sábado, 13 de fevereiro de 2010

Serra é vaiado no interior de São Paulo


BLOG DO U: Não considero democrático manifestantes impedirem, com gritos e barulho, discurso do governador de São Paulo. Os manifestantes podem ficar fora do recinto e externar suas posições sem tentar impedir que os organizadores do ato de apóio ao governador possam ouvir seu discurso e baterem palmas para seu governador e pré-candidato a presidente.


Que o governador reaja irritado é compreensível, mesmo percebendo a falta de jogo de cintura para evitar perder o controle. Mas isto é uma capacidade que alguns têm -Lula por exemplo- e outros não Serra por exemplo.


O que é estranho é o governador pretender, após ter-se exaltado e irritado, que encara isto “com frieza”, que foi o que lhe faltou precisamente na hora de seu descurso.


O que francamente é inaceitável é o candidato tucano recorrer ao arsenal de FHC e suas condenações sumárias, tipo “fracasso-maníacos” ou “neobobos”, para desqualificar seus opositores. Serra disse que eles ‘jogam e se deliciam com “o quanto pior melhor”. O PSDB na crise não fez o mesmo?.


Alias vindo dos que derrubaram a CPMF, retirando recursos da saúde, sob pretexto de combater o imposto que eles mesmos tinham criado, para provocar dificuldades na saúde para o governo Lula. Dos mesmos que lançaram inúmeros ataques pondo em dúvida, em plena crise mundial, a capacidade do Brasil enfrentar com êxito um tsunami externo, para reduzi-lo a uma “marolinha”; da crise dos aeroporos tempos atraz; do suposto apagão da Dilma; a acusação é hipócrita.


Esta postura manifesta a dificuldade do governador de São Paulo a aceitar a crítica e o contraditório. Ora tachando seus opositores de entoarem o trololó do PT, ou de serem todos infiltrados, é um fato que José Serra não aceita ser questionado, nem sequer pela imprensa, contra a qual também tem manifestado irritação lembre que é a imprensa de fora que o questiona, pois o PIG (Partido da Imprensa Golpista-segundo PHA) o protege.


Outro elemento que chama a atenção e que não provocou maior reflexão dos jornais é o candidato tucano à presidente, distribuir pessoalmente cheques para danificados pelas enchentes na cidade governada pela prefeito do PSDB e o PIG nada nem uma linha sobre o assunto nem uma especialista politico foi consultado para falar sobre o fato.


Vindo dos mesmos que dia sim, outro também, acusam Lula e Dilma de “campanha antecipada” e qualquer mudança nos benefícios sociais, como manipulação eleitoral, proceder a uma distribuição pessoal de cheques, configura uma afronta ao sistema democrático.


Não está em questão a ajuda que o Estado deve as famílias que tudo perderam, mas a isenção do governante e os princípios éticos deveriam constrangi-lo a não associar sua imagem a entrega direta do benefício, com um mês de antecedência ao momento em que iniciará abertamente sua campanha eleitoral.


Basta imaginar os editoriais virulentos que acompanhariam um gesto semelhante por parte da Dilma ou Lula, distribuindo pessoalmente cheques do Bolsa-Família (que precisamente utiliza o cartão bancário, para evitar o coronelismo na distribuição do beneficio social). Poderia o Estado depositar na conta das pessoas tais valores e assim o Governador só teria que entregar o recibo do deposito, mas como dizem no interior pau que bate em Chico as vezes não bate em Francisco......Como diria Janio de Freitas, éta “silêncio protetor”.



Serra é hostilizado por manifestantes e ele tem a desfate de dizer que ainda não começou campanha eleitoral: Será governador que não ?



Blog do U: Adaptação do Blog do Luis Frave

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