A repetição deste catecismo em todos os meios de comunicação, por parte de importantes jornalistas, comentaristas, políticos, personalidades, etc, convence a quase todos de que realmente não há mais para onde ir. Que não há nada melhor que o atual capitalismo e que a longo prazo ele trará a felicidade mundial e a bonança. Toda e qualquer outra alternativa é taxada de retrógrada.
Estudiosos de diversas áreas denunciam a falsidade do Pensamento Único. Paul Hirst, escritor de A Democracia Representativa e Seus Limites, denuncia que as políticas atuais favorecem os países desenvolvidos em detrimento dos países pobres. Outro escritor, Robert Went, assim como Samir Amin, chama de mitos tais projeções, pois a aceitação e os ajustes das economias nos paises em desenvolvimento à globalização, acabou piorando as contradições já existentes nas áreas sócias destas regiões.
No livro A Globalização Sob Três Óticas, Milton Santos argumenta que o Pensamento Único naturaliza o caráter perverso desta globalização, já que seus benefícios não atingiram sequer um quarto da população mundial. Ramonet ataca denunciando que a quinta parte mais rica da humanidade concentra 80% dos recursos do planeta, enquanto a quinta parte mais pobre possui apenas 5% da riqueza. Apenas 500 milhões de pessoas vivem confortavelmente e a fortuna de trezentas e cinqüenta e oito pessoas mais ricas do muno soma mais do que a renda dos 45% mais pobres.
Joseph E. Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel em economia em 2001, com vasto conhecimento sobre a economia mundial e com experiência adquirida em sua passagem pelo Banco Mundial, aponta a OMC, o FMI, o BM e os países desenvolvidos como os agentes principais da desigualdade e pobreza das nações.
Sem espaço na mídia, estas denúncias são encaradas como mentira, pois a única verdade é o Pensamento Único, repetido infinitas vezes. A massa acéfala, sob a pressão de todos os meios de comunicação, assustada com a violência e hipnotizada com as promessas de consumo ilimitado, aceita este discurso mentiroso, apóia o enfraquecimento do Estado e usa de todas as suas forças para derrubar as críticas que ainda existem.
Quem controla a comunicação, controla o conhecimento. Não mais por falta de informação, mas pelo excesso, batizado por Edgar Morin de ruído. Excesso que impede a tomada de consciência sobre a falta de informação verdadeira. Confundir liberdade democrática e de comunicação com concentração hegemônica da mídia, com a predominância de um só tipo de discurso, pode significar não mais liberdade, diversidade, mas o empobrecimento do pensamento e da razão. A luta pelo lucro rápido defendida incansavelmente pelo Pensamento Único resultou no fim do direito de todo cidadão de estar bem informado.
Fontes:Quadrinho:
http://blogdokayser.blogspot.com/http://www.culturabrasil.org/pensamentounico_ramonet.htmhttp://www.sociuslogia.com/artigos/sacerd01.htmhttp://br.monografias.com/trabalhos909/ethos-e-mitos/ethos-e-mitos.pdfhttp://sociologiaulbrapoa.blogspot.com/2008/10/pensamento-nico.htmlhttp://74.125.47.132/search?q=cache:apUrBCR42ioJ:www.estadosgerais.org/mundial_rj/download/2c_Katz_14220703_port.pdf+pensamento+unico+contemporaneo&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=3&gl=brhttp://www.brasilsoberano.com.br/artigos/Anteriores/opensamentounico.htmhttp://www.cibersociedad.net/textos/articulo.php?art=97*Alexandre Sant'anna têm 33 anos, é historiador, escritor e vive em Paranaguá, PR.
BLOG DO U : Como pudemos ler neste texto a mídia têm mais poder que os governos e seus governantes, mais poder que a justiça e seus juristas, só não tem mais poder que os patrões donos das economias que sustentam a ciranda da hipocrisia.
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