domingo, 30 de março de 2014

A águia está nos rodeando, perigo eminente no ar...


BLOG O MURAL: Muitos iram dizer que estou delirando, mas fato é, que a investida da direita na Venezuela, para desestabilização tando do poder politico como econômico é um pretexto para forçar o Brasil a tomar partido na disputa, tal como fizeram com os russos na Críméia (guardada suas peculiaridades regionais e histórica)
Pois ao forçar a nação brasileira tomar partido eles terão motivos de sobra para começara uma guerra com nosso país. Também e notorio  que as turbulências que ocorrem no pais é patrocinando com ajuda dos antigos aliados da ditadura, coloca se aí mídia e empresários. Um exemplo tipico que vem da Europa alinhado do grande irmão do norte é o racismo que está sendo feito com os jogadores brasileiro no futebol, mostrando o grau de descontentamento com nosso País.... clik no link abaixo:

:
http://www.brasil247.com/pt/247/esporte/134938/Neymar-e-Daniel-Alves-sofrem-racismo-em-jogo-na-Espanha.htm 

Pois a tempos atrás nós éramos o mais queridinhos deles, claro éramos submisso as suas vontades , hoje não somos mais queridinhos e nem submisso... 
Notem que o grau de ataques vem aumentando paulatinamente desde que o poder politico esta na mão de alguém que não faz suas vontades e nem tira o sapato para entrar em seu país, e pior, fala de igual para igual com eles....

terça-feira, 25 de março de 2014

Tudo é culpa de Maffei e do PT.

BLOG O MURAL: Acompanhando as discussões políticas na internet, rodas de conversas e na rua, tenho notado a grande quantidade de críticas ao governo.

Algumas das críticas são muito válidas e bem interessantes de serem discutidas, como os enormes custos para a construção do campo de futebol. Será que a santa casa que deixou de receber dinheiro por isso? Os pobres que perderam suas casas por causa do vento, a absurda alienação para o park temático, a exorbitante quantia usada dos nossos impostos para pagar a dívida pública, dentre várias outras coisas.
Mas também tenho visto muita confusão nas críticas. Às vezes parece que todos os problemas existentes na cidade têm como culpados unicamente o Maffei e o seu partido o PT.
Há algumas semanas li alguém que, postando uma notícia sobre a falta de professores nas escolas tanto nas series iniciais como no ensino fundamental, afirmava que a culpa do problema seria da divida deixada pelo PT.
Porém a pessoa se esqueceu (ou não sabia) de que o orçamento deste ano é todo da gestão atual, por isso eles tiveram um ano para planejar tudo que iria acontecer nas áreas mais criticada por eles, que é a saúde, mas não é que eles cotaram 1 Milhão de reais só nessa área. Os políticos dessa nova gestão esquecem que agora o orçamento total é dele, e que só depender do governo estadual não está sendo benéfico para a cidade, muito menos para seus cidadãos, mas aí a culpa dos acontecimentos ruim passa a ser do Maffei e do PT, como se tudo de ruim fosse culpa dele, e tudo de bom fosse méritos da atual gestão.
Muitos sabem que tudo que esta sendo feito é ainda projeto da antiga administração e que o responsável por isso ainda hoje estar acontecendo têm sido a insistência dos vereadores do PT que buscam no governo federal o socorro para nossa cidade, haja vista, que o Hamilton, Devanir e Ana do Carmo anunciaram emendas para este ano que totalizam mais de 600 mil para nossa cidade investir na saúde infra-estrutura e agricultura, mas mesmo assim eles ainda teimam e ficar paparicando somente um casal, que é muito importante, mas que sozinhos não darão conta da demanda de nossos cidadãos e nossa cidade.
Já esta passando da hora deles assumirem que o orçamento é deles, e mostrarem que são mais competentes que seus anteriores, pois na oposição tinham receitas fáceis, e de grande impacto na administração pública, como se administrar uma cidade fosse iguala de uma loja de móveis, ou uma fabrica de sorvete no verão.
Pode ter certeza que é muito pior e requerem muitos sacrifícios, entre eles horas de sono, família e lazer para poder fazer com que o orçamento da cidade seja correspondido com as suas perspectivas.
Somente assim teremos indo atrás de mais e mais recursos estadual e federal para o cofre público, e ai poderemos lançar mão de nossas receitas para atender demandas pleiteadas pela população. Pois enquanto ficarmos patinando nessa morosidade a espera de uma alma santa traga projeto para alavancar nosso município, estarão fadados ao fracasso.


sábado, 22 de março de 2014

Água, aquífero e o que São Paulo pode aprender com Porto Feliz

Foto: Arquivo pessoal
BLOG O MURAL: O Estado de SP como um todo tem vivido um dos verões mais quentes que se tem notícia, segundo os institutos de meteorologia. O pior não é isso: junto com o calor forte, uma forte onda de estiagem abateu-se sobre o Estado, alardeando governos e população quanto à falta de água.
Itu, por exemplo, esteve à beira do colapso. O sistema de represas Cantareira, que é responsável pelo abastecimento de água de milhões de pessoas na área metropolitana, está com apenas 15% de sua capacidade de abastecimento. 

Em Porto Feliz, a preocupação em torno do problema da água não foi diferente. Carros de som conclamavam a população a economizar água. A cada dia que passava, as pessoas iam se preocupando mais e mais.

No entanto, há um diferencial entre Porto Feliz a as causas acima citada, em Itu e Sistema cantareira-SP. Estamos falando do Aquífero Tubarão, que segundo nosso entendimento, seu funcionamento auxiliou em muito Porto Feliz no abastecimento de água nesses tempos de estiagem, beneficiando a população, e que já foi prevista lá atras pela administração anterior do Professor Cláudio Maffei(PT). Falemos, pois, desse aquífero e como a água é explorada.
Trata-se de um sistema de águas subterrâneas que passa em nossa cidade, e que permite abastecer cerca de 50% da cidade de Porto Feliz, sendo que em época de escassez, o índice pode aumentar. Estão em funcionamento 5 poços profundos no Sistema Palmital e 1 no Jardim São Marcos, totalizando uma vazão de 100 mil m3/mês (aproximadamente 170 m3/h). A profundidade dos poços varia entre 350 e 500 metros, extraindo água do Aquífero Tubarão, e todos produzem água de excelente qualidade, naturalmente fluoretada. As estações de tratamento construídas, realizam a filtragem e purificação da água bruta que é disponibilizada nos reservatórios do SAAE, já clorada para distribuição à população de Porto Feliz.
É impressionante a capacidade da criatura humana, quando esta desenvolve o intelecto e utiliza a natureza ao seu favor!” Vós Sois Deuses”, já nos disse Jesus (vide os textos dos evangelistas).
Mas vamos continuar. Esse fato, caro leitor, foi possível na “Terra das Monções” graças a ousadia e visão de futuro do poder público da época. No caso, o mérito de direito é da gestão anterior de Porto Feliz (Cláudio Maffei/PT). Nada obstante a existência do Ribeirão, a referida administração vislumbrava a necessidade da existência de um sistema alternativo e eficiente de exploração de água. E nesse caso, tudo aconteceu “a contento”: poder público e poder privado se uniram, em regime de concessão (por 20 anos, se não nos enganamos e com revertimento ao município dos investimento no final da concessão), para beneficiar as pessoas como um todo.
É, meus amigos: que nem dizem “os antigos”, “só valorizamos água quando falta”. Felizmente, isso não foi preciso ocorrer em Porto Feliz. Que a gestão municipal de Itu e o governo de SP, com o sistema Cantareira, pensem a respeito .

Por: Rafael Kerche, 
Foto: Arquivo pessoal

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quarta-feira, 19 de março de 2014

Dr. Alckmin, não fuja das suas responsabilidades: Por Fernando Brito.


joaosembraco
BLOG O MURAL: Senhor Governador Geraldo Alckmin,
O senhor manda divulgar nos jornais que tem tudo pronto para resolver o problema da falta de água em São Paulo retirando água do Rio Paraíba do Sul, que abastece 15 milhões de cariocas, fluminenses e também …paulistas, de São José dos Campos para cá, seguindo a Dutra, e que só depende da Presidenta Dilma autorizar.
Curioso, não é?
Até 15 dias atrás, estava tudo sob controle, os problemas eram “pontuais” e não havia problemas no abastecimento de água.
Agora, corre para conseguir autorização para retirar a água que vem para o Rio de Janeiro.
Não sei se o senhor está informado, mas não chove uma única bendita gota de água no Rio de Janeiro desde o Carnaval.
E aí em São Paulo chove quase todo dia, chuvas, algumas, como a de ontem, de arrastar automóveis.
Será que não tem nada de tecnicamente errado com o sistema de captação de uma cidade que está alagada nas ruas e seca nas torneiras?
É verdade que no Cantareira não chove tanto, embora chova muito mais do que aqui. Porque aqui não chove nada.
Ainda assim, não temos problema em dividir a água do Paraíba do Sul, desde que seja numa quantidade e forma em que não se descubra um santo para vestir outro.
Mas até agora seu foco era para o outro lado no mapa, no Vale do Ribeira, onde o senhor não deu conta senão agora de começar uma obra prevista há anos. Ou de acelerar o sistema São Lourenço, que também traz os mesmos 5 m³/segundo para uma área abastecida hoje pelo Baixo Cotia e pelo Cantareira, na região oeste da grande São Paulo.
Agora, o senhor muda de rumo e quer colocar a “culpa” da crise numa negativa ou demora) do Governo Federal em autorizar a retirada das águas do Paraíba do Sul ou naquele arcaico “Rio contra São Paulo” que não engana mais ninguém? Logo o senho, que resistiu por mais de duas semanas em reduzir em míseros 10% o volume de extração de água do Cantareira, mesmo depois de um relatório da Agência Nacional de Águas determinar isso, já que os pedidos verbais eram ignorados?
Mistificação, Governador, porque uma obra assim exige, além de muitas e demoradas obras, também, antes de começar, muito estudo hídrico e ambiental. E a seca está batendo nas torneiras.
Porque não obras para interligar os sistemas de abastecimento de água da cidade, onde o senhor diz que está até sobrando água: Alto Cotia, Billings, Guarapiranga…Tem ali as margens do Rodoanel para fazer a adução de água sem custo de desapropriações até o Jardim Jaraguá, já bem perto, uns 15 km, do reservatório de Paiva Castro, no Juqueri.
Tomara que o senhor não esteja procurando, de novo, fugir das suas responsabilidades.
Se tivesse tido a coragem de cortar um pouco o volume de retirada do Cantareira, de fazer um pequeno racionamento – que ia incomodar, é claro, mas não ia infernizar a vida de ninguém – meses atrás, quando todo mundo já sabia que o cantareira estava em crise, nada disso estaria dramático assim.
Mas o senhor fica dizendo que está tudo bem, que está tudo sob controle e vem, agora, na hora do desastre, querer que o Governo Federal deixe o Rio de Janeiro sem água, assim, a toque de caixa? E sabendo que uma obra destas, para ser feita direito, demora anos?
O senhor teve a mesma solidariedade quando o governo federal mudou as regras do sistema elétrico e a Cesp – bem como a Cemig e a Copel, também controlada por tucanos – se escafedeu dos leilões de energia, obrigando as distribuidoras a comprar mais caro, no varejo, a energia para as famílias, a indústria e o comércio?
Nem por isso o Governo Federal – e nós próprios, do Rio de Janeiro – vamos deixar de ser solidários a São Paulo. Até porque, pra nós, vale a boae velha regra de que não se nega água a ninguém.
Mas o senhor tem de parar de agir como um ator de quinta categoria e de dar uma de “esperto”.
Tem de assumir suas responsabilidades, falar a verdade ao povo de São Paulo e cuidar do que é, antes de tudo, sua responsabilidade.
PS. Essa história da Folha de “água federal” é uma piada. As nascentes que abastecem o Cantareira são em Minas. Federais, portanto, também. Ô provincianismo!

segunda-feira, 17 de março de 2014

A FALTA D´ÁGUA EM SÃO DEMOSTRA O DESPREPARO DO PSDB EM 20 ANOS DE PODER

BLOG O MURAL:

São Paulo: sem água em 90 dias. Mas o Estadão faz editorial sobre tarifa de luz e superavit primário

17 de março de 2014 | 09:42 Autor: Fernando Brito
jacarei
“Seca pode ocorrer em qualquer país, mas o problema se torna especialmente grave quando a chefe de um governo populista se empenha numa campanha de reeleição e insiste em disfarçar os fatos desagradáveis.”
O texto aí em cima é do furioso Estadão de hoje, em editorial.
Mas não se refere ao que está acontecendo em São Paulo, apesar de o próprio jornal publica que o comitê técnico que monitora o Sistema Cantareira estará seco até a Copa do Mundo, isto é, dentro de 90 dias.
E não pensem que o Estadão e os demais jornais, lotados de artigos, análises e protestos sobre a crise energética e, sobretudo, sobre a ação do Governo Federal de usar recursos públicos como “ponte” até que a situação hídrica do país se normalize.
Embora o “desconto” dado pelo Governador Geraldo Alckmin sobre as contas dos consumidores que economizarem água seja, mais ainda, subsídio estatal  - e que não será devolvido.
eletricasNão é apenas a predileção pelos tucanos que explica a forma diferenciada de tratar dos efeitos da crise sobre a geração elétrica e o fornecimento de água.
É que há dinheiro, e grosso, no lobby que se faz pela elevação das tarifas de energia elétrica.
De um lado, por conta dos controladores e acionistas das empresas do sistema, que são das mais lucrativas do Brasil. como você observa nesta tabela que vai ao lado.
De outro, porque esta operação toca num dos mais destacados santos do altar do capitalismo financeiro no Brasil: o superávit primário, que é o “resgate” que pagamos ao rentismo que sequestrou e sequestra, por décadas, a economia brasileira.
Um resgate que, quanto mais pagamos, mais prisioneiros ficamos.
Este blog tem enfadado, talvez, muitos de seus leitores com o acompanhamento diário da crise do sistema de abastecimento de água da Grande São Paulo.
E não o faz porque esteja, como se costuma dizer, mergulhado num “fla-flu” partidário.
Ao contrário, torce por chuvas de proporção bíblicas que amenizem a situação dramática de milhões de pessoas que sequer tem consciência da  gravidade do que está acontecendo, porque os olhos da coletividade, que são a sua imprensa, estão fechados ou distraídos para o que vem se passando.
Não é a primeira vez que se tem este tipo de cegueira seletiva.
No caso do vazamento de óleo da Chevron foi o mesmo. Como se tratava de uma empresa multinacional, tudo se resumia à divulgação de  ”press-releases” para uma imprensa amestrada, que aceitava até que o vazamento fosse uma “exsudação natural” de petróleo, coisa de que não se tem notícia desde os tempos do famoso Coronel Drake, nos primórdios da exploração exploração de petróleo, na metade do século 19.
Só que, desta vez, não há sequer a desculpa de que tudo se passava a centenas de quilômetros de nossas vistas, embora bastasse querer, como este blog o quis, e as imagens de satélite mostrariam a enormidade do acidente.
Os dados estão disponíveis, todos os dias, nas páginas da Sabesp e da Agência Nacional de Águas.
E repórteres, como Fábio Leite, do próprio Estadão, escrevam matériascomo a publicada hoje pelo jornal (cujos chefes parecem não as ler) apontando a dramaticidade da situação, embora com dados ultrapassados (a matéria foi escrita sexta-feira) ou “otimistamente distorcidos” pelos dirigentes da Sabesp.
O “sistema” não tem 15,4% de seu volume preenchido. O “sistema” tem apenas, na melhor das hipóteses, apenas 8,8% de seu núcleo com água, porque sem o reservatório Jaguari-Jacareí o Cantareira deixa de funcionar como sistema e passa a ser apenas um quinto do que é.
E ninguém sabe como o reservatório irá se comportar acima do mínimo de 5%, considerado a margem mínima de operação normal.
O sistema equivalente também não tem mais aqueles 15,4%, mas 14,7%, não apenas porque de sexta para hoje caiu 0,4% como porque, cavilosamente, a Sabesp passou a agregar 0,2% a este cálculo, considerando a lâmina d’água mínima necessária à operação da represa de Paiva Castro (ex-Juqueri), o que não era feito antes.
A Sabesp diz estar instalando bombas para “chupar” a água do fundo dos reservatórios, que seriam 400 milhões de litros. Não são, porque não se poderá aproveitar os trechos empoçados e a água abaixo do limite das bombas de sugar detritos  junto com a água.
Mas a Sabesp não fala em que pé está a colocação destas bombas, que, mesmo sendo flutuantes,  exigem obras, inclusive para levar quantidades imensas de eletricidade para um conjunto mecânico capaz de sugar 20 mil litros de água por segundo.
E nem como e quando espera que os reservatórios, esvaziados até quase o fundo, irão recuperar seu nível normal, o que levará muitos meses ou mesmo anos, se o verão de 2016 não for espetacularmente chuvoso.
Se há algo que se possa dizer do relatório que previu para a Copa o esgotamento do Cantareira é que é um cálculo otimista.
E não basta apontar a irresponsabilidade demagógica do Governo do Estado.
A autoridade final sobre a água é federal, exercida pela Agência Nacional de Águas, que não pode se manter restrita a relatórios técnicos.
O corte de 10% na captação através do Cantareira determinado por ela no início do mês é insuficiente e isso precisa ser dito à população.
Se tivesse saído de seu silêncio tímido antes, exigindo de Alckmin providências mais drásticas, a situação poderia ser menos dramática, embora dramática ainda fosse.
Não se pode ter medo diante das responsabilidades públicas que temos, sejamos jornalistas ou governantes.
E a primeira delas é não mentir à população.

A MINISTRA TEREZA CAMPELLO DESMONTA O “BOLSA PREGUIÇA”



BLOG O MURAL:  O Conversa Afiada reproduz texto de Luiz Carlos Azenha, extraído do Viomundo:

 TEREZA CAMPELLO: ESTUDOS DESMENTEM O MITO DO “BOLSA PREGUIÇA”; COMBATE À MISÉRIA VAI ALÉM DA TRANSFERÊNCIA DE RENDA



por Luiz Carlos Azenha

Três estudos incluídos num livro que faz o balanço dos dez anos do Bolsa Família desmentem o mito, espalhado por críticos do programa de transferência de renda, de que ele cria dependência e estimula a preguiça.

Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania inclui 33 artigos de 66 técnicos. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, gente qualificada e independente do governo federal.

Os estudos mencionados por ela demonstram que a taxa de ocupação dos que recebem o Bolsa Família é praticamente idêntico ao da população em geral: 75%.

Ou seja, trabalham tanto quanto os demais brasileiros.

Recentemente, o Viomundo publicou duas entrevistas de críticos à esquerda do Bolsa Família.

A professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, analisou os programas de transferência de renda da América Latina.

Segundo ela, o Bolsa Família é mudança positiva, mas insuficiente.

Dentre outras coisas, Lavinas afirmou:

Aparentemente, há coisas muito estruturais faltando. A política fiscal, por exemplo, não tem nenhum impacto distributivo. O crescimento recente foi em grande parte lastreado em cima dos preços das commodities, o que facilitou muito certo tipo de gasto, que é a questão que eu coloco no artigo que você leu (da New Left Review). Outro fator de desenvolvimento da demanda interna foi a expansão do crédito. Acesso a crédito e tudo isso não é algo que no médio e longo prazo garanta uma sociedade mais igualitária. O dinheiro no Brasil continua muito caro. A taxa média de juros para as pessoas pobres, quando pegam crédito, é de 80% ao ano, um assalto! E ainda assim as pessoas pegam. Quando você vai comprar um carro à vista ou um carro a prazo, o preço é o mesmo. É uma vergonha.

Publicamos, também, uma entrevista com um dos mais importantes especialistas em trabalho no Brasil, o professor Ricardo Antunes, da Unicamp paulista.

Antunes disse que, ao contrário do que muitos dizem, ainda não acabou o gás do lulismo e que isso se deve ao Bolsa Família, que concorda ser “necessário”.

Mas Antunes cutucou:

O Bolsa Família pra mim é uma política assistencialista. Mais e pior do que assistencial. Não toca em nenhum elemento estrutural. Seria imprescindível fazer o Bolsa Família junto com questões estruturais da questão brasileira. Uma delas é vital, a questão da propriedade da terra. Reforma urbana! O Bolsa Família acabou se tornando um projeto assistencialista que minimiza uma tragédia, não enfrenta, tem consequências nefastas porque beneficia entre aspas quem não tem trabalho incentivando o não-trabalho e fazendo com que o que deveria ser um ponto de partida para enfrentar uma questão estrutural se tornasse o grande cabo eleitoral do PT. Ele não elimina a miséria! Não paga o custo dos cachorros das nossas classes médias, da classe dominante. Como ele é insuficiente e não resolve, o PT quer eternizá-lo. Tendo sempre o Bolsa Família a população olha o PT e diz “é ruim, mas nos dá o Bolsa Família”; olha o tucanato e diz “é insensível e vai acabar com o Bolsa Família”.


Por conta disso, abrimos espaço para que a ministra Tereza Campello polemizasse.

Segundo a titular do MDS, além de desmontar a tese do Bolsa Preguiça os estudos demonstraram também que não é verdade que quem recebe o Bolsa Família procura a informalidade. Na verdade, sustenta a ministra, as pessoas ficam na informalidade por causo do despreparo para ingressar no mercado de trabalho formal.

Campello disse que só há duas explicações para o fato de pessoas bem informadas repetirem as acusações desmontadas pelos estudos: motivos ideológicos dos que fazem oposição ao governo e “preconceito [contra os pobres], infelizmente”.

Na entrevista ao Viomundo [íntegra gravada, abaixo], Campello disse que nunca, nem no governo Lula, nem no governo Dilma, se afirmou que o Bolsa Família era a panaceia para todos os males do Brasil.

Porém, é o que tem impacto de forma mais rápida na qualidade de vida dos pobres. A partir dele, criou-se um cadastro único que permite o desenvolvimento de outros programas. Tereza Campello diz que há “dezenas” de iniciativas acopladas ao Bolsa Família.

Por exemplo, há alguns dias o governo Dilma cumpriu a meta de matricular um milhão de pessoas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece cursos profissionalizantes de 400 horas que preparam de pedreiros a cuidadores de idosos. Ao todo, são ofertados 530 cursos.

Além disso, no atual governo foram construídas 500 mil cisternas, garantindo acesso à água de milhares de pessoas — dentre as quais há muitas cadastradas no Bolsa Família.

Segundo a ministra, o Brasil se tornou referência mundial.

Na semana passada, 40 técnicos de países africanos estavam no país para conhecer detalhes sobre o Bolsa Família. Nesta semana, o Banco Mundial promove no Brasil um seminário Sul-Sul sobre “seguridade social” com representantes de 50 países.

“Uma das coisas que eles falaram é isso, que o Brasil hoje não é mais um laboratório de políticas sociais, o Brasil é hoje uma universidade. Quem quiser aprender sobre políticas sociais tem que vir ao Brasil e aprender com a gente”, afirmou a ministra, que ouviu isso em Washington, quando esteve no Banco Mundial para comemorar os 10 anos do Bolsa Família.

Esta semana será inaugurada uma plataforma digital que tem o objetivo de ser espaço de troca de informações sobre programas de transferência de renda, World Without Poverty, parceria do MDS com Ipea, PNUD e Banco Mundial.

Aqui abro parênteses para dar testemunho pessoal sobre aspectos pouco considerados do Bolsa Família e de outras mudanças relativamente recentes no Brasil.

Em Cabrobó, Pernambuco, vi com meus próprios olhos a dinamização da economia local, que tem impacto especialmente no comércio. Por conta do Bolsa Família e de investimentos federais na região, dispararam as vendas de celulares e produtos de consumo da linha branca. Chegaram agências bancárias. A feira local se ampliou. Novos empregos foram criados.

O segundo aspecto, provavelmente relacionado ao aumento do poder de compra do salário mínimo, é mais difícil de mensurar. Nas minhas viagens pelo interior do Piauí e do Maranhão, vi muita gente que havia trocado a bicicleta e o jegue pela moto e se aventurava, tarde na vida, a conhecer a região. Uma guia que me atendeu em São Raimundo Nonato, no Piauí, tinha mais de 40 anos e pela primeira vez saia da cidade para viajar. Essa mobilidade geográfica simultânea de milhões de pessoas certamente tem impacto social e econômico ainda pouco avaliado.

Voltando à ministra, também perguntei a Tereza Campello sobre uma crítica consistente da direita, que fala sempre na necessidade de ampliar a “porta de saída” do Bolsa Família.

Clique abaixo para ouvir a resposta e toda a argumentação da ministra:




segunda-feira, 10 de março de 2014

Vacinação contra o HPV começa hoje em todo o país


Vacina
VacinaArquivo/Agência Brasil
BLOG O MURAL:  Meninas de 11 a 13 anos começam a ser imunizadas hoje (10) contra o papiloma vírus humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero. A orientação do Ministério da Saúde é que a primeira dose seja oferecida nas escolas (públicas e particulares), mas a vacinação também poderá ser feita em postos de saúde de todo o país.
A meta do governo é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas. A vacina distribuída na rede pública previne contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo.

Em 2015, a vacina contra o HPV será oferecida para meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, para as de 9 anos.Para se imunizar é preciso apresentar o cartão de vacinação ou um documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar o esquema de proteção, sendo a segunda aplicada depois de seis meses, e a última, cinco anos após a primeira.
O câncer de colo de útero tem a terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do câncer de cólon e reto.
 
Confira o esquema de vacinação adotado em todo o país:

sábado, 8 de março de 2014

Dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher

8 de Março - Dia Internacional da Mulher 
Parabéns a todas as mulheres pela força, dedicação, conquistas e presença fundamental em nossas vidas. Mulher mãe, esposa, filha, profissional, parceira e cidadã. Muito já foi conquistado, mas a sua valorização é ainda uma tarefa contínua!

Conheça um pouco mais da história deste 8 de março:

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
 
Conquistas das Mulheres Brasileiras 
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 
- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.




BLOG O MURAL: 
Parabéns a todas as mulheres pela força, dedicação, conquistas e presença fundamental em nossas vidas. Mulher mãe, esposa, filha, profissional, parceira e cidadã. Muito já foi conquistado, mas a sua valorização é ainda uma tarefa contínua!

Conheça um pouco mais da história deste 8 de março:

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras 
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 
- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Um grande trabalho sobre a mídia no Brasil, feito pelo IBGE

BLOG O MURAL:

A pesquisa da Secom e a irrelevância da mídia impressa

publicado em 7 de março de 2014 às 18:37

Um retrato da mídia no Brasil
Por Luciano Martins Costa em 07/03/2014 na edição 788
no Observatório da Imprensa
Pesquisa divulgada na sexta-feira (7/3) pelo ministro-chefe da Secretaria da Comunicação Social, Thomas Traumann, apresenta um relato inédito dos hábitos de consumo de mídia por parte dos brasileiros. Trata-se do primeiro levantamento efetivamente nacional sobre o uso dos meios de comunicação, com amostras representativas dos 26 estados e do Distrito Federal, que deverá ser repetido anualmente.
A metodologia tende a dar mais visibilidade aos meios de longo alcance, como a televisão e a internet. Essa é uma grande qualidade do estudo, uma vez que os levantamentos feitos por instituições privadas que representam as próprias empresas de comunicação cobrem apenas os grandes centros e o alcance da mídia mais concentrada. A realidade nacional é diferente daquela que se vê a partir de São Paulo, Rio ou Brasília.
O resultado mostra que assistir televisão é hábito de 97% dos brasileiros de todas as idades, gêneros, nível de renda, escolaridade ou localização geográfica. O rádio ainda tem grande penetração, citado por 61% dos entrevistados, e, tratando-se de uma pesquisa nacional, que inclui os lugares mais remotos do país, surpreende que 47% dos consultados tenham declarado o hábito de acessar a internet.
A leitura de jornais diariamente é hábito de apenas 6% das pessoas (25% dizem ler um jornal por semana) e 7% costumam ler revistas semanais.
Há algumas curiosidades interessantes nos gráficos, como o tempo dedicado por homens e mulheres à televisão, nos dias úteis e nos finais de semana, e a diferença de uso em cidades pequenas e nas regiões urbanas com mais de 500 mil habitantes: em média, a TV fica ligada mais de 3 horas por dia. Durante a semana, predominam os programas jornalísticos ou de notícias, com 80% de citações entre três respostas por ordem de lembrança, seguidos pelas telenovelas, com 48%. Aos sábados e domingos, a preferência muda para programas de auditório, com 79% das preferências; jornalismo passa a 35% e programas de esporte aparecem com 27% das escolhas.
Jornais semanários
O rádio também apresenta um perfil de alta intensidade, com o aparelho ligado cerca de 3 horas por dia, durante toda a semana. Há uma concentração maior de ouvintes na região Sul, enquanto no Centro-Oeste e na região Norte, por exemplo, mais de 50% afirmam nunca ouvir o rádio. Trata-se, também de um meio preferido pelas mulheres, tanto em frequência quanto em intensidade, com uma audiência mais relevante entre os maiores de 65 anos.
A internet aparece como o meio de comunicação que mais cresce entre os brasileiros. Um quarto da população já acessa a rede diariamente: de segunda a sexta-feira, com uma intensidade média de 3h39 minutos, e durante 3h49 nos finais de semana. Os usuários estão concentrados na faixa etária de até 25 anos, com 77% do total de entrevistados e predominância entre moradores das grandes cidades e pessoas com renda mais alta e maior escolaridade. A maioria dos usuários (84%) acessa a internet pelo computador, mas 40% também usam o celular para entrar na rede.
Um aspecto fundamental para o estudo do uso da mídia pode ser observado nos dados referentes ao tempo dedicado a redes sociais, principalmente o Facebook: 68,5% dizem utilizar preferencialmente os sites de relacionamento de segunda a sexta e 70,8% nos finais de semana. Entre os sites noticiosos nacionais, os mais acessados são os portais do grupo Globo, Globo.com e G1.com, seguidos pelo UOL e R7.com.
Sobre a leitura de jornais, a pesquisa não apenas confirma que se trata de um meio pouco usado pelos brasileiros, mas também que, na prática, os diários se transformam em semanários: enquanto 75% afirmaram nunca ler jornais, 6% declaram o hábito de leitura diária e 25% costumam ler jornal uma vez por semana. A primeira escolha dos leitores é por notícias locais (33% das citações), seguida por esportes (25%), notícias policiais (16%) e fofocas sobre novelas e celebridades (16%). Os títulos mais citados são os chamados populares e de baixo custo.
Interessante notar também que 19% dos entrevistados afirmam confiar sempre nas notícias de jornais impressos, enquanto 34% confiam “muitas vezes”, 39% confiam “poucas vezes” e 6% “nunca confiam”.
Dos três jornais considerados de circulação nacional, O Globo é lembrado por apenas 3,8% dos consultados, a Folha de S. Paulo é citada por 2,1% e O Estado de S. Paulo, por 1,3% dos entrevistados.

Acima, a chamada do Estadão, que evidentemente não conta que pouquíssima gente lê jornal no Brasil (6% diariamente).
http://www.slideshare.net/fullscreen/lcazenha/pesquisa-brasileira-de-midia-2014/1

segunda-feira, 3 de março de 2014

Campings da região recebem 15 mil pessoas

BLOG O MURALMovimentação financeira deve superar R$ 3 milhões em três municípios - Itu, Cabreúva e Porto Feliz

Marcelo Roma
marcelo.roma@jcruzeiro.com.br 


O Carnaval é um dos feriados em que os campings da região, principalmente em Itu e municípios vizinhos, lotam. São opções para quem quer descansar e aproveitar a infraestrutura de lazer, como piscinas, tobogãs, quiosques com churrasqueira, lagos para pesca, entre outras atividades. Os campings da região se desenvolveram e não contam apenas com áreas para barracas. Há chalés com acomodações para casais, famílias ou grupos de amigos e também a permanência de um dia, o chamado "day use". 

Itu, Cabreúva e Porto Feliz concentram a maior quantidade de campings na região. Alguns podem ser considerados mini resorts e têm bom conjunto de atrativos, segundo o diretor de turismo, da Secretaria Municipal de Turismo, Lazer e Eventos de Itu, Benedito Ramos da Silva. Nos feriados, apenas um camping pode receber mais de mil pessoas, somando os que estão acampados, os hospedados em chalés e os visitantes que passam o dia. Conforme Benedito, atualmente há 13 campings em Itu. 

Na sexta-feira, a informação extra oficial era de que todos os campings do município já tinham os limites para hospedagem nos chalés ou outras acomodações esgotados. A maioria deles tem sites na internet e fazem o agendamento com antecedência, fechando pacotes para os dias de Carnaval. 

O presidente da Associação Paulista de Campismo e proprietário do camping Carrion, em Itu, Lino Carrion Manteiga, acredita que o gasto diário médio de uma pessoa durante o Carnaval, nos campings, é de R$ 200. Segundo ele, o maior camping da região fica em Cabreúva e comporta até 5 mil pessoas em um dia. Somando todos, de Itu, Cabreúva e Porto Feliz, Carrion considera um volume diário de 15 mil pessoas neste Carnaval, o que daria um movimento na economia regional de mais de R$ 3 milhões, somente nos três municípios. 

Essa estimativa não considera os gastos em outros estabelecimentos das cidades, como restaurantes, lanchonetes, supermercados e postos de combustível. Para o diretor de turismo, o Carnaval é uma das épocas em que Itu recebe maior número de visitantes. A Prefeitura investe em atrativos para o turista, segundo Silva. Além dos atrativos da cidade, como as igrejas, museus, os objetos "gigantes" vendidos em lojas da região central, há desfiles de escolas e blocos todas as noites do Carnaval, na avenida Galileu Bicudo. 

O diretor de turismo acredita que a maioria das pessoas que escolhem os campings de Itu para passar o Carnaval, cerca de 80%, é da Grande São Paulo. Há facilidade pelo fato de o município ficar perto da capital, com bom acesso pela rodovia Castelo Branco (SP-280) e não se perder muito tempo na viagem. O restante vêm de cidades da região mesmo ou de mais longe. De acordo com o diretor de turismo, os campings têm investido em novas atividades, para diversificar as atividades recreativas e de lazer, como arborismo, simulação de escalada e monitores para crianças, serviços semelhantes aos que existem em resorts e hotéis fazenda. 

De acordo com Lino Carrion, nos últimos anos os campings ampliaram a infraestrutura, não restrigindo ao espaço e instalações para acampamento, embora muitas pessoas prefiram montar suas barracas, por ficar mais próximo à natureza. Em seu camping, há 90 chalés e no camping Cabreúva, que é o maior da região, há 350. 

Carrion considera o Carnaval como um dos principais feriados e que normalmente lotam os campings de Itu e cidades vizinhas. A passagem do ano é outra época de grande movimento e todo o mês de janeiro, por causa das férias. A concentração de campings em Itu começou na década de 70, conta ele. Por influência da cultura norte-americana, apareceram os primeiros traillers e houve incentivo para o convívio mais próximo da natureza, com o campismo. 

Os primeiros recantos de férias, em Itu, foram beneficiados pelo relevo relativamente plano, existência de lagos e pela proximidade com a Grande São Paulo. Na década de 70 também melhoraram as condições de trabalho e remuneração, principalmente na indústria, diversificando os hábitos de lazer nos períodos de férias.

Segundo Carrion, os proprietários de campings pretendem criar alternativas de hospedagem para a Copa do Mundo. Duas seleções, da Rússia e Japão, ficarão concentradas em Itu, e ele acredita que os hotéis poderão não ser suficientes. "Ainda não sabemos se virá um grande número de turistas, mas considerando o número total de chalés, em torno de 700, haverá cerca de 1.500 leitos disponíveis." 

Pousadas 

Ibiúna, Piedade, São Roque e Tapiraí são alguns municípios da região que também recebem turistas para o Carnaval. As pousadas são a principal infraestrutura de hospedagem para lazer e descanso e costumam se situar nas áreas rurais, próximas a áreas verdes. 

A diretora do Departamento de Turismo de Piedade, Liyouca Sakaguchi, estima entre 5 mil e 10 mil pessoas o aumento da população do município nos dias do Carnaval. Piedade tem 45 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE para 2013. Há cinco pousadas registradas na Prefeitura. Liyouca lembra que também há locação de chácaras e sítios neste período. 

Os principais atrativos de Piedade são as trilhas ecológicas, o ciclismo mountain bike e o turismo rural. O Parque Estadual do Jurupará tem preferência dos turistas para visitação, diz Liyouca. Ela lembra que aos finais de semana, de 15 de março a 21 de abril, será realizada a colheita do caqui, com o tradicional colha e pague, em que as pessoas podem conhecer como se produz e experimentar a fruta no campo.