quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tucano censura a quarta pesquisa no Paraná


BLOG O MURAL: Atenção, Folha, Veja, Globo e Estadão! Atenção, Instituto Milleniun! Atenção, juristas do manifesto neoudenista!


Preparem seus editoriais e manifestos contra a censura. O candidato tucano ao governo do Paraná, Beto Richa, conseguiu impugnar hoje a quarta, vejam bem, a quarta, pesquisa de intenção de votos no Estado.


Já é a segunda pesquisa Datafolha impugnada, mas o jornal paulista não está nem aí. Desde que a vantagem sobre Osmar Dias, do PDT, começou a cair vertiginosamente, o tucano parananense já conseguiu suspender duas pesquisas do Datafolha, uma do Ibope e uma do Vox Populi.


A última Datafolha, impugnada hoje através de liminar no TRE, ainda estava em andamento, mas Beto Richa não leu e não gostou. Aliás, esta pesquisa foi encomendada pela Folha de S.Paulo e pela RPC, repetidora da TV Globo no Paraná. Será que amanhã teremos editoriais indignados na Folha e no Jornal Nacional?


O candidato tucano tenta esconder de todo jeito que já foi ultrapassado por Osmar Dias e o recurso que tem encontrado é questionar juridicamente a metodologia da pesquisa. Imaginem se um candidato da base de apoio do governo Lula ou a campanha de Dilma conseguem impugnar uma pesquisa do Datafolha, por exemplo? O mundo viria abaixo.


Mas como se trata de um candidato do PSDB, nada acontece. E olha que já é a QUARTA impugnação. Depois gastam papel para dizer que são imparciais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vox rebate Datafolha. Dilma tem 14% a mais nos válidos


BLOG O MURAL: Nada como uma pesquisa do Vox Populi para contradizer as tendências apontadas pelo Datafolha. No mesmo dia em que o instituto da Folha dá uma redução da vantagem de Dilma sobre os demais candidatos para apenas dois pontos nos votos válidos, o tracking Vox/Band/IG mostra que essa vantagem é de 12 pontos e, se considerados os votos válidos como fez o Datafolha, chega a 14 pontos.


Por mais que o rastreamento difira de uma pesquisa mais ampla por ir renovando um quarto de sua amostra de 2.000 pessoas a cada dia, ele aponta as tendências do eleitorado, e não há nenhuma queda abrupta de Dilma e nem uma subida acentuada de Marina, como tenta fazer crer o Datafolha, que realizou sua pesquisa em um único dia, ouvindo 3.180 eleitores.


No tracking, Dilma se manteve pelo terceiro dia consecutivo com 49% das intenções de voto, o que revela uma certa estabilidade. Serra passou de 24% para 25%, e Marina, que vinha crescendo há três dias, foi de 13% para 12%. As variações se deram dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.


Brancos e nulos são 4% e os indecisos somam 8%. Considerando apenas os votos válidos, Dilma tem 56,97% da preferência, Serra tem 29,06% e Marina tem 13,95%. Fazendo os arredondamentos, Dilma tem 57%; Serra, 29%, e Marina, 14%. A diferença de Dilma para os dois é de 14 pontos, o que lhe garante com folga a vitória em primeiro turno.


Na pesquisa espontânea, Dilma passou para 43%, um a mais do que ontem; Serra também oscilou um ponto para cima, de 21% para 22%, e Marina variou um ponto para baixo, de 10% para 9%.


Dilma continua liderando em todas as regiões do país. No Nordeste, tem 65% das intenções de voto (um a menos do que ontem), contra 15% de Serra (dois a menos que ontem) e 7% de Marina. No Sudeste, Dilma mantém 42% das preferências, Serra tem 27% e Marina, 16% (ontem tinha 17%). A menor vantagem de Dilma é no Sul, onde tem 45% contra 34% de Serra, que ontem tinha 30%.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

No Ibope, Dilma tem 55% dos votos válidos; Vox aponta possível segundo turno em SP


BLOG O MURAL: O Jornal Nacional anunciou que a diferença entre Dilma Rousseff e os demais candidatos caiu de 14 para 9 pontos.
Pelos números do Ibope, Dilma tem 50%, José Serra tem 28%, Marina Silva tem 12% e os outros candidatos, somados, tem 1%.

Assim sendo, Dilma tem 55% dos votos válidos e venceria no primeiro turno.
Pelo tracking do Vox Populi, no entanto, Dilma tem 50%, Serra 24% e Marina 10%.
Ou seja, nesse caso a petista tem quase 60% dos votos válidos.
O Vox Populi tem se mostrado o instituto mais confiável desta temporada eleitoral, antecipando sempre as tendencias.

A diferença entre os números do Ibope e do Vox são pequenas.
Considerando que em geral os indecisos acabam se decidindo majoritariamente pelo candidato que lidera, podemos esperar por novos ataques a Dilma Rousseff na reta final, terceirizados pela campanha à mídia.

Hoje o JN “afundou” a Petrobras em sua cobertura e, na abertura, pintou o estado de São Paulo como o paraíso na terra (não acharam defeitos em Lençois Paulista, por exemplo).
A decisão do PT de pedir ao STF que libere o voto com apenas um documento, além de demonstrar inépcia — o PT poderia ter barrado a mudança na lei durante a minirreforma eleitoral –, é indício de que o partido acredita que a vitória em primeiro turno, se houver, será por pouco.

A novidade da campanha, mesmo, é a pesquisa Vox em São Paulo que aponta para um possível segundo turno. Geraldo Alckmin tem 40%, o mesmo que a soma dos adversários, segundo o IG.
Outro indício de que o PT tem esperança nisso é o fato de que o partido marcou dois grandes comícios finais de campanha no estado.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mercadante a 7 pontos do segundo turno.


BLOG O MURAL: Análise dos números da pesquisa Ipespe/DIÁRIO indica que a eleição para governador pode caminhar para não ser resolvida em 3 de outubro
A 13 dias da eleição, os números das pesquisas eleitorais apontam que, neste momento, um segundo turno é muito provável no Estado. Isso está indicado solidamente pela pequena diferença entre o total da intenção de voto no candidato Geraldo Alckmin e a soma de todos os outros.


As equipes de campanha dos dois lados discutem a possibilidade, do lado petista, para animar a turma; do lado tucano, para não deixar que uma boa votação no primeiro turno vire frustração por não resultar em vitória imediata.


Segundo a pesquisa Ipespe/DIÁRIO, a intenção de voto em Alckmin é sete pontos percentuais maior do que a soma de seus adversários. Considerando a margem de erro de 3,2% para cima ou para baixo, Alckmin pode ter 42,8% ou 49,2%; os adversários somados podem ter 35,8% a 42,2% dos votos.


No pior cenário para o candidato do PSDB, a diferença poderia ser de menos de um ponto percentual; no melhor cenário, ele estaria eleito no primeiro turno com uma diferença de 13,4%.
Para uma eleição ser vencida em primeiro turno, é necessário que os votos em um candidato superem todos os votos efetivamente dados para os adversários. Votos brancos e nulos são desconsiderados da conta de “votos válidos”.


A diferença de 7 pontos é bem mais insegura para o candidato tucano do que poderia parecer: ela é muito próxima de um contingente de votos que analistas acham que quase certamente Mercadante irá ganhar. A perspectiva histórica indica que o candidato do PT ainda deverá crescer até o nível das votações tradicionais de seu partido em São Paulo.


O PT tem tido sempre votações em torno de 30% dos votos no Estado. Oito anos atrás, José Genoíno teve 32%; quatro anos depois, Mercadante teve 31,7% quando vivia um inferno político ao ver seu principal assessor de campanha flagrado ao montar o escândalo dos aloprados. Não é improvável que ele repita aquela votação em um ano em que nem os adversários exploraram sua proximidade com o episódio.


Se Mercadante superar 32%, considerando as condições atuais, a eleição provavelmente terá o tal segundo turno.Diario de São Paulo

Dra. Cureau, nem todos se amedrontam


BLOG O MURAL: Reproduzo, com enorme orgulho as palavras do Mino e de Brisola Neto, por estar ajudando a defender a liberdade de imprensa, o ofício que Mino Carta, diretor de Carta Capital, enviou à vice-procuradora da República, Dra. Sandra Cureau.


E ajudando a defender a legalidade, cujo valor não se promove das sombras, às escondidas, porque o anonimato e a penumbra só servem aos propósitos baixos e inconfessáveis, enquanto aos bravos a palavra é luminosa, direta e desassombrada.


Com mais orgulho ainda, se me permitirem tanto, o faço porque vejo um homem a quem a idade não tirou a dignidade, por-se de pé, com o cavalheirismo que o caracteriza, diante de uma ignominiosa tentativa de humilhação.


Quem me acompanha sabe que é raríssimo que eu invoque, ao praticar qualquer gesto, a contrariar a nossa justiça, faço porque sou testemunha do respeito que todos os jornailista que leio e releio e pela história de Mino Carta, embora muitas vezes em posições diferentes da min has, mas com muita prpriedade e fundamentos.


Faço isso, porém, porque estamos diante de um dos altos momentos da imprensa brasileira, que tem uma tradição muito diversa do papel golpista e baixo que seus controladores fazem hoje desempenhar, haja vista o discurso de Lula em Campinas (é só reler post anterior), para perceber que a mídia nitiva esta a moreder o proprio cotovelo de inveja.


Leiam o texto de Mino, ao qual, com o perdão pela ousadia, faço questão de grifar passagens Grifo de Brisola Neto.



São Paulo, 20 de setembro de 2010.
Excelentíssima Senhora Vice-Procuradora Geral Eleitoral
Acuso o recebimento do ofício de número 335/10-SC, expedido nos autos do procedimento PA/PGR 1.00.000.010796/2010-33 e, tempestiva e respeitosamente, passo a expor o que se segue.


Para melhor atender ao ofício requisitório de relação nominal de contratos de publicidade celebrados entre o Governo Federal e a Editora Confiança Ltda. – revista CartaCapital –, tomamos a iniciativa e a cautela de consultar, por meio de repórter da nossa sucursal de Brasília, os autos do procedimento geradores da determinação de Vossa Excelência. Verificamos tratar-se de denúncia anônima, baseada em meras e afrontosas ilações, ou seja, conjecturas sem apoio em elementos a conferir lastro de suficiência.


Permito-me observar que a transparência é princípio insubstituível a nortear esta publicação, iniciada em 1994 e sob minha responsabilidade. Nunca nos recusamos, portanto, dentro da legalidade, a apresentar nossos contratos e aceitar auditorias e perícias voltadas a revelar a ética que nos orienta. Não podemos, no entanto, aceitar uma denúncia anônima, que, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal ao interpretar o artigo 5º, inciso IV, da Constituição da República (“é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”), afronta o Estado democrático de Direito e por esta razão é indigna de acolhimento ou defesa e desprovida da qualidade jurídica documental.


A propósito do tema, ao apreciar o inquérito número 1.957-PR em sessão plenária realizada em 11 de maio de 2005, o STF decidiu, sobre o valor jurídico da denúncia anônima, só caber apurar a acusação dotada de um mínimo de idoneidade e amparada em outros elementos que permitam “apurar a sua verossimilhança, ou a sua veracidade ”.


Se esse órgão ministerial, apesar do exposto acima, delibera apresentar a requisição referida nesta missiva, seria antes de tudo necessário, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.784/1999, esclarecer e indicar os motivos da mesma, justificação esta que se encontra, me apresso a sublinhar, ausente da aludida requisição.


Cabe ainda ressaltar que todos os contratos firmados pela Administração Pública federal com a Editora Confiança, em atenção ao art. 37 da Constituição Federal, foram devidamente publicados em Diário Oficial da União e nas informações disponibilizadas na internet e, portanto, estão disponíveis à V. Excia.


Por último, esclarecemos que o levantamento de dados referido na requisição desse órgão implicará em uma auditoria nos arquivos dessa editora quanto aos exercícios de 2009 e 2010. Evidentemente, essas providências não cabem em um exíguo prazo de 5 dias, mas demandam meses de trabalho. Desse modo, se justificada adequadamente a realização de um tal esforço, indagamos ainda sobre a responsabilidade pelos custos correspondentes.


Ausente os pressupostos que justifiquem a instauração da investigação, requeremos o seu arquivamento. E mais ainda, identificado o autor da denúncia ainda mantido sob anonimato, ou no caso desta Procuradoria entender pela existência de indícios a dar suporte à odiosa voz que nos carimba de “imprensa chapa-branca”, nos colocamos à disposição para prestar as informações e abrir nossos arquivos e sigilos bancários e fiscais, observados, sempre e invariavelmente, os preceitos legais aplicáveis.


Atenciosamente,
MINO CARTA

Diretor de redação e sócio majoritárioEditora Confiança Ltda

domingo, 19 de setembro de 2010

Onde Serra ganha? No bolso, ora…


BLOG O MURAL: O colunista José Roberto de Toledo, com a colabaração do jornalista Daniel Bramatti, publicou há pouco esta interessante decupagem da pesquisa Ibope, da qual fiquei sabendo graças ao aviso do Urias Macedo, pelo Orkut.O instituto divide o Brasil em 255 áreas para fazer suas pesquisas. No inteirior, agrega municípios próximos. Nas metrópoles faz o contrário separando-as em regiões homogêneas em caracterpisticas sócio-econômicas.Das 255, Dilma tem mais de cinco pontos de vantagem em 220 delas. ou 86,3%. Em outras quinze, registra-se “empate técnico”. E em vinte, vitória de Serra.
Onde? Cinco delas, no Acre, lá onde a “onda verde” da Marina tem peso. O resto, em regiões ricas da capital paulista, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, um nada.
E isso é por enquanto.
Logo Serra ficará restrito a vencer nos Jardins.Se é que vai vencer lá.

Tracking: Dilma vai a 53%. Serra fica em 24%


BLOG O MURAL: Dilma subiu dois pontos de ontem para hoje no tracking Vox Populi/Band/IG, o que pode sinalizar um repúdio do eleitorado à onda acusatória da grande imprensa, que há três semanas se dedica a levantar fatos que possam prejudicar a candidatura do campo popular. Dilma passou de 51% para 53%, enquanto Serra se manteve em 24%. Marina também oscilou um ponto para cima, de 8% para 9%.


Brancos e nulos variaram de 5% para 4% e os indecisos cairam de 11% para 9%. Todas as mudanças registradas de ontem para hoje estão dentro da margem de erro do rastreamento, que é de 2,2 pontos percentuais. Dilma continua vencendo as eleições no primeiro turno com 60,91% dos votos válidos, contra 27,58% de Serra, e 10,34% de Marina.


Na pesquisa espontânea, Dilma passou de 43% para 44%; Serra foi de 19% para 20%, e Marina continuou com 7%. O IG não comentou hoje sobre as situações em cada região, mas Dilma permanece liderando em todas, já que não houve alteração significativa de cenário.


A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas presenciais em todas as regiões do País, numa amostra consolidada com 2000 pessoas.

Alô pessoal do Millenium, cadê a fita?


BLOG O MURAL: Já faz dias que aconteceu o chilique de José Serra com a apresentadora Márcia Peltier, no programa “Jogo do Poder”, da CNT. Ninguém pode assistir, apenas ler a transcrição – o áudio é bem ruim – da competente repórter Patricia Tieppo, do Terra, que o gracvou, enquanto acompanhava a gravação de fora do estúdio.


A campanha de Serra exigiu a gravação original – para “transcrevê-la”, oficialmente - e levou embora.


Assistimos no ar uma versão pasteurizada. Mas tudo foi gravado, até, pelo menos, a hora em que Peltier, atendendo o pedido de Serra disse “apaga aí” para as câmaras. Só o que é público, do vídeo, até agora, é uma versão cortada e editada.


Será que não deu tempo ainda de transcrever e devolver?


Imaginaram se fosse com Dilma? Censura, confisco das fitas, truculência… Com Serra, sequestrar as fitas, pode. O pessoal do tal Instituto Millenium estaria promovendo uma campanha internacional pela liberação das fitas.


Ou estamos ainda na “Lei do Ricúpero”, onde o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde. Onde um receptador de carga e carro roubado pode dizer o que quiser no Jornal Nacional e o desequilíbrio de outro candidato é censurado aos olhos da população?


A mídia é o único lugar onde, sem sombra de dúvidas, Serra pode mais. Pode tudo.

Relendo o discurso de Lula em Campinas


BLOG O MURAL: A atuação da mídia é desonesta e golpista. Como foi em 54, como foi em 64, como foi em 89 e como vem sendo a cada eleição desde que a esquerda se viabilizou eleitoralmente. Sua falsa postura democrática vai por água abaixo quando vê seus interesses de classe ameaçados. A imprensa brasileira não faz jornalismo político. Ele atende aos interesses de seus donos. Lula disse isso ontem em Campinas, se dirigindo diretamente aos jornalistas. Que não se iludam de estarem fazendo jornalismo, porque o que fazem é contribuir com os interesses dos donos dos jornais e revistas para os quais trabalham.

Como disse Lula, a imprensa brasileira dá vergonha. Num país que vive um momento de euforia, com o crescimento do PIB se anunciando magnífico, com as políticas de distribuição de renda trazendo resultados, e com a possibilidade de nos tornarmos econômica e socialmente desenvolvidos, o jornalismo praticado é ultrapassado, retrógrado e ofensivo à inteligência.

É óbvio que o presidente da República, político que é nesta questão mata três coelhos de uma vez: polariza a eleição (para reduzir a abstenção), blinda sua candidata de acusações da mídia (mesmo as que porventura forem procedentes e não partirem do maníaco do parque) e radicaliza o tucanato midiático (quanto mais falarem mal de um presidente com quase 80% de popularidade, mais votos ele conquista para Dilma).

Para entender melhor o discurso de Lula voltamos um pouco na história, pois dentro de poucos dias realizaremos, mais uma vez, eleições em todo o país. Elas alias coincidirão com o 22º aniversário da promulgação da atual Constituição. Quer isto dizer que já vivemos em plena democracia?


Não. Se o regime democrático implica necessariamente a atribuição de poder soberano ao povo, é forçoso reconhecer que este continua, como sempre esteve, em estado de menoridade absoluta.


Iniciamos, portanto, nossa vida política de modo original: tivemos Estado, antes de ter povo. Quando este enfim principiou a existir, verificou-se desde logo que havia nascido privado de palavra.


Ao atacar ontem o PIG Lula fez o que deveríamos ter feito no nascedouro da nossa democracia criar regras claras para nossa mídia, mas como essa própria democracia nasceu como o descobrimento do Brasil. Vejamos que quando Tomé de Sousa desembarcou na Bahia, em 1549, munido do seu famoso Regimento do Governo, e flanqueado de um ouvidor-mor, um provedor-mor, clero e soldados, a organização político-administrativa do Brasil, como país unitário, começou a existir.


Tudo fora minuciosamente preparado e assentado, em oposição ao descentralismo feudal das capitanias hereditárias. Notava-se apenas uma lacuna: não havia povo. A população indígena, estimada na época em um milhão e meio de almas, não constituía, obviamente, o povo, tampouco o formavam os 1.200 funcionários civis, religiosos e militares que acompanharam o Governador Geral.


Enfim, o discurso de Lula traz para São Paulo o olhar do publico desconexo da eleição, e tenta levar a campanha de Mercadante para uma disputa de segundo turno com Alkimim, já o núcleo duro da campanha de Alkimin atento a esta manobra do Lula e do PT tratou muito antes do fato acontecer, aplicar vacinas (frase pronta para neutralizar os ataques da oposição) com isso tenta se desesperadamente interromper a queda dele nas pesquisas.

Não é à-toa que todos os analistas de eleições da grande mídia está se esforçando para parabenisar a campanha de Alkimin pela defesa de José Serra, mas que todos os tucanos do mundo mineral sabem que um não suporta o outro, mas em questão de estratégia o núcleo duro do Alkimin está corretíssima é preciso defender o Serra para não perder a eleição em São Paulo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A ética do PIG (Partido da Imprensa Golpista).


BLOG O MURAL: Assim como aconteceu com a denúncia da Veja sobre existência de lobby na Casa Civil, a matéria da Folha de S.Paulo, na mesma linha, já começou a ser derrubada. O BNDES, envolvido na misteriosa trama, emitiu um comunicado oficial, no qual revela que o projeto apresentado pela EDRB era uma piada. O valor solicitado era menos do que um terço do divulgado pela Folha e mesmo assim foi rejeitado por razões muito simples: o montante era incompatível com o porte da empresa, não foram oferecidas garantias e não havia sequer local para a instalação do empreendimento, um parque de energia solar.


Comunicado do BNDES

Em função de reportagem publicada na edição desta quinta-feira, 16 de setembro, do jornal Folha de S. Paulo, o BNDES vem a público declarar que:Repudiamos a insinuação de que o Banco poderia estar envolvido em um suposto esquema de favorecimento para a obtenção de empréstimos junto à instituição e consideramos que a tese demonstra um total desconhecimento quanto ao funcionamento do BNDES. O projeto em questão foi rejeitado pelo Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDES, órgão interno do Banco, formado por seus superintendentes. A aprovação por esse colegiado é condição básica e necessária para que qualquer pedido de apoio financeiro seja encaminhado para análise.


Na reunião semanal do Comitê ocorrida em 29 de março deste ano — e na qual o projeto em questão foi apenas um dos itens discutidos —, o pedido foi negado. A decisão foi tomada pelos 14 superintendentes presentes à reunião, todos funcionários de carreira da instituição.O projeto da EDRB foi encaminhado ao BNDES por meio de carta-consulta, solicitando R$ 2,25 bilhões (e não R$ 9 bilhões como afirma a reportagem) para a construção de um parque de energia solar. O BNDES considerou que o montante solicitado era incompatível com o porte da referida empresa. Além disso, a companhia não apresentou garantias e não havia local definido para a instalação do empreendimento (essencial para o licenciamento ambiental), não atendendo, portanto, a pré-requisitos básicos para a concessão do crédito.


Qualquer aprovação de financiamento pelo BNDES passa por um processo de análise que envolve mais de 30 técnicos de carreira da instituição, além da consulta à Diretoria do Banco. Esse rigor técnico tem como consequência um índice de inadimplência de 0,2%, muito inferior à média do sistema financeiro brasileiro, público e privado.


PS: Isso mostra que a ética do PIG foi para a lata de lixo, pois um criminoso tem mais credito que o BNDS, é o nosso PIG tentando a qualquer custa dar o Golpe como deram em 2006 com o caso dos "aloprados" que até hoje não tem nada provado e nem condenado, serviu só para esconder a máfia da ambulância que corria a solta no governo FHC sob a batuta do ministro José Serra.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

“O povo? Ora, o povo…”


BLOG DO U: “O povo? Ora, o povo… Se não tem pão, que coma brioches”

Atribui-se a frase em epígrafe a Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine, arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França de 1774 até a Revolução Francesa, em 1789. Essa frase entrou para os anais da história como suprema demonstração de desprezo das elites pelas camadas majoritárias e empobrecidas das nações.

Nesta parte do mundo, o conceito fundamental da democracia, o império da vontade majoritária dos povos, sempre foi relativizado. Os estratos superiores da pirâmide social sempre acharam que o povo não sabe o que é melhor para si e sempre se dispuseram a tutelá-lo.

A crença aristocrática na ignorância intrínseca das camadas populares e a conseqüente relativização da vontade de maiorias que jamais se formam sem tais camadas fundamentou por aqui aberrações como uma ditadura militar que estuprou a vontade das urnas e destituiu, sem qualquer processo legal, um governo legitimamente eleito.

Há pouco, em um pequeno país centro-americano a violação da vontade da maioria se deu por meio de um golpe de Estado desfechado na calada da noite, no qual o presidente da República, detentor de inquestionável mandato popular delegado pela maioria dos cidadãos, foi colocado de pijamas em um avião e deportado sumariamente. Por aqui, a direita midiática apoiou o golpe e desandou a verter teorias segundo as quais a vontade da maioria não bastaria para garantir ao eleito o mandato que recebeu.

O discurso da direita midiática tupiniquim, portanto, tal como há mais de cinqüenta anos continua sendo o de relativizar o direito democrático das maiorias de fazer julgamentos políticos e, assim, eleger ou não os que governarão, sempre usando como desculpa supostos pecados das massas que as inabilitariam para tomar tais decisões.

Editorial do jornal O Estado de São Paulo de hoje trata dessa maneira o povo brasileiro. O povo? Ora, o povo se vende por “badulaques” propiciados pela bonança econômica, diz, em outras palavras, texto que representa a versão contemporânea da frase histórica de Maria Antonieta.
São “badulaques” como o de jovens negros e pobres se converterem nos primeiros universitários de famílias que, antes deste governo, jamais haviam sonhado com tanto. Miçangas para brucutus como 14 milhões de brasileiros entrarem para um mercado formal de trabalho que o governo anterior dizia que só seria ampliado com supressão de direitos trabalhistas.

O último parágrafo do editorial do centenário jornal paulista dispensa o leitor da pena da leitura de toda aquela peça de cinismo, de arrogância e de uma certa alienação quanto ao que é o Brasil contemporâneo. Sobre a tendência esmagadora que as pesquisas revelam de que Dilma Rousseff seja eleita presidente em três semanas, diz o texto:

“Está errado o povo? A resposta a essa pergunta será dada em algum momento, no futuro. De pronto, a explicação que ocorre é a de que, talvez, o povo de Lula seja constituído de consumidores, não de cidadãos”.

O “povo de Lula”… Não é a maioria massacrante do povo BRASILEIRO que as pesquisas mostram que elegerá Dilma Rousseff a despeito de todo o bombardeio acusatório – considerado sem provas pela Justiça – que os aliados de José Serra na mídia e o próprio candidato usam sem parar para tentar modelar a vontade da população. É o “povo de Lula”.

Se encontrasse hoje a “Lâmpada de Aladim”, pediria ao gênio que me facultasse ocupar rede nacional de rádio e TV para ler a acusação do jornal paulista ao povo brasileiro. Em seguida, poderia partir em paz desta vida, ciente de que finalmente conseguira revelar ao meu povo quem são esses maníacos que há gerações tentam impor seus delírios a toda uma nação.
Por Eduardo Guimaraes, blog cidadania.com

Resgate da embarcação



BLOG O MURAL: O resgate foi feito com muito cuidado, porque o barco tem as características de um batelão utilizado pelos bandeirantes, durante o período das monções. Com 8,40 metros e pesando 2 toneladas, a embarcação foi feita com o tronco de um tipo de árvore que nem existiria mais na região.
A possibilidade de que seja uma embarcação usada pelos bandeirantes é muito grande, porque era de Porto Feliz que os bandeirantes partiam em direção a Cuiabá, Mato Grosso, em busca de ouro.

O historiador Jonas Soares de Souza, de Itu, foi chamado para fazer uma primeira avaliação. A embarcação foi encaminhada para a Secretaria de Obras de Porto Feliz, onde está sendo limpa. A Prefeitura da Porto Feliz estuda a possiblidade de colocar a peça em exposição no museu das Monçoes, locaizado na cidade.

Resgate da embarcação com mais de 200 anos.

BLOG DO MURAL: Essas fotos são do resgate, foi um achado histórico para nós da cidade, pois marca de fato Porto Feliz como cidade dos Bandeirantes e Monçõeiros, pois daqui partiam todas as embarcações que iam povoar e desbravar nosso interior, principalmente em busca do ouro.

estou apurando os fatos e trago mais novidade em breve, mas a REDE RECORD e o SBT já gravaram matéria sobre o assunto.









sábado, 11 de setembro de 2010

Mercadante aperta Alkimim em São Paulo


BLOG DO U: Ibope: Alckmin cai de 51% para 46%; Mercadante passa de 20% para 22%

Carta Capital: filha de Serra expôs sigilo de milhões de pessoas

BLOG DO U: A revista CartaCapital que está nas bancas nesta semana traz reportagem de Leandro Fortes que vai colocar em apuros o tucano José Serra. Segundo a reportagem, baseada em documentos oficiais, por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra, Verônica Serra, com a irmã de Daniel Dantas. Veja abaixo a reportagem de CartaCapital.
Extinta empresa de Verônica Serra expôs os dados bancários de 60 milhões de brasileiros obtidos em acordo questionável com o governo FHC

Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.

Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.

Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente FHC, Temer não haveria de receber uma reposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o ofício ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos, o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central nem de autoridade federal alguma. Nem ele nem ninguém.

Graças à leniência do governo FHC e à então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indício de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.
Temer decidiu chamar o Banco Central às falas no mesmo dia em que uma matéria da Folha de São Paulo informava que, graças ao passe livre do Decidir.com, era possível a qualquer um acessar não só os dados bancários de todos os brasileiros com conta corrente ativa, mas também o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), a chamada “lista negra”do BC. Com base nessa facilidade, o jornal paulistano acessou os dados bancários de 692 autoridades brasileiras e se concentrou na existência de 18 deputados enrolados com cheques sem fundos, posteriormente constrangidos pela exposição pública de suas mazelas financeiras.

Entre esses parlamentares despontava o deputado Severino Cavalcanti, então do PPB (atual PP) de Pernambuco, que acabaria por se tornar presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com o apoio da oposição comandada pelo PSDB e pelo ex-PFL (atual DEM). Os congressistas expostos pela reportagem pertenciam a partidos diversos: um do PL, um do PPB, dois do PT, três do PFL, cinco do PSDB e seis do PMDB. Desses, apenas três permanecem com mandato na Câmara, Paulo Rocha (PT-PA), Gervásio Silva (DEM-SC) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). Por conta da campanha eleitoral, CartaCapital conseguiu contato com apenas um deles, Paulo Rocha. Via assessoria de imprensa, ele informou apenas não se lembrar de ter entrado ou não com alguma ação judicial contra a Decidir.com por causa da quebra de sigilo bancário.

Na época do ocorrido, a reportagem da Folha ignorou a presença societária na Decidir.com tanto de Verônica Serra, filha do candidato tucano, como de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Verônica D. e o irmão Dantas foram indiciados, em 2008, pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira e empréstimo vedado. Verônica também é investigada por participação no suborno a um delegado federal que resultou na condenação do irmão a dez anos de cadeia. E também por irregularidades cometidas pelo Opportunity Fund: nos anos 90, à revelia das leis brasileiras, o fundo operava dinheiro de nacionais no exterior por meio de uma facilidade criada pelo BC chamada Anexo IV e dirigida apenas a estrangeiros.

A forma como a empresa das duas Verônicas conseguiu acesso aos dados de milhões de correntistas brasileiros, feita a partir de um convênio com o Banco do Brasil, sob a presidência do tucano Paolo Zaghen, é fruto de uma negociação nebulosa. A Decidir.com não existe mais no Brasil desde março de 2002, quando foi tornada inativa em Miami, e a dupla tem se recusado, sistematicamente, a sequer admitir que fossem sócias, apesar das evidências documentais a respeito. À época, uma funcionária do site, Cíntia Yamamoto, disse ao jornal que a Decidir.com dedicava-se a orientar o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, nos moldes da Serasa, empresa criada por bancos em 1968. Uma “falha”no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas.
A informação dada por Yamamoto não era, porém, verdadeira. O site da Decidir.com, da forma como foi criado em Miami, tinha o seguinte aviso para potenciais clientes interessados em participar de negócios no Brasil: “encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”. Era, por assim dizer, um balcão facilitador montado nos Estados Unidos que tinha como sócias a filha do então ministro da Saúde, titular de uma pasta recheada de pesadas licitações, e a irmã de um banqueiro que havia participado ativamente das privatizações do governo FHC.

A ação do Decidir.com é crime de quebra de sigilo fiscal. O uso do CCF do Banco Central é disciplinado pela Resolução 1.682 do Conselho Monetário Nacional, de 31 de janeiro de 1990, que proíbe divulgação de dados a terceiros. A divulgação das informações também é caracterizada como quebra de sigilo bancário pela Lei n˚ 4.595, de 1964. O Banco Central deveria ter instaurado um processo administrativo para averiguar os termos do convênio feito entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, pois a empresa não era uma entidade de defesa do crédito, mas de promoção de concorrência. As duas também deveriam ter sido alvo de uma investigação da polícia federal, mas nada disso ocorreu. O ministro da Justiça de então era José Gregori, atual tesoureiro da campanha de Serra.

A inércia do Ministério da Justiça, no caso, pode ser explicada pelas circunstâncias políticas do período. A Polícia Federal era comandada por um tucano de carteirinha, o delgado Agílio Monteiro Filho, que chegou a se candidatar, sem sucesso, à Câmara dos Deputados em 2002, pelo PSDB. A vida de Serra e de outros integrantes do partido, entre os quais o presidente Fernando Henrique, estava razoavelmente bagunçada por conta de outra investigação, relativa ao caso do chamado Dossiê Cayman, uma papelada falsa, forjada por uma quadrilha de brasileiros em Miami, que insinuava a existência de uma conta tucana clandestina no Caribe para guardar dinheiro supostamente desviado das privatizações. Portanto, uma nova investigação a envolver Serra, ainda mais com a família de Dantas a reboque, seria politicamente um desastre para quem pretendia, no ano seguinte, se candidatar à Presidência. A morte súbita do caso, sem que nenhuma autoridade federal tivesse se animado a investigar a monumental quebra de sigilo bancário não chega a ser, por isso, um mistério insondável.

Além de Temer, apenas outro parlamentar, o ex-deputado bispo Wanderval, que pertencia ao PL de São Paulo, se interessou pelo assunto. Em fevereiro de 2001, ele encaminhou um requerimento de informações ao então ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual solicitava providências a respeito do vazamento de informações bancárias promovido pela Decidir.com. Fora da política desde 2006, o bispo não foi encontrado por CartaCapital para informar se houve resposta. Também procurada, a assessoria do Banco Central não deu qualquer informação oficial sobre as razões de o órgão não ter tomado medidas administrativas e judiciais quando soube da quebra de sigilo bancário.

Fundada em 5 de março de 2000, a Decidir.com foi registrada na Divisão de Corporações do estado da Flórida, com endereço em um prédio comercial da elegante Brickell Avenue, em Miami. Tratava-se da subsidiária americana de uma empresa de mesmo nome criada na Argentina, mas também com filiais no Chile (onde Verônica Serra nasceu, em 1969, quando o pai estava exilado), México, Venezuela e Brasil. A diretoria-executiva registrada em Miami era composta, além de Verônica Serra, por Verônica Dantas, do Oportunity, Brian Kim, do Citibank, e por mais três sócios da Decidir.com da Argentina, Guy Nevo, Esteban Nofal e Esteban Brenman. À época, o Citi era o grande fiador dos negócios de Dantas mundo afora. Segundo informação das autoridades dos Estados Unidos, a empresa fechou dois anos depois, em 5 de março de 2002. Manteve-se apenas em Buenos Aires, mas com um novo slogan: “com os nossos serviços você poderá concretizar negócios seguros, evitando riscos desnecessários”.

Quando se associou a Verônica D. Na Decidir.com, em 2000, Verônica S. era diretora para a América Latina da companhia de investimentos International Real Returns (IRR), de Nova York, que administrava uma carteira de negócios de 660 bilhões de dólares. Advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Harvard, nos EUA, Verônica S. Também se tornou conselheira de uma série de companhias dedicadas ao comércio digital na América Latina, entre elas a Patagon.com, Chinook.com, TokenZone.com, Gemelo.com, Edgix, BB2W, Latinarte.com, Movilogic e Endeavor Brasil. Entre 1997 e 1998, havia sido vice-presidente da Leucadia National Corporation, uma companhia de investimentos de 3 bilhões de dólares especializada nos mercados da América Latina, Ásia e Europa. Também foi funcionária do Goldman Sachs, em Nova York.

Verônica S. ainda era sócia do pai na ACP – Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, fundada em 1993. A empresa funcionava em um escritório no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, cujo proprietário era o cunhado do candidato tucano, Gregório Marin Preciado, ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo de São Paulo, em 1993. Preciado obteve uma redução de dívida no Banco do Brasil de 448 milhões de reais para irrisórios 4,1 milhões de reais no governo FHC, quando Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-arrecadador de campanha de Serra, era diretor da área internacional do BB e articulava as privatizações.
Por coincidência, as relações de Verônica S. com a Decidir.com e a ACP fazem parte do livro Os Porões da Privataria, a ser lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Em 2011.

De acordo com o texto de Ribeiro Jr., a Decidir.com foi basicamente financiada, no Brasil, pelo Banco Opportunity com um capital de 5 milhões de dólares. Em seguida, transferiu-se, com o nome de Decidir International Limited, para o escritório do Ctco Building, em Road Town, Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, famoso paraíso fiscal no Caribe. De lá, afirma o jornalista, a Decidir.com internalizou 10 milhões de reais em ações da empresa no Brasil, que funcionava no escritório da própria Verônica S. A essas empresas deslocadas para vários lugares, mas sempre com o mesmo nome, o repórter apelida, no livro, de “empresas-camaleão”.

Oficialmente, Verônica S. e Verônica D. abandonaram a Decidir.com em março de 2001 por conta do chamado “estouro da bolha” da internet – iniciado um ano antes, em 2000, quando elas se associaram em Miami. A saída de ambas da sociedade coincide, porém, com a operação abafa que se seguiu à notícia sobre a quebra de sigilo bancário dos brasileiros pela companhia. Em julho de 2008, logo depois da Operação Satiagraha, a filha de Serra chegou a divulgar uma nota oficial para tentar descolar o seu nome da irmã de Dantas. “Não conheço Verônica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail”, anunciou.

Segundo ela, a irmã do banqueiro nunca participou de nenhuma reunião de conselho da Decidir.com. Os encontros mensais ocorriam, em geral, em Buenos Aires. Verônica Serra garantiu que a xará foi apenas “indicada”pelo Consórcio Citibank Venture Capital (CVC)/Opportunity como representante no conselho de administração da empresa fundada em Miami. Ela também negou ter sido sócia da Decidir.com, mas apenas “representante”da IRR na empresa. Mas os documentos oficiais a desmentem.

Fonte: CartaCapital

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 55%, Serra 22%


BLOG DO U: No sexto dia das medições do tracking Vox Populi/Band/iG para a eleição presidencial petista oscila positivamente acima da margem de erro


Dilma Rousseff PT obteve - 55% das intenções de voto


José Serra PSDB obteve - 22% das intenções de voto.


Pela primeira vez desde o início da medição, no dia 1 º de setembro, a petista oscila positivamente acima da margem de erro que é de 2,2 pontos percentuais. O mesmo ocorre com o candidato tucano, que oscila negativamente além da margem de erro.


No dia 1º, Dilma tinha 51% e Serra 25%.A candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, apresentou novamente 8% das intenções de voto –mesmo percentual da última pesquisa. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, mesmo índice do levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%.


A pesquisa, publicada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia. A amostra é totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados.


Na pesquisa espontânea, quando o nome do candidato não é apresentado ao entrevistado, Dilma ocilou positivamente um ponto e tem 44%, Serra por sua vez oscilou negativamente e marca 17%, dois pontos a menos que a sondagem anterior, e Marina Silva 6%.


A petista apresentou melhora em todas as regiões do País e segue na liderança. Já Serra, oscilou negativamente em todas as regiões. Dilma tem seu melhor desempenho na região Nordeste, onde soma 71% dos votos contra 15% de Serra e 5% de Marina.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

ELEIÇÕES - A resposta do Dunga para o Serra.




BLOG DO U: Do blog do Luis Nassif.

Por Denise Queiroz

Ironizado por tucano, Dunga afaga Lula e Dilma.

PSDB cita exemplo de treinador para criticar falta de experiência de petista.

Usado como exemplo pela campanha de José Serra no rádio para criticar a falta de experiência da candidata do PT Dilma Rousseff, o ex-treinador da seleção brasileira Dunga respondeu bem ao seu estilo. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Dunga rebateu a comparação feita pela campanha de Serra entre ele e Dilma. "O Serra tem experiência. É um craque para governar o Brasil. A Dilma não. É que nem o Dunga. Nunca foi técnico de nenhum time, foi para a seleção e deu no que deu", diz uma pessoa não identificada.

Comparação
É só ver os meus resultados e comparar. Quando eu fui campeão da Copa América e da Copa das Confederações, ele me elogiou. Agora crítica. Talvez ele esteja desesperado.

Defeitos
Eu acho que ele deveria assumir os seus defeitos para depois achar defeito nos outros.

Problemas
São Paulo não tem problema? Alaga mais que Veneza, ônibus são incendiados todos os dias. Só o fato de São Paulo ter decidido na última hora o estádio da Copa já diz tudo. Por que ele está preocupado comigo?

Lula
O Lula também não tinha experiência e tem 80% de popularidade. Ele está fazendo o que os outros não fizeram em cem anos.

Dilma
Dilma é uma mulher e pode ser a primeira mulher presidente do Brasil.

Democracia
Quando o Brasil precisou da Dilma ela não fugiu, lutou aqui pela democracia. Alguns correram.

Política
Para mim isso é natural (ser citado na propaganda). Se eles falassem o que deixaram de fazer seria melhor para o eleitor escolher.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Apóie a nova Representação do MSM à Justiça Eleitoral


BLOG DO U: Apoiado por esse blog totalmente a manisfetação do Eduardo Guimares segue o texto o link é http://www.blogcidadania.com.br/2010/09/apoie-a-nova-representacao-do-msm-a-justica-eleitoral/com


Tem início, neste post, a nova campanha do Movimento dos Sem Mídia por adesões à Representação que a ONG fará à Justiça Eleitoral brasileira contra o desafio da lei que regula as eleições no país, desafio esse representado pela prática ILEGAL de concessões públicas de rádio e tevê manifestarem opinião favorável a pelo menos um candidato no processo eleitoral de 2010.


O que é mais grave nessa prática é que o candidato favorecido pelas concessões públicas em tela disputa a Presidência da República, o que torna inaceitável que possa ter êxito em alcançar cargo dessa importância valendo-se de favorecimento ilegal por meios que pertencem a toda a sociedade e não, apenas, a grupos políticos amigos e/ou aliados dos concessionários.


Após debates e estudos, a Presidência e a Diretoria Jurídica do Movimento dos Sem Mídia compuseram minuta da Representação que será feita em benefício de eleições livres, limpas e democráticas, sem concurso de estratégia ilegal como é o uso de uma concessão pública em benefício de interesses particulares de grupos políticos e de empresários do setor de comunicação.


Trata-se de um documento preliminar que abro para contribuições, alterações e supressões por parte dos leitores deste blog durante o processo de finalização da medida a ser encaminhada à Procuradoria Geral Eleitoral em Brasília no menor prazo possível.


Abaixo, a minuta da Representação.
*
Representação do Movimento dos Sem Mídia – MSM à Procuradoria Geral Eleitoral Federal – PGE sobre possível atuação ilegal de órgãos de mídia no atual processo eleitoral.


A Lei Federal nº 9.504, promulgada em 30/09/1997 e conhecida como Lei Geral das Eleições, regula o processo eleitoral deste ano no Brasil e dispõe, em seu artigo 45, sobre condutas vedadas aos veículos de mídia, visando o respeito à lei de propaganda eleitoral permitida e garantir as condições de igualdade e isonomia entre os candidatos que disputam o pleito.


Determina o artigo 45 da Lei :


– A partir de 1º de Julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:


III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação e aos seus órgãos ou representantes;
IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;


Ocorre que, neste ano, a campanha eleitoral de 2010, como já havia ocorrido na de 2006, foi fartamente discutida pela sociedade brasileira. Vários órgãos de mídia, principalmente redes de televisão e rádio, podem estar avançando e extrapolando os limites da legalidade fixados na Lei 9.504/97 no que diz respeito a tratamento igualitário aos candidatos que disputam estas eleições. Pela cobertura e abrangência que possuem sobre o território brasileiro, esses meios de comunicação podem influir decisivamente na vontade soberana do eleitorado distorcendo e influindo ilegalmente no resultado do pleito que se avizinha, ao arrepio do que determina a lei eleitoral supracitada.


A questão das redes de televisão e rádio é muito grave e afeta diretamente o interesse público, pois essas empresas somente funcionam porque exploram concessões públicas, outorgadas pelo Estado brasileiro. Portanto, exploram um bem que pertence a todos os cidadãos, o chamado espectro eletromagnético, através do qual transmitem e retransmitem programação para todo o território nacional, de maneira que essa programação não pode ser usada para incentivo, defesa ou promoção de grupos políticos determinados, pois constitui infração do que determina a legislação eleitoral vigente.


Sem a autorização do Governo Federal para funcionarem nos termos da lei que regula a matéria, as emissoras de TV e rádio não podem efetuar a transmissão de suas programações no território nacional e, assim, essas empresas de comunicação, mais do que qualquer outra organização ou entidade juridicamente constituída perante as leis brasileiras, têm que se ater aos termos das prerrogativas contidas nas concessões públicas que detêm e também devem obedecer rigorosamente a quaisquer restrições legais que se interponham.


Não obstante a legislação eleitoral, como mero exemplo do que vem ocorrendo relata-se aqui que certas redes de televisão e rádio podem ter extrapolado os limites da lei no que diz respeito a tratamento igualitário que devem dispensar aos candidatos que disputam o cargo de Presidente da República, sendo fato amplamente comentado pela população e por blogs e sites na internet que está havendo favorecimento ao candidato do PSDB, José Serra. São anomalias como as de 1º de setembro último, por exemplo, quando um apresentador e um comentarista de telejornais da Globo e do SBT, os senhores Carlos Nascimento e Merval Pereira, entre outros, apoiaram abertamente acusação do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à candidata do PT, Dilma Rousseff, de que ela e sua campanha teriam ordenado o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal concernentes à filha daquele candidato, senhora Verônica Allende Serra [vídeos dos programas em anexo].


A cobertura enviesada e parcial de redes de televisão e de rádio sobre fatos e ações políticas das candidaturas no atual processo eleitoral pode constituir verdadeira “propaganda eleitoral negativa” contra uma candidatura e, no caso em tela, vitimização da outra, violando os dispositivos da lei 9.504/97, de maneira que deve ser objeto de investigação e coibida pela Procuradoria Geral Eleitoral – PGE e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. E o que é pior: sem que exista uma única prova que sustente a acusação comprada, in limine, pelos concessionários públicos supracitados.


A ONG Movimento dos Sem Mídia – MSM, diante de resultados díspares entre os quatro maiores institutos de pesquisas eleitorais do País no início deste ano, propôs, de forma republicana, Representação perante a douta Procuradoria Geral Eleitoral – PGE “pedindo investigação sobre a realização e divulgação de pesquisas eleitorais fraudulentas”. A Representação foi aceita, estando em curso Inquérito na Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF para investigar a denúncia. Mais uma vez, frente a fatos e ações de órgãos de mídia que revelam indícios de tentativas de influenciar ilicitamente o processo eleitoral, o Movimento dos Sem Mídia – MSM, organização da sociedade civil, na defesa dos interesses maiores da República, da Democracia e do Estado de Direito, prepara nova Representação. A manifestação do MSM à Justiça Eleitoral será aberta a apoio de todo e qualquer cidadão brasileiro a investigação da atuação de redes de televisão e rádio que pode estar tentando influir indevidamente na vontade soberana do eleitorado, podendo vir a distorcer os resultados da eleição presidencial vindoura.


São Paulo, 1º de setembro de 2010


Movimento dos Sem Mídia – MSM


Eduardo Guimarães Antonio Donizeti
Presidente Diretor Jurídico

É tênue a separação entre uma acusação – a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor


BLOG DO U: Maria Inês Nassif – VALOR


Sem bater em Lula, o marketing de Serra tenta transformá-lo em vítima de Dilma
Em 1989, Fernando Collor de Mello, ex-governador do Estado mais pobre da Federação, Alagoas, assumiu um discurso ofensivo – no sentido também de ofender -, selecionou uma série de desaforos destinados a abalar um governo caindo de impopularidade e partidos em crise, e definiu bordões para causar pânico em torno do candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal concorrente. Collor venceu atirando para todos os lados. Levou junto um partido que inventou antes das eleições, o PRN, que morreu junto com o seu curto reinado.


A eleição de Collor foi a consagração do marketing político como arma eleitoral. Os alvos do candidato eram escolhidos em pesquisas qualitativas, que definiam os inimigos a combater para alcançar popularidade e as fragilidades do principal concorrente. Pegou um país saído do massacre ideológico do discurso anticomunista da ditadura e que vivia uma hiperinflação. Atacou o governo José Sarney pela incompetência administrativa e Lula pelo temor da classe média. Além do horário eleitoral gratuito, tinha o apoio de uma mídia que estava sem candidatos, sofria com a hiperinflação e preferia que o PT ficasse longe do poder.


Foi o início e o auge da influência do marketing político. E o marketing foi tão eficiente porque não brigou com os fatos: o governo era impopular mesmo e seu candidato não subia nas pesquisas; a classe média e as elites tinham medo real de Lula, eram maleáveis a um discurso moralista e de direita e faziam a cabeça dos de baixo. O PMDB, o grande partido do momento, vivia a crise do governo José Sarney e a compartimentação dos interesses de seus líderes regionais e abandonou aos lobos o seu candidato a presidente, Ulysses Guimarães.
Os marqueteiros de Collor trabalharam em terreno fértil – e sua agressividade foi guindada à condição de ira divina. Um impeachment e quatro eleições depois, todavia, a eficiência desse modelo é questionável. Simplesmente porque vai contra a realidade.


Em 2006, nas eleições pós-mensalão, a oposição tentou reeditar o discurso de Collor. Os alvos eram um governo que os partidos adversários consideravam acabado e um partido, o PT, que tinha por decadente. Na cabeça dos partidos oposicionistas, Lula era um Collor pré-impeachment ou um José Sarney em final de mandato: estava condenado a deixar o poder. O modelo do discurso agressivo, beirando as bravatas machistas do Collor presidente, foi o escolhido para derrubar Lula – ou pelo impeachment, em 2005, ou pelo voto, em 2006. Um senador, no plenário, chegou a ameaçar bater em Lula.


O erro de avaliação foi fatal para a oposição. A popularidade de Lula nas pesquisas subiu rapidamente após a ofensiva dos partidos oposicionistas no Congresso. Em 2006, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, chegou a ter mais votos no primeiro do que no segundo turno. A avaliação da oposição, sobre a qual o discurso político foi construído, não levou em conta mudanças que estavam se produzindo no país. Os programas de transferência de renda, em especial o Bolsa Família, despiram as classes média e alta do papel de mediadores de voto das classes menos favorecidas. Lula tinha um patrimônio eleitoral próprio. A agressividade do discurso da oposição, em vez de desgastar o presidente que disputava a reeleição, vitimizou-o. Produziu solidariedade, em vez de provocar aversão.


Da vitória de Lula em 2006 para cá, o modelo Collor de marketing político teria que ter passado por grandes mudanças. Elas foram apenas cosméticas. O marketing de Serra, nos primeiros dias de propaganda eleitoral gratuita, optou por não comprar briga com Lula e não negar a sua popularidade. O problema é que o discurso soou falso. Desde 2005, a oposição aparece na mídia em confronto radical com o presidente que agora é tratado com condescendência, quase amor. No último round eleitoral, Serra tem se apegado às quebras de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele. As acusações recaem sobre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e sobre o seu partido, e não sobre o chefe de um governo cuja Receita Federal deixou vazar sigilos.


Enquanto o marketing de Dilma a une a Lula, o de Serra tenta separá-los. Os índices de pesquisa acabam mostrando que a eficiência do marketing é tão maior quanto mais próxima da realidade. As estratégias de campanha de Dilma deslizam numa realidade em que o eleitor tende à continuidade, gosta do presidente e incorporou naturalmente o trabalho de identificação feito entre a candidata e o seu padrinho. As estratégias eleitorais de Serra nadam contra a corrente de um eleitorado majoritariamente governista e da identificação da ex-ministra com o governo que é amplamente aprovado pela população.


A saída de Serra é tentar ser, ele próprio, a vítima. A algoz tem que ser Dilma, porque Lula não tem colado nesse papel. Como a prancha de Serra está contra a onda, no entanto, o marketing teria que conseguir uma sintonia muito fina. É tênue a separação entre uma acusação – a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.


Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras
E-mail maria.inesnassif@valor.com.br

Mobilização já contra o Golpe do Serra !


BLOG DO U: Serra quer ser eleito com 7 votos no TSE.
Você vai deixar?
Manchete nos jornais: "Serra pede perda do registro de Dilma ao TSE".
Você vai esperar sentado o Serra dar o Golpe?
Querem cassar a candidatura Dilma para voltar a saquear o Brasil
A mulher fantasma, Monica Serra já apareceu na Folha dos Serras dizendo que que duvida da inocência da petista Dilma Rousseff.
Serra, nas eleiçoes para governador do estado em 2006, beneficou-se amplamente, com o apoio da midia golpista e um "dossiê"
...Os golpistas vão vencer de novo?