quarta-feira, 30 de março de 2011

A greve dos juízes e o exemplo de Rogério Ceni


BLOG O MURAL: Transcrevo aqui o post de Ricado Kotscho do blog balaio Kotscho, vejam que refrecção ele faz do pedido de almento dos juizes e do maior goleiro da história do São Paulo futebol clube.


“Dá para falar algo sobre esta greve escandalosa, Kotscho?”, pergunta o leitor Fabio de Oliveira Ribeiro em mensagem ao Balaio enviada às 10h20 desta terça-feira.

Falar o quê, caro leitor, diante da ameaça das excelências de parar o Judiciário, se não lhes for concedido um aumento de 14,79%, o que elevaria o atual salário dos ministros do STF de R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil (base da remuneração dos juízes que é escalonada a partir deste teto) num país onde o salário mínimo foi recentemente reajustado para R$ 545,00?

Na verdade, desde ontem eu estava querendo escrever sobre os 100 gols de Rogério Ceni, um sujeito que, na contra-mão do oba-oba e do vale tudo no Brasil do BBB e da marquetagem, prova aos mais jovens que ainda vale a pena ser honesto, trabalhar muito para alcançar seus objetivos e vestir de verdade a camisa de quem lhe paga o salário.

São dois exemplos oferecidos em extremos opostos da grande geléia nacional _ o da inacreditável greve dos juízes e o da dedicação fora do comum do goleiro são-paulino ao seu oficio.

E o que tem uma coisa a ver com outra?, poderão perguntar os leitores que já perderam as esperanças de viver num país mais justo e mais decente sem ter que sair do Brasil.

Pois tem tudo a ver. Sou dos que ainda acreditam na educação pelo exemplo daquilo que se pode e daquilo que não se deve fazer na vida. Goleiro não precisa ser artilheiro, pode tomar seus frangos, mas juíz tem a obrigação de dar o exemplo pela posição que ocupa e pela instituição que representa.

Seria mais lógico esperar que o bom exemplo viesse dos nobres membros do Judiciário, um dos três pilares da República, que deram um ultimato ao Congresso Nacional: até o dia 27 de abril, ou sai o aumento ou eles cruzam os braços.

Como vivemos no Brasil, o bom exemplo vem do futebol, de um atleta que certamente ganha várias vezes mais do que os juízes que ameaçam entrar em greve. Claro que não dá para comparar o salário mínimo de um operário, com os proventos de um juiz e a fortuna paga a um jogador de futebol consagrado.

Não me refiro neste caso a valores financeiros, mas a valores morais. Rogério Ceni é sempre o primeiro a entrar em campo para os treinamentos do São Paulo e o último a sair, não faz média com a mídia, não joga a torcida contra a diretoria, assume suas falhas, que não foram poucas, estimula os mais jovens, nunca ameaçou deixar de jogar para receber aumento salarial.

Por isso mesmo, foi poucas vezes chamado para a seleção brasileira e não é considerado um campeão de simpatia pelos colegas de imprensa. Tem opiniões próprias, costuma brigar por elas, o que o leva faz muitos anos a ser respeitado e idolatrado pelos torcedores.

De acordo com o relato de Mariângela Gallucci, do Estadão, não é a primeira vez que a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) recorre ao Supremo Tribunal Federal para conseguir um aumento. O mesmo aconteceu em 2000, quando o STF concedeu auxílio-moradia aos juízes, o que, na prática, representou aumento de salário e evitou a greve.

Agora, a Ajufe defende que o próprio Supremo conceda o aumento “diante da omissão do Congresso”. A briga promete ser boa e longa. O projeto de reajuste salarial do Judiciário ainda nem está na pauta do Congresso.

Chova ou faça sol, Rogério Ceni mais uma vez estará em campo nos próximos dias com a camisa tricolor _ contra o Santa Cruz, amanhã, no Recife, e o Mirassol, domingo, em Barueri.

Viva o cidadão Rogério Ceni! Que os jovens servidores do Judiciário se mirem neste exemplo

segunda-feira, 28 de março de 2011

Porto Feliz recebe uma creche do Governo Federal


BLOG O MURAL: A Presidenta Dilma Ruseff(PT) cumpre sua promessa eleitoral de campanha, e determina que o Governo Federal libere R$ 800 milhões de reais para construção de 718 creches em 24 estados brasileiros.

No Estado de São Paulo, 68 cidades foram atendidas. Na região de Sorocaba varias cidades foram contemplada nesta primeira fase, além da própria Sorocaba(PSDB) com 5 creches atendeu também, Cerquilho, será construída uma creche; em Itapetininga (?), serão duas; em Itu (PV), quatro creches; em Porto Feliz(PT), uma creche; em Tatuí (PSDB), três creches; e, em Votorantim (PT), duas creches.

O Governo Municipal do Prefeito Cláudio Maffei(PT) comemorou a liberação de uma creche para Porto Feliz, o Governo já triplicou as vagas de creche na cidade, pois quando chegamos esse numero era de 400 criança em creche e agora beira as 900 criança e a demanda não para de crescer, graças ao FUNDEB o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profíssionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica, da creche ao ensino fundamental, e essa creche veio para aumentar ainda mais estes números


Esta mudança no FUNDEB só foi possível porque a frente do Governo Federal estava Lula(PT) e a deputada Federal Iara Bernardi(PT) uma das mais conceituadas professoras e especialista em politicas públicas deste país, que foi a relatora do projeto na Câmara Federal. O Governo informou que a creche será construída na Vila Manduquinha, próxima ao campo do Bonsucesso, e atenderá moradores daquela região. Os valores não foram divulgados.


Vale ressaltar que antigamente era o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), e não abrigava a creche, pois no governo anterior creche era tratado com social ou seja "coisa de pobre", mas agora não é direito de todos.


Falando em creche quero aqui parabenizar o Prefeito Maffei pela decisão de reformar a creche do Chapeuzinho Vermelho, era uma creche adaptada em uma casa antiga e que muitos governos que passaram na administração da cidade nada fizeram pra melhorar essa situação, a não ser pintar e cortar grama, já o Prefeito Maffei sensibilizado pela educação do nosso povo não poderia terminar seu segundo mandato sem fazer essa reforma que inclusive esta no plano de governo.


Haja vista, que o primeiro mandato foi feito 90% do que previa nosso plano de governo, e segundo Aguinaldo Leite o governo já está beirando o 70% do plano neste segundo mandato.

domingo, 27 de março de 2011

De um mico-leão-dourado: ‘Salvem antes a Marina!!!’


BLOG O MURAL: Ela achava que o PV erá o PT melhorado, se enganou, pois a pratica da democracia é algo em extinção dentro de alguns partidos e em outros nunca existiu, e poucos partidos estão dispoto a mantela em alta.


Veja o que diz Josias em seu Blog


meio ambiente do PV tornou-se irrespirável para Marina ’20 Milhões de Votos’ Silva. Ela migrou para a legenda depois de concluir que do mato do PT não sairia mais coelho. Súbito, se dá conta de que também do PV só sai cobra, Zequinha Sarney, hiena, Zé Penna, lagarto...

Não ignorava que nem tudo seriam flores na “nova” agremiação. Mas não contava que houvesse predadores de tocaia.

Rei da selva do PV desde 1999, José Luiz Penna acaba de obter a prorrogação de seu reinado por mais um ano.

"Se alguém tivesse me dito, eu não teria entrado", diz Marina. "O que foi dito é que havia problemas, mas que estava em curso um processo de mudança".

Depois de sobreviver à infância pobre, à febre amarela e ao preconceito, Marina tornou-se um ser em extinção.

Prometeram-lhe a “modernização” do PV. E ela acreditou. Tornou-se o último exemplar da fauna a dar crédito a promessa de político, (oportunista).

A burocracia do PV condenou-a a repetir a sina de Prometeu: 300 anos acorrentada, com um abutre a bicar-lhe o fígado.

Diante do drama, já tem mico-leão-dourado gritando na floresta: “Salvem antes a Marina Silva!!!”.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Hamilton Pereira ≈ Região Metropolitana é aprovada em última Com


Hamilton Pereira ≈ Região Metropolitana é aprovada em última Com

BLOG O MURAL: Porto Feliz agradece ao Deputado Hamilton por essa batalha que com certeza será uma vitória.


Recebeu parecer favorável na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa de São Paulo, o Projeto de Lei Complementar (PLC) № 33/05, que cria a Região Metropolitana de Sorocaba. A iniciativa, já aprovada nas Comissões de Constituição e Justiça, de Assuntos Municipais e de Assuntos Metropolitanos, fica pronta para ser pautada para discussão em Plenário pelos deputados estaduais.


O assunto voltou a ser discutido durante o Simpósio "Planejamento Regional Integrado", promovido pela Prefeitura de Sorocaba em parceria com a Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), na tarde da última terça-feira (22/3).


O deputado estadual Hamilton Pereira (PT), autor do Projeto que cria a Região Metropolitana, participou do Simpósio e elogiou a mobilização de 22 municípios em torno do debate sobre desenvolvimento regional. "Está mais do que claro que sem articulação regional torna-se praticamente impossível solucionar de maneira definitiva problemas que são comuns a municípios próximos", observa Hamilton. "Vide a questão do lixo em Sorocaba, por exemplo, que tem obrigado o município a gastar milhões de reais para enviar o material para Iperó", completou.


O deputado já solicitou junto à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Metropolitano estudo realizado pela Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S. A.) e Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) sobre os municípios paulistas que apresentam características para a metropolização.


"O que estamos vivendo é um momento de convergência política", salienta Hamilton Pereira. "O Governo do Estado já se conscientizou sobre a necessidade da organização regional do desenvolvimento, nossos prefeitos se articulam nesse sentido e nosso Projeto avança na Assembleia Legislativa", completa.


Região Metropolitana


As características exigidas para a composição de Região Metropolitana são elevada densidade demográfica; significativa conurbação; funções urbanas e regionais com alto grau de diversidade; especialização e integração sócio-econômica.


O PLC nº 33/05 determina Sorocaba como o município sede da Região Metropolitana, que por critérios geográficos abrangerá também os municípios de Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do Alto, Ibiúna, Iperó, Itu, Mairinque, Piedade, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Roque e Votorantim.


Hamilton Pereira já esteve nas Prefeituras e Câmaras Municipais dos 16 municípios envolvidos no PLC e todos foram favoráveis à criação da Região Metropolitana.

Fonte: Assessoria de Imprensa

terça-feira, 22 de março de 2011

As desistências dos professores de SP


BLOG O MURAL: Detalhe: embora as razões para a desistência sejam expressivas, para analisar a relevância da matéria é preciso avaliar o percentual de desistência em relação ao total de concursados.



Por dia, dois docentes recém-concursados abandonam escolas em São Paulo
Principal reclamação é sobre falta de estrutura na rede; governo afirma que desistências estão dentro do esperado


FÁBIO TAKAHASHI

DE SÃO PAULO


Formado na USP, Edson Rodrigues da Silva, 31, foi aprovado ano passado no concurso público da rede estadual para ensinar matemática. Passou quatro meses no curso preparatório obrigatório do Estado para começar a lecionar neste ano no ABC paulista. Ao final do primeiro dia de aula, desistiu."Vi que não teria condições de ensinar. Só uma aluna prestou atenção, vários falavam ao celular. E tive de ajudar uma professora a trocar dois pneus do carro, furados pelos estudantes. Se continuasse, iria entrar em depressão. Não vale passar por isso para ganhar R$ 1.000 por 20 horas na semana."


Silva diz que continuará apenas na rede privada. Como ele, outros efetivados neste ano pelo governo já desistiram das aulas, passados apenas 39 dias do início das aulas, sendo 25 letivos.Até sexta-feira, 60 já haviam finalizado o processo de exoneração, a pedido, média de mais de dois por dia letivo. Volume não informado pela Secretaria da Educação está com processo em curso.A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz ser normal o número de desistências, considerando a quantidade de efetivações (9.300). Educadores, porém, discordam.Para a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Maria Marcia Malavasi, "o cenário é triste; especialmente na periferia, os professores encontraram escolas sem estrutura, profissionais mal pagos, amedrontados e desrespeitados."


DESMOTIVAÇÃOAs desistências têm diferentes motivações. Entre as principais citadas por exonerados ouvidos pela Folha estão falta de condições de trabalho (salas lotadas, por exemplo), desinteresse de alunos e baixos salários."Muitos alunos não apresentam condições mínimas para acompanhar o ensino médio e têm até uma postura agressiva com o professor", disse Juliana Romero de Mendonça, 25, docente de química. "A realidade da escola é diferente da mostrada no curso", afirmou Gilson Lopes Silva, 30, de filosofia.O concurso selecionou docentes de todas as matérias do final dos ensinos fundamental e médio, séries com muitos temporários e mais problemas de qualidade.Para Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato do magistério, além de condições precárias da rede, "a formação nas universidades não é satisfatória, pois elas trabalham com uma escola irreal, de alunos quietinhos". Ela exige que o Estado dê mais tempo aos docentes para a formação em serviço.



Professores aprovados podem ter usado exame para aumentar pontuação em outros concursos, afirma secretaria
Para governo, carreira está atrativa e oferece bônus e reajuste com base no mérito; salário inicial é de R$ 1.834,00


DE SÃO PAULO
A Secretaria da Educação informou que considera normal o volume de docentes novatos que desistiu da rede.A pasta afirmou que devem sair do sistema 10% dos recém-efetivados (cerca de 900 professores), mas não informou em qual prazo podem ocorrer as exonerações.


Segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), nem as condições de trabalho oferecidas nem os salários da rede são as causas das desistências.A secretaria aponta como explicações a situação pessoal de cada professor, como quem arrumou outro emprego ou só queria o certificado de aprovação, que pode ajudar em concursos futuros.Para o governo, a carreira está atrativa, por conta do bônus por desempenho (que pode chegar a 2,4 salários) e do reajuste com base no mérito (ano passado, 20% dos professores com as melhores notas numa prova ganharam 25% de reajuste). O salário inicial é de R$ 1.834 (jornada de 40 horas semanais).


A professora recém-efetivada Ana Paula dos Santos, 28, elogiou as condições da rede. "Posso fazer aulas diferentes com datashow ou na sala de informática. Se o professor montar uma boa aula, os alunos vão se interessar", disse ela, que leciona biologia em colégio estadual da zona norte de São Paulo.


A secretaria disse ainda que alunos que estudariam com docentes desistentes não ficarão sem aula, pois há reposição com temporários.E esses professores provisórios serão substituídos no ano que vem, quando devem entrar nas escolas estaduais 25 mil novos concursados, também aprovados no concurso do ano passado.Desde 2004, a rede estadual não contava com um concurso tão amplo para efetivar professores do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio. (FT)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Denúncia - Mensalinho em São Miguel Arcanjo.wmv



BLOG O MURAL:

O desafio de Dilma Rousseff


BLOG O MURAL: O ineditismo da situação política no Brasil ainda não foi completamente avaliado. Entre os contentes e descontentes com a realpolitik de Dilma Rousseff que votaram nela e até trabalharam por sua eleição, resta cair a ficha: a política brasileira, com a distensão promovida pela presidenta, pode nunca mais ser a mesma.

Com o fim do governo Lula – e por obra e graça de sua sucessora –, encerrou-se uma guerra que durou décadas, entre a liderança maior do PT e os meios de comunicação de massa. Ontem, essa liderança era exercida pelo ex-operário; hoje, por mais que ele continue sendo um mito, a liderança efetiva do PT é exercida pela chefe da nação.

Dilma pôs a mídia no bolso. Até as rotativas de Folha, Globo, Estadão e Veja sabem que o caminho para o coração desses veículos é Fernando Henrique Cardoso. Amado pelos donos dos grandes meios de comunicação, os gestos de simpatia da presidenta para com ele a fizeram cair nas boas graças de Frias, Marinho, Civita e Mesquita.

O vídeo a seguir mostra o verdadeiro encantamento dos robôs da Globo com o gesto de Dilma de convidar FHC para almoçar com Obama. E a constatação furtiva que fazem de que a ausência de Lula no evento representaria alguma ruptura entre ele e a sucessora. Vale a pena assistir. Em seguida, a análise prossegue.
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Entre a militância petista, as opiniões estão divididas. Há o grupo disposto a manter o apoio a qualquer medida que Dilma adote, inclusive as de aparente rendição ao grupo político derrotado nas eleições de 2010 e à imprensa que infernizou o governo Lula, e há o grupo que já mostra grande desconforto com a tal “realpolitik” da presidenta da República.

Um fato é inegável: é muito cedo para saber quem tem razão. A estratégia de Dilma de chegar ao coração da mídia afagando seu golden boy, FHC, pode permitir que seu governo avance muito mais do que o anterior. Sem estar convulsionado por escândalos semanais alardeados pela mídia e pelas infindáveis CPIs sobre nada, o país terá mais condições de progredir.

Por outro lado, a dúvida que assombra os setores descontentes da militância petista é sobre quanto custará o namoro entre Dilma, FHC e a mídia. Há algumas políticas do governo Lula que, se forem levadas em frente, fatalmente provocarão ruptura nesse namoro. Vejamos algumas dessas políticas:

Bolsa Família – Durante todo o primeiro mandato de Lula, houve feroz oposição ao uso de bilhões de reais no programa. Jamais houvera empenho de tal monta de recursos públicos para os pobres. O discurso do “bolsa-esmola” ainda está fresco nas memórias, ainda que Serra e companhia midiática o tenham abandonado após Lula surrá-los em 2006.

Cotas para negros e Prouni – A mídia e os partidos de oposição jamais irão aceitar os programas do governo federal para incluir pobres e sobretudo negros no ensino superior. Essa política permanece inaceitável devido ao fato de que retira maiores chances dos filhos da elite, dando-as àqueles que jamais tiveram expectativa de se formar.

Política externa – A independência dos países ricos através do estabelecimento de laços comerciais preferenciais com África, Ásia e Oriente Médio, em detrimento de Europa e Estados Unidos, foi um dos pontos de maior atrito e, a despeito do discurso mais brando e da postura mais discreta do governo Dilma, o que definirá tudo será a relação comercial com os blocos primeiro e terceiro-mundistas.

Câmbio – A ausência de medidas draconianas para desvalorizar o real, que exportadores e indústria desejam que seja através de controle cambial, é outro fator de discordância aparentemente insanável. O que querem, ao fim, é fixação de taxa de câmbio “competitiva”, o que teria efeitos diretos no feel good factor, pois reduziria o poder de compra do povo e produziria inflação. Mas faria a alegria da Fiesp, por exemplo.

Controle da mídia – Há uma expressão que resume o problema: propriedade cruzada, ou seja, posse de vários tipos de meio de comunicação e nível de audiência que em nenhuma parte do mundo são permitidos na medida em que são permitidos por aqui. Com a proibição da propriedade cruzada, a Globo deixaria de entrar em noventa por cento dos lares brasileiros, seja na mídia eletrônica ou na impressa.

São só alguns exemplos do que mantinha mídia e setores mais conservadores de um lado e o governo Lula de outro. Não haverá almoço, jantar ou desjejum com FHC que façam a Globo aceitar que Dilma ponha fim à imensa propriedade cruzada do império da família Marinho.

Neste momento, portanto, cabe avaliar que Dilma tem uma chance muito boa de fazer o melhor governo da história brasileira. Recebeu um país estabilizado, crescendo, com os cofres abarrotados de dólares, com a credibilidade internacional em alta – e crescendo – e, como se não bastasse, está recebendo da mídia um apoio que só FHC recebeu.

Contudo, como se sabe, apoio da mídia não garante apoio popular. Fosse assim, Lula não teria saído do governo com 87% de bom e ótimo. O ex-presidente arrancou sua popularidade estratosférica do bem-estar social imenso que promoveu. Nesse contexto, pesquisa Datafolha publicada hoje mostra que Dilma ainda terá que “fazer nome” entre o povo.

Com 47% de aprovação, um nível de popularidade que foi antecipado por este blog no mês passado em matéria sobre pesquisa de outro instituto que fora pouco divulgada, Dilma ainda terá que construir sua popularidade. Nesse aspecto, as comparações com a de Lula no começo do primeiro ou do segundo mandato, não cabem.

Por ser a herdeira legítima de Lula, e com o país em situação muito melhor do que em 2003 e 2007, não seria demais esperar que Dilma tivesse bem mais do que os 47% que o Datafolha mostra. Há, pois, que ler o recado da sociedade de que ainda falta a presidenta mostrar a que veio. E nem FHC, nem a mídia poderão ajudá-la nisso.
Via Blog cidadania.com

Pesquisa diz que presidente Dilma conquistou a confiança dos eleitores do PSDB e de José Serra


BLOG O MURAL: Decorridos cinco meses desde o segundo turno presidencial, Dilma Rousseff conquistou a confiança de parcela expressiva dos eleitores do PSDB e de José Serra. Na primeira pesquisa Datafolha de avaliação do novo governo petista, apenas 15% dos entrevistados que manifestam preferência pela sigla tucana e votaram no seu candidato consideram a administração ruim ou péssima, e 31% a classificam como boa ou ótima. O desempenho da presidente é regular para 45% dos que se declaram tucanos e para 41% dos que optaram por Serra em 2010.


Eleitores do PDT, cuja bancada rachou na votação do salário de R$ 545, dão maior aprovação a Dilma (45% de ótimo e bom e 31% de regular) que os simpáticos ao fiel PMDB - 40% e 42%, respectivamente.


Entre os petistas, a presidente obtém 56% de conceitos ótimo e bom e 32% de regular. Só 2% consideram seu início de mandato ruim ou péssimo. Os que declaram ter votado em Dilma dão a ela aprovação similar: 57% de bom e ótimo, e 30% de regular.Na coluna da Renata Lo Prete

quarta-feira, 9 de março de 2011

The Economist diz que “próxima batalha” é contra funcionários públicos e seus sindicatos


BLOG O MURAL: Atenção servidores publicos de nosso país quando a Europa pensa alguma coisa e principalmente a ultra-direita os neoliberais aí entende-se PSDB, DEM, PPS e agregados copiam tudo. Veja o post abaixo e pensem bem.


Ha! Vale lembrar que o FMI que mandava em nós na era FHC, ja vinha com essa idéia, o sindicalista Lula abortou, mas nada impede que os tucanos façam isso na esfera paulistana.


A revista The Economist é o lugar onde são expostas com maior radicalismo – e também com talento – as teses ultraneoliberais. É conhecida a grande influência que este semanário britânico exerce sobre as autoridades políticas, influência esta que vai muito além do mundo anglosaxão. O que The Economist preconiza transmite-se frequentemente para as políticas dos governos, em primeiro lugar na Europa. Por isso, é preciso levar muito a sério a capa da edição de 8 de janeiro passado e o conteúdo do informe especial: “A próxima batalha. Rumo ao confronto com os sindicatos do setor público”.



A tese da revista é de uma simplicidade evangélica e pode ser resumida em três pontos:


a) todos os Estados europeus enfrentam déficits públicos abismais;


b) para reduzir o gasto público, é preciso reduzir os efetivos, os salários e os sistemas de pensões dos funcionários;


c) os governos ganharão com maior facilidade a opinião pública incentivando a denúncia dos “privilégios” (em especial a estabilidade no trabalho) dos “acomodados” do setor público, que supostamente vivem a custa do conjunto dos contribuintes.


Em nenhum momento o informe recorda que os déficits públicos são em grande parte consequência das ajudas colossais aos bancos e outros responsáveis pela crise atual. Tampouco que estes déficits aumentaram devido aos presentes sob a forma de isenções fiscais outorgadas aos ricos. Nem sequer se deixa claro que, em troca de seu salário, os funcionários prestam serviços indispensáveis para o bom funcionamento da sociedade. Em particular os professores, atacados muito especialmente neste informe. O jornalista que escreveu um dos artigos deve estar muito desinformado sobre as reais condições de trabalho dos professores para ter coragem de escrever que “65 anos deveria ser a idade mínima para que essa gente que passa a vida em uma sala de aula se aposente”.


The Economist festeja que vários governos europeus – dois deles dirigidos por “socialistas”, Grécia e Espanha – tenham rebaixado os salários de seus funcionários e que, em toda a União Europeia haja “reformas” – seria mais justo falar de contrarreformas dos sistemas de pensões já realizadas ou em vias de realização.


Por ideologia, os liberais são hostis aos funcionários e demais assalariados do setor público. Em primeiro lugar porque privam o setor privado de novos espaços de lucro. Em segundo porque, protegidos por seu estatuto, podem ser socialmente mais combativos que seus companheiros do setor privado, até o ponto de que, às vezes, fazem greves “por delegação” e representam os trabalhadores do setor privado que não podem fazê-las. Esta solidariedade é a que os governos querem destruir a todo custo para reduzir a capacidade de resistência das populações contra os planos de ajuste e de austeridade implementados em toda a Europa. Os déficits públicos constituem assim um pretexto inesperado para modificar as relações sociais conflitivas em detrimento do mundo do trabalho.


Defender os serviços públicos é defender o único patrimônio do qual dispõem as categorias mais pobres da população. A aposta na caça aos funcionários públicos e a seus sindicatos proposta por The Economist não é apenas financeira. É política ou ideológica.

terça-feira, 8 de março de 2011

Origem do dia Internacional da Mulher




BLOG O MURAL: A proposta de perpetuar o 8 de março como Dia Internacional da Mulher foi feita no ano de 1921, em homenagem aos acontecimentos de Petrogrado




A origem do Dia Internacional da Mulher, data significativa na luta pelos direitos das mulheres, vem sendo distorcida no Brasil e em diversos países. Na cobertura midiática, o dia 8 de março é associado a um incêndio que teria acontecido em 1857 em Nova York e provocado a morte de 129 trabalhadoras têxteis. Elas teriam sido queimadas como punição por um protesto por melhores condições de trabalho.




É importante destacar que houve, de fato, um incêndio, só que em 25 de março de 1911 e de forma diferente da narrada pela imprensa.As chamas começaram quando um trabalhador acendeu um cigarro perto de um monte de tecidos e alastraram-se rapidamente. As portas das escadas de incêndio estavam trancadas por fora, para evitar que os funcionários saíssem mais cedo. O saldo foi de 146 vítimas fatais, 13 homens e 123 mulheres.




No edifício, funciona hoje a Faculdade de Química da Universidade de Nova York. O incêndio na Triangle Shirtwaist Company foi importante para a melhoria das condições de segurança de trabalhadores como um todo, e não apenas das mulheres, já que também havia homens entre as vítimas.




Um ano antes, em 1910, durante o 2º Congresso Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, a alemã Clara Zetkin propôs que fosse designado um dia para a luta dos direitos das mulheres, sobretudo o direito ao voto.Ou seja, o Dia Internacional da Mulher já existia antes do incêndio, mas era celebrado em datas variadas a cada ano.




Para compreender a escolha do 8 de março, remontamos ao dia 23 de fevereiro de 1917, 8 de março no calendário gregoriano. Naquela ocasião, as mulheres de Petrogrado, convertidas em chefes de família durante a guerra, saíram às ruas, cansadas da escassez e dos preços altos dos alimentos. No dia seguinte, eram mais de 190 mil.




Apesar da violenta repressão policial do período, os soldados não reagiram: ao contrário, eles se uniram às mulheres.Aquele protesto espontâneo transformou-se no primeiro momento da Revolução de Outubro. A proposta de perpetuar o 8 de março como Dia Internacional da Mulher foi feita em 1921, em homenagem aos acontecimentos de Petrogrado.




Mas, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, em decorrência dos interesses do poder no período, seu conteúdo emancipatório foi se esvaziando. No fim dos anos 1960, a data foi retomada pela segunda onda do movimento feminista, ficando encoberta sua marca comunista original. Em 1975, a ONU oficializou o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.Para além da distorção dos fatos históricos, um aspecto diferencia fundamentalmente a participação das mulheres nos dois episódios.




No incêndio da Triangle Shirtwaist, a mulher é vítima da opressão dos patrões e do fogo. Já nos protestos de 1917, ocupa uma posição de protagonismo. Encoberto, o fato deixa de mostrar a participação política das mulheres na construção de uma revolução que tem papel importante para a história mundial.



ADRIANA JACOB CARNEIRO, jornalista, é mestranda do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia e pesquisadora em gênero e mídia do grupo Miradas Femininas.




Via Folha de SP

domingo, 6 de março de 2011

O casal que brigou com a enchente



BLOG O MURAL: Coisa que só acontece em São Paulo.

Ecos da escravidão



BLOG O MURAL: Carta Capital via blog do Nassif vale apena ler e refletir;

Três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira. Por Mino Carta. Imagem: Rover Viollet/AFP

Três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira.

Escrevi certa vez que se Ronaldo, o Fenômeno, se postasse na calada da noite em certas esquinas de São Paulo ou do Rio, e de improviso passasse a Ronda, seria imediata e sumariamente carregado para o xilindró mais próximo. Digo, o mesmo Ronaldo que foi ídolo do Brasil canarinho quando adentrava ao gramado. Até Pelé, creio eu, nas mesmas circunstâncias enfrentaria maus bocados, embora se trate de “um negro de alma branca”.

Aí está: o protótipo do preto brasileiro, o modelo-padrão, está habilitado a representar e orgulhar o Brasil ao lidar com a redonda ou ao compor música (popular, esclareça-se logo), mas em um beco escuro­ será encarado como ameaça potencial. Muitos, dezenas de milhões, acreditam em uma lorota imposta pela retórica oficial: entre nós não há preconceito de raça e cor. Pero que lo hay, lo hay. Existem provas abundantes a respeito e a reportagem de capa desta edição traz mais uma, atualíssima. Na origem, obviamente, a escravidão, mal maior da história do Brasil.

Há outros, está claro. A colonização predatória, uma independência sequer percebida pelo povo de então, uma república decidida pelos generais, avanços respeitáveis enodoados por chegarem pela via da ditadura de Vargas. E o golpe de 1964, último capítulo do enredo populista comandado por uma elite que, como diz Raymundo Faoro, quer um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo. Enfim, um esboço de democratização pós-ditadores fardados ainda em andamento.

A desgraça mais imponente são, porém, três séculos de escravidão e suas consequências. A herança da trágica dicotomia, casa-grande e senzala, continua a determinar a situação do País, dolorosamente marcada pela desigualdade. Há quem pretenda que o preconceito à brasileira não é racial, é social, mas no nosso caso os qualificativos são sinônimos: o miserável nativo não é branco.

A escravidão vincou profundamente o caráter da sociedade. De um lado, os privilegiados e seus aspirantes, herdeiros da casa-grande, e os empenhados em chegar lá, e portanto ferozes e arrogantes em graus proporcionais. Do outro lado, a maioria, em boa parte herdeira da senzala, e portanto resignada e submissa. De um lado uma elite que cuidou dos seus interesses em lugar daqueles do País, embora o Brasil represente um patrimônio de valor inestimável, de certa forma único. Do outro, a maioria conformada, incapaz de reação porque, antes de mais nada, tolhida até hoje para a consciência da cidadania.

O povo brasileiro traz no lombo a marca do chicote da escravidão que a minoria ainda gostaria de usar, quando não usa, e não apenas moralmente. Aqui rico não vai para a cadeia, superlotada por pobres e miseráveis, e não se exigem desmedidos esforços mentais para localizar a origem dessa situação medieval. Trata-se simplesmente de ler um bom, confiável livro de história.

Será possível constatar que afora o devaneio de alguns poetas e a reflexão de alguns pensadores, o maior problema do Brasil, a desigualdade gerada pela escravidão, nunca foi enfrentado com o ímpeto e a determinação necessários. Nos anos de Lula, agredido por causa do invencível preconceito pela mídia nativa, na sua qualidade de perfeita representante dos herdeiros dos senhores de antanho, a questão foi definida com nitidez. Mas se o diagnóstico foi correto, os remédios aviados foram insuficientes. Poderia ser de outra maneira? Melhorar a vida das classes mais pobres não implica automaticamente a conquista da consciência da cidadania, que há de ser o objetivo decisivo.

CartaCapital confia na ação da presidenta Dilma e acredita que seu governo saberá dar prosseguimento às políticas postas em prática pelo antecessor e empenhar-se a fundo no seu próprio programa de erradicação da miséria. Sem esquecer que o alvo principal fica mais adiante.
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Ecos da escravidão -Carta Capital
Cynara Menezes 3 de março de 2011 às 9:25h
Nunca o fosso entre a segurança de brancos e negros foi tão grande no Brasil. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta
No anúncio de tevê feito para atrair turistas pelo governo da Bahia, o menino dizia que, quando crescesse, queria ser capoeirista como o pai. Por volta das 10 da noite de 21 de novembro do ano passado, Mestre Ninha, pai de Joel da Conceição Castro, chamou os filhos para dentro de casa, no instante em que a polícia fazia uma incursão pelo bairro onde mora a família, Nordeste de Amaralina, um dos mais violentos de Salvador. Segundos depois, o garoto foi atingido por uma bala perdida e morreu. Tinha 10 anos de idade.

A história do menino que não realizou seu sonho por não ter crescido, infelizmente, não é exceção. Como ele, cerca de outras 50 mil crianças, jovens e adultos, morrem vítimas de assassinato todos os anos no País, brancos e negros. Mas negros, como Joel, morrem em proporção muito maior. E o pior: a diferença tem aumentado nos últimos anos. Em 2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%. Ou, em outras palavras, para cada três mortos, dois tinham a pele escura. Quem maneja os dados preliminares de 2009 diz que a situação piorou ainda mais.

Não bastasse, os crescentes investimentos em segurança pública feita pelos estados e pela União parecem ter beneficiado, como de costume, a “elite branca”, como definiu o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo. Entre 2002 e 2008, o número de brancos assassinados caiu 22,3%. A morte de negros cresceu em proporção semelhante: os índices foram 20% maiores, em média. Em algumas unidades da federação, os números se aproximam de características de extermínio: na Paraíba, campeã dessa triste estatística, são mortos 1.083% (isso mesmo) mais negros do que brancos. Em Alagoas, 974% mais. E na Bahia, a terra do menino Joel, os assassinatos de negros superam em 439,8% os de brancos.

sábado, 5 de março de 2011

Encontros buscam diagnóstico da saúde nas regiões de Sorocaba e Itapeva

BLOG O MURAL: Vereadores Marquinhos, Robertinho e Urias, de Porto Feliz, participaram do encontro que decidiu pela realização de Caravanas Regionais do SUS.

A realização de Caravanas Regionais em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) foi decidida no último dia 26/2, em encontro que reuniu cerca de 30 vereadores, diretores de saúde, sindicalistas e lideranças de 12 cidades das regiões de Sorocaba e Itapeva. Porto Feliz esteve representada no encontro pelos vereadores petistas Marco Antonio Campos Vieira, Roberto Brandão Rodrigues e Urias de Oliveira.

Promovido pelo mandato do deputado estadual Hamilton Pereira (PT), em conjunto com a Macrorregião Sorocaba do PT, o encontro debateu a participação social no controle e fiscalização de políticas públicas de saúde.

As caravanas deverão ser organizadas por microrregiões e, além de esclarecer os participantes sobre qual o papel de cada ente federativo na gestão da Saúde, também promoverá a elaboração de diagnósticos regionais do setor. “A informação é a principal arma da sociedade para cobrar mais efetividade na aplicação dos recursos da saúde”, explicou o diretor do Conselho Nacional de Saúde, José Marcos de Oliveira. “Municípios localizados numa mesma microrregião têm problemas que são comuns, por isso, a decisão desse grupo de elaborar diagnósticos por microrregiões”, completa.

Segundo a Secretária de Formação da Macrorregião petista, Mara Melo, a partir desse diagnóstico, o debate será ampliado. “Queremos trazer o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para debater os problemas levantados e buscar soluções regionais para os mesmos”, explica. Já a vereadora de Mairinque, Ildeia Maria, ressaltou que o debate final deve estar focado em Sorocaba. “Queremos discutir que papel tem cumprido a Diretoria Regional de Saúde, o que mudou em nossa região desde que a mesma foi instalada”, salientou.

O deputado estadual Hamilton Pereira (PT) que abriu o encontro em seu escritório político destacou que a carência de informações é o principal obstáculo à sociedade para lutar por melhores condições na área da saúde. “Se atentarmos para os problemas de cada localidade verificaremos que há muito de má gestão e, por isso, essa iniciativa de socializarmos informações é tão importante”, defendeu.

José Marcos alertou que não há solução imediata para os problemas da saúde. “Esse debate que fazemos hoje é um sinalizador para melhorias que deverão vir a longo prazo”, observou. “Devemos nos questionar sobre o que temos feito, politicamente, para mudar essa situação”, completou.

O Conselheiro apontou algumas irregularidades comumente praticadas na execução do orçamento da Saúde como limpeza urbana e remoção de lixo, ações de assistência social, pagamentos de aposentadorias e pensões de servidores e compra de merenda escolar, entre outras coisas. Ele orientou os vereadores a participarem dos Conselhos Municipais de Saúde como observadores, assim como acompanharem a prestação de contas das Prefeituras sobre os investimentos na área da Saúde.
São Paulo

Ponto importante discutido no encontro foi o papel do Estado de São Paulo enquanto gestor de Saúde. Segundo José Marcos de Oliveira, auditoria realizada pelo DenaSUS nas contas do estado apontaram que o mesmo é o que menos investe no fortalecimento dos municípios para a atenção primária. “Não nos bastam os números de percentuais investidos na saúde, o que queremos é a efetividade do investimento”, salientou.

A apresentação da auditoria do SUS nas contas do Estado de São Paulo também fará parte da programação das Caravanas Regionais. Segundo o vereador Fuad Abrão Isaac, de Itapetininga, o município sedia um Hospital Regional que desde janeiro de 2010 não recebe nenhum recurso do Governo do Estado.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Em palesta na LG, Lula diz: pelo que conheço da companheira Dilma, ... a classe C logo vai para a classe B


BLOG O MURAL: Na palestra para a LG, Lula foi apresentado por um executivo da empresa afirmando que o bom momento da empresa devia-se ao resultado da política econômica conduzida por Lula em oito anos.


A palestra teve 15 minutos iniciais aberto à imprensa, quando Lula leu alguns números da empresa. Uma das exigências de Lula foi que os jornalistas não ficassem até o final sob o argumento de que só voltará aos holofotes depois do carnaval.


Após a saída dos jornalistas, o presidente incluiu improvisos em sua palestra.Ele recebeu um valor estimado de R$ 200 mil pela palesta (ninguém divulgou o valor exato).Segue alguns trechos da fala de Lula:


Apoio e confiança em Dilma“Esse é o país que nós queremos continuar construindo... Confio plenamente na integridade, no compromisso, na ideologia da companheira Dilma... E tenho certeza, pelo que conheço da companheira Dilma, esse país vai permitir que a classe C logo vá para a classe B.” - disse Lula.


Marolinha"As pessoas diziam nos jornais: ‘Quero ver se o Lula agora vai conseguir governar com a crise’. O mundo até então estava crescendo, eles diziam que era sorte. Quando [então] veio a crise, eu disse que era uma marolinha. Por conta da marolinha, eu fui achincalhado, diziam que eu estava menosprezando a crise”, afirmou Lula.


Lula disse ainda que foi um ato de "coragem" ter feito em rede pública de televisão o que chamou de "apologia do consumo". "Eu fiz uma coisa que poucos políticos tiveram coragem de fazer. Quando começou essa história de que o povo estava com medo de comprar, eu chamei o Franklin (Martins, ex-ministro da Comunicação Social), e disse: 'Se prepara que eu vou à TV fazer pronunciamento fazendo apologia do consumo'.


"Ele disse então que foi criticado dentro do próprio governo. "Tinha gente que não queria que eu fosse porque era arriscado. Mas eu acho que ajudou a resolver."Para Lula, a política de “diminuição da desigualdade e distribuição de renda foram importantes para reduzir os impactos [da crise]. (...) Não foi por força de qualquer mágica que superamos a crise.”


História de bastidores da crise provoca risos na platéia

Lula relatou um momento durante a crise que arrancou risos da plateia. “Quando vi que as montadoras estavam entrando em crise, chamei o Banco do Brasil e disse: ‘Preciso que o banco financie carro’. Me disseram: ‘Mas o BB não tem expertise’. Falei: ‘Mas quanto tempo precisa para que a gente forme essa tal expertise?’. E me responderam que em uns dois anos. Eu falei: ‘Então vamos comprar essa tal expertise. E compramos o Votorantim.”Acesso ao consumo de eletro-eletrônicos


Lula destacou a importância do crescimento econômico do país, a criação de 15 milhões de empregos com carteira assinada, os 20 milhões de pessoas saíram da pobreza, os 36 milhões entraram para a classe média, o Luz para todos, como indutores para a indústria eletrônica."É mais gente trabalhando e consumindo", disse, para defender o acesso de todos aos eletro-eletrônicos, como os da LG. "Não basta a gente ter um terço da população com acesso à tecnologia, é preciso que a gente tenha toda a população brasileira", afirmou.


Fim da submissão colonial demo-tucana

Lula disse também como era antes de seu governo (no governo FHC): "O Brasil sempre teve problema de autoestima. Havia quem dissesse que tinha complexo de inferioridade. Nelson Rodrigues dizia que tinha complexo de vira-lata... Como diz Chico Buarque, a gente não fala grosso com a Bolívia, mas também não fala com os Estados Unidos como os outros faziam. A gente fala manso e respeitosamente com todos”, completou.Antes de encerrar, usou o slogan muito usado durante seu governo: “sou brasileiro e não desisto nunca”.


(Com informações do Ig, G1, Ag. Estado)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Política de seleção de professores de SP é uma 'aberração', diz pesquisadora.


BLOG O MURAL: Política de seleção de professores de SP é uma 'aberração', diz pesquisadora


Professores foram reprovados em concurso no estado de SP por terem tirado licença médica por depressão.


Candidatos obesos e míopes também foram vetados na seleção
A médica pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, critica o governo de São Paulo por impedir a posse de professores aprovados em concurso público para a rede estadual de ensino por tirarem licença por motivo de depressão, em algum momento da carreiras. Para ela, as exigências para contratação de professores são "absurdas" e "discriminatórias".


No início de fevereiro, o governo estadual decidiu impedir professores de assumir aulas na rede pública por classificá-los como obesos. Professores míopes também estariam vetados na seleção.
Segundo Maria Maeno, buscar excelência em produtos e serviços é desejável, mas esse conceito não se aplica às pessoas. "Como é que todos nós vamos ser sempre excelentes, sempre bem humorados, sempre saudáveis, sempre felizes?", questiona. "Isso não existe, isso não é humano", determina a médica.


A especialista também vê uma inversão do papel da Medicina e do próprio Estado na política de seleção de professores em São Paulo. "A medicina não pode ser usada nesse sentido, deveria ser utilizada com o objetivo de incluir as pessoas", dispara.


"Mesmo pessoas com depressão podem continuar trabalhando. Não tem importância que tomem medicação, mas se encontrarem no trabalho um ambiente acolhedor isso será muito benéfico para o trabalhador e seu tratamento", defende Maria Maeno. "Infelizmente não é o que acontece", constata. A depressão em muitos casos é um problema momentâneo, devido à morte de um parente, ensina a pesquisadora.


Por trás desse tipo de avaliação estaria a concepção de homem perfeito, já observada em outros momentos da história. "Já tivemos experiências no passado recente em que isso aconteceu, como na Alemanha, por exemplo", lembra.


Maria Maeno teme que a propagação desse tipo de mentalidade, tanto no serviço público como em empresas, torne uma "aberração" em algo natural. "É preciso cortar o mal pela raiz", indica.


Responsabilidade
Órgãos públicos e empresas têm o dever de garantir um ambiente de trabalho sadio, pleitea a médica. Ela acredita que o governo de São Paulo deveria analisar a precariedade a que seus trabalhadores estão submetidos e dar condições dignas ,em vez de impor um perfil irreal. "Esquece-se da promoção da saúde e parte-se para a discriminação, para a seleção de alguns que eles consideram mais resistentes, mais capazes de enfrentar esses problemas", sugere.
"Primeiro as empresas deveriam debruçar-se sobre si mesmas e sobre a organização de trabalho que impõem aos trabalhadores e reconhecer que essa organização faz as pessoas sofrerem desgaste precoce e grave", avalia.


Em nota à imprensa, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) também classificou de "absurda" a ação do governo estadual ao impedir que professores obesos, com miopia e que tenham passado por depressão tomem posse, mesmo depois de passarem em concurso público.


"Trata-se de mais uma decisão absurda do governo estadual, que submete esses profissionais a uma situação de discriminação, injustiça e preconceito, num contexto onde o Brasil vem avançando na garantia dos direitos humanos a parcelas cada vez maiores da população", expressa o sindicato.


A exemplo dos profissionais vetados por serem considerados obesos, os professores envolvidos no novo episódio de discriminação ministram aulas na rede estadual de ensino como temporários, esclarece a Apeoesp.


"Perguntamos: por que esses professores podem ser ocupantes de função atividade, mas não podem ser efetivos?", discute. "Estão sendo vetados professores que, em determinados momentos, necessitaram tirar curtos períodos de licença, mas já se encontram em perfeitas condições de saúde", critica a entidade sindical.


Rede Brasil Atual