domingo, 3 de janeiro de 2010

O preconceito da mídia é da nossa raiz?




BLOG DO U: O blogueiro independente Luiz Carlos Azenha teve uma definição plausível sobre o "ato falho" do Boris Casoy leiam o post;





por Luiz Carlos Azenha

Àqueles que se assustam com os comentários feitos pelo Boris Casoy, um lembrete: a mídia corporativa brasileira é um poço de preconceitos. Ela não disfarça que representa uma classe social. Ela discrimina mulheres, negros, pobres, consciente e inconscientemente.





O sujeito (a) que titulou a reportagem da Folha, reproduzida acima, considera "bondade" os aumentos de salário e das aposentadorias, como se salário fosse uma "bondade" patronal, não um direito legal. Jamais você vai ver um empréstimo do BNDES a uma grande empresa ser titulado como "bondade". Ou o dinheiro dos governos federal, estadual e municipal dado aos jornais em forma de anúncios: aí não tem "bondade". "Bondade" é o aumento do salário mínimo.





Trabalhei em uma emissora que tinha uma "estética" que privilegiava a classe média branca: nas entrevistas de rua a ênfase era em gente com a dentição perfeita, especialmente mulheres. Dizia-se nos corredores que ninguém queria ver pobre na TV. Mais tarde, trabalhei com uma editora que dizia: "Índio não dá audiência". Aquilo se tornou uma lei inquestionável. Os brasileiros não querem se identificar com os indígenas: seria "atraso", ela argumentava.





A verdade é que o brasileiro é muito preconceituoso. Basta ler as críticas feitas ao Casoy, carregadas de antissemitismo, homofobia e alusões a traços físicos do jornalista. Como diz o Boris: Uma vergonha!

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