sábado, 28 de maio de 2011

Quanto custa viajar pelas rodovias de São Paulo?



BLOG O MURAL: Carta Capital e os pedagios de São Paulo.


Pedágio deixa transporte aéreo mais barato que carro em algumas regiões



O preço mais acessível das passagens aéreas e o número crescente de praças de pedágio no estado levam cada vez mais pessoas a aderir ao avião, no lugar do carro ou do ônibus. Atualmente, o estado tem 239 pontos de pedagiamento em 98 cidades. Em diferentes comparações entre trechos ligando a capital ao sul de Minas Gerais, ao norte, e à região central do estado, os pedágios tornam o custo da viagem de avião mais em conta para cumprir os mesmos percursos.


Nos últimos dois meses, Juliana viajou, na maioria das vezes, de avião. “Já cheguei a pagar R$ 79 por um voo que demora 54 minutos. O ônibus fica em R$ 60 e levo seis horas”, compara a arquiteta. Para o mês de junho, ela já tem passagem comprada por R$ 98, antecipou à Rede Brasil Atual.


No site da empresa aérea que interliga os dois destinos de Juliana, a reportagem encontrou passagens a R$ 108. A viagem dura 54 minutos. Quando decide viajar de carro, Juliana tem o gasto de R$ 43,35 por oito praças de pedágio e de pelo menos mais R$ 43 se usar álcool como combustível. Se decidir utilizar gasolina, o valor sobe para cerca de R$ 57.


Ao todo, o gasto da viagem de carro fica perto de R$ 100 e vai levar cerca de cinco horas, apenas R$ 8 a menos do que o bilhete regular da companhia aérea. Para a arquiteta, que enxerga nos pedágios a principal razão para o encarecimento dos deslocamentos, é “revoltante” o quanto se gasta nestas tarifas em São Paulo. “É um absurdo, por que não tem tanta manutenção (das estradas) pelo preço cobrado”, avalia.


Écio Scandiuzzi, diretor de uma escola de idiomas, também optou pelo transporte aéreo para viajar até Uberaba (MG). Ele mora em São Paulo, mas prefere ir até o aeroporto de Viracopos (em Campinas, a 99 quilômetros da capital), onde pega um avião R$ 89 até a cidade mineira – mais 391 quilômetros.


Utilizando carro, Écio passaria por oito praças de pedágio e pagaria R$ 47,70. Acrescentando-se a despesa com combustível, o gasto total seria de R$ 115. “É mais cômodo e mais rápido”, avalia. Percorrer o trecho leva uma hora e meia de avião ou cinco de carro – que custaria R$ 26,70 a mais.


Atrativo


Em levantamentos realizados pela reportagem, em pelo menos outros três destinos no estado de São Paulo, utilizar avião mostra-se mais atrativo que usar rodovias concedidas à gestão privada.


O deslocamento de Campinas a Presidente Prudente, cidades distantes 557 quilômetros entre si, é um exemplo. A passagem aérea sai por R$ 99. De automóvel, o valor ficaria em R$ 138. O gasto com combustível fica próximo de R$ 73, se for álcool, e o de pedágios em R$ 65. Além de mais barato, o voo dura perto de uma hora e 30 minutos, ante sete horas de viagem de carro.


Para ir da capital paulista a Bauru (330 quilômetros) também é mais econômico o avião. A passagem aérea mais barata pode ser encontrada por R$ 65, contra R$ 88,33 de gasto com automóvel. Quase a metade, R$ 44,20, fica nos pedágios. O passageiro demora 58 minutos de avião e por volta de quatro horas de carro.


No trajeto de São Paulo a São José do Rio Preto, os gastos praticamente se igualam. De avião fica em R$ 119 e de automóvel R$ 120,59. Mais da metade dos gastos são de pedágio, R$ 61,50. A diferença mesmo é o tempo despendido. Cerca de uma 1 hora e 17 minutos no transporte aéreo, contra 5 horas e 30 minutos quando se vai de carro.


Os valores de pedágio e combustível foram calculados por meio do site Mapeia.com, especializado em cálculos de viagem.


No valor das passagens aéreas não estão incluídas as taxas de embarque cobradas pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). As taxas variam de acordo com os serviços oferecidos no local de embarque. Em aeroportos classificados pela Infraero como categoria 3, como o de Bauru e de Presidente Prudente, a taxa é de R$ 13,44. Em São José do Rio Preto, Campinas, Ribeirão Preto e Uberaba, cujos aeroportos são categoria 2, a tarifa fica em R$ 16,23, e nos aeroportos de São Paulo, categoria 1, em R$ 20,66.

Bolsa Família, aliada do emprego.

BLOG O MURAL: Levantamento de ISTOÉ mostra que cidades onde o Bolsa Família é forte lideram na criação de empregos formais

Lúcio Vaz – Istoé


img.jpg
LEGAL
Em oito anos número de carteiras assinadas cresceu
quase 70% nas principais cidades atendidas pelo programa


Maior programa social do governo federal, o Bolsa Família nasceu com uma dúvida: o repasse mensal de dinheiro poderia levar à acomodação das famílias mais pobres, com o desestímulo à busca pelo emprego com carteira assinada? Levantamento feito pela ISTOÉ, a partir de dados dos Ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mostra que, ao que parece, não. Na verdade, indica que o avanço do emprego formal se deu com mais intensidade e rapidez exatamente nos municípios onde a população é amplamente atendida pelo benefício. Considerando o período de 2002 a 2010, que vai do último ano antes da criação do programa até o final do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a média do crescimento formal do número de carteiras assinadas no País ficou em 53,6%. O percentual foi maior no Nordeste, com 64,8%. E mais expressivo ainda nos 500 municípios que mais concentram o benefício do Bolsa Família – todos eles localizados nos sertões nordestinos. Ali, a média de crescimento atingiu os 69,3%.


Os maiores benefi­ciários do Bolsa Família são municípios pequenos, com população média de 12,8 mil pessoas, geralmente longe das capitais. Nesses locais, as principais fontes de trabalho sempre foram a agricultura, a pecuária e os generosos e quase sempre rasos cofres das prefeituras. O dinheiro do benefício é pouco, em média R$ 115 reais por família. Mas é preciso considerar que, nessas regiões, cerca de 70% da população é assistida pelo programa. Há muitos casos em que 80% ou até 90% dos moradores o recebem. A soma desses recursos incrementa o comércio local, o que resulta, a médio prazo, na criação de novas vagas no mercado. E os municípios do Nordeste concentram mais da metade da verba distribuída pelo Bolsa Família. Serão R$ 16 bilhões neste ano. O número de beneficiários chega a 13 milhões de famílias. “Só foi possível reduzir a desigualdade e a pobreza no Brasil nos últimos anos porque o governo adotou ações que aliam crescimento econômico com inclusão social”, diz a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campelo.


img1.jpg
“A pobreza caiu porque o governo adotou ações que aliam crescimento
econômico com inclusão social”

Teresa Campelo ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome


Em Ponto Novo, município de 15 mil habitantes no norte da Bahia, 2.672 famílias recebem o Bolsa Família. Como esse número deve ser multiplicado por quatro (média de integrantes de uma família), pode-se dizer que 70% da população conta com a mesada do governo. O município recebe uma injeção de R$ 280 mil todo mês. Mas isso ajuda a economia local? “Ajuda demais, demais. É uma Bolsa Família arretada”, comenta o secretário de Administração de Ponto Novo, José Carlos Alves. Ele acrescenta: “Os municípios pequenos, hoje, são mantidos pela Bolsa e pelos aposentados, que têm uma renda também importante. O movimento no comércio cresce porque esse dinheiro fica no município.” Ali, o número de carteiras assinadas cresceu de 340 para 1.307 em oito anos. Mas o secretário faz uma ressalva. Segundo ele, grande parte dos empregos foi gerada também pela implantação de uma fábrica de processamento de banana.



A realidade não é diferente em Porto Real do Colégio (AL). O número de vagas formais cresceu de 606 para 1.007, desde a criação do programa de transferência de renda. A coordenadora do Bolsa Família no município, Rosemeire dos Santos, também apresenta outra fonte de empregos. “As obras de duplicação da BR-101 geraram muitas vagas no ano passado”. Mas ela reconhece a importância do programa para a cidade. “As pessoas investem mais em alimentação, em material escolar, até em roupa. E isso é bom para o comércio.” Porém, nem tudo são flores, na visão da coordenadora. “O lado negativo é que eles ficam bem acomodados com aquela renda. Eles não investem em aprender uma profissão.


O próprio governo reconhece essa encruzilhada do programa. “O Bolsa Família é um desafio. Desde o início, houve um debate intenso sobre o efeito do programa de renda no mercado de trabalho. As expectativas eram divididas. Para uns, seria um desestímulo ao emprego formal. Outros diziam que seria positivo para o mercado porque teria efeito na economia local”, afirma o secretário nacional de Renda de Cidadania, Tiago Falcão. Informado dos números apurados pela revista, o secretário comentou. “Esses dados vêm confirmar mais a tese de que o programa de transferência de renda é positivo. Tivemos aumento do emprego formal nessa região. Alguns trabalhos já vêm mostrando isso. O impacto real é difícil de medir, mas é perceptível.”


Mas o secretário também analisa o lado falho do programa. “Um estudo demonstra que as pessoas que estiveram no Bolsa Família permanecem por pouco tempo no mercado formal. E, quando perdem o emprego, o retorno ao mercado é muito mais demorado. Os gráficos mostram que, em 11 meses, 50% desse contingente perde o mercado formal.” Tiago Falcão fala de algo que é discutido desde o lançamento do Bolsa Família: a necessidade de se encontrar uma porta de saída do programa.


grafico.jpg

SP: pedágio faz viajar de carro mais caro que de avião





BLOG O MURAL: Saiu na Carta Capital que o pedágio em São Paulo atucana tanto os motoristas que muitos estão trocando o carro pelo avião, quando se trata de certas viagens, sem gastar mais nada com isso.


Com valores calculados por meio do site Mapeia.com, especializado em cálculos de viagem, revista dá alguns exemplos.


De Campinas a Presidente Prudente, a distância é de 557 quilômetros . De automóvel, o gasto seria de R$ 138, sendo R$ 65 de pedágio, em sete horas de viagem. De avião, uma hora e 30 minutos, por R$ 99, mais taxa de embarque.


De São Paulo a Bauru (330 quilômetros) o avião é mais econômico, também. A passagem pode ser comprada por R$ 65, contra R$ 88,33 de gasto com automóvel, dos quais R$ 44,20, ficam nos pedágios. “O passageiro demora 58 minutos de avião e por volta de quatro horas de carro”, diz a revista.


E de São Paulo a São José do Rio Preto, custa o mesmo. R$ 119 para ir de avião fica em e de R$ 120,59 viajando de automóvel, metade disso em pedágios: R$ 61,50. E quatro horas a menos de viagem. Os R$ 20 da taxa de embarque são gastos, fácil, num lanche na estrada.


Nada como um longo período de administração tucana para nos levar à modernidade, não é?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Na escola do PSDB, aluno dá aula em escola sem professor



BLOG O MURAL: O jeito tucanez de resolver os problemas da educação em São Paulo uma lastima.



Mas afinal quando o PSDB paulista será realmente presionado pelo ministério publico do estado para que resolva de vez as questões de falta de professores nas escolas paulista.






Segundo reportagem do jornal folha de São Paulo são os alunos da series do ensino médio que estão danto aulas, diz que eles têm entre 14 e 18 anos e, desde segunda-feira, passaram de alunos a professores na escola estadual Padre Anchieta, na região do Brás, no centro de São Paulo.A troca de papel foi implantada pela própria direção do colégio para combater a falta de docentes. Voluntários são selecionados e ajudam colegas no contraturno.



O grupo de alunos-professores é formado por 16 jovens. Eles estudam pela manhã e dão aulas à tarde.O público-alvo são as turmas do sexto e do sétimo ano do ensino fundamental (antigas quinta e sexta séries), que estão sem aulas de português desde o início de abril -o professor está afastado.Os alunos assumem ainda outras matérias ou aulas de reforço, quando é preciso.




A seleção dos “novos professores” foi feita há duas semanas. “Fomos escolhidos após uma “peneira” e ainda estamos em teste”, disse Jeferson Santos, 16, que cursa o nono ano do fundamental.Assim como os colegas, ele pôde escolher o período de trabalho: das 13h às 15h30 ou das 15h30 às 18h30, todos os dias. O grupo afirma que não recebe dinheiro pelo serviço.




“A gente só ganha o almoço, que é dado no refeitório”, afirmou Carina Gonçalves Armelin, 18 anos, aluna do terceiro ano do ensino médio, que já é chamada de “professora”. A fama repentina agrada os voluntários.A medida, segundo alguns pais de alunos ouvidos pela reportagem, não tem a intenção apenas de ocupar as aulas vagas na escola mas também de amenizar confusões ocorridas nos intervalos forçados pela falta de aulas.Alguns pais, porém, se disseram surpresos. A empacotadora Ana Lúcia dos Santos, 46, não foi chamada à escola para conhecer o “projeto” e até ontem achava que o filho Jeferson passava as tardes fazendo trabalho na escola.




Reposição




Estudantes contam que a justificativa da escola foi a de que a alternativa encontrada iria evitar a reposição de aulas aos finais de semana. Por causa disso, segundo alunos, a direção afirmou que não poderia haver reclamação.A ordem tem sido obedecida, mas não sem provocar polêmica. Nos corredores, esse é o assunto da semana.”Foi uma novidade para todo mundo. O normal é professor dar aula, não aluno”, disse o estudante Luis Miguel Manhães, 18, que está no ensino médio e tem aulas com colegas. “A intenção é boa, mas não é certa”, afirmou.Na Folha tucana




Reforma política, é uma questão do Brasil que queremos.

BLOG O MURAL: Reforma política: Lula e centrais debatem Constituinte exclusiva, via blog do amigosdopresidentelula.blogspot.com









Reunido com centrais sindicais, o ex-presidente Lula debateu a formulação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Segundo lideranças, na saída do encontro, entre os vários temas relativos à reforma, foi debatida a possibilidade de instituir um Parlamento especial para alterar a Constituição de modo a regular o sistema eleitoral. O encontro durou mais de duas horas no Instituto da Cidadania, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.



Além da Constituinte, foi tratado no encontro o financiamento público de campanha - uma posição defendida de forma unânime por sindicalistas -, o fortalecimento dos partidos políticos, a regulamentação dos plebiscitos e a unificação dos pleitos como forma de baratear as eleições. O debate aventou a possibilidade de unificar as eleições para prefeito, governador e presidente da República a partir de 2014.



"Lula acha que deve ser feita uma eleição para fazer uma Constituinte exclusiva", disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). O representante da Força Sindical foi ainda cético em relação à viabilidade da reforma política no caso de serem mantidas as divergências. De acordo com sindicalistas, o tema da crise do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no governo federal não foi tratado no encontro.



"Cada central apresentou sua proposta e foi colocada a importância do envolvimento da sociedade no processo de reforma política", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique da Silva Santos. "Não é uma reforma para o ano que vem, é algo para ficar para a história", disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.

Nota do PT Estadual sobre Campinas.

BLOG O MURAL: Publico a nota do PT Estadual sobre o caso de Campinas, e concordo com a posição da nota, pois não podemos condenar antes da justiça, pois a ela cabe isso, a nós cabe repudiar se for verdade nosso companheiro, mas se isso for mentira também repudiar quem fez deste fato um fato politico somente para se beneficiar eleitoralmente candidato "X" ou "Y".
Por isso temos que esperar com calma a apuração republicana e democrática, respeitando todos os direitos legais e constitucionais que cada cidadão e cidadã deste país têm.

NOTA DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES SOBRE OS ACONTECIMENTOS DE CAMPINAS

O PT acompanha as investigações do Ministério Público Estadual (MPE) na cidade de Campinas com a firme convicção de que tudo deve ser apurado e esclarecido até as últimas conseqüências, com responsabilidade republicana e evitando a espetacularização e o uso político dos fatos a bem da preservação do Estado Democrático de Direito.

O Ministério Público em nenhum momento cita Demétrio Villagra no decorrer das investigações que ocorrem há mais de um ano. O vice-prefeito não foi convidado, nem convocado para depor em nenhuma condição, seja como testemunha ou acusado. Segundo os advogados de defesa que tiveram acesso ao inquérito, não há nada de mérito que justifique o pedido de prisão preventiva de Demétrio.

O vice-prefeito de Campinas está em férias. Segundo a nota divulgada pela assessoria de imprensa da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Campinas S/A), o fato foi oficializado e noticiado há mais de uma semana pela imprensa da cidade e, era de conhecimento, inclusive, do MP. Demétrio, que voltaria no final da próxima semana, já está viabilizando seu retorno para prestar os esclarecimentos necessários. A fim de garantir a mais ampla investigação e ter todas as condições de fazer a sua defesa, o vice-prefeito entregou o cargo que ocupava na presidência do Ceasa.

A nossa Constituição garante o direito ao contraditório. Por isso, não aceitamos qualquer condenação antecipada. “Ninguém pode ser condenado até o trânsito em julgado da sentença”, é o que diz o princípio do devido processo legal. O vice-prefeito Demétrio nos informa que, da sua parte, não há nenhuma conduta ilícita e nós confiamos nele.

O Partido dos Trabalhadores entende que as investigações estão em andamento e até a presente data, o prefeito Dr. Hélio Oliveira Santos não foi mencionado nas investigações. Diante da inexistência de fatos, consideramos oportunismo político questionar a legitimidade do seu mandato de prefeito.

São Paulo, 23 de maio de 2011

Diretório Estadual do PT-SP

Obrigado a PASCOM

BLOG O MURAL: Muito obrigado ao blog da PASCOM, pelos elogios a este vereador, pois é meu dever como vereador homenagear trabalhos que vem somar com nossa visão de humanidade e bem estar dos nossos cidadões.

Pastoral da Criança recebe moção de aplauso na Câmara dos Vereadores de Porto Feliz









NS_Aparecida-horz




Foi apresentada na 12ª Sessão da Câmara dos Vereadores de Porto Feliz, uma Moção de Aplauso (que é um dispositivo legal que o vereador tem a oportunidade de apresentar e elogiar oficialmente a todos vereadores e a sociedade, por exemplo um projeto relevante para a cidade). Na Moção de Aplauso nº 18 de 2011, o vereador Urias de Oliveira (PT) apresentou a Pastoral da Criança que está sendo implantada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida.



Urias de Oliveira



O vereador tomou conhecimento através do Boletim diário da Pastoral da Comunicação, que é enviando no e-mail após ser publicado em nossa página. O boletim é enviado diariamente para todos aqueles que se cadastrarem, esta funcionalidade está disponível em nossa barra lateral. O vereador Urias contou que ficou sabendo da implantação da Pastoral quando recebeu a notícia no seu e-mail, e elogiou o trabalho da Pastoral da Comunicação, assim como o seu coordenador Felipe Miranda e toda a equipe jovem que trabalham na comunicação.



Na Tribuna, em sua fala, vereador Urias comentou a alegria das pessoas ao saberem que já está encaminhando a realização deste sonho da Igreja Católica, de se instalar a Pastoral em Porto Feliz, que após anos de dificuldade, carência de pessoas, finalmente começou o período de formação e capacitação. O edil também afirmou que este "tipo de trabalho vem complementar o trabalho do posto de saúde, quando os agentes conseguem conscientizar as pessoas". Considerou o trabalho da Pastoral "vem contribuir para a saúde da mãe e da criança... projeto este que vem contribuir para o bem de Porto Feliz".



Coquinho
Vereador Antonio Queiroz da Rocha (PSDB), o Coquinho, elogiou Urias de Oliveira pela iniciativa por propor esta Moção de Aplauso. Elogiou a implantação da Pastoral da Criança, pois é um "trabalho importante, fundamental, para que a criança tenha pelo menos todas as condições de ser saudável, de ser feliz, de ser saudável". O vereador também destacou o trabalho de Zilda Arns, que " pregou a palavra de Fé e de Esperança aos quatro cantos do mundo", ele também comentou a forma com que ela morreu "jamais poderemos esquecer dela".



A Moção de Aplauso foi aprovada por unanimidade, por 8 votos contra 0.





Nota da Pascom
Ficamos muito felizes ao ver a repercussão da implantação da Pastoral da Criança, e por também saber que a divulgação feita pela Pastoral da Comunicação pode contribuir para partilhar desta importante informação. Faz se oportuno informar que durante o início da implantação da Pastoral da Criança, enviamos a matéria para ser divulgada pela imprensa e enfrentamos um episódio muito constrangedor, quando um jornal impresso "cortou" esta matéria por "falta de espaço", pois, o veículo tinhas outras notícias que considerou mais importante, como noticiar fatos de sessão policial. Tal constrangimento, na época motivou a coordenação mandar um e-mail solicitando novamente a divulgação, pois foi considerado importante informar toda a cidade desta importante implantação, e toda divulgação é muito bem vinda. Na semana seguinte, a matéria foi divulgada, porém com grande corte no texto e sem foto, uma pena.



Parabéns aos vereadores que elogiaram e aprovaram a moção. Parabéns ao vereador Urias de Oliveira pela iniciativa.



Felipe Miranda
Pastoral da Comunicação



terça-feira, 24 de maio de 2011

Leitos hospitalares à venda, em São Paulo.





BLOG O MURAL: Especialistas condenam a lei Paulista que destina 25% das vagas nos hospitais públicos a pacientes particulares ou que tenham convênio a repórter da revista isto é Mônica Tarantino e Solange Azevedo fez uma bela reportagem a qual reproduzo aqui;



A Secretaria de Estado da Saúde (SES) diz que promoverá “justiça social”. O Ministério Público e várias entidades, entre elas o Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems) e o Sindicato dos Médicos (Simesp), discordam dessa tese. Afirmam tratar-se de uma ilegalidade. O centro da polêmica é a Lei Complementar nº 1.131, que direciona até 25% dos atendimentos em hospitais públicos administrados por Organizações Sociais (OSs) a pacientes particulares ou que têm convênio, sancionada pelo então governador Alberto Goldman (PSDB) no final de 2010. OSs são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos. A previsão é de que a lei entre em vigor neste ano.

“Já existe um inquérito em andamento. Esses hospitais foram construídos com recursos públicos e não pode haver tratamento desigual entre as pessoas que têm dinheiro e as que não têm”, relata o promotor de Justiça Arthur Pinto Filho. “Esse sistema, na prática, criará a dupla porta. Uma, provavelmente mais rápida, para usuários particulares e de planos, e a outra para quem depende exclusivamente do SUS. Isso é inconstitucional.”

O governo paulista alega que a lei é necessária porque cerca de 20% dos pacientes atendidos nesses hospitais têm convênio e, apesar disso, são tratados gratuitamente. Seria uma forma de corrigir essa distorção e levantar mais recursos para financiar o sistema de saúde para toda a população. Esses argumentos, no entanto, não convencem os especialistas. Já existe uma lei esta­dual e outra federal que permitem que o SUS cobre dos planos os valores gastos com seus clientes. Embora as empresas lancem mão de medidas administrativas e judiciais para se livrar do pagamento, se há problemas, o mais lógico é que a legislação seja aperfeiçoada. “Estamos trabalhando nisso”, afirma Helvécio Magalhães, do Ministério da Saúde. “A iniciativa de São Paulo não é positiva porque diminuirá a oferta de leitos do SUS. Quem conhece gestão hospitalar sabe que é difícil que não haja privilégio. Não há como garantir que um paciente do SUS que precise fazer um exame mais do que um cliente de plano será atendido antes.”

Segundo um levantamento feito pela SES, os 20 hospitais estaduais gerenciados por Organizações Sociais na capital e na grande São Paulo gastam R$ 468 milhões por ano com atendimento gratuito a pessoas que têm planos de saúde. Metade dessa despesa vem do Instituto do Câncer, a maior unidade do Estado administrada por uma OS. Outros 13 hospitais dirigidos por essas entidades funcionam no interior paulista. Procurado durante três dias consecutivos, o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Cerri, não atendeu à reportagem de ISTOÉ. A assessoria de imprensa da pasta afirma que “o contrato de gestão deverá assegurar tratamento igualitário entre os usuários do Sistema SUS e do Iamspe e os pacientes particulares ou usuários de planos de saúde privados”. Cid Carvalhaes, presidente do Simesp, afirma que há mais de 40 dias tenta marcar uma audiência com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Sem sucesso. “Essa lei fere o princípio de universalidade no acesso aos serviços de saúde que é defendido pelo SUS”, diz.

Uma das ideias do governo paulista é firmar contratos com os planos para definir como será o atendimento nos hospitais públicos e determinar parâmetros para os pagamentos por esses serviços. “Essa lei está fadada a distorções e é uma privatização escancarada. É comum não ter vaga em hospital de referência quando ligamos pedindo. Porém, se o paciente for pessoalmente e disser que tem convênio, consegue vaga”, diz Arthur Chioro, presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo.

O principal argumento de defesa da lei é que ela aumentaria os recursos para atendimento a pacientes do SUS. A questão é saber como e quando esses recursos serão aplicados e qual será seu impacto na qualidade dos serviços. E é aí que se apresenta uma espécie de caixa de pandora, que começa a ser aberta. Na semana passada, o Tribunal de Contas do Município (TCM) aprovou um relatório sobre a atuação da organização social Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), ligada à Universidade Federal de São Paulo (o órgão fiscalizador irá examinar os 28 contratos firmados desde 2008 para gestão da saúde municipal).

A SPDM administra 21 unidades hospitalares e ambulatoriais do Estado e de alguns municípios paulistas. Após analisar os dados da SPMD relativos ao período 2008/2009, o TCM concluiu que houve falta de planejamento por parte da OS. “Apenas 29,76% do dinheiro recebido pela entidade para cuidar das unidades municipais da capital foi gasto com o custeio dos serviços prestados”, diz o conselheiro Maurício Faria, relator da auditoria. Outra evidência para a falta de planejamento foi o investimento de apenas 0,58% do valor repassado para ser gasto em reformas, adaptação de unidades e aquisições de equipamentos. “Os recursos foram represados. Deveriam ter sido utilizados em ações de saúde”, diz Faria. Uma das explicações dadas pela Secretaria Municipal de Saúde ao Tribunal é a de que, no primeiro ano de atividade, a OS precisou se adaptar. Procurada por Istoé, a SPDM respondeu que aguarda a publicação do relatório do TCM para se manifestar.

O desempenho de outra entidade que atua no âmbito estadual e municipal, o Seconci (Serviço Social da Construção Civil de São Paulo), foi o primeiro a ser analisado pelo TCM. O órgão observou o mesmo represamento dos recursos e a dificuldade de comprovar os resultados. No caso do Seconci, 67% dos recursos ficaram sem uso em aplicações financeiras. Até 2009, a entidade não havia assumido o gerenciamento de 14 das 31 unidades que deveria administrar. O Seconci contesta o relatório do TCM e aguarda a decisão do tribunal.

O TCM também questiona a falta de rigor da Prefeitura na fiscalização do dinheiro destinado às OSs. “Esses recursos representam cerca de 40% do orçamento municipal para a saúde”, diz Faria. Uma das falhas apontadas pelo tribunal foi a inexistência da chamada Comissão de Acompanhamento e Fiscalização, que deveria ter sido criada pela secretaria para receber as informações das OSs que gerenciam o dinheiro público a elas destinado. Como ela não existia, as informações foram recebidas por diversas áreas técnicas da secretaria. No final do ano passado, por pressão do TCM, a comissão foi criada. Desde então reuniu-se apenas uma vez.

Para o TCM, é possível perceber a ausência de controle do que ocorre com as verbas públicas destinadas às parcerias público-privadas. Procurado por ISTOÉ, o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Januário Montone, não quis dar entrevista. Por meio de sua assessoria de imprensa, a SMS informou que está dentro do prazo para apresentação de recurso ao TCM. Tudo isso faz pensar em qual será o destino de mais recursos a ser geridos pelas OSs. “Os objetivos pretendidos por meio da parceria com as Organizações Sociais estão muito aquém das metas previstas”, conclui Faria em seu relatório. No Tribunal de Contas do Estado não há relatórios semelhantes em andamento.






quinta-feira, 19 de maio de 2011

Curso de Formação política do PT.



BLOG O MURAL: No ultimo sábado tivemos a aula magma do 1° curso de formação política do PT na macro região de Sorocaba.



A aula ministrada pelo Senador Eduardo Suplicy foi incrível, ver e ouvir ele contar sobre sua história no PT é algo magnifico.



Parabéns a Macro por nos dar de presente este momento sublime.

Nova aquisição do PT



BLOG O MURAL: Encontro no Jardim Vante com a população para oficialização do Ciro nos quadro partidarios do PT.

Na foto Everaldo e Ciro junto no encontro.

Por enquanto, o máximo que se pode acusar Palocci é de praticar o capitalismo

BLOG O MURAL: O texto do jornalista Zé Algusto da Bahia é o mais lucido que encontrei até agora nesta enchurrada de acusações contra Palocci, leiam e reflita;


Palocci tornou-se o político surgido do PT com maior trânsito entre o poder econômico, sobretudo o financeiro e o empresarial de São Paulo.


Ele teve um papel importante na eleição de Lula em 2002, para aproximar o empresariado, diminuindo as resistências e até atraindo o apoio de alguns.


Também desempenhou um papel importante no início do governo Lula para debelar a crise econômica deixada por FHC, sem deixar que desestabilizasse a economia.


A Presidenta Dilma chegou ao governo com a perspectiva de aprofundar as políticas de Lula consideradas de esquerda. Para ela levar esta sua agenda adiante, sem sobressaltos e sem perda de tempo com crises por falta de interlocução, precisa de articuladores políticos para manter canais de diálogo também com a elite econômica. Lula teve esses ministros articuladores com o empresariado, como o próprio Palocci, o vice Zé Alencar, o Henrique Meirelles, o Luiz Fernando Furlan. Dilma também precisa ter os seus.


O PT não tem muitos quadros como Palocci. A maioria dos petistas tem o perfil de proximidade como trabalhadores, movimentos sociais e intelectuais. São poucos os que transitam com desenvoltura no empresariado. Muitos petistas torcem o nariz para Palocci justamente por esse perfil que, dentro do PT, o coloca no espectro da direita. Mas alguém tem que fazer esse papel no governo Dilma. Se não for Palocci, provavelmente a Presidenta teria que escalar alguém de fora dos quadros petistas, o que enfraquecerá o PT dentro do governo, entregando essa interlocução para um partido de centro da base governista ou até para um quadro importado dos tucanos.


Entendido esse papel, vamos para a questão do patrimônio.


Até agora ninguém apontou crime nenhum de Palocci. É possível ter consultorias honestas e bem sucedidas, e é possível ter consultorias apenas de fachada, até para lavar dinheiro. Mas sem provas (e nem sequer uma denúncia fundamentada), o benefício da dúvida pertence a Palocci.


Ele saiu do Ministério da Fazenda após sofrer seguidos ataques de origem meramente política (Palocci despontava como forte candidato ao governo de São Paulo em 2006). Ninguém atacou sua competência como Ministro (a esquerda atacou as diretrizes, mas não a competência). Ele fez uma política macroeconômica considerada um tanto ortodoxa (o que agrada ao empresariado), mas foi além e realizou avanços e inovações na microeconomia, como o microcrédito, o crédito consignado a juros menores, devido à garantia. Isso foi uma das bases do aumento do crédito no Brasil, o que impactou no crescimento do PIB.


É possível que banqueiros, investidores, empresários o chamassem para conversar e ouvir sua opinião. Palocci não é PhD de Harvard, mas nenhum PhD de Harvard entende da economia da era Lula como ele. Assuntos como a nova classe média, perspectivas para os próximos anos, cenários da economia, certamente Palocci tinha uma visão melhor do país do que qualquer PhD de Harvard.


Então, por que ele deveria orientar de graça pessoas ricas a decidirem que rumo tomar nos negócios?


O caso tem certa semelhança com Ruy Barbosa. Derrotado na corrida presidencial por Hermes da Fonseca, ficou no limbo político, mas pelo seu reconhecido saber era sempre procurado para conversas, que no fundo era consultoria gratuita. Para acabar com a gratuidade, a esposa de Ruy Barbosa cercava os visitantes na saída e dizia “O senhor já acertou com o Conselheiro? O senhor sabe, o Conselheiro também come!”.


Assim faz todo o sentido Palocci ter criado sua empresa de consultoria. Pesa a seu favor ele ter criado a empresa em seu nome, com transparência, sem laranjas, sem ocultar nada.


Pelo que foi noticiado, ele comprou os imóveis a valores de mercado e pagou com o dinheiro legal que entrou na sua empresa. Não ganhou de presente de empreiteira, não subfaturou, não há indícios de caixa-2 nem de ocultar patrimônio; enfim, praticou o capitalismo: ganhou dinheiro, ficou rico, pagou impostos, e comprou bens.


Só haveria crime e falta de ética se ele tivesse informação sigilosa privilegiada do governo e vendesse, ou se traficasse influência. Ninguém apontou nenhuma evidência de que ele tenha feito isso. E seria o cúmulo da burrice abrir justamente uma empresa de consultoria em seu nome se a idéia fosse cometer esse tipo de falcatrua. O melhor seria abrir qualquer outro ramo de negócio.
Ninguém precisa colocar a mão no fogo por Palocci, e pode ser que apareça mais coisas que não sabemos, mas por enquanto o jornal Folha de São Paulo denunciou que ele ficou rico rapidamente, com sua empresa que cresceu rapidamente.


Haverá quem questione o fato de ser raras as empresas que crescem rápido assim, em 4 anos. Mas é mais raro ainda pessoas chegarem a ser Ministro da Fazenda do Brasil, e Palocci chegou. Por enquanto, só dá para acusá-lo de praticar o capitalismo em suas atividades privadas.


Em tempo: A “catimba” faz parte do jogo da oposição, da imprensa e até do “fogo-amigo”, mas é forçar a barra pedir que consultorias divulguem a lista de clientes e serviços prestados. Consultorias privadas envolvem segredos comerciais das empresas, que se forem divulgados, favorecem a concorrência. O resultado é o mesmo que uma espionagem comercial.O que Palocci poderia fazer é explicar o tipo de consultoria que prestou de forma genérica, sem entrar nos pormenores, nem identificar empresas e produtos (a menos que haja consentimento delas).
Por Zé Augusto

terça-feira, 17 de maio de 2011

Laurindo Lalo Leal Filho: Do Roda Viva ao CQC



BLOG O MURAL: Insensibilidade de Gilmar Mendes revelou-se por inteiro ao responder à pergunta da jornalista: um rapaz rouba uma correntinha e uma jovem picha uma sala vazia da Bienal de São Paulo. Ambos são presos e ficam na cadeia, enquanto um banqueiro com larga folha corrida se livra das grades, graças à ação direta do entrevistado.






Laurindo Lalo Leal Filho
Cruzei uma vez na vida com o atual presidente do Supremo. Foi numa pequena sala onde ficaram reunidos alguns convidados para a cerimônia de inauguração da nova redação da TV Câmara, no final de 2006. Um funcionário solicito serviu-nos água e café e, gentil, dirigiu-se ao magistrado chamando-o de Gilmar Machado. Pra quê. O homem fechou a cara e entre dentes soltou o sobrenome: Mendes. Amarelo, o funcionário desculpou-se por confundir com o nome de um deputado federal, por sinal do PT de Minas.




Fiquei na minha. Sem papo. O café foi servido e nos chamaram para o evento. Tudo muito rápido, mas a cena fixou-se na memória, reveladora do contato, ainda que breve, com uma personalidade de difícil trato, ciosa de seu poder. E na época ele era apenas um dos juízes da Corte. Imagina se o caso se desse hoje. Não sei o que seria do pobre funcionário público.




Ao vê-lo, de passagem, num Roda Viva semana passada lembrei da cena. Lá estava a mesma insensibilidade vista na Câmara. Ao responder a uma queria ouvir uma opinião sobre os seguintes fatos: um rapaz rouba a correntinha de um senhor (no caso o próprio ministro) e uma jovem picha uma sala vazia da Bienal de São Paulo. Ambos são presos e ficam na cadeia, enquanto um banqueiro com larga folha corrida se livra das grades, por duas vezes, graças a ação direta do entrevistado. A resposta foi no mesmo tom usado com o funcionário da Câmara dois anos antes, de absoluto desdém.




O presidente do Supremo limitou-se a fugir – com escassas e confusas palavras – da questão ética presente na pergunta. Infelizmente a jornalista afrouxou, engoliu a resposta atravessada, não usou a possibilidade da tréplica e a roda girou. Ao ver quem eram alguns dos entrevistadores percebi que daquele mato não sairia coelho. Ganhei mais ao desligar a TV. E para evitar pesadelos reli, antes de fechar os olhos, algumas páginas do Guimarães Rosa.




Antes, na mesma noite, passei pela Bandeirantes e vi as cenas iniciais do humorístico CQC. Modelo trazido da Argentina, tenta ser uma versão menos trash de programas tipo Pânico na TV. Suas vítimas, em grande maioria, são parlamentares. Presas fáceis, surpreendidas nos corredores do Congresso, veem-se diante de perguntas quase sempre embaraçosas. Há situações hilariantes. Como as do “consultor de imagem” que convence alguns políticos a dar uma entrevista com poses e frases por ele ditadas. É o ridículo em estado puro.




Não haveria dano maior se cenas como essas se esgotassem nelas mesmas e nos seus personagens. E seriam até positivas, na medida em que revelariam para os eleitores a verdadeira face de seus representantes. O problema é que uma democracia como a nossa, historicamente frágil, requer alguns cuidados. Ao explorar a vaidade e o oportunismo de alguns parlamentares o programa corre o risco de levar o telespectador a uma generalização indevida do tipo “todo político não presta”. E quem apanha não é apenas o Poder Legislativo, mas o próprio processo democrático. É difícil fazer graça com a virtude, mas para o bem do País seria bom mostrar que nem todos são iguais. Ajudando até o eleitor a escolher melhor.




Mas se o objetivo do programa é mesmo revelar a face oculta do poder, que tal atravessar a praça e bater nas portas dos outros poderes. No Executivo, até que de vez em quando isso ocorre. O próprio presidente da República já se viu diante dos microfones do CQC. E não apenas o presidente brasileiro. Quase todos os chefes de estado do continente falaram ao programa, numa da cúpulas regionais realizadas em Lima, no Peru. Resta o Judiciário.




A coragem revelada pelos excelentes atores-repórteres poderia ser usada também, por exemplo, para inquirir os membros do Supremo. Agora, com as sessões sendo transmitidas ao vivo pela TV Justiça, não faltariam pautas.




No caso do presidente do STF, a revista CartaCapital trouxe em duas edições recentes dados suficientes para sustentar muitos programas e várias perguntas. Por exemplo, poderia ser perguntado se depois de tanto esforço ele não estaria triste com a derrota do irmão na disputa pela prefeitura de Diamantino em Mato Grosso, sua cidade natal. Ou como ele se sente julgando graves questões constitucionais e, ao mesmo tempo, participando de empresas de ensino em Brasília que, segundo mostra a revista, contrata alguns de seus pares da Corte para aulas e palestras. Seria importante para a sociedade saber, nesse caso, o que o presidente do Supremo considera “conflito de interesses”. O CQC bem que poderia fazer essas perguntas.




E se a coragem for maior indagar ainda se ele se considera parte da “herança maldita” deixada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, responsável por sua indicação ao cargo de ministro do Supremo. Seria uma forma de manter, também no humor, o imprescindível equilíbrio entre os poderes da República.




Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. Twitter: @lalolealfilho.



quinta-feira, 12 de maio de 2011

São Paulo não é mais a locomotiva do país.




BLOG O MURAL: Os quatrocentões paulistas, que gostam de dizer que o estado é a “locomotiva do Brasil”, não poderão mais usar essa expressão. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, depois de mais de 16 anos de gestão demotucana, São Paulo foi ultrapassado por Santa Catarina e Rio de Janeiro na condição de estado que tem a maior renda média. Por sua vez, no governo Lula, o País conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%. A pesquisa também mostra que, de 2002 a 2010, os maiores ganhos reais de renda foram em grupos tradicionalmente excluídos. O Limpinho reproduz texto publicado no Portal G1. O editor deveria estar dormindo quando deixou sair uma matéria dessas.




FGV: Taxa de desigualdade no Brasil atinge mínima histórica




Desigualdade é a menor desde que começou a pesquisa, em 1960


A taxa de desigualdade no Brasil caiu à mínima histórica no final de 2010, segundo estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV) na terça-feira, dia 3. Em oito anos – de dezembro de 2002 a dezembro de 2010 –, o País conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%, de acordo com a pesquisa “Desigualdade de Renda da Década”.



“Em oito anos, no governo Lula, foi feito o que era previsto para 25 anos, de acordo com a Meta do Milênio da Organização das Nações Unidas, que era reduzir a pobreza em 50% de 1990 até 2015”, ressaltou o economista Marcelo Neri, coordenador do CPS/FGV.



A taxa de desigualdade, medida pelo índice de Gini, ficou em 0,5304 em 2010, a menor desde 1960, quando começou a pesquisa. Quanto mais perto de 1, mais desigual é o país. “Os principais motivos para isso foram, principalmente, a educação e, em menor parte, os programas sociais”, explicou Neri.



Entretanto, o economista diz que, quando comparado com outros países, ainda é “estupidamente alto, porém menor do que antes” o nível de desigualdade no Brasil. “Se é uma má notícia que a nossa desigualdade ainda é alta, a boa notícia é que ela deve cair. O que os dados mostram é que a queda continua”, destacou.



Renda dos mais pobres cresceu mais do que dos mais ricos



De acordo com a pesquisa, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), a renda dos 50% mais pobres no Brasil cresceu 52,59%, entre 2001 e 2009, enquanto a renda dos 10% mais ricos do País cresceu 12,8%. Isso significa dizer que a renda da classe baixa teve crescimento de 311% na comparação com os mais abastados.



Marcelo Neri também destacou conclusões da pesquisa que, para ele, foram inesperadas. “Fiquei muito surpreso com os dados”, disse o economista, ao mostrar que, de 2001 a 2009, os analfabetos obtiveram ganhos de 47%, enquanto quem tem nível superior teve queda de 17% na renda. No mesmo período, as pessoas de cor preta ganharam aumentos na renda de 43%, enquanto os brancos tiveram 21% de alta. Já as mulheres tiveram ganho na renda de 38%, contra 16% dos homens. “O que está ‘bombando’ é o mercado da base: empregadas domésticas, trabalhadores da construção civil, agricultores”, ressaltou, em tom informal, o economista.



São Paulo não é o mais rico e Maranhão, o mais pobre



A pesquisa mostrou que os chamados “grotões” brasileiros estão em alta, já que entre 2001 e 2009 os “maiores ganhos reais de renda foram em grupos tradicionalmente excluídos”. Segundo o estudo, Alagoas é, hoje, o estado com a pior renda média per capita do país. E, no mesmo período, o Maranhão, que era o estado mais pobre, teve ganhos na renda da população de 46%.



Já os estados de Santa Catarina e do Rio de Janeiro passaram São Paulo na condição dos que tem a maior renda média. “A migração do Nordeste para o Sudeste diminuiu bastante, com o inchaço das grandes cidades. O campo está se tornando mais atrativo”, observou Neri.



Em 30 anos, Brasil pode estar equiparado aos EUA



O coordenador da pesquisa explicou que o Brasil ainda “vai demorar uns 30 anos para ter um nível de desigualdade parecido com o dos Estados Unidos”, que, segundo Neri, está em 0,42. “Apesar de a economia brasileira não estar crescendo tanto, a renda dos mais pobres cresce em patamares chineses, enquanto a dos mais ricos está estagnada”, comparou Neri.



Entretanto, para o economista, a tarefa agora é mais complicada. “Vamos ter mais dificuldades para erradicar, pois esta terça parte que falta é o núcleo da pobreza no País”, explicou.



Para a próxima década, Marcelo Neri afirma que é preciso melhorar a qualidade da educação, continuar investindo em programas sociais e realizar obras de saneamento básico. “E é preciso fazer mais com menos recursos, pois não podemos aumentar mais ainda a nossa carga tributária”, acrescentou.




“As razões de meu otimismo são proporcionais ao tamanho dos problemas que temo hoje. A escolaridade no Brasil é ridícula, por isso acho que ainda temos muito a avançar”, finalizou.

O pior cego é o prepotente




BLOG O MURAL: Via blog do Brizola Neto http://www.tijolaço.com.br/




A direita brasileira é, antes de tudo, burra. Não consegue ver outro comportamento que não seja o seu próprio: submissa aos fortes e brutal com os fracos. A ordem das coisas, para ela, deve sempre reger-se por um sistema de mando e obediência, jamais por justiça e solidariedade.

Veja este caso exemplar da grita que está havendo com o tratado que restabelece um mínimo de equilíbrio nos preços pagos pelo Brasil aos excedentes de energia da Hidrelétrica de Itaipu.






O argumento de que só o Brasil arcou com o custo das obras tem seus limites. A obra é a forma de aproveitar a verdadeira riqueza, que é a água, e a água pertence tanto ao Brasil quanto ao Paraguai. 95% do valor devido pela parte da energia gerada pela água correspondente ao Paraguai é retido para o pagamento dos empréstimos de uma obra que começou a ser erguida há 50 anos.



O Brasil tem uma cláusula que lhe é vital no contrato: o direito de ser comprador exclusivo de toda a parte excedente.






Esse é o ponto-chave da questão: perder a condição de comprador exclusivo é fatal para o abastecimento de energia do Brasil. Itaipu produz cerca de 90 Terawatt/hora, anualmente. Perder – ou sujeitar-se a perder, numa disputa arbitral – esta energia nos obrigaria a construir duas usinas maiores que a polêmica Belo Monte.



Afora o gigantesco custo ambiental, isso representaria um gasto de perto de US$ 30 bilhões. Ou 100 anos do novo valor de pagamento ao Paraguai aprovado ontem no Senado. Sem contar linhas, subestações, gastos correntes…




O importante, porém, é botar o pé no pescoço dos paraguaios. Massacrá-los, condena-los a ser um país atrasado, miserável, gerar ressentimentos, injustiças é muito mais importante, para essa gente, que tratar racionalmente de um negócio de energia.






Que, como todo bom negócio, tem de ser justo e deixar satisfeitas ambas as partes.




Mas, para a direita brasileira, é perfeita a frase de Chico Buarque: querem um Brasil que fale fino com Washington e grosso com seus parceiros da América Latina.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Brasil bate mais um recorde de geração de empregos





BLOG O MURAL: Que o Brasil está sendo a bola da vez ninguem duvida, mas bater recorde atraz de recorde na geração de emprego eles os tucanos duvidam até agora



Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostra que foram gerados 2,8 milhões de empregos em 2010. Durante o Governo Lula foram gerados 15,3 milhões de empregos formais, entre celetistas e estatutários. Número de trabalhadores formais no país chega a 44 milhões



Brasília, 11/05/2011 – Foram gerados no Brasil em 2010 novos 2.860.809 empregos formais, entre celetistas e estatutários, número recorde para um único ano. A criação de empregos corresponde ao crescimento de 6,9% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2009. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2010), divulgados nesta quarta-feira (11) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.




“O número de empregos nos três principais setores da economia cresceu acima do Produto Interno Bruto (PIB). Entre os 22 subsetores da economia, 18 apresentaram crescimento. A maior riqueza do Brasil é o emprego. O salário do brasileiro é o que garante o crescimento do nosso país”, comentou o ministro.




Clique aqui para conferir os números completos da Rais 2010.



Com o bom desempenho do mercado de trabalho, o número de trabalhadores com vínculos formais ativos chegou a 44,068 milhões. Se forem computados os inativos, esse montante atinge 66,747 milhões. No período do Governo Lula (2003 a 2010), a geração de empregos formais atingiu a marca de 15,384 milhões de novos postos de empregos formais, crescimento de 53,63% ao longo do período.



A média anual de geração de empregos foi de 1,923 milhões de vagas, aumento de 5,51% ao ano, número inédito na história do emprego formal para um período de oito anos consecutivos. De acordo com o ministro Carlos Lupi, isso demonstra a continuidade do processo de formalização da força de trabalho brasileira nos últimos anos.




“Continuamos batendo recordes: cresce o estoque de trabalhadores formais, cresce a geração anual de empregos, cresce o ganho salarial real do trabalhador. Hoje o Brasil é referência mundial em políticas de geração de emprego e renda”, avaliou Lupi.




Do total de empregos formais criados em 2010, 2,590 milhões foram com carteira de trabalho assinada (celetistas), e 270,4 mil vínculos empregatícios estatutários (servidores públicos).




Dados Corrigidos – De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange somente os empregos celetistas, em 2010 foram gerados 2,555 milhões postos de trabalho.




O diferencial entre os dados de criação de empregos da Rais e Caged se reduziu substancialmente, quando comparado com os resultados de 2009, devido à incorporação das declarações fora do prazo no próprio Caged,que antes eram contabilizadas apenas na RAIS. Em 2009, o Caged registrou uma geração de 995,1 mil postos de trabalho, ante uma aumento para 1,473 milhão na Rais, considerando o mesmo universo de empregos celetistas.



Estabelecimentos – A Rais foi declarada por 7,617 milhões de estabelecimentos no último ano, sendo 3,403 milhões com vínculos formais (com empregados), e 4,214 milhões de estabelecimentos sem vínculos empregatícios (sem empregados). Houve um crescimento de 2,47% no total de estabelecimentos, em relação a 2009.




Rendimento médio – Em 2010, o rendimento médio dos trabalhadores formais apresentou um aumento real de 2,57%, tomando como referência o INPC, ao passar de R$ 1.698,35 em dezembro de 2009 para R$ 1.742,00 em dezembro de 2010. No período de 2003 a 2010, o rendimento médio dos trabalhadores apresentou um crescimento real de 21,29%, proveniente do aumento de 22,13% para as mulheres e de 21,49% para os homens.



Setores – Entre os setores, o de Serviços registrou a maior geração de empregos, com 1,109 milhões de novos postos. Em seguida vem o Comércio, com 689,3 mil empregos, a Indústria de Transformação, com 524,6 mil, e a Construção Civil, com 376,6 mil postos.






Rais – A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) é um Registro Administrativo criado pelo Decreto nº 76.900/75, com declaração anual e obrigatória a todos os estabelecimentos existentes no território nacional. As informações captadas sobre o mercado de trabalho formal referem-se aos empregados Celetistas, Estatutários, Avulsos, Temporários, dentre outros, segundo remuneração, grau de instrução, ocupação, nacionalidade.





Entre seus objetivos do relatório estão prestar subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permitir o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxiliar na definição das políticas de formação de mão-de-obra; gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal e prestar subsídios ao Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE e às pesquisas domiciliares, além de ser utilizada para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.



Assessoria de Imprensa do MTE

sábado, 7 de maio de 2011

FELIZ DIAS DAS MÃES!




BLOG O MURAL: Teus braços sempre se abrem quando preciso um abraço. Teu coração sabe compreender quando preciso uma amiga. Teus olhos sensíveis se endurecem quando preciso uma lição. Tua força e teu amor me dirigiram pela vida e me deram as asas que precisava para voar em busca de meus sonhos, Mãe tu és tão especial e tão divina que rendemos um dia do ano só para te homenagear, mas você é eterna e assim sempre será.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Coloco aqui o convite do Prefeito Cláudio Maffei do lançamento de seu livro



BLOG O MURAL: segue;



Caros Amigos e Amigas









Sentirei-me honrado se você vier no lançamento do meu primeiro livro.



Fazia tempo que este livro estava no forno. Escrevi-o em 1993, depois de voltar de uma viagem de Canudos, sertão da Bahia.



São poesias de um iniciante na arte de poetar. Contem também uma carta a meu amigo Noy, sobre como tinha sido a viagem e um artigo que escrevi sobre Canudos e o Conselheiro na revista Cadernos do 3.º Mundo, e servem para contextualizar os poemas.



O local é uma nova choperia da cidade, onde era o Mama Mia, no local da antiga escola de informática Microlins, bem no centrão de Porto Feliz.



Esperarei por você e lá além de você poder obter um exemplar do livro também ouvira uma explanação sobre o livro e o tema.



Estou a sua espera, um grande abraço.



Cláudio Maffei



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lançamento do Livro Palavras do Sertão de Cláudio Maffei



BLOG O MURAL: Vamos todos para esse passo importante que toma nosso grande amigo que também é prefeito Professor Cláudio Maffei.

Afinal de conta escrever um livro não é uma tarefa facíl, mas com certeza prazerosa.

domingo, 1 de maio de 2011

O Dia do Trabalho no Brasil



BLOG O MURAL: No Brasil, como não poderia deixar de ser, as comemorações do 1º de maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho. A primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional. Desde então, comícios, pequenas passeatas, festas comemorativas, piqueniques, shows, desfiles e apresentações teatrais ocorrem por todo o país.




Com Getúlio Vargas – que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro – o 1º de maio ganhou status de “dia oficial” do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo ou a redução de jornada de trabalho para oito horas. Vargas criou o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao Estado, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.




Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.




A luta de hoje, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar mais avanços na direção da felicidade do ser humano.






Em homenagem ao dia do Trabalhador, dedico-lhes a poesia do trabalho;






"Meu Maio", de Vladimir Maiakovski



A todos




Que saíram às ruas




De corpo-máquina cansado,




A todos




Que imploram feriado




Às costas que a terra extenua –




Primeiro de Maio!




Meu mundo, em primaveras,




Derrete a neve com sol gaio.




Sou operário –




Este é o meu maio!




Sou camponês - Este é o meu mês.




Sou ferro –




Eis o maio que eu quero!




Sou terra –




O maio é minha era!