo, como espinha dorsal para outros trechos, por exemplo, para unir Brasília e Belo Horizonte. Portanto, será a nossa poderosa ferroviária do século 21. O Trem Bala põe os brasileiros de volta nos trilhos.
E para o nosso município Porto Feliz não ficar para traz, mais uma vez no ciclo do desenvolvimento, é preciso pensar grande. É preciso ter projeto. Podemos dizer que o Parque Temático, Traffic, Toyota, Lannx, Schadek, entres outras empresas que estão em pleno desenvolvendo na nossa cidade, com a implementação do trem bala darão ao nosso município mais qualidade de vida para todos. E tem também a questão da preocupação de termos desenvolvimento com a sustentabilidade para nossa cidade, que é um objetivo que todos perseguimos e tem sido foco desta administração.
Por Urias de Oliveira
Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Porto Feliz.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Por que somos a favor do Parque Temático!
FOTO PARQUE TEMÁTICO NA ARGENTINA GOOGLE
BLOG O MURAL: O tema do Parque Temático vale uma pesquisa em profundidade, uma tese acadêmica ou uma reportagem na mídia nacional? Quem são estes portofelicenses que são contra? Eles representam que porcentagem de pessoas do nosso município?
Entra projeto, sai projeto, inauguram-se obras, iniciam-se novas outras e esse pequeno grupo está lá, sempre do mesmo tamanho. São os que consideram o governo Maffei ruim ou péssimo. A aprovação do governo pode variar entre 60% e 80%, conforme medições de acompanhamento do próprio governo municipal. Os restantes ficam na categoria regular e, invariavelmente, temos os 5% de insatisfeitos com os rumos de Porto Feliz, tanto faz o que esteja acontecendo nesse momento, seja de bom ou ruim na cidade.
Quem são essas pessoas? Onde vivem? O que fazem? O que pensam? Já que ninguém se atreve a investigá-los, disponho-me aqui a encontrar algumas respostas sobre o perfil deste grupo minoritário, que não muda de opinião, mesmo sabendo que está remando contra a maré.
Mais do que um posicionamento político-partidário ou mesmo ideológico, como à primeira vista pode parecer, creio que se trata de um fenômeno psíquico, algo mais ligado aos sentimentos do que à razão. Digo até que seja ligado ao comportamento humano de um núcleo duro que é sempre do contra porque é do contra, quaisquer que sejam suas motivações.
Hoje sabemos, por meio dos estudos promovidos pelas mais importantes universidades que tratam do tema estatística que, no Brasil, em termos absolutos, sempre há uns 5% da população (atualmente mais ou menos 9 milhões de brasileiros) que é insatisfeita e ponto final. Trata-se curiosamente do mesmo universo formado pelos que lêem habitualmente jornais e revistas da grande mídia. E isso pode representar uma primeira pista para entendermos seu pensamento.
Já se transferirmos esses 5% do país para a nossa cidade teremos mais ou menos umas 2.550 pessoas, isto baseado em uma população de 50.000 habitantes, que ao invés de lerem os citados jornais no Brasil, aqui na nossa cidade dão ouvidos às vozes mais atrasadas da política local. São os que gostam de ouvir aqueles pessimistas de plantão. E sempre são os mesmos, podem reparar. São as pessoas que simplesmente são contra a administração do Maffei e contra o projeto de governo do PT, projeto este que tem elevado a cidade a um patamar diferenciado e, sobretudo, vem mostrando a toda a população que a cidade tem rumo e direção, coisa que outros administradores jamais conseguiram mostrar. E isto é fato.
Ocorre que com este projeto do Parque Temático fica mais evidente e todo mundo pode notar que os do contra são sempre os políticos mais atrasados, que demonstram claramente quererem impedir o sucesso do desenvolvimento de Porto Feliz, capitaneado pelo prefeito Maffei; são os políticos que, notado o trabalho que vem sendo feito e o desenvolvimento da cidade, mostram medo de caírem no ostracismo e ficarem fora do poder.
A matemática é simples: as pessoas do contra encontram eco neles, nos pessimistas, para propagar suas idéias de retrocesso para a cidade. Já os políticos aproveitam disso para fazer da turma do contra sua trincheira política e também propagar a idéia de que tudo que está sendo feito é ruim para a cidade.
Já boa parte das pessoas que entendem o atual governo como regular, e se diz contrária à cessão de uso da área para a construção do Parque, é formada por pessoas que estão iludidas por questões pessoais ou por pura falta de informação, pois os do contra não querem explicar e, sim, confundir, dando a entender que o projeto está errado e não vai trazer benefício algum para cidade, por isso não apóia.
O fato é que os idealizadores que almejam a instalação do Parque garantem ao poder público que o projeto que pretendem implementar em nossa cidade pode ser a melhor e única chance de alavancar o nosso desenvolvimento turístico. O Parque atrairia milhares de visitantes, tal como já acontece em outros locais conhecidos, como Hopi Hari, Parque da Xuxa, Nova Jerusalém ou Terra Santa, na Argentina. E isso significa mais emprego, mais giro na economia local, mais impostos e, consequentemente, mais desenvolvimento.
É bom lembrar também que este projeto de desenvolvimento para a nossa cidade já está desenhado desde a primeira gestão do prefeito Maffei e do nosso partido que, inclusive, diga-se também foi aprovado no voto popular já que quase 70% dos eleitores escolheram a sua continuidade. Neste segundo mandato é possível vislumbrar que este nosso projeto mostra ainda mais força, pois coloca à disposição da nossa cidade um projeto inovador com diversas perspectivas, focado no desenvolvimento econômico e em diversas áreas, tais como turismo, indústria, negócios esportivos, agropecuária, do agronegócio e, claro, do setor de serviço e comércio. Para confirmar isso é só pesquisarmos no próprio plano de governo que apresentamos à população na eleição de 2008.
Este projeto de governo que está ai é para todos, mostra mais de um caminho, e o empresário de qualquer área poderá se instalar aqui, o que dá uma segurança econômica para a cidade e traz a prosperidade. Falo isto pelos comentários que ouço pela cidade, principalmente, dos micro e pequenos empresários, aos quais pude explicar e clarear as informações pessoalmente. Bem informados sobre o nosso projeto, eles também passam a enxergar no futuro breve uma cidade mais próspera para os seus negócios e para sua família.
Pena que para alguns, os do contra de sempre, qualquer que seja o assunto, política, futebol, literatura, música, cinema, observações de viagem, mulheres bonitas, praias, botecos ou buracos de rua, sempre aparecem com o mesmo discurso, escrevendo ou falando as mesmas coisas, com os mesmos argumentos: nada funciona, ninguém presta, tudo está ruim, a vida não vale à pena. Estes também estão entre os 5%.
Mas como sempre digo a todos eles, que para mim pessoalmente dirigem o protesto, se nada presta e tudo está ruim, por que ainda resistem em aceitar um projeto como esse que tem 99% para dar certo, e se apegam no 1% que possivelmente possa dar errado e, mesmo que esse 1% venha a dar errado, a cidade nada perde, pois como ficou bem claro no projeto votado e aprovado pela nova composição da Câmara, isso não é DOAÇÃO E SIM CONCESSÃO DE USO. Quero dizer: esta área será cedida (emprestada) por tempo determinado e com regras claras para o seu uso, e aí se vier a dar errado, pois bem, a área cedida voltará para o controle do município e, mais, volta com tudo que tiver sido construído de benfeitoria em cima dela.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Voto de protesto e o voto de continuísmo
Tiririca ter 1.353.820 votos é ruim?
E o Alckmin receber 11.519.314?
É a prova de que pior do que está pode ficar sim.
A eleição do Tiririca por São Paulo com a maior votação do Brasil, ainda encontra explicação. No meu modo de ver, é mais um protesto do eleitor, fruto da desmoralização da representação política no país, em parte culpa dos próprios políticos, mas também do “porcalismo” travestido de “jornalismo”, com sua cobertura de fofocas e repercussão de escândalos sem mostrar também o outro lado da história, e já julgando, condenando e execrando reputações. Essas reportagens trás no seu bojo o preconceito, como aconteceu agora no final da campanha presidencial com a mídia pró-Serra que plantou e protagonizou a ideia de que o Brasil é divido entre pobres de um lado e ricos de outro. O que não é verdade! Uma análise mais criteriosa dos números das eleições dá conta de que as classes média e média alta também votaram na presidente Dilma. Prova disso é que ela ganhou em reduto considerado do PSDB, mas também perdeu em reduto considerado do próprio PT, como o caso de Guarulhos.
Já o voto no deputado Tiririca, numa análise geral, foi dado por aquele sujeito que não se vê representado pelos políticos, aquele cidadão que nem se lembra em quem votou da última vez ou, pior, não vai lembrar em quem votou duas horas depois de ter votado, conforme própria pesquisa divulgada pelo IBOPE ainda no primeiro turno. Ou ainda tem aquele que nunca viu pela frente um desses políticos que vivem aparecendo na TV e que surgem na nossa cidade de quatro em quatro anos, pagando churrasco e dizendo que fizeram e farão tudo por ele e pela cidade, para depois sumirem novamente e só aparecerem após outros quatro anos. Ou seja, é a lesma lerda, logo, "pior do que tá não fica", a síntese do simples e genial slogan da campanha do Tiririca.
Agora, e o Alckmin? Como explicar seus 11.519.314 votos, depois de ele ter ficado em terceiro lugar, há dois anos, na disputa pela prefeitura de São Paulo? Podemos dizer que é fruto do “recall” eleitoral. E pode ser mesmo, mas o próprio Alckmin descartou isso na derrota dele para o Kassab, na eleição para a prefeitura de São Paulo, afinal ele vinha de uma campanha presidencial.
Quando se refere ao governo demo-tucano, tudo vai de mal a pior
Diz o eleitor de Tiririca: “Pior do que tá não fica.”
Responde o de Alckmin: “Pior do que tá fica, sim.”
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Classe D já é o dobro da A nas universidades
A classe D já passou a classe A no número total de estudantes nas universidades brasileiras públicas e privadas. Em 2002, havia 180 mil alunos da classe D no ensino superior. Sete anos depois, em 2009, eles eram quase cinco vezes mais e somavam 887,4 mil. Em contrapartida, o total de estudantes do estrato mais rico caiu pela metade no período, de 885,6 mil para 423, 4 mil. Os dados fazem parte de um estudo do instituto Data Popular.
“Cerca de 100 mil estudantes da classe D ingressaram a cada ano nas faculdades brasileiras entre 2002 e 2009, e hoje temos a primeira geração de universitários desse estrato social”, observa Renato Meirelles, sócio diretor do instituto e responsável pelo estudo.
Essa mudança de perfil deve, segundo ele, ter impactos no mercado de consumo a médio prazo. Com maior nível de escolaridade, essa população, que é a grande massa consumidora do País, deve se tornar mais exigente na hora de ir às compras.
O estudo, feito a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela também que as classes C e D respondem atualmente por 72,4% dos estudantes universitários. Em 2002, a participação dos estudantes desses dois estratos sociais somavam 45,3%.
São considerados estudantes de classe D aqueles com renda mensal familiar entre um e três salários mínimos (de R$ 510 a R$ 1.530). Os estudantes da classe C têm rendimento familiar entre três e dez salários mínimos. Já na classe A, a renda é acima de 20 salário mínimos (R$ 10.200).
A melhoria da condição financeira que permitiu inicialmente a compra do primeiro carro zero e do celular aos brasileiros de menor renda também abriu caminho para que eles tivesse acesso ao ensino superior. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), que mede a intenção de compra dos consumidores por classe social, revela que subiu de 15%, no terceiro trimestre, para 17%, neste trimestre, a capacidade de gasto com educação em relação à renda da classe C.
Além da renda maior, Meirelles ressalta outros fatores que provocaram essa mudança de perfil socioeconômico dos universitários. Um deles é a universalização do ensino de segundo grau. Também contribuíram as bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a proliferação de universidades particulares.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Presidente Lula convida a Blogosfera a subir a rampa do Planalto
domingo, 21 de novembro de 2010
Mídia é uma fábrica de Mayaras
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Após 8 anos, irmãos de Lula mantêm vida modesta.
Vavá tinha 108 canários do reino, hoje não resta nenhum. O motivo: os ratos de telhado que invadiam o viveiro do seu sobrado na periferia de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo.
A casa simples onde mora Vavá, ou Genival Inácio da Silva, irmão do presidente Lula, é a mesma há 36 anos.
Às vésperas do segundo turno da eleição, ele conversou por uma hora com a Folha. De início, gritou para a mulher, que atendeu o portão, que não queria papo. Mas logo cedeu e convidou a reportagem a entrar.
Primeiro falou na apertada sala (5 m2), decorada com móveis tipo Casas Bahia, azulejo barato, uma TV grande e três quadros: uma foto oficial do presidente (com o autógrafo "Para o meu querido irmão Vavá, um abraço do Lula"); um retrato em preto e branco da mãe, dona Lindu, e um quadro bordado de uma mulher-anjo.
Depois, no terraço do primeiro andar nos fundos da casa, onde havia a criação, contou que os ratos arruinaram os canários e ele foi forçado a dar os que restaram.
Personagem do noticiário em 2007, quando foi indiciado pela Polícia Federal por tráfico de influência e exploração de prestígio na Operação Xeque-Mate (que investigou máfia de caça-níqueis), Vavá foi excluído da denúncia do Ministério Público.
"Os caras pensam que a gente é milionário. Quebraram a cara. Desmoralizam você, te jogam no lixo. Se não tiver cabeça, acabou."
Aposentado como supervisor de transporte da Prefeitura de São Bernardo, pouco sai de casa. Ainda se ressente de seis cirurgias nos últimos anos (no fêmur e na coluna).
DUREZA
A poucos dias de Lula deixar a Presidência, após oito anos no cargo, os seus seis irmãos vivos moram em situação semelhante à de Vavá, alguns com maior dureza.
O primogênito, Jaime, 73, vive numa periferia pobre de São Bernardo, acorda diariamente às 4h30 e vai de ônibus para o trabalho, numa metalúrgica na Vila das Mercês, zona sul de São Paulo.
Marinete, 72, a mais velha das mulheres, que foi doméstica na juventude e hoje não trabalha, é vizinha de Vavá.
Quando a Folha o entrevistava, ela surgiu no terraço dos fundos do seu sobrado, colado ao dele, para checar um contratempo. "Não tem água. Acabou a água da rua e estou sem água", queixou-se. "Marinete do céu, nenhuma das duas [da rua ou da caixa]?", questionou Vavá.
O fotógrafo da Folha subiu no muro para checar o registro da caixa d'água. "Ó o sujeito... Ah, você não vai subir, não. Filhinho de papai, não sabe subir em muro", gracejou Marinete.
Vavá, 71, é o terceiro. É seguido por Frei Chico (José Ferreira da Silva), 68, o responsável por introduzir Lula no sindicalismo. Metalúrgico aposentado, Frei Chico recebe ainda uma indenização mensal de R$ 4.000 por ter sido preso e torturado na ditadura. Presta assessoria sindical e mora em São Caetano.
Maria, a Baixinha, 67, e Tiana (cujo nome de batismo é Ruth), 60, a caçula -Lula, 65, está entre as duas-, completam a família. A primeira vive no mesmo bairro que Vavá e Marinete e não trabalha; Tiana, merendeira numa escola pública, mora na zona leste de São Paulo.
Esses são os sobreviventes dos 11 filhos de dona Lindu com o pai de Lula, Aristides -que teve vários outros filhos com outras mulheres.
SAÚDE
Todos os irmãos do presidente Lula têm problemas de saúde. Jaime e Maria enfrentaram cânceres. Frei Chico é cardíaco. Vavá tem complicações ósseas. Marinete está com uma doença grave que os irmãos não revelam."Só tem o Lula bom ainda", afirma Frei Chico.
Os parentes dizem não receber auxílio financeiro do presidente e não se queixam disso. "Ele não foi eleito presidente para ajudar a família. Seria ridículo se desse dinheiro", declara Vavá.
"Não tem o que dizer. O Lula tem a vida dele, temos a nossa. Ainda posso trabalhar, trabalho", diz Jaime.
Frei Chico conta estar aliviado com o fim do mandato de Lula na Presidência. Ele acredita que vai cessar o assédio aos irmãos em busca de atalhos até o Planalto."Para nós, só tem a melhorar. Vamos ficar mais tranquilos em relação à paparicagem. É muita gente enchendo o saco, gente que achava que a gente podia fazer alguma coisa", afirma.
Os irmãos não têm ilusão de que, ao deixar Brasília, Lula seja assíduo nas reuniões familiares. "Estamos envelhecendo, a família vai chegando ao fim e assumem os filhos e sobrinhos, a família lateral", diz Vavá.O consolo é pensar que o irmão famoso estará mais perto. "Ele disse que não vê a hora de voltar [para São Bernardo] para descansar um pouco. Ele está muito cansado. O Lula tem trabalhado muito", afirma Marinete.
sábado, 13 de novembro de 2010
Semana Municipal da Consciência Negra 2010
Programação
Dia 14 de Novembro – Domingo
Abertura Oficial da Semana Municipal da Consciência Negra
Desfile de beleza negra, homenagens a personalidades negras, apresentações culturais e artísticas: Pagode da Thita, Família Pic Favela, Leonara, Capoeira e Maculelê, DJ Alfa Meu Bom e Royce do Cavaco
Horário: 17h
Local: Porto Feliz Tênis Clube
Dia 15 de Novembro – Segunda-feira
Encontro Municipal Evangélico da Comunidade Negra
Horário: 18h
Local: Espaço Cultural “Olair Coan”
Dia 16 de Novembro - Terça-feira
Palestra: Dia 20 de Novembro - Sua Importância HistóricaHorário: 7h30
Local: Unidade de Saúde do Centro
Dia 17 de Novembro - Quarta-feira
Palestra: Dia 20 de Novembro - Sua Importância HistóricaHorário: 9hLocal: Centro de Especialidades Médicas II “Simone Habice Prado Mattar”
Seminário: Resistência Negra no Brasil, com o expositor Jailson Jorge Marinho
Horário: 18h
Local: Espaço Cultural “Olair Coan”
Dia 18 de Novembro - Quinta-feira
Palestra: Dia 20 de Novembro - Sua Importância HistóricaHorário: 7h
Local: Posto da Saúde da Família da Popular
Palestra: Dia 20 de Novembro - Sua Importância Histórica
Horário: 8h
Local: Posto da Saúde da Família do Jardim Vante
Dia 19 de Novembro - Sexta-feiraPalestra: Dia 20 de Novembro - Sua Importância Histórica
Horário: 7hLocal: Unidade de Saúde do Bambu
Seminário: A Saúde da População Negra
Horário: 14h
Local: Estação das Artes “Assumpta Luzia Marchesoni Rogado”
Dia 20 de Novembro - Sábado
Dia Nacional da Consciência Negra
1º Campeonato de Basket Trio da Consciência Negra, com oficina de grafite e apresentações culturais
Horário: 13h
Local: EMEF Coronel Esmédio
Show de Hip Hop com A Família, apresentando os sucessos Sopra Lobo Mau e Castelo de MadeiraHorário: 18hLocal: Centro Municipal de Exposições – Cemex
Dia 21 de Novembro – DomingoFinal do 1º Campeonato de Basket Trio da Consciência NegraHorário: 9hLocal: EMEF Coronel Esmédio
Aos 80, o “rapa” do BC pegou Silvio Santos
-------------------caricatura - Aroeira---------------------------
A seu favor, só o fato de ter empenhado todo seu patrimônio para cobrir o prejuízo, algo pouco comum num país onde as empresas podem falir mas os donos continuam ricos. Silvio sempre se orgulhou de ser respeitado no mercado por cumprir seus compromissos e carregava com ele na pasta suas declarações de imposto de renda para provar que era o maior pagador do país como pessoa física.
Mais do que a ruína financeira no ocaso da vida, as lambanças na administração do banco e na fiscalização federal responsável sobre o que acontecia lá dentro, o que me impressiona mais nesta história é o drama familiar daí decorrente. O pivô do caso é um primo irmão de sua mulher, Rafael Palladino, que era tratado como um filho, ex-presidente do PanAmericano, colocando agora em risco a herança das cinco filhas do casal Senor e Íris Abravanel. Não há mais clima para a festa do aniversário de 80 anos.
Talvez nem mesmo o enredo inverossímel das lacrimosas novelas mexicanas que a rede de TV do megaempresário gosta de exibir fosse capaz de juntar tantos ingredientes dramáticos e personagens improváveis na mesma história.
Como será que vai acabar esta novela?
Maria Inês Nassif: Não se ganha mais eleição com preconceito.
Ocorre hoje um grande descompasso entre classes em movimento e as que mantêm o status quo; e, em consequência de uma realidade anterior, onde a concentração de renda pessoal se refletia em forte concentração da renda federativa, há também um descompasso entre regiões em movimento, tiradas da miséria junto com a massa de beneficiados pelo Bolsa Família ou por outros programas sociais com efeito de distribuição de renda, e outras que pretendem manter a hegemonia. A redução da desigualdade tem trazido à tona os piores preconceitos das classes médias tradicionais e das elites do país não apenas em relação às pessoas que ascendem da mais baixa escala da pirâmide social, mas preconceitos que transbordam para as regiões que, tradicionalmente miseráveis, hoje crescem a taxas chinesas.
A onda de preconceito contra os nordestinos, por exemplo, é semelhante ao preconceito em estado puro jogado pelos setores tradicionais no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na própria eleita, Dilma Rousseff, durante a campanha eleitoral. É a expressão do temor de que os "de baixo", embora ainda em condições inferiores às das classes tradicionais, possam ameaçar uma estabilidade que não apenas é econômica, mas que no imaginário social é também de poder e status.
Há resistências à mobilidade social e regional
São Paulo foi a expressão mais acabada da polarização eleitoral entre pobres de um lado, e classe média e ricos de outro. Os primeiros aderiram a Dilma; os últimos, mesmo uma parcela de classe média paulista que foi PT na origem, reforçaram José Serra (PSDB). A partir de agora, pode também polarizar a mudança política que fatalmente será descortinada, à medida que avança o processo de distribuição regional de renda e de aumento do poder aquisitivo das classes mais pobres. A hegemonia política paulista está em questão desde as eleições de 2006 - e Lula foi poupado do desgaste de ter origem política em São Paulo porque era também destinatário do preconceito de ter nascido no Nordeste; e, principalmente, porque foi o responsável pela desconcentração regional de renda.
Com a expansão do eleitorado petista no Norte e no Nordeste do país, houve uma natural perda de força dos petistas paulistas, diante do PT nacional. Do ponto de vista regional, o voto está procedendo a mudanças na formação histórica do PT, em que São Paulo era o centro do poder político do partido. Isso não apenas pelo que ganha no Nordeste, mas pelo que não ganha em São Paulo: o partido estadual tem dificuldade de romper o bloqueio tucano e também de atrair de novos quadros, que possam vencer a resistência do eleitorado paulista ao petismo.
No caso do PSDB, todavia, a quebra da hegemonia paulista será mais complicada. Os tucanos continuam fortes no Estado, têm representação expressiva na bancada federal e há cinco eleições vencem a disputa pelo governo do Estado. No resto no do país, têm perdido espaço. Parte do PSDB concorda com o diagnóstico de que a excessiva paulistização do partido, se consolida seu poder no Estado mais rico da Federação, tem sido um dos responsáveis pelo seu encolhimento no resto do Brasil. Mas é difícil colocar essa disputa interna no nível da racionalidade, até porque o partido nacional não pode abrir mão do trunfo de estar estabelecido em território paulista; e, de outro lado, o partido de Serra tem uma grande dificuldade de debate interno - como disse o governador Alberto Goldman em entrevista ao Valor, é um partido com cabeça e sem corpo, isto é, tem mais caciques do que base. Não há experiência anterior de agregação de todos os setores do partido para discutir uma "refundação" e diretrizes que permitam sair do enclave paulista. Não há experiência de debate programático. E aí o presidente Fernando Henrique Cardoso tem toda razão: o PSDB assumiu substância ideológica apenas ao longo de seu governo. É essa a história do PSDB. A política de abertura do país à globalização, a privatização de estatais e a redução do Estado foram princípios que se incorporaram ao partido conforme foram sendo assumidos como políticas de Estado pelo governo tucano.
Todos os partidos, sem exceção, estão diante de um quadro de profundas mudanças no país e terão que se adaptar a isso. Fora a mobilidade social e regional que ocorreu no período, houve nas últimas décadas um grande avanço de escolaridade. A isso, os programas de transferência de renda agregaram consciência de direitos de cidadania. O país é outro. Não se ganha mais eleição com preconceito - até porque o voto do alvo do preconceito tem o mesmo valor que o voto da velha elite. Se os grandes partidos não se assumirem ideologicamente, outros, menores, tomarão o seu espaço.
Fonte: Valor Econômico