sábado, 23 de outubro de 2010

Os riscos na reta final da eleição.


BLOG O MURAL: Pesquisas internas do PT – avisa-me um colega muito bem informado - mostram que a diferença entre Dilma e Serra segue a se alargar: nesse fim-de-semana, em votos válidos, o resultado é Dilma 57% x Serra 43%.


Desde o debate na “Band” – quando partiu para o confronto, e mudou a pauta do segundo turno – a tendência tem sido essa. O que aparece nas pesquisas Ibope, DataFolha e Vox Populi da última semana - que apontam vantagem entre 10 s 12 pontos para Dilma. Só o Sensus trouxe um levantamento diferente, com vantagem de 5 pontos.


A última capa da “Veja” – que muitos viam como ameaça para Dilma – foi apenas mais um factóide, sem importância, que não para em pé. Além disso, nas bancas de todo o país, estará exposta ao lado da “Istoé” e da “CartaCapital” – que trazem capas desfavoráveis a Serra. Nese terreno, o jogo está empatado. O progama de TV de Dilma segue melhor.


Então, qual seria a aposta de Serra para virar o jogo? Como sempre, a aposta está nas sombras.
Escrevi há alguns dias um texto sobre as “Cinco Ondas” da campanha negativa contra Dilma. O texto está aqui. O desdobramento final dessa campanha de medo e boatos (ou seja, a ”Quinta Onda”) seria ”mostrar” ao eleitor que a “Dilma terrorista” e o “PT contra as liberdades” não são apenas boatos. A Quinta Onda, pra dar resultado, precisa gerar fatos. Não pode viver só de boatos.


Serra parece ter chegado à Quinta Onda, com o factóide da bolinha de papel em Campo Grande. Caiu no ridículo, é verdade. Mas a mensagem que interessa a ele segue no ar (especialmente na Globo): “os petistas agridem, são violentos”.


Por isso, o grande risco dessa reta final é a criação de um factóide de maior gravidade: temo muito pelo que possa acontecer no Rio nesse domingo, com passeatas do PT e PSDB marcadas para o mesmo dia (felizmente, o PT mandou cancelar qualquer atividade na zona sul, onde os tucanos vão marchar).


Serra precisa de tumulto, de militantes tucanos feridos. Ou até de uma agressão mais grave contra ele mesmo. Imaginem só, entrar na última semana de eleição com essa pauta: “PT violento”, “a turma da Dilma é terrorista”. Imaginem Serra com um curativo na cabeça no debate da Globo!


A emissora dirigida por Ali Kamel já mostrou que não terá limites na tarefa de reverberar a onda serrista – seja ela qual for.


Serra quer criar tumulto. Serra precisa do tumulto. Só o tumulto salva Serra.
Não é por outro motivo que o vice dele, Indio da Costa, encomendou uma pesquisa ao grupo GPP – como nos alertou o Renato Rovai em seu blog. Normalmente, partidos e politicos encomendam pesquisas não para divulgá-las, mas para uso interno – para ajudar a traçar estratégias de campanha. Essa pesquisa do Indio é diferente, foi registrada no TSE. Ou seja, ele contratou a pesquisa para divulgar na reta final.


Por que? Qual a lógica?


Evidentemente, para provocar dúvida, confusão, para arrancar – na marra – um resultado que seja mais favorável aos demo-tucanos.


Pesquisas contraditórias na reta final seriam um ingrediente perfeito para quem – desde o começo – apostou numa linha “Bush” de campanha. Lembremos que Bush ganhou a primeira eleição (contra Al Gore) na base da confusão, com o tapetão na Flórida.


Humildemente, acho que a campanha de Dilma deveria ficar atenta para esse tripé: tumultos forjados/pesquisas estranhas/urnas eletrônicas. É o que resta para os adversários. E o trio Serra-Indio-Globo já mostrou nessa campanha que não tem limites.


Por isso, apesar do amplo favoritismo de Dilma, sigo a afirmar: é preciso estar preparado para qualquer coisa na última semana da eleição.


Via Blog do escrivinhador

Essa manchete de O Globo aposta na imbecilidade do leitor




E se não for o trabalhador ativo seria quem? cara pálida


Não é esse o maior problema dos países europeus que definham populacionalmente?


Essa é exatamente a razão pela qual a Alemanha importa estrangeiros: para preencher o vazio deixado pelos filhos que as alemãs se negam a ter.


E que eu dou razão.


Manchete desse quilate mostra que o jornalista de O Globo está pouco se lixando para o leitor.


O importante é fazer do leitor um perfeito idiota mal informado.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Denúncia gravíssima de reunião, ontem, de FHC com investidores estrangeiros interessados em privatizações



BLOG O MURAL: Recebi hoje este e-mail impressionante. Uma denúncia gravíssima, que já repercute na internet, e que merece ser apurada pela grande imprensa e deve ser sabida por todos os brasileiros, para tirarem dela suas próprias conclusões.

Trata-se do encontro-jantar que houve ontem, em Foz de Iguaçu, reunindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falando em inglês para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas. Exatamente às 21h30m, enquanto os candidatos Dilma Rousseff e José Serra debatiam na RedeTV, e este se esquivava de dar respostas concretas sobre possíveis intenções tucanas de privatizar ainda mais o Brasil, pois bem, naquele exato momento, naquele evento fechado, FHC teria feito uma palestra sobre a privatização da Petrobras, de Itaipu e do Banco do Brasil, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil. Segundo o jornalista mineiro Laerte Braga, a idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas. Laerte, que acompanhou o evento do lado de fora, recebendo as informações em conta-gotas, afirma em seu texto que FHC assumiu com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José Serra.


Vou transcrever o texto, que está claro, muito bem explicado e no tempo presente de verbo, pois ele postou a matéria enquanto o evento acontecia, suprimindo algumas partes:


"Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito. E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef. Segundo FHC disse a esses empresários logo após ser apresentado pelo organizador do evento, “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas”.


Para o ex-presidente, é fundamental a participação desses grupo na reta final de campanha. A avaliação de FHC é que a campanha de Dilma sofreu um golpe com a introdução do tema religioso (o que foi deliberado pelos tucanos para desviar a atenção das pessoas dos reais objetivos do candidato José FHC Serra). É preciso, na concepção do ex-presidente arrematar o processo derrotando a candidata e impedindo-a de respirar nessa reta final.


O acordo com empresários internacionais em Foz do Iguaçu envolve a instalação de uma base militar norte-americana na região, desejo antigo dos governos dos Estados Unidos.


Para o ex-presidente também não há grandes problemas com a mídia privada “sob nosso controle”, mas é preciso evitar a divulgação de notícias mesmo que sejam pequenas ou de pequenos fatos e que possam prejudicar o projeto de venda do Brasil (...)".


Laerte informa que o evento "foi organizado por Raphael Ekman - Investor Relations at Tarpon Investment Group São Paulo e região, Brasil - que no momento ocupa cargo de Commercial Manager da Globosat (Setor Serviços financeiros)”.


O jornalista conseguiu apurar a participação, no evento, dos senhores Alice Handy, Keith Johnson e Anjum Hussain, CFA, CAIA...


O fato é realmente grave e pode ser visto como um ato contra a soberania brasileira e seria importante tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o candidato José Serra virem a público esclarecer essa denúncia, que foi postada ontem, em texto assinado por Laerte, e pode ser lida no http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/10/fhc-esta-acertando-venda-do-brasil-em.html


Nascido em Juiz de Fora, Laerte Braga é jornalista, já tendo trabalhado no mais importante veículo de seu estado, o jornal Estado de Minas, e, no Rio de Janeiro, no Diário Mercantil.

domingo, 17 de outubro de 2010

TSE concede liminar contra panfletos dos bispos.


BLOG O MURAL:Por alfredo machado


Postado por ITAPORANGA - PB às Domingo, Outubro 17, 2010


Liminar: PF recolhe panfletos religosos contra Dilma Leia!


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ao PT neste domingo uma liminar que permite o recolhimento dos panfletos religiosos contra a sigla, descobertos ontem em uma gráfica do Cambuci, zona sul de São Paulo.


A PF está nesse momento na sede da gráfica com dois caminhões para recolher o material. Durante toda a madrugada cerca de 50 militantes do PT fizeram vigília na frente da gráfica Pana para impedir que o material fosse retirado do local antes da obtenção da liminar pelo TSE.


Os cerca de 1 milhão de panfletos que estavam sendo produzidos pela Editora Gráfica Panda foram encomendados pelo bispo da Diocese de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, e recomendava o voto contra o Partido dos Trabalhadores em virtude de suas posições sobre o aborto. Com a liminar obtida pelo PT, os panfletos serão recolhidos pela Polícia Federal e encaminhados à Justiça Eleitoral para avaliação de possível crime eleitoral.


Bispo encomendou
O dono da gráfica, Alexandre Ogawa e o pai dele, Paulo Ogawa, acompanham a operação da Política Federal. Os dois apresentaram à PF os documentos que comprovam que o pedido da impressão dos folhetos foram feitos a pedido do bispo católico. Segundo os donos, o religioso chegou a encomendar 20 milhões de cópias, mas a gráfica tinha capacidade apenas para imprimir 2 milhões e 100 mil cópias, que seriam distribuídos em eventos religiosos católicos, pregando o voto contra Dilma Rousseff(PT).


A gráfica chegou a imprimir 1 milhão e 100 mil exemplares do panfleto, que foi entregue ainda do primeiro turno. O documentos tem o timbre da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas segundo Dom Pedro Stringini, não representavam a opinião da entidade máxima da igreja católica no Brasil. Fonte: com MagnoPostado Por: Soares

Exclusivo: dona da gráfica é do PSDB!


BLOG O MURAL: Já passava das 2 da manhã desse domingo. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 50 a 60 pessoas seguia de plantão – para evitar a distribuição dos panfletos ( supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos) recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff. Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.


Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.


Stanley Burburinho (ele mesmo!) e Carlos Teixeira fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!


Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.


Aqui, o contrato social da empresa – onde Arlety Kobayashi aparece como uma das sócias: contrato_social_grafica_pana[1]


E aqui a lista de filados do PSDB, onde ela aparece no diretório zonal da Bela Vista.


Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo. E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.
Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008.


Victor concorreu pelo PSDB.


A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:


- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?


- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?
- onde seriam distribuídos os panfletos?


- onde estão os outros milhares de panfletos?
Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
Mas não é só isso!


Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?


O Blog “NaMaria” traz a investigação completa, que aponta Kelmon Luis da S. Souza como o autor da “encomenda”. Ele teria ligações com movimentos integralistas e monarquistas!
O Blog do Nassif , por sua vez, mostra que as conexões poderiam chegar até bem perto de Índio da Costa (DEM), o vice de Serra. Ele, em algum momento, também teve proximidade com monarquistas. Mas esse detalhe ainda não está bem esclarecido.


De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista). Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.


Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais.


É caso de polícia. E não de religião.

sábado, 16 de outubro de 2010

A CNBB virou comitê central de campanha?


BLOG O MURAL: A CARTA DE UM SEMINARISTA MOSTRA COM ESTÃO OS CATÓLICOS NESTA ONDA DE PREGAÇÃO CONTRA UMA CANDIDATA, É A IGREJA SENDO USADA COMO COMITE CENTRAL DE UM PARTIDO. LEIA A CARTA


por Emílio Carlos Rodriguez Lopez*


A Dom Luciano Mendes de Almeida, o amigo verdadeiro dos pobres.
Participo de movimentos na Igreja Católica, desde 1979. Primeiro, na Pastoral de Juventude, onde me tornei coordenador da região Leste 1 da Arquidiocese de São Paulo, na ocasião coordenada por Dom Paulo Evaristo Arns. Lá conheci Dom Luciano Mendes de Almeida e o vi, muitas vezes, ceder a sua cama para um mendigo dormir ou repartir o pão. Este homem foi durante os anos críticos do final da ditadura um exemplo de moderação, o que falta hoje entre os atuais bispos.

Durante cinco anos fui coordenador do projeto de formação política e comunicação da região Leste 1. Na década de 80, ajudei na campanha de Plínio de Arruda Sampaio a deputado federal e a governador, participei da campanha de Chico Whitacker para vereador e do Plenário Pro Participação Popular na Constituinte e na campanha contra a revisão da Constituição. Também fui um dos coordenadores da Juventude Universitária Católica.


Tenho dois filhos lindos consagrados à Nossa Senhora de Fátima e agradeço a intercessão de Nossa Senhora Aparecida por salvar a vida da minha filha, que com sete dias de existência passou por uma cirurgia cardíaca e mais quarenta e cinco dias na UTI. Por tudo isso e, ainda amar a vida, sempre fui contra o aborto.


Nos últimos tempos, estou assistindo atônito e envergonhado o apoio ostensivo de bispos paulistas ao candidato à Presidente da República, José Serra. O pretexto de tal apoio seria a posição deste cidadão ser contrário ao aborto e defensor da vida. Oras, mesmo para defender esta causa santa não há a necessidade de tanto alarde e exploração mal intencionada do assunto, visto que os quatro principais candidatos têm posição contrária a esta prática.


Recentemente, a Regional Sul-1 da CNBB lançou um manifesto anti-Dilma, acusando-a de defender o aborto. A complacência da CNBB fez com que setores conservadores usassem a autoridade eclesiástica para cercear o direito ao voto dos católicos e, além dos mais, permitiu que se espalhassem boatos maldosos e caluniosos contra uma pessoa.


Esta campanha foi organizada pela Opus Dei, que funciona como um partido clandestino dentro da Igreja Católica contra o PT e Dilma e a favor de Serra. Esse grupo tem como premissa à defesa da vida. Para eles, a Opus Dei, o ato de viver se resume a nascer. Desse modo, para a Opus Dei reduzir a miséria e melhorar as condições de vida de milhões de brasileiros não é promover a vida. Assim como, para eles, também não é promover a vida dar condições para o povo comer carne e ter emprego.


Esta concepção restrita da defesa da vida esconde a intenção da Opus Dei de usar a religião para fins políticos eleitorais e transformar o altar em local de comício para dominar o Brasil. A Opus Dei é uma organização católica de extrema direita que não aceita pobres entre seus membros e que apoiou a ditadura fascista na Espanha e em muitas outras partes do mundo, inclusive no Brasil. Além dos tentáculos econômicos poderosos que levaram a práticas de lavagem de dinheiro no Banco Ambrosiano – caso da Máfia da P2 -, domina Faculdades na Espanha e tem representantes em diversos veículos da mídia, inclusive da brasileira
Por tudo isso, não é possível tolerar que falsos democratas e amantes de ditaduras façam da defesa da vida um pretexto para atacar da forma mais vil um ser humano, lançando sobre uma mulher um leque de grosserias e inverdades.


Essa cabala, aliás, age como o arcebispo de Recife ao excomungar uma menina de 9 anos de idade que foi violentada e daria luz a uma criança. Ocorre que se tivesse o bebê ela poderia falecer durante o parto, visto que fisicamente não tem condições de ter uma criança. Essa menina que já havia sofrido enorme violência ao ser estuprada foi excomungada pelo religioso, assim como toda a equipe médica. Este drama humano mostra a hipocrisia de uma Igreja mais preocupada em punir do que em amar ao próximo. Se a menina morresse, não seria também atentar contra a vida? Quantas mulheres não passam por essa difícil situação e não encontram uma só palavra de amor. Provavelmente só ouvem rancor e ódio, além de sentir o preconceito.


Quem age contra uma criança excomungando-a também age inquisitoriamente contra uma mulher, cujo único pecado é amar os pobres e querer continuar o trabalho do atual presidente que está gerando a prosperidade para os brasileiros e concretizando a vida em abundância, ou seja, concretizar o ideal bíblico da terra onde corre leite e mel. Isto a Opus Dei, uma organização elitista, voltada para os ricos, não perdoa. Por isso, odeiam tanto o Lula e o PT.


Por último, há uma diferença entre o Cristo que carrego dentro de mim e o desta gente. A Opus Dei e setores elitistas da Igreja são os continuadores dos fariseus, doutores da lei, que segundo Jesus Cristo usavam a religião como arma de dominação sobre os mais pobres. Eles se esquecem que Jesus vivia no meio dos mais pobres e humildes, nasceu na manjedoura e não em berço de ouro. Por que será que um simples pescador foi o sucessor de Cristo? E não se esqueçam de que as mulheres, as mais oprimidas naquele tempo, ficaram com Jesus até o fim, entre elas estava uma prostituta, Maria Madalena. Ah, não foram os sumos sacerdotes e os fariseus que condenaram Jesus a morrer na cruz?


Enfim, coberto de cinzas, para expressar a minha vergonha como católico praticante, pergunto que religião é esta que semeia o ódio e não o amor, como manda Jesus?


Observação: Se quiserem me excomungar, como ameaçou o padre da Canção Nova (ele pensa que estamos na Idade Média), excomunguem. Ao menos, saberei que estou seguindo os passos de outros santos, como São Francisco que sofreu processo de heresia pelo Papado na Idade Média, por pedir uma Igreja simples e despojada de bens materiais.


* Emílio Carlos Rodriguez Lopez, mestre em História Social pela Universidade de São Paulo


DILMA CONTINUA ESTÁVEL DIZ DATA FOLHA


BLOG O MURAL:

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

MENSAGEM DA DILMA




BLOG O MURAL: PALVRA DE DILMA A TODOS OS BRASILEIROS;




Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que queremos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais. Para não permitir que prevaleça a mentira como arma em busca de votos, em nome da verdade quero reafirmar:
1. Defendo a convivência entre as diferentes religiões e a liberdade religiosa,assegurada pela Constituição Federal;
2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto;
3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.
4. O PNDHU é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família;
5. Com relação ao PLC XYY, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente, será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais e individuais existentes no Brasil;
6. Se Deus quiser e o povo brasileiro me der, a oportunidade de presidir o País, pretendo editar leis e desenvolver programas que tenham a família como foco principal, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que resgatam a cidadania e a dignidade humana.
Com estes esclarecimentos, espero contar com vocês para deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada. Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós. Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas.
Dilma Rousseff

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Fé e Politica no Século XX, ainda permitem falar.


-----------Estado teocratico do seculoXV----------------

BLOG O MURAL: Recebo um e-mail de um amigo e nele contem um texto de um padre da cidade dele. Leiam e reflitam vale apena;











Brasileiros e brasileiras! O capeta está solto! Empunhemos nossos terços e Bíblias e até Alcorões, se os houver! Herodes brande a espada afiada contra as criancinhas do Brasil! Ergamos a fogueira! Queimemos os hereges! O aborto e os gays estão espreitando pela janela!
Gente do céu! Que tiririquice! Que babaquice mais que medieval. Que onda inquisitorial graçando em pleno século XXI. A caça às bruxas. O extermínio dos veados. Cruz, credo! Xô Satanás! Estamos apenas tentando eleger um Presidente para o Brasil. Estamos discutindo propostas e projetos para uma boa administração do Brasil. Aborto, gueisismo, pílula, camisinha não é prioridade do momento.



O processo eleitoral corria tranquilo, dentro dos princípios democráticos: discute-aqui- denucia-ali, promete-isso, condena-aquilo, tudo numa boa. De repente a serenidade é detonada por uma horda de aiatolás, talibãs, mulás, numa gritaria ensurdecedora contra os que ameaçam o poder do Altíssimo.



Alguns vestidos de batina (ainda!), outros de mitra e báculo, outros de terno e gravata ostentando Bíblias, todos ecumenicamente de dedo em riste acusador: "ela é a favor do aborto, ele apóia o casamento homem-com-homem, mulher-com-mulher, os dois defendem a distribuição de camisinhas até para as crianças da escola.



Deus do céu! Que atraso! Que tiririquice! Pra começar, arbitrar sobre aborto e formas de casamento é da competência do Congresso Nacional e não do Presidente da República, que apenas sanciona ou veta a disposição do Congresso. Além do mais, aborto e casamento gay nem estão em pauta de discussão, hoje.



Mais importante e pertinente agora é ouvir dos candidatos suas propostas e projetos concretos quanto à saúde, educação de qualidade, distribuição de renda, segurança da população, criação de empregos, formas de apropriação ou não do Estado, relações diplomáticas e econômicas com outros países, transporte, saneamento básico, liberdade de imprensa, desenvolvimento do país, programas sociais, etc., etc.



E mais: estamos num país democrático, regido por uma Constituição Civil e não pelas tábuas da lei de Moisés. É um país democrático e laico e não teocrático, apesar de supostamente religioso. Sua capital é Brasília e não o Vaticano, nem a Canção Nova, nem a sede da Assembléia de Deus, nem a CNBB.



Tentar manipular a consciência do eleitor, ameaçando-o com a ira de Deus é injuriar o próprio Deus que nos criou livres. O dia em que o povo tiver que consultar um aiatolá de plantão tipo Pastor Silas Malafaia, ou um Padre José Augusto (Canção Nova) para votar, é melhor rasgar o título de eleitor e o estatuto da maioridade civil. O que vem se praticando em meios religiosos no momento, é o aborto da eleição, da democracia, da Constituição e do bom senso. Xô Satanás!



Pe. Otto Dana – Pároco da Igreja Sant´Ana em Rio Claro SP - e-mail: otto.dana@gmail.com.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dilma em Aparecida




BLOG O MURAL: A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff,esteve hoje no Santuário Nacional de Aparecida, no interior paulista. Ali, ajoelhou para rezar, entoou alguns cânticos.Acompanhada de aliados católicos, como o deputado eleito Gabriel Chalita (PSB),Dilma disse em entrevista a jornalistas que prefere ''essa manifestação mais recata'' de fé. ''A minha religião diz respeito à minha convicção, à imagem de Deus dentro de mim'', afirmou.

Na mira da turma do Serra



BLOG O MURAL: TOMO A LIBERDADE DE PUBLICAR O CLAMOR DE EDUARDO GUIMARES UM BLOGUEIRO INDEPENDENTE E QUE FOI ASSIM COMO NOSSA CIDADE VITIMA DA FURIA DE SERRA E SEUS APADRINHADO. LEIA O TEXTO ABAIXO.


POR EDUARDO GUIMARES; BLOGCIDADANIA.COM

Há mais de dois anos guardo uma revolta dentro do peito que diante do cinismo e da vilania da direita tucano-midiática não posso mais conter. Melhor do que ninguém, sei o que faz gente como José Serra quando chega ao poder e sinto que tenho obrigação de contar por quê.

Para quem não me conhece, devo explicar que tenho uma filha de 12 anos, Victoria, que sofre de paralisia cerebral (Síndrome de Rett). No início de 2008, a doença de minha filha começou a se agravar. Sintomas como escoliose e crises epilépticas começaram a se pronunciar.

Os médicos nos orientaram a colocar a nossa filha em uma dessas clínicas em que crianças como ela – que, então, tinha dez anos – recebem terapias e estímulos pelo menos 5 dias por semana durante todo o período diurno.

Essas instituições, se privadas, são caríssimas, além da capacidade financeira da minha família. E como os médicos diziam que ou Victoria recebia esse tratamento intensivo ou a sua doença passaria a progredir com maior velocidade, minha mulher, como mãe, apelou ao impensável.

Disseram a Cristina que havia uma instituição municipal de São Paulo que poderia acolher a minha filha e dar a ela o que necessitava, mas que era preciso um “pistolão” para conseguir a vaga e deu o nome de uma vereadora da base do governo da cidade de São Paulo.

Minha mulher entrou em contato com essa vereadora, que se prontificou a interceder por minha filha junto à instituição, mas cobrou de minha mulher que participasse de um ato público com ela.
Minha mulher se recusou, sob minha orientação – entre o pouco que escutou do que lhe avisei ao saber que se meteria com políticos –, mas, em novas ligações, conseguiu que a vereadora indicasse uma instituição.

Em contato com a instituição, foi informada de que, sim, havia uma vaga. Preencheu documentos, apresentou Victoria para que seu estado fosse mensurado e ficou aguardando a liberação da vaga para a menina.

No prazo estipulado, Cristina foi até a instituição já dando como certo a admissão de minha filha porque ela se encaixava perfeitamente no perfil de pacientes que por lá eram admitidos. Contudo, foi informada de que a vaga para a filha teria sido “cancelada”.

Minha mulher nem esperou sair da instituição para recorrer à tal vereadora, mas foi atendida por uma assessora que lhe disse que não teria como interceder por Victoria e que, “de mais a mais”, Cristina não havia revelado que a menina era “filha do blogueiro Eduardo Guimarães”.

Em seguida, a assessora disse que não tinha mais nada a conversar com a minha mulher e desligou. A mãe de Victoria não conseguiu mais falar com essa assessora porque ninguém atendia o telefone. E não conseguiu mais falar também com a vereadora nos dias seguintes.

À época, amigos jornalistas me exortaram a denunciar o caso. Contudo, minha mulher me impediu dizendo que “por causa dessa maldita política a nossa filha estava pagando com a saúde e talvez, futuramente, até com a vida”. E me proibiu de revelar este assunto.

Diante do cinismo de Serra, de seu jogo imundo, Cristina mudou de idéia. Pelo menos me autorizou a contar esta história para que as pessoas saibam que tipo de país teríamos se esse homem chegasse ao poder. Não só por ele, mas também por conta dos que o cercam.

POR FREI BETO & BLOG O MURAL


BLOG O MURAL: Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.


Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.


Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.


Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.


É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.


Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…


Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.


Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.


Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.


A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.


Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

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FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula

sábado, 9 de outubro de 2010

Serra não muda de ideia. E foi prefeito até o fim

BLOG O MURAL: Saiu no Globo Online: “Serra deve abraçar ideias do PV“.Aí, ele diz que tem sido muito coerente.


Não muda ideia de um dia para o outro.Faz parte do estilo calhorda, como diz o Ciro Gomes, de querer atribuir a Dilma uma atitude ambigua em relação ao aborto.


Interessante.Serra exibe uma conversão tão rápida quanto a elaboração de um hamburguer no Mc Donald’s para liderar uma campanha de preservação dos Valores.Clique aqui para ler sobre o programa do PV.


E aqui para ver que, na maior Parada Gay do mundo, ele defendeu a união dos gays.
Sobre a assim chamada coerência, convém recordar o que ele disse ao Boris Casoy sobre o compromisso de cumprir o mandato de prefeito até o fim. clique aqui


E veja aqui o compromisso que ele assinou, com papel timbrado da Folha: cumprir o mandato de prefeito até o fim.

As mulheres que Serra vai mandar prender se for eleito

BLOG O MURAL: O Brasil é um país hipócrita. O aborto, embora ilegal no papel, é prática cotidiana. Mulheres com poder aquisitivo procuram clínicas e hospitais que existem em todas as grandes cidades. Quem não tem dinheiro — e, portanto, acesso aos hospitais — se vira.
Um grave problema de saúde pública. O aborto, na prática, já é descriminalizado. Qual foi a última mulher brasileira que foi parar na cadeia por causa de um aborto?



Ao promover, no Brasil, a aliança político-eleitoral que elegeu Ronald Reagan e George W. Bush nos Estados Unidos — da extrema-direita com religiosos conservadores –, José Serra abre espaço para um futuro preocupante.


Se chegar ao Planalto, será pressionado para colocar na cadeia todas as mulheres que admitiram ter cometido o crime. Será pressionado para fechar hospitais e clínicas, prender médicos e as mulheres de classe média que fizeram aborto.


Eu vi isso acontecer nos Estados Unidos, onde o aborto é legal: fanáticos religiosos cercando clínicas, perseguindo e atacando médicos e pacientes.


É isso o que queremos para o Brasil? Leis ditadas não pelo Congresso, mas por extremistas religiosos que não tiveram um voto sequer?


Repito: para tentar ganhar a eleição, José Serra tomou um caminho lamentável, que ameaça os direitos civis de todos os brasileiros e que contribui para solapar o estado laico.


PS do Viomundo: Todas as clínicas dispõe de arquivos de pacientes. Nos Estados Unidos, era isso o que os fanáticos queriam, ao queimar clínicas: acesso aos arquivos.


Com a colaboração da NovaE e do Escrevinhador, seguem algumas das mulheres que estariam sujeitas a passar de um a três anos na prisão:







Para além disso, é preciso lembrar que quem combate o aborto jamais teria assinado as normas técnicas para implantá-lo no Sistema Único de Saúde (SUS), como José Serra fez quando ministro da Saúde.
Para o kit completo da hipocrisia de Serra,
clique aqui.

DILMA


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Poucas Palavras Refretem a Verdade.


BLOG O MURAL:

Carta de um teólogo a CNBB



BLOG O MRAL: Segue carta do padre e teólogo José Comblin, um dos maiores teólogos do país, sobre a questão das declarações de alguns bispos (obs.: Dom Demétrio é um bispo que se contrapôs ao famigerado bispo de Guarulhos, que tem feito as declarações mais polêmicas):





Por Jakson



Nassif,


CARTA ABERTA A DOM DEMETRIO


Querido dom Demétrio


Quero publicamente agradecer-lhe as suas palavras esclarecedoras sobre a manipulação da religião católica no final da campanha eleitoral pela difusão de uma mensagem dos três bispos da comissão representativa do regional Sul I da CNBB condenando a candidata do atual governo e proibindo que os católicos votem nela. Graças ao senhor, sabemos que essa divulgação do documento da diretoria de Sul 1 não foi expressão da vontade da CNBB, mas contraria a decisão tomada pela CNBB na sua ultima assembléia geral, já que esta tinha decidido que os bispos não iam intervir nas eleições. Sabemos agora que o documento dos bispos da diretoria do regional Sul 1 foi divulgado no final de agosto, e durante quase um mês permaneceu ignorado pela imensa maioria do povo brasileiro. Agora, dois dias antes das eleições, um grupo a serviço da campanha eleitoral de um candidato, numa manobra de evidente e suja manipulação, divulgou com abundantes recursos e muito barulho esse documento, criando uma tremenda confusão em muitos eleitores. Pela maneira como esse documento foi apresentado, comentado e divulgado, dava-se a entender que o episcopado brasileiro proibia que os católicos votasse nos candidatos do PT e, sobretudo na sua candidata para a presidência. Dois dias antes das eleições os acusados já não podiam mais reagir, apresentar uma defesa ou uma explicação. Aos olhos do público a Igreja estava dando o golpe que sempre se teme na véspera das eleições, quando se divulga um suposto escândalo de um candidato. Era um golpe sujo por parte dos manipuladores, já que dava a impressão de que o golpe vinha dessa feita da própria Igreja.


Se os bispos que assinaram o documento de agosto, não protestam contra a manipulação que se fez do seu documento, serão cúmplices da manipulação e aos olhos do público serão vistos como cabos eleitorais.


Se a CNBB não se pronuncia publicamente com muita clareza sobre essa manipulação do documento por grupos políticos sem escrúpulos, será cúmplice de que dezenas de milhões de católicos irão agora, no segundo turno votar pensando que estão desobedecendo aos bispos. Seria uma primeira experiência de desobediência coletiva imensa, um precedente muito perigoso. Além disso, certamente afetará a credibilidade da Igreja Católica na sociedade civil, o que não gostaríamos de ver nesta época em que ela já está perdendo tantos fiéis.


Se o episcopado católico deixa a impressão de que a divulgação desse documento nessa circunstância representa a voz da Igreja com relação às eleições deste ano, muitos vão entender que isso significa uma intervenção dos bispos católicos para defender o candidato das elites paulistanas contra a candidata dos pobres. Os pobres têm muita sensibilidade e sentem muito bem o que há na consciência dessas elites. Sabem muito bem quem está com eles e quem está contra eles. Vão achar que a questão do aborto é apenas um pretexto que esconde uma questão social, o desprezo das elites, sobretudo de São Paulo pela massa dos pobres deste país. Milhões de pobres votaram e vão votar na candidata do governo porque a sua vida mudou. Por primeira vez na história do país viram que um governo se interessava realmente por eles e não somente por palavras. Não foi somente uma melhoria material, mas antes de tudo o acesso a um sentimento de dignidade. "Por primeira vez um governo percebeu que nós existimos". Isso é o que podemos ouvir da boca dos pobres todos os dias. Um povo que tinha vergonha de ser pobre descobriu a dignidade. Por isso o voto dos pobres, este ano, é um ato de dignidade. As elites não podem entender isso. Mas quem está no meio do povo, entende.


Os bispos podem lembrar-se de que a Igreja é na Europa o que é, porque durante mais de 100 anos os bispos tomaram sempre posição contra os candidatos dos pobres, dos operários. Sempre estavam ao lado dos ricos sob os mais diversos pretextos. E no fim aconteceu o que podemos ver. Abandonaram a Igreja. Cuidado! Que não aconteça a mesma coisa por aqui! Os pobres sabem, são conscientes e sentem muito bem quando são humilhados. Não esperavam uma humilhação por parte da Igreja. Por isso, é urgente falar para eles.


Uma declaração clara da CNBB deve tranqüilizar a consciência dos pobres deste país. Sei muito bem que essa divulgação do documento na forma como foi feita, não representa a vontade dos bispos do regional Sul 1 e muito menos a vontade de todos os bispos do Brasil. Mas a maioria dos cidadãos não o sabe e fica perturbados ou indignados por essa propaganda que houve.


Não quero julgar o famoso documento. Com certeza os redatores agiram de acordo com a sua consciência. Mas não posso deixar de pensar que essa manipulação política que foi a divulgação do seu documento na véspera das eleições, dava a impressão de que estavam reduzindo o seu ministério à função de cabo eleitoral. O bispo não foi ordenado para ser cabo eleitoral. Se não houver um esclarecimento público, ficará a imagem de uma igreja conivente com as manobras espúrias


Dom Demétrio, o senhor fez jus à sua fama de homem leal, aberto, corajoso e comprometido com os pobres e os leigos deste país. Por isso, o senhor merece toda a gratidão dos católicos que querem uma Igreja clara, limpa, aberta, dialogante. Demonizar a candidata do governo como se fez, baseando-se em declarações que não foram claras, é uma atitude preconceituosa totalmente anti evangélica. Queremos continuar confiando nos nossos bispos e por isso aguardamos palavras claras. Obrigado, dom Demétrio.


José Comblin, padre e pecador.


5 de outubro de 2010



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Risco Serra: em 1995 ele assinou decreto para privatizar FURNAS, ELETROBRAS, CHESF...



BLOG O MURAL: Serra assinou decreto para leiloar Itaipu e Angra


Felizmente o processo de privatização fracassou, mas José Serra (PSDB) bem que tentou, assinando o decreto nº 1481/1995 para levar à leilão até geradoras de energia elétrica, quando era Ministro do Planejamento de Fernando Henrique Cardoso.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 E OS APROVEITADORES DA BOA FÉ E DA CREDULIDADE EVANGÉLICA


BLOG O MURAL: Para que o Brasil continue sendo democratico e livre temos que votar com nossa concienci e não comungar com as mentiras dos que jogam sujos, veja este belo artido do pastor da igreja presbiteriana posntado no blog do Nassif, pois esta discussão sobre os evangélicos está mal colocada. Tratam a nós como imbecis. Sugiro a publicação do seguinte artigo de um amigo, pastor presbiteriano e doutor em Ciências Políticas (prof. da Universidade Federal de Alfenas).
É um dos melhores textos que li sobre o tema até agora.


ELEIÇÕES 2010 E OS APROVEITADORES DA BOA FÉ E DA CREDULIDADE EVANGÉLICA


Rev. Sandro Amadeu Cerveira (02/10/10)


Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]
Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para estas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]
A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” a presidência da república simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.
Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e à apenas 6 dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.
De fato Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3], mas de fato não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito. O mais surpreendentemente, porém foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da saúde o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.
Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].
Por fim nem Malafaia, nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade a noticia veiculada pelo jornal a Folha de São Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]
Depois de tudo isso é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou ainda a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.
A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto a-partidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denuncia seletiva de quem esta comprometido com a “iniqüidade” é, no mínimo, desonesto.
Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.
Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.
Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.
Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.
Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.
Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.
______________________
NOTAS
[1] As afirmações que faço ao longo deste texto estão baseadas em informações públicas e amplamente divulgadas pelos meios de comunicação. Apresento os links dos jornais e documentos utilizados para verificação.
[2]
http://www.hospitaldalma.com/2010/07/o-cristao-verdadeiro-nao-deve-votar-na.html
[3]http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/marina+rebate+declaracoes+de+pastor+evangelico+silas+malafaia/n1237789584105.html Ver também http://www1.folha.uol.com.br/poder/805644-lider-evangelico-ataca-marina-e-anuncia-apoio-a-serra.shtml
[4]http://blogdadilma.blog.br/2010/09/serra-e-o-unico-candidato-que-ja-assinou-ordens-para-fazer-abortos-quando-ministro-da-saude-2.html
[5] http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf
[6] http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=856843&tit=FHC-e-intelectuais-pedem-legalizacao-da-maconha
[7] http://www1.folha.uol.com.br/poder/754484-serra-se-diz-a-favor-da-uniao-civil-e-da-adocao-de-criancas-por-gays.shtml
[8] http://www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=206


Fonte: Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte (www.segundaigreja.org.br
)

MINTIRA FAZ O NARIZ CRESCER?


BLOG O MURAL: Mentira faz o nariz crescer mesmo como dizia meu pai, por isso que tucano tem bico maior que ouvidos, olha só que eu encontrei na Internet, a lei que cria a tal descriminalização do aborto e sabe de quem é as digitais da famigerada lei, vejam só que coincidência do Serra de uma olhada é clicar na imagem para aumentar





CONTINUO COM DILMA E CONTRA AS MINTIRAS E BOATOS


BLOG O MURAL: O VALOR ECONOMICO PUBLICOU UM TEXTO INTEREÇANTE PARA ANALIZAR QUEM TEM RAZÃO NA DISCUÇÃO SE A CNBB ENTROU OU NÃO NA CAMPANHA A FAVOR DE UM CANDIDATO, E PARA OS EVANGÉLICOS SERVE TAMBÉM, AFINAL NENHUMA RELIGIÃO PREGA A MINTIRA OU DISSIMINAÇÃO DE BOATOS.



Regional Sul 1 da CNBB trabalhou contra voto ao PT Valor Online



Regional Sul 1 da CNBB trabalhou contra voto ao PT
Maria Inês Nassif De São Paulo


Incrustado na Zona Sudeste da cidade de São Paulo, o Parque São Lucas esconde a única igreja do Brasil da Congregação do Oratório São Filipe Neri. Fundada pelo padre Aldo Giuseppe Maschi em meados do século passado, a igreja até hoje realiza missas em latim, abolidas mundialmente pelo Concílio Vaticano II, em 1963. Na sexta-feira, o jovem padre Paulo Sampaio Sandes rezou a missa da tarde, de costas para os fieis, com a concessão ao português de três Aves Marias e uma Salve Rainha. O coro, de cinco beatas, também preferiu o latim.

O padre Paulo faz parte de uma congregação tradicional, é contra o aborto, a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais de homossexuais. Entendeu a recomendação da Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) como uma ordem: expor, na homilia, no dia da eleição, o suposto veto da Igreja Católica à candidata Dilma Rousseff (PT), estendido a todos os candidatos do Partido dos Trabalhadores, e distribuir, na saída da missa, a carta onde explicitamente a regional descarta o voto católico nos candidatos que defendem o aborto, em especial, e nomeadamente, nos petistas. "No dia das eleições eu vou distribuir a carta lá fora, mas a carta é muito explícita em relação aos candidatos, não vou falar o nome deles na homilia", disse o padre, depois da missa, confessando constrangimento com a determinação da Regional. "O próprio Dom Odilo Scherer diz que não devemos falar de nomes de candidatos".

A recomendação da Regional Sul 1, que abrange as dioceses do Estado de São Paulo, foi uma "trama", segundo o bispo de Jales, Demétrio Valentini, da Regional Sul I da CNBB, urdida de forma a induzir os fiéis paulistas a acreditarem que a CNBB nacional impôs um veto aos candidatos do PT nessas eleições. "Estamos constrangidos, pois a nossa instituição [a Igreja] foi instrumentalizada politicamente com a conivência de alguns bispos".


A regional, que abrange as dioceses do Estado de São Paulo, recomendou às paróquias que distribuíssem o "Apelo aos Brasileiros", uma longa carta em que acusa o PT de, mancomunado com o "imperialismo demográfico" representado por fundações norte-americanas que financiam programas de controle familiar, apoiar o aborto, e pediu aos padres que "alertassem" os fiéis para não votarem na candidata a presidente Dilma Rousseff, nem em qualquer outro petista. "A Presidência e a Comissão Representativa dos bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua reunião ordinária, acolhem e recomendam a ampla difusão do apelo a todos os brasileiros e brasileiras elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1", dizem o site da regional e o site da diocese de Guarulhos.



O presidente da Sul 1 da CNBB, Dom Nelson Westrupp, não respondeu a questões que foram enviadas pelo Valor por e-mail por orientação da sua assistente, Irmã Maurinea. O bispo de Guarulhos, Dom Luis Gonzaga, um dos articuladores do movimento antipetista na Igreja, em julho, no artigo "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", recomendou "aos verdadeiros cristãos católicos" não votarem em candidatos que apoiam o aborto e, em especial, recusarem o apoio a Dilma e ao PT.

Do ponto de vista da hierarquia católica, a recomendação e o documento dos dirigentes da Regional Sul da CNBB não têm validade. No dia 16, a Conferência deixou claro isso, numa nota oficial: "Falam em nome da CNBB somente a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência. O único pronunciamento oficial da CNBB sobre as eleições/2010 é a Declaração sobre o Momento Político Nacional, aprovada pela 48ª Assembleia Geral da CNBB, deste ano, cujo conteúdo permanece como orientação neste momento de expressão do exercício da cidadania em nosso País", diz. O cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, em 20 de agosto, enviou um comunicado a todos os padres de dioceses esclarecendo que os representantes da Igreja não devem se envolver publicamente na campanha partidária, nem "fazer uso instrumental da celebração litúrgica para expressão de convicções político-partidárias". Sugere que orientem os fiéis a votarem em candidatos afinados com os princípios cristãos, "sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa e da vida, desde a sua concepção até à sua morte natural", mas alerta para que não indiquem nomes.





Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales, foi o bispo que reagiu de forma mais direta e clara ao que chama de "trama" da Regional Sul 1 da CNBB. À sua diocese, tem encaminhado sucessivos artigos contra o documento da regional. "Não é bom para a democracia que alguns decidam pelos outros (...) Mas é pior ainda para a religião, seja qual for, pressionar os seus adeptos para que votem em determinados candidatos, ou proibir que votem em determinados outros em nome de convicções religiosas (...) Portanto, seja quem for, bispo, padre, pastor, ninguém se arrogue o direito de decidir pela consciência do outro, intrometendo-se onde não lhe cabe estar", no artigo "Pela liberdade de consciência", divulgado no dia 19.

A CNBB nacional acabou encerrando sua participação no episódio com a nota em que desautoriza qualquer decisão contrária à da Assembleia Geral, que não vetou candidatos ou partidos. A direção da Conferência está em Roma. Em São Paulo, remanescentes da Igreja progressista estão pasmos. "Nunca houve uma campanha eleitoral com tanta manipulação da religião", lamenta um deles, lembrando que isso aconteceu também, e fortemente, com a Igreja Evangélica.