Nessa última semana apareceram dezenas, talvez centenas de pessoas, muitas delas com ótimos textos, dando as mais variadas interpretações e descrevendo as mais variadas situações sobre os protestos nas ruas de São Paulo, especialmente.
Nunca tinha visto tanta atividade no Facebook, no Twitter, nos blogs, nas chamadas redes sociais.
Todo mundo virou analista político, cientista social, todos, num passe de mágica, se transformaram em repórteres, numa tentativa desesperada de mostrar o despertar das massas, o retumbante clamor das ruas, a explosão de uma revolta que estava latente em cada cidadão brasileiro.
Impressionante.
Os R$ 0,20 a mais da tarifa de ônibus (metrô e trens urbanos ficaram mais ou menos esquecidos) viraram um tsunami contestatório, o leitmotiv para que o povo brasileiro bradasse, em uníssono, que tudo neste país está errado, que nada presta, que a solução é sair às ruas e enfrentar com uma flor na mão ou vinagre no lenço uma polícia truculenta, bestial - o dejeto mais visível da ditadura militar.
Impressionante.
Na minha completa mediocridade, na minha mais absoluta insignificância, confesso que estou estarrecido, sem entender praticamente nada do que está acontecendo.
É bom cobrar os governantes mais transparência, mais competência, mais sensibilidade social?
Claro que sim.
E qual é o meio mais eficaz para que eles entendam que as demandas da população são imensamente maiores do que as soluções que eles oferecem?
Passeatas, abaixo-assinados, quebra-quebras, e-mails, ativismo partidário, tuítes, o Facebook, reclamar com o bispo?
É aí que me pego imerso em incomensuráveis indagações, em profundíssimas dúvidas.
Ou melhor: não tenho a menor ideia.
Sei apenas que não gostaria de ver todos os avanços que foram conquistados pelo Brasil nos últimos anos em vários setores - inclusão social, emprego, moradia, educação, saúde - se perderem.
Sinceramente, me dá uma tristeza profunda ver que muitas pessoas ainda não entenderam que o processo democrático é lento, que a prosperidade de uma nação - e seu povo, principalmente - não se faz de uma hora para outra, e sim é resultado de décadas de aplicação de políticas estratégicas, com direção e objetivos bem definidos, com tenacidade e muito, mas muito esforço.
Nenhum dos países ricos do mundo chegou onde está por acaso.
Todos tiveram de trabalhar duro para atingir o status econômico-social que permitiu, a vários deles, a excelência em áreas prioritárias ao ser humano.
Não há nada mais que eu deseje do que ver o Brasil - esta terra onde nasci, onde vivo e onde morrerei -, como um verdadeiro lar para seus milhões de filhos, um lar onde todos possam levar uma existência digna e onde nada, absolutamente nada, falte para que a felicidade não seja só um sonho impossível.
Espero sinceramente que toda essa energia gasta por tantas pessoas nesses últimos dias resulte em algo bom, em algo sólido, em algo construtivo, e não seja apenas o combustível que vai atiçar ainda mais os focos de incêndio, ainda pequenos, que ameaçam esta nova jovem democracia
Nunca tinha visto tanta atividade no Facebook, no Twitter, nos blogs, nas chamadas redes sociais.
Todo mundo virou analista político, cientista social, todos, num passe de mágica, se transformaram em repórteres, numa tentativa desesperada de mostrar o despertar das massas, o retumbante clamor das ruas, a explosão de uma revolta que estava latente em cada cidadão brasileiro.
Impressionante.
Os R$ 0,20 a mais da tarifa de ônibus (metrô e trens urbanos ficaram mais ou menos esquecidos) viraram um tsunami contestatório, o leitmotiv para que o povo brasileiro bradasse, em uníssono, que tudo neste país está errado, que nada presta, que a solução é sair às ruas e enfrentar com uma flor na mão ou vinagre no lenço uma polícia truculenta, bestial - o dejeto mais visível da ditadura militar.
Impressionante.
Na minha completa mediocridade, na minha mais absoluta insignificância, confesso que estou estarrecido, sem entender praticamente nada do que está acontecendo.
É bom cobrar os governantes mais transparência, mais competência, mais sensibilidade social?
Claro que sim.
E qual é o meio mais eficaz para que eles entendam que as demandas da população são imensamente maiores do que as soluções que eles oferecem?
Passeatas, abaixo-assinados, quebra-quebras, e-mails, ativismo partidário, tuítes, o Facebook, reclamar com o bispo?
É aí que me pego imerso em incomensuráveis indagações, em profundíssimas dúvidas.
Ou melhor: não tenho a menor ideia.
Sei apenas que não gostaria de ver todos os avanços que foram conquistados pelo Brasil nos últimos anos em vários setores - inclusão social, emprego, moradia, educação, saúde - se perderem.
Sinceramente, me dá uma tristeza profunda ver que muitas pessoas ainda não entenderam que o processo democrático é lento, que a prosperidade de uma nação - e seu povo, principalmente - não se faz de uma hora para outra, e sim é resultado de décadas de aplicação de políticas estratégicas, com direção e objetivos bem definidos, com tenacidade e muito, mas muito esforço.
Nenhum dos países ricos do mundo chegou onde está por acaso.
Todos tiveram de trabalhar duro para atingir o status econômico-social que permitiu, a vários deles, a excelência em áreas prioritárias ao ser humano.
Não há nada mais que eu deseje do que ver o Brasil - esta terra onde nasci, onde vivo e onde morrerei -, como um verdadeiro lar para seus milhões de filhos, um lar onde todos possam levar uma existência digna e onde nada, absolutamente nada, falte para que a felicidade não seja só um sonho impossível.
Espero sinceramente que toda essa energia gasta por tantas pessoas nesses últimos dias resulte em algo bom, em algo sólido, em algo construtivo, e não seja apenas o combustível que vai atiçar ainda mais os focos de incêndio, ainda pequenos, que ameaçam esta nova jovem democracia
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