quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Emergentes devem liderar novo ciclo de desenvolvimento mundial diz Mercadante


BU: Estava presente na palestra do Mercadante e vi de perto uma aula sobre economia local, do país e mundial como relata Priscila Ass. do Deputado Hamilton Pereira, alias mais uma contribuição do mandato deste fantástico Deputado Estadual.

  • Em palestra que reuniu cerca de 180 pessoas no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região, o Senador Aloizio Mercadante (PT) afirmou que os países emergentes como China e Brasil devem liderar novo ciclo de desenvolvimento mundial. “Os Estados Unidos estão vivendo uma situação de declínio e a China é a grande potência emergente”, defendeu.


  • O Senador apontou dados que demonstram o declínio da economia americana, entre eles a queda do crescimento econômico do país que no penúltimo trimestre de 2008 foi de -0,5% e pode chegar a -3,5% no último trimestre deste ano. A queda do desenvolvimento industrial foi outro dado apresentado. A indústria que em 2006 cresceu 2,5%, hoje cresce -5%. O endividamento das famílias americanas foi outro problema levantado por Mercadante. Segundo o senador, as famílias americanas devem hoje 1,5 vezes o que ganham em um ano. A taxa de desemprego no país já é a maior dos últimos 14 anos e a deflação a maior dos últimos 60 anos.


  • Em contrapartida, a China, que é o maior país do mundo territorialmente e tem a maior população mundial, também é o maior poupador do mundo segundo Mercadante. “O estado Chinês não tem dívida pública, tem crédito de 30% do PIB”, salientou o Senador. “A economia americana ainda é muito maior que a chinesa, só que a China, há 30 anos, vem crescendo a 8% ao ano e os EUA, há 30 anos, vem crescendo 3,5% ao não”, completou.
    Segundo Mercadante, semelhante à crise de 1929, quando a Inglaterra era a grande potência e perdeu a posição para os Estados Unidos, na atual crise o mundo está assistindo ao declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China, Índia, Rússia e Brasil “em menor proporção”. “Crise é recorrente no sistema capitalista. A crise tem um papel saneador. Quem é mais prudente, quem é mais forte, sobrevive e se fortalece. Quem é menos prudente e mais fraco arrebenta e paga um preço muito caro”, avaliou Mercadante.


  • O Senador também alertou para o fato de que imaginar que a crise não vá atingir o Brasil é uma ilusão. A redução do crédito, queda do preço de commodities, dificuldades nas exportações devido à retração do comércio mundial, instabilidade da taxa de câmbio, retração dos investimentos externos, fuga de capital e redução do saldo comercial são as formas como o país será atingido pela crise segundo o senador. “É uma ilusão imaginar que uma crise desse tamanho não vai atingir o Brasil, só que vai ser um impacto amenizado e tardio em relação ao que aconteceu lá fora porque o Brasil tem muitas linhas de defesa”, diagnosticou.


  • O alerta de Mercadante é para que a crise não seja subestimada pelo País. Ele também alertou para a mudança da pauta de debates do País. “Nós vamos ter cada vez mais na agenda crise”. “A CUT vai ter uma pauta de negociações extremamente difícil porque não vai ter mais aquela agenda ofensiva do movimento sindical, o movimento sindical vai ter como tarefa fundamental manter a produção do emprego”, salientou.
    Os avanços sociais e econômicos dos últimos anos foram salientados por Mercadante, entre eles, a maior distribuição de renda de toda a história documentada do Brasil. “Temos risco, vamos pagar um preço, mas ao mesmo tempo o Brasil sai na frente. O Brasil deve liderar o próximo ciclo”, concluiu.

Priscila Beck Guimarães Antunes:


Assessoria de ImprensaDeputado Estadual Hamilton Pereira (PT)


http://www.hamiltonpereira.org.br/site/index.asp

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