domingo, 12 de dezembro de 2010

Pedagios o gargalo do progresso do Estado de São Paulo

BLOG DO U: Reportagem Folha - Uol

O grande presente de natal para o povo paulista saiu essa semana na folha de São Paulo, digo, na segunda feira 6, dia de menos tiragem do jornal e de menos impacto possível no governo Alkmim, que esta por começar e que ele próprio disse no palanque "revisaria" o preços e as possíveis instalação de novas praças de pedágio.
O jornal folha de São Paulo vem já com duas ou três reportagens falando disso dando a entender que o governo eleito vai mexer nessa caixa preta dos pedágios, ou diria, nas minas de ouro das rodovias privatizada ou terceirizada como queiram. A quem diga que vale a pena pagar um pedágio, pois as estradas estão muito boas e é verdade, mas paremos para pensar na lucratividade dos pedágios e nos benefícios que temos como retorno deste investimento, e se de fato isso corresponde com nossa espextativa, e com o preço que pagamos, sem contar nos "geitinhos" que se dão para aumentar os lucros.

Os motoristas pagam desde julho um valor de pedágio acima do previsto nos contratos de concessão em 24 praças de estradas no Estado de São Paulo, o problema, observado em 18% dos postos de cobrança das rodovias estaduais paulistas, deve-se à MODIFICAÇÃO da base para correção da tarifa e do critério para arredondamento. Segundo os cálculos contratuais, a tarifa no sistema Anchieta - Imigrantes deveria ser de R$ 18,40, e não R$ 18,50, segundo o jornal.

Igual a gasolina quando subia dia sim dia não, lembram-se, justamente na época de Itamar e FHC. Os donos de posto para não perderem com a inflação da época arredondavam as casas decimais para cima situação parecida ocorre na Bandeirantes, na Anhanguera, na Raposo Tavares e na Castello Branco. A diferença a mais nesses postos de cobrança varia de R$ 0,05 a R$ 0,10 para carros. No caso de caminhões é esse valor por eixo.

Segundo a Folha em nota, a Secretaria dos Transportes afirma que a decisão do governo Alberto Goldman PSDB "se mostrou benéfica para a grande maioria" e promete, em 2011, revisão das tarifas nos locais com cobrança extra.

Chorar agora é tarde, os paulistanos acabaram de eleger o PSDB que está no poder há 16 anos e adota esta política abusiva ao bolso do cidadão, através da cobrança abusiva de pedágios. Há estradas que não se consegue passar a quinta marcha, antes da próxima praça de cobrança. Isso é abuso de poder. Vejam na Anhanguera, existe praça a menos de cinquenta km uma da outra e cobram R$10,oo

Segundo informação do blog Cheiroso & Limpinho a Via Oeste, concessionária que administra as rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, teve lucro líquido acumulado (1.998 a 2009), descontadas todas as despesas de mais de R$ 558 milhões, o que significou um crescimento de mais de 793% neste período quase 800% de lucro. Mudança no objeto do contrato: criação de novas praças de pedágio (não previstas no edital), gerando aumento de 90% na quantidade de veículos pagantes e, conseqüente aumento na receita.

Um exemplo deste modelo que benificia apenas alguns poucos cidadões de nosso estado, esta na região da grande São Paulo onde moradores depois do KM 33, especialmente de São Roque, pagavam , até o reajuste de junho/10, a quantia de R$11,20 (no trajeto São Roque/São Paulo ida e volta), visto que o pedágio era unidirecional. Com a modificação passaram a pagar pelo mesmo trajeto o valor de R$ 16,80 visto que, o pedágio do Km33, passou a ser bidirecional e no valor de R$ 5,60 e ainda foram criados mais 2 pedágios na pista expressa da rodovia Castello Branco no valor de R$ 2,80. Desta forma, somente houve redução no valor do pedágio para os moradores da região de Alphaville.

Levantamento no balanço da concessionária Via Oeste mostra que de 2005 a 2009, a receita subiu 52%, já as despesas gerais e administrativas caíram quase 31% e as despesas financeiras aumentaram 117%. Mudança no OBJETO DO CONTRATO: criação de novas praças de pedágio (não previstas no edital), gerando aumento de 90% na quantidade de veículos pagantes e, conseqüente aumento na receita.

De 2006 a 2009, os investimentos caíram pela metade de 451 milhões para R$ 237 milhões, um recuo de 47% e curiosamente, o saldo em caixa cresceu o dobro de R$ 60 milhões para R$ 103 milhões, ou seja, mais de 72%. Esses dados apontam que após a prorrogação do contrato em 2006, a concessionária diminui despesas (investimentos em obras) para aumentar recursos em caixa, sem levar em conta os interesses dos usuários se é que algum dia levaram isso em conta.
Ha uma conversa no "boca a boca" da cidade, nada oficial que teremos mais uma praça de pedágio no trecho que liga Porto Feliz e Itu, se é verde ou não isso não posso afirmar, mas onde a fumaça a fogo.

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