domingo, 4 de outubro de 2015

Será que criticar sem apontar a saída, é a saída?

BLOG O MURAL: Querido Elineu, permita-me discordar de você na questão ‘todos partido são iguais’, e diga-se, respeito-o como colunista, mas discordo das suas criticas aos partidos e aos políticos, e como militante assíduo da política partidária bem como politico, não poderia me calar, ao ver você se manifestar ao meu ver de forma erronia.

Os comentários em sua coluna não está de todo errado, mas eles caem em uma vala comum da critica contundente ao sistema que é confundido com caráter das pessoas. Pois vejamos; se os partidos políticos de fato, são ruins para o país, como faz parecer seu texto, ainda que com alguma razão, falta ao texto à saída para essa crise. O que colocaria no lugar? Partido da analise que, se critico, é porque conheço um melhor caminho onde poderemos seguir.  Se de fato, os políticos que preenche os quadros partidários são mesmo tão ruim, moral e eticamente falando, cabe à pergunta: Onde estão os homens de bens da nossa sociedade?  Ou até mesmo essas: Mas de onde vieram nossos políticos? Quem foi que votou neles? E por que votaram neles?

Criticar a política é de fato, um dos mais concorridos temas das nossas mídias brasileiras, e pelo visto, as cidades pequenas são os reflexos desta grande mídia, afinal todos nós lemos, assistimos e ouvimos os grandes veículos de comunicação que se especializaram em desmoralizar o sistema político do país, e alguns partidos, eles querem mesmo é a sua extinção, afinal a política sem polêmicas é a arma das elites.  É só recordamos dos anos dourados da ditadura e parte do período da redemocratização, onde existiam políticos e partidos, mas todos dependiam exclusivamente dos veículos de comunicação, e quem ousou discordar, acabou morto, ou na irrelevância quase anã da política, vejamos o exemplo de Brisola, o único a enfrentar a globo na época.

Não discordo de que o sistema político brasileiro tenha que passar por uma reforma profunda, é inegável, seja pelo excesso de partidos que culmina em partidos de aluguel, seja pelo excesso de pessoalíssimo que os partidos (aí não todos é claro) caíram, e que acabam gerando os caciques partidários. O que inviabiliza uma discussão de projeto de governo e passa para o projeto de poder do cacique, e a melhoria para o povo que vai governar fica em terceiro ou quarto lugar.

Mas não nos iludamos, o que é publicado ainda não é o pior, o pior é o que eles "NÃO" publicam, e que é, a chave do negocio, pois o que os grandes veículos de comunicação querem é fazer política (partidária, econômica e social) só que sozinhos, sem a concorrência dos que discordam da maneira que eles "NÃO" publicam a notícia. Digo, “NÃO” justamente porque o que “NÃO” é publicado, divulgado e falado que valem mais para os donos dos meios de comunicação. É com essas “NÃO” publicação que eles negociam com políticos que estão no poder, temporário ou não, para se beneficiar das regalias, fazer conchavos a amigos e anunciantes, sobretudo para perpetuarem suas influencia no poder central, seja em uma cidade, estado ou no país.

Por isso não podemos jamais cair no canto da seria da grande mídia, pois eles querem monopolizar as informações e permanecerem permanentemente com as cartas mandatária do jogo politico do país.

Podemos destacar neste jogo que, quando a mídia tem amigos no poder, isso torna o jogo para eles mais fácil, mas quando permanece no poder o seu rival histórico, que de certa forma também comem em suas mãos, mas que eles não têm total controle, sobretudo, porque com o tempo vão perdendo espaços e cartas mandatárias, eles entram em pânico e começa a luta desesperado para retomar o controle do jogo. E essa luta vale tudo, passa ser o jogo da vida deles. Eles jogam isso neste momento.

O fato é que eles querem políticos, partidos e judiciários que aceite a suas regras no poder econômico, social e político, e fique refém de suas “NÃO” publicações. Mas isso vem sendo quebrado pela internet e pelos novos modelos de jornalismo independente. Portanto, repetir como papagaio o que diz a grande mídia não ajuda o país, pois reforça a ideia conservadoras de que um país sem a plena democracia seria o melhores do mundo para nós.  Sabemos muito bem o que isso significa para nossas vidas, e, por isso, não devemos alimentar esse modo de pensar, seja dos políticos, dos partidos, da direita ou da esquerda. Temos é que aprimorar o nosso sistema, apontar saídas, soluções, e fortalecer a nossa democracia é uma desta saídas que pouco é falada e difundida. Pois sem perceber, ao repercutir o que querem os grandes veículos de comunicações estamos amaldiçoando nossa democracia, indo ao encontro dos que os meios de comunicações, que representam o que há de mais conservador e retrogrado em nosso país, querem.  

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