segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A polarização eleitoral é a dinâmica mostrada pelas próprias pesquisas



BLOG DO U: O que luiz Frave escreve serve de paramentro para nós militantes aprofundar nossa luta e buscar cada vez mais mostra o que são 15 anos de (des)governo tucano em São Paulo leio o texto;

O empate técnico entre Dilma e Serra é o produto evidente da polarização que irá se acentuando cada vez mais. Esta polarização levou a um crescimento da Dilma, que recuperou a maior parte das intenções de voto perdidos por Ciro, em relação aos seus resultados na pesquisa precedente.

Enquanto analistas e tucanos discorriam sobre às lições das eleições chilenas para o Brasil, Dilma crescia em todos os cenários das pesquisas eleitorais. O crescimento de Dilma é produto direto da transferência das intenções de votos de Lula para Dilma, a candidata do presidente. Nesta pesquisa CNT-Sensus aparece pela primeira vez à Dilma em primeiro lugar nas intenções de voto espontânea.

Outra discussão que ficará relegada ao esquecimento é o suposto interesse, para Lula e o PT, de contar com vários candidatos da base do governo, pois a polarização plebiscitária seria mais conveniente para José Serra.

Este argumento, ainda esgrimido hoje nas analises da pesquisa CNT-Sensus, ignoram a dinâmica em movimento, preferindo observar números estáticamente. Com base nas simulações sem Ciro do primeiro turno, concluem que para Dilma seria melhor Ciro disputar a eleição presidencial.

Mas, como explicar que às perdas de Ciro tenham favorecido mais Dilma e não Serra? O processo concreto da política não é estático, como a retirada de um nome no cartão das simulações eleitorais das pesquisas. Enquanto estes últimos apontavam que supostamente a maioria do eleitorado de Ciro migraria para Serra, foi o contrário o que aconteceu entre uma pesquisa e outra. Uma pequena minoria foi para Serra, que oscilou por isso positivamente, e a maioria foi para Dilma que cresceu ao ponto de empatar tecnicamente com o tucano.

A polarização é um fato objetivo que tenderá a se acentuar mais a medida da aproximação da campanha eleitoral.

Nessa polarização fica pouco espaço para candidaturas que não contam com grandes alianças, espaços amplos de exposição e que aparecem ou como marginais, ou como correspondendo programaticamente ao mesmo perfil dos grandes candidatos, da situação e da oposição (é o caso de Ciro em relação à Dilma).

A polarização já foi evidente no primeiro turno de 2006, onde por muito pouco Lula não ganhou já no primeiro turno (Graça ao jogo sujo do PIG contra o PT em São Paulo - Blog do U).

Isto não significa que a cada nova pesquisa Dilma crescerá e Ciro diminuirá, nem que Serra continuará reduzindo seu caudal eleitoral potencial, no ritmo em que isto acontece hoje, ou que não possa crescer mais (o período das chuvas expos sua incompetência administrativa e gerencial, assim como a do seu alter ego Kassab, mas às chuvas vão passar e a máquina de propaganda tucana é poderosa). LF

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