domingo, 19 de setembro de 2010

Relendo o discurso de Lula em Campinas


BLOG O MURAL: A atuação da mídia é desonesta e golpista. Como foi em 54, como foi em 64, como foi em 89 e como vem sendo a cada eleição desde que a esquerda se viabilizou eleitoralmente. Sua falsa postura democrática vai por água abaixo quando vê seus interesses de classe ameaçados. A imprensa brasileira não faz jornalismo político. Ele atende aos interesses de seus donos. Lula disse isso ontem em Campinas, se dirigindo diretamente aos jornalistas. Que não se iludam de estarem fazendo jornalismo, porque o que fazem é contribuir com os interesses dos donos dos jornais e revistas para os quais trabalham.

Como disse Lula, a imprensa brasileira dá vergonha. Num país que vive um momento de euforia, com o crescimento do PIB se anunciando magnífico, com as políticas de distribuição de renda trazendo resultados, e com a possibilidade de nos tornarmos econômica e socialmente desenvolvidos, o jornalismo praticado é ultrapassado, retrógrado e ofensivo à inteligência.

É óbvio que o presidente da República, político que é nesta questão mata três coelhos de uma vez: polariza a eleição (para reduzir a abstenção), blinda sua candidata de acusações da mídia (mesmo as que porventura forem procedentes e não partirem do maníaco do parque) e radicaliza o tucanato midiático (quanto mais falarem mal de um presidente com quase 80% de popularidade, mais votos ele conquista para Dilma).

Para entender melhor o discurso de Lula voltamos um pouco na história, pois dentro de poucos dias realizaremos, mais uma vez, eleições em todo o país. Elas alias coincidirão com o 22º aniversário da promulgação da atual Constituição. Quer isto dizer que já vivemos em plena democracia?


Não. Se o regime democrático implica necessariamente a atribuição de poder soberano ao povo, é forçoso reconhecer que este continua, como sempre esteve, em estado de menoridade absoluta.


Iniciamos, portanto, nossa vida política de modo original: tivemos Estado, antes de ter povo. Quando este enfim principiou a existir, verificou-se desde logo que havia nascido privado de palavra.


Ao atacar ontem o PIG Lula fez o que deveríamos ter feito no nascedouro da nossa democracia criar regras claras para nossa mídia, mas como essa própria democracia nasceu como o descobrimento do Brasil. Vejamos que quando Tomé de Sousa desembarcou na Bahia, em 1549, munido do seu famoso Regimento do Governo, e flanqueado de um ouvidor-mor, um provedor-mor, clero e soldados, a organização político-administrativa do Brasil, como país unitário, começou a existir.


Tudo fora minuciosamente preparado e assentado, em oposição ao descentralismo feudal das capitanias hereditárias. Notava-se apenas uma lacuna: não havia povo. A população indígena, estimada na época em um milhão e meio de almas, não constituía, obviamente, o povo, tampouco o formavam os 1.200 funcionários civis, religiosos e militares que acompanharam o Governador Geral.


Enfim, o discurso de Lula traz para São Paulo o olhar do publico desconexo da eleição, e tenta levar a campanha de Mercadante para uma disputa de segundo turno com Alkimim, já o núcleo duro da campanha de Alkimin atento a esta manobra do Lula e do PT tratou muito antes do fato acontecer, aplicar vacinas (frase pronta para neutralizar os ataques da oposição) com isso tenta se desesperadamente interromper a queda dele nas pesquisas.

Não é à-toa que todos os analistas de eleições da grande mídia está se esforçando para parabenisar a campanha de Alkimin pela defesa de José Serra, mas que todos os tucanos do mundo mineral sabem que um não suporta o outro, mas em questão de estratégia o núcleo duro do Alkimin está corretíssima é preciso defender o Serra para não perder a eleição em São Paulo

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