segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Com 13 anos de atraso, Alkimin diz que vai fazer represa para ajudar no sistema cantareira

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Aécio, vá conversar com o Alckmin para aprender o que é “falta de planejamento”. Mais represa, agora?

12 de fevereiro de 2014 | 11:20 Autor: Fernando Brito
canta
Ainda bem que há previsões de que a chuva já possa começar no final da tarde de hoje, na Grande São Paulo, como reflexo da entrada de uma frente fria pelo Sul do país e, com elas, se alivie a situação dramática do abastecimento de água da nossa maior metrópole.
Por isso mesmo, é hora de falar da imensa hipocrisia de Aécio Neves no seu artigo de segunda-feira, na Folha, uma verdadeira “torcida” oportunista para que a maior seca em 60 anos no Sudeste levasse o país a um “apagão” e, claro, a tirar daí uma “casquinha” eleitoral.
Aécio diz que falta “planejamento”, embora saiba perfeitamente que a maior causa do atraso na ampliação da capacidade geradora do país advenha de impasses políticos e ambientais – nem lhes discuto o mérito – na construção de usinas como as do Rio Madeira (Jirau e Santo Antonio), Teles Pires, Belo Monte, só para citar as maiores.
No dia do artigo, comentei que a “dança da seca”  que o mineiro fazia era um acinte, porque, antes de faltar luz, já há uma ameaça concreta de faltar água na maior cidade do Brasil de forma sistemática, não como um acidente, como o que desligou duas linhas de transmissão na semana passada.
E é surpreendente ou inesperada a limitação do sistema de abastecimento de São Paulo, há 20 anos sob governos de  tucanos como é Aécio Neves?
Em junho de 2001, há quase 13 anos, portanto, a Folha publicava: “SP admite risco de colapso no Cantareira“.
Se o Governo Dilma anunciasse agora que iria fazer os editais para uma nova hidrelétrica, o que o Sr. Aécio diria?
- Demagogia, improviso, falta de responsabilidade, falta de planejamento!
Não vai faltar, felizmente, água em São Paulo – não mais que os problemas que já estão sendo registrados – e não vai faltar luz no Brasil.
Mesmo que não se normalize a situação, a entrada de chuvas no Sudeste, que tem acumulados este ano cerca de 50 mm, quando a média dos últimos 50 anos chega perto de 400 mm, deve afastar o perigo imediato.
E afastar, melhor ainda, as nuvens de demagogia climática que tentam colocar sobre a cabeça dos brasileiros.

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