domingo, 21 de novembro de 2010

Mídia é uma fábrica de Mayaras




BLOG O MURAL: A primeira foto retrata um dos grandes contrastes sociais presentes nas maiores cidades, onde ao fundo podemos ver grandes hotéis e logo a frente, uns cem metros, alguns barracos e casas que demonstram claramente a desigualdade presente na nossa sociedade.

Na segunda foto aparece uma parada com um cartaz ao fundo, no qual um modelo vem acompanhado da seguinte frase: " Todo mundo tem potencial para ser um vencedor". Por ironia ou talvez não, na frente do anúncio está um morador de rua dormindo, desmintindo completamente o dizer e mostrando um pouco da realidade de muitas pessoas.

As duas fotos retratam a desigualdade que está presente na vida tanto de grandes como de pequenas cidades e que já estamos tão abituados a ela que a mesma continuará existindo mesmo com o passar do tempo.
A desigualdade social e a pobreza, são temas que englobam não apenas uma porção da sociedade, mas sim todas as pessoas que tem consciência do mundo em que vivemos, pois não trata somente da diferença entre a minha classe social e a sua, mas também da mais cruel e triste sina na qual milhares de crianças morrem por falta de alimento.

"Dar o Bolsa-Família diretamente para os casais carentes sem filhos é acentuar o seu caráter assistencialista, uma espécie de retribuição a um nicho eleitoral que se destacou na recente eleição, especialmente no nordeste, que o sociólogo Cândido Mendes chama de “o povo de Lula”.

Esse parágrafo acima consta na coluna de Merval Pereira, no Globo deste domingo. Mais uma vez prova-se a tese ventilada há pouco pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, em carta que circulou por email para seus amigos. A menina Mayara Petruso é vítima de uma mídia racista e inconformada com a derrota de seu candidato.
Merval ofende profundamente os nordestinos ao misturar coisas completamente distintas. A medida que permitirá a concessão do Bolsa Família a famílias sem filhos visa aperfeiçoar o programa, ao não transformá-lo num estímulo à reprodução. Além disso, cumpre uma exigência moral, visto que um casal sem filhos pode viver a mesma tragédia social (pobreza) que outro cheio de crianças. E o mais importante: há casais sem filhos em condições de receber o Bolsa Família em todo país, não apenas no Nordeste.
Isso é lógico como tento mostrar nas foto acima. Ao afirmar que a nova medida seria uma “retribuição” ao voto dos nordestinos em Dilma, o colunista do Globo distorce a realidade e cria uma nova legião de Mayaras… O que é uma pena para um jornal que tem a obrigação de informar, não de segregar.

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