segunda-feira, 25 de março de 2013

A dificuldade da oposição e da mídia para se livrarem do complexo de vira-latas



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Dilma e Graziano
BLOG O MURAL: Os programas de transferência de renda e de monitoramento da Amazônia, elaborados e implantados nos últimos 10 anos pelos governos do PT, obtêm imenso respaldo lá fora e estão sendo adotados ou em fase de elaboração em diversos países, particularmente no nosso continente e na África.

O reconhecimento e adoção desses programas por diversos países foram comunicados nesta 2ª feira (ontem) à presidenta Dilma Rousseff pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano. A presidenta está na capital italiana para participar, hoje, da missa e demais cerimônias de entronização do novo papa, Francisco.

No encontro com a presidenta Dilma, Graziano contou que a iniciativa de seguir o modelo brasileiro de combate à pobreza começou com os países africanos de língua portuguesa, mas depois houve pedidos de mais nações africanas. “Também temos uma demanda forte nos outros países, principalmente do Oeste da África, de implementação de programas do tipo Bolsa Família”, disse Graziano.

Governos sul-americanos e da América Central também adotam


A adoção destes programas é facilitada, agora, pelo aumento no repasse de recursos do Brasil, da China e da Rússia - integrantes do bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) - para a FAO. A China promete repassar US$ 11 milhões a mais; o Brasil US$ 8 milhões; e a Rússia US$ 5 milhões. O Brasil está classificado em 10º lugar entre os países que mais contribuem para a organização.

De acordo com o relato de Graziano à presidenta da República, vários países africanos demonstraram interesse em adotar o sistema de monitoramento de desmatamento na Amazônia, feito por meio de satélites brasileiros. Segundo ele, o interesse se fundamenta, também, no fato de vários países da África Central terem o mesmo tipo de floresta densa que há na Região Norte do Brasil.

Programas de transferência de renda brasileiros já vinham obtendo ampla aceitação também aqui no continente, como demonstravam campanhas eleitorais e programas de governo elaborados em pleitos recentes em El Salvador, no Peru e na Venezuela. Como vocês acompanham e veem, enquanto a demanda pelos nossos programas de transferência de renda cresce lá fora, aqui no Brasil certos jornais e a oposição continuam fazendo de tudo para desacreditá-los.

Dificuldades, ao que tudo indica intransponíveis, para se livrarem do complexo de vira-latas...

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

sábado, 23 de março de 2013

Governo e partidos regulam a mídia. Na Inglaterra


jornais ingleses  Governo e partidos regulam a mídia. Na Inglaterra
Foto: Getty Images

BLOG O MURAL: Por aqui, não se pode nem tocar no assunto que os bate-paus da liberdade de imprensa deles (só para os barões da mídia) já saem logo correndo e gritando "fogo na floresta!", "censura!", "controle social!". Pois, vejam só, lá na nossa velha Inglaterra a coisa funciona um pouco diferente. Veja o que diz o jornalista Ricardo Kotscho
Depois de quatro meses de debates, e de passar o último fim de semana acertando os últimos detalhes com os líderes dos três principais partidos do país, o primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou nesta segunda-feira a criação de um novo orgão para a regulação da mídia, que prevê multas de até R$ 3 milhões para quem pisar na bola e não se retratar dos seus abusos.
Acabou a terra de ninguém dos Murdoch da vida, que por aqui sobrevive firme e forte, enquanto dormem no Congresso e no governo projetos destinados a criar marcos regulatórios do setor de comunicações.
O novo sistema adotado pela Inglaterra prevê a instalação de um orgão regulador independente, código de normas bastante rígido, serviço de arbitragem livre, direito de resposta e pedido de desculpas. A adesão dos veículos é voluntária, mas quem repetir algo como o uso de grampos ilegais, a exemplo do que aconteceu no escândalo do tablóide "News of the World", do magnata  Rudolf Murdoch, que levou a denúncias contra outros veículos, será mais severamente punido.
"É certo que vamos colocar em prática um novo sistema de regulação de imprensa para garantir que esses atos terríveis nunca possam acontecer novamente. Devemos fazer isso rapidamente", afirmou o primeiro-ministro Cameron.
Quem mais bufou contra a regulamentação? O tabloíde "Sun", que citou até Churchill em defesa da liberdade de imprensa absoluta, "guardiã dos homens livres", "inimiga mais perigosa da tirania", na mesma linha das manifestações do Instituto Millenium e da SIP (Sociedade Interamenricana de imprensa), para quem a regulamentação da mídia é coisa de ditaduras atrasadas.
E de quem é o "Sun"? Do mesmo Rudolf Murdoch, que se viu obrigado a fechar o "News of the World" e acabou sendo o principal responsável pela criação do novo sistema, em substituição ao PCC (Press Complaints Comission), o antigo orgão autorregulador que não sobreviveu ao mais poderoso barão da imprensa mundial.

sexta-feira, 22 de março de 2013

CYNARA, DILMA, O MENINO E A MULINHA



(Ilustra de Cárcamo)


BLOG O MURAL: Reproduzo o que o Conversa Afiada fez com Cynara, a fábula de Cynara Menezes, Esopo e Monteiro Lobato:


O PiG só quer atrapalhar.




DILMA, O MENINO E A MULINHA


Não sei se vocês conhecem uma fábula de Esopo que se chama “O velho, o menino e a mulinha” –também aparece com o nome de “O velho, o garoto e o burro” em algumas versões. Eu li com este título, quando era criança, na coleção de Monteiro Lobato, volume “Fábulas”. E nunca esqueci.

Para quem não conhece, trata-se da história de um homem que vai vender uma mula no mercado e sai puxando o animal pelo cabresto, ao lado do filho, quando se depara com um viajante:

– Esta é boa! O animal vazio e o pobre velho a pé!

Para “tapar a boca do mundo”, o velho sobe na mula e manda o menino puxar os dois, até que passam por uma turma de lavadeiras:

– Que graça! O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre menino a pé…

Para “tapar a boca do mundo”, sobem ambos na mula. Um carteiro que o trio cruza pelo caminho dispara:

–Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez… Assim, meu velho, quem chega à cidade não é mais a mulinha, é a sombra da mulinha…

O velho apeia e, para “tapar a boca do mundo”, sai puxando o animal com o menino em cima.

–Bom dia príncipe!, diz um sujeito.

–Por que príncipe?, pergunta o menino.

–Ora, porque só príncipes andam assim, de lacaio à rédea!

Mais uma vez, o velho, decidido a “tapar a boca do mundo”, cede à opinião alheia e ele e o filho passam a carregar o bicho às costas. “Talvez isto contente o mundo”, ele diz. Um grupo de rapazes dá gargalhadas ao ver a cena:

–Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro…

–Sou eu!, replicou o velho. Venho há uma hora fazendo o que não quero, mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente…

Lembro dessa história toda vez que vejo notícias relacionadas à presidenta Dilma Rousseff. Parece impossível a Dilma agradar à imprensa. Se seu governo não toma nenhuma iniciativa, “está paralisado”. Se anuncia algum programa novo, “está visando 2014″. Se investe mais em educação do que em obras, “é má gestora”. Se investe mais em obras, “é negligente com a educação”. Se acata alguma decisão contrária do Congresso, “não tem pulso”. Se veta, “é autoritária”. Se Dilma não comenta a renúncia de Bento 16, é “pouco caso com o catolicismo”. Se vai ao Vaticano prestigiar o primeiro papa latino-americano, “é campanha”.

Dilma é o velhinho da fábula. O menino é seu governo. A mídia são os que cruzam com ela pelo caminho. A mulinha somos nós. Como brasileira, não quero que Dilma me carregue às costas nem que me puxe pelo cabresto. Espero que a presidenta governe, simplesmente. Que não mude seus planos, como fez o velhinho, tentando agradar a todos. Que não se preocupe em “tapar a boca do mundo” e siga sua consciência. E que a moral da história seja: é preciso fazer o melhor possível sempre, porque as críticas virão do mesmo jeito.

Contra ofensas que conservadores fazem a Lula e Dilma

BLOG O MURAL: Um dos mais importantes especialistas do País na área trabalhista, o advogado Valter Uzzo criou um fato político ao enviar para amigos e-mail remetido para um de seus conterrâneos da cidade de Pompéia, no interior de São Paulo, chamado apenas por Lara, listando uma série de argumentos contrários à proliferação de spams jocosos sobre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Roussseff.
Ex-presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo, Uzzo, no texto, descreve o cenário histórico da presença e influência das forças conservadoras na política brasileira.
O e-mail de Uzzo está sendo velozmente disseminado pela internet, ganhando status de peça política contra a discriminação ideológica às forças de esquerda.
Abaixo, o conteúdo completo:
Foto: Brasil 247
Caros
Um amigo meu de infância passou a me mandar um volume enorme de e-mails com piadas, comentarios e afirmações  sempre depreciativas em relação ao Lula, Dilma, PT, etc. A situação foi em um crescendo tal, que atingiu as ráias da provocação e do insulto, até que, outro dia, resolvi responder. E mandei este pequeno texto, que é, em verdade, o que penso de pessoas como ele que, a  pretexto de criticar, escondem hipocritamente suas indéias e concepções.
Abcs.
Valter Uzzo
Sent: Tuesday, February 05, 2013 3:42 PM
Caro Lara:
Tenho, quase que diariamente, recebido os seus e-mails, que trazem piadas, “fotos interessantes”, e propaganda daquilo que, politicamente, você acredita. Quero crer que estou me dirigido à pessoa certa, ou seja, ao Lara que conheci em Pompéia, na infância e adolescência. Se assim é, tenho algumas gratas recordações, de nossa convivência que, ao tempo, pela idade e sem as agruras que viríamos a experimentar durante a vida, era muito boa. Recordo-me mesmo que uma das suas habilidades, invejada por todos nós da mesma classe ginasial, era a incrível capacidade que tinha de “colar”,  já que você se abastecia  de um grande estoque das “sanfoninhas” (era o tipo de “cola” da época), que escondia perfeitamente em sua mão direita e que lhe permitia - grande perfeição! - colar sem interromper a escrita e, - perfeição maior! -, até mesmo diante do olhar atento do professor. Ao que me recordo, nunca, nenhum dos professores, na fiscalização que faziam, conseguiu algum êxito  diante de você. Nesse partícular, você era imbatível.
Mas, deixando-se de lado tais reminiscências, eu estou me dirigindo à você para tratar de assunto que, diante de sua volumosa correspondência eletrônica, parece lhe interessar: trata-se de questões que envolvem a visão que temos da forma como vem sendo dirigido este país,  melhor dizendo, a questão política. Para se ter uma conversa franca, devo dizer que temos uma visão de mundo muito diferente. Acho mesmo, oposta. Em minha profissão (sou advogado) acabei aprendendo a conviver na divergência, já que, diariamente, senta do lado de  lá da mesa de audiência, ou dos autos do processo, um colega de mesmo grau de escolaridade que defende justamente o contrário. Adversário. Mas, terminada a audiência, retomamos o relacionamento, ou seja, é um aprendizado constante e permanente, a nos ensinar que devemos respeitar os que pensam de forma diversa. Transposta tal relação para a política, também aprendi a respeitar aqueles que tem uma visão de mundo diferente da minha,  embora com eles não concorde. Entre tais “adversários” de pensamento existem dois tipos: os que assim agem por convicção, e os que agem por interesse. Creio que você se  enquadra entre os primeiros, ou seja, você tem ideias, a meu ver,  que eu classifico como “conservadoras”, mas que são catalogadas no jargão político comum  como  “reacionárias”, ou por alguns “direitistas”, ou, se formos levar ao extremo a sociologia política, “fascistas”. Para  mim, no entanto, você é um  “conservador”, por convicção. E é aí que eu quero conversar com você.
Existe  no Brasil uma forte corrente de pensamento conservador. Sempre existiu, aliás, durante o império e durante a república,  todos os presidentes e Governos , até 2003, sempre tiveram um perfil conservador, uns mais outros menos. Todos. Getúlio Vargas (1º Governo, ditadura) liderou uma “revolução” -que não era revolução no sentido sociológico do termo- contra práticas condenáveis da República Velha, só isso.    Pertencia a elite agrária, era fazendeiro e fez um Governo ambíguo, criando uma  legislação trabalhista (que estava sendo criada, ao tempo, por quase todos os países de mesmo grau de desenvolvimento que o Brasil), e criou dois partidos políticos – o PTB, para lhe servir – e o PSD, conservadoríssimo, para ajudá-lo a governar. No mais, encarcerou a oposição e restringiu as liberdades públicas.. Em 45 foi substituído pelo Dutra (outro conservador), que dissipou todas as reservas cambiais  que havíamos acumulado com a substituição das importações, durante a guerra. Getúlio volta em 1950  e aí, após um início de governo meio indefinido, começa a aproximar-se de  ideias progressistas, mas não conseguiu implementá-las, já que, ameaçado de deposição, suicidou-se. Juscelino foi um inovador em realizações, mas seu governo, embora aparentemente liberal nos costumes, sempre  foi um produto das classes dominantes e um fiel seguidor da política americana. Jânio se foi muito rápido , e Jango também nada tinha de progressista: era filho de uma família  de riquíssimos fazendeiros, era despreparado para a função e sua queda  dá bem a medida de seus compromissos de classe: preferiu viver rico no exílio, do que participar ou liderar uma revolução popular com a qual não se identificava. Seguiram-se os governos militares, Sarney, Collor, Itamar e  Fernando Henrique. Se examinarmos todas as medidas tomadas por tais governos (algumas muito boas, até) veremos que  nenhuma delas teve a preocupação ou conseguiu alterar o sistema de distribuição de renda no país, um dos mais injustos do mundo. A dívida externa sempre em patamares impagáveis, o salário mínimo medeando entre U$ 80 a U$ 120 dólares, lenta queda da mortalidade infantil, poucos avanços na afalbetização, grande transferência de rendas para o exterior, sistema de saúde pública catastrófico, destruição da escola  pública,  gigantesca falta de moradias e favelização, polícia corrupta, Justiça que não funciona, previdência privada mais cara do mundo, seguros mais caros do mundo, alta tributação e assim foi. Só discursos, só demagogia,  e muita roubalheira.
Aí vieram a eleição em 2003, reeleição do Lula e eleição da Dilma. Muitos erros, houve e há corrupção, muitas coisas não deram certo, os quadros do PT, em grande parte, eram despreparados para administração, enfim, as coisas não saíram como o PT pregava. No entanto, o salário mínimo triplicou (em dólares), a renda familiar cresceu, a dívida externa foi paga, o consumo aumentou muito, o emprego cresceu (e o desemprego despencou)  e o Brasil conseguiu crescer,  ao meio de uma grande crise internacional. Caro Lara, esses são fatos . Fato é fato, não é discurso, nem proselitismo político, nem palavrório. FATOS. O País está em regime de pleno emprego (é a 1ª. vez em nossa história que isso acontece), e no ano de 2011, em um universo de 200 países, fomos o 4º. País do mundo em receber investimentos externos, só atrás dos Estados Unidos, China e Hong Kong (notícia do Times, reproduzida no Estadão e Folha na semana passada, com pouco destaque). A arenga  de que o Governo, em 2003, pegou uma condição internacional favorável é coversa para boi dormir: muitos outros países não progrediram, muitos entraram em crise, o sistema financeiro internacional  em 2008 quase ruiu, enfim, o Brasil navegou muito bem por sua conta e seus méritos. Pensar de  modo diverso é revolver a mentalidade colonialista.
Mas, estou eu a pretender que você se torne um apoiador do Lula e da Dilma? É claro que não, até porque na nossa idade ninguém muda mais. É que eu acho que essa sua “cruzada” contra, poderia ser muito mais consequente e séria. Já que na clássica definição “partido político é a opinião pública organizada”, porque vocês, conservadores, não fundam um partido que expresse tal  ideologia? A grande farsa que existe é que os conservadores, ou os direitistas, ou os neoliberais, não assumem o próprio rosto. O PSDB (neoliberal) não se diz neoliberal, diz que vai mudar, que é de centro esquerda, que é progressista, e outras baboseiras mais. Porque não se diz  neoliberal, e faz um programa neoliberal?. E vocês, conservadores, porque não se assumem, e fazem um programa com o conteúdo daquiIo que vocês acreditam; contra as cotas, contra o aborto, contra o casamento gay, pela redução dos direitos trabalhistas, dos impostos, por uma política externa mais invasiva, etc, etc, tal qual o Partido Republicano (Conservador) dos Estados Unidos? Se você fizer as contas, aqui como lá, o eleitorado se divide, o que, aliás, ocorre em todos países civilizados  (França Inglaterra, Austrália, Itália, Espanha, Alemanha, Austria, etc, etc, etc). Ou seja, no mundo todo, o eleitorado se divide em conservadores e progressistas. Mas, aqui não, em razão da hipocrisia política da direita, a luta não é limpa.  Estimule a criação de um  verdadeiro partido conservador, que defenda  as teses conservadoras e o modo de governar  conservador e aí, sim, teríamos um debate limpo, direto, sem enganações, sem subterfúgios. A meu ver, essa situação da direita esconder suas verdadeiras propostas, de vestir um manto progressista quando não o é, é a pior forma de trapacear uma nação, posto que esconde seus verdadeiros desígnios. Em suma, já é tempo de  sair do armário e vir corajosamente para o debate de ideias.
O outro ponto que gostaria de conversar com você  é sobre a forma negativa e pejorativa de sua “crítica” política. As piadas, imagens, dizeres, etc, que se referem aos que não pensam como você, revelam um rancor que tem de tudo: preconceito, desinformação, insultos, etc. Se você acha que este tipo de crítica desperta alguma simpatia para as suas ideias, ou fazem mal a figura dos criticados, então está na hora de você fazer algumas reflexões sobre o que muda as pessoas. Uma pessoa decente muda de opinião quando você demonstra que ela está errada. Só não mudará se tiver “interesses” em se manter no erro, ou, então,  se por alguma razão (preconceito, ignorância, intolerância, irracionalidade, etc) não entender o seu erro e o significado da mudança.  Fora disso, a  “propaganda” pejorativa  contrária é um tiro na culatra. E isso é tanto no aspecto individual como coletivo. O Lula cresceu eleitoramente depois que mudou sua imagem para o “Lula, paz e amor”. Antes, o eleitorado  preferia  o FHC, com sua voz e modos blandiciosos. Serra com sua linguagem belicosa só perdeu votos. Obama derrotou duas vezes os seus adversários com um discurso suave,  sofrendo agressões de todo os lados. O Berluscomi e Sarkosi, na  Itália e França,  perderam as eleições, em razão de suas práticas autoritárias e arrogantes. Enfim, na medida que a sociedade evolui, essa linguagem truculenta, ofensiva, enganosa, que intui uma falsa moralidade e prega medidas radicais  extremadas (para os outros, nunca para si) vai caindo em desuso, não engana mais ninguém. Pode ter servido em outra época, chegou a levar os hitlers  e mussolinis ao poder, mas, hoje em dia, ninguém mais cai neste canto de sereia. As pessoas querem é ser convencidas, sem imposições.
Bem, fico por aqui. Se você quiser prosseguir mandando-me os e-mails, gostaria que não mais me enviasse os relativos à política, a não ser quando nesta terra tiver um partido conservador, ou direitista, ou de natureza fascista (o Plínio Salgado pelo menos teve coragem e  honestidade criando os “camisas verdes”), para que se possa ter um debate decente e honesto. Daí sim, quem sabe, talvez até eu me convença de que existe alguma verdade nessas ideias trapaceadas e escondidas sob o manto de uma falsa moralidade. Ideias tão escondidas, tal  como você fazia com as colas  e era invejado por toda  classe.
Abraços  e saudades.
Valter Uzzo
PS:   Se você não é a pessoa que eu penso, peço desculpas.

quinta-feira, 21 de março de 2013

STF MAQUIA O MENSALÃO. “DOMÍNIO DO FATO” VAI SUMIR

    BLOG O MURAL: Os advogados e os historiadores devem requisitar, imediatamente, as gravações da TV Justiça dos votos do mensalão, pois com o andar da carruagem e das divulgações do votos, vai ter muita lebre neste mato . O processo de maquiagem está em curso e acelerado.


    Saiu no “Painel” da Folha:

    ESQUEÇAM…



    O ministro Luiz Fux mandou apagar suas intervenções das notas orais do STF (Supremo Tribunal Federal) contendo todo o debate em plenário durante o julgamento do mensalão.

    … o que eu disse

    Entre as falas agora apagadas estava uma que contrariou os advogados, por sugerir que caberia à defesa provar a inocência dos réus. Os ministros estão liberando aos poucos suas notas orais para o sistema de informática da corte.

    Veja bem

    A assessoria do ministro afirma que tudo que ele disse durante o julgamento constará no voto, e que foram excluídas as declarações para evitar um documento muito longo. Além disso, justifica que outros ministros fizeram o mesmo.

    Navalha
    Conversa Afiada tem a informação de que o emprego da teoria do “domínio do fato”, aquele turbante da Carmen Miranda em que o STF transformou uma tese original alemã, vai desaparecer na hora em que os votos escritos estiverem publicados.
    Foram essa e outras barbaridades que levaram a Hildegarde Angel a chamar a condenação sem provas do Dirceu e do Genoíno em “Mentirão”.
    Quanto ao Ministro Fux, marcha a passos acelerados para um processo inexorável de impeachment.
    A revelação da conversa com o Ministro Gilberto Carvalho é estarrecedora.
    Sem falar que confessou não saber que havia 3.200 vetos na frente da MP dos royalties do petróleo.
    E parou o Brasil, até que o Supremo, constrangido, revisse seu erro.
    Os advogados e os historiadores devem requisitar, imediatamente, as gravações da TV Justiça dos votos do mensalão.
    O processo de maquiagem está em curso.
    Viva o Brasil !




    Paulo Henrique Amorim

    O ÁRTICO ESQUENTA: GRANDE NORTE ESTÁ CADA VEZ MENOR, MAIS QUENTE E MAIS VERDE


    quarta-feira, 20 de março de 2013

    Ataque a caixas eletrônicos chega às cidades pequenas do interior de SP


    BLOG O MURAL: Somente no mês de março, nove cidades de pequeno porte tiveram caixas eletrônicos. Bandidos agem com violência, ameaçando testemunhas e atirando contra viaturas.

    Agência Estado 

    Quadrilhas especializadas em roubos a caixas eletrônicos estão aterrorizando pequenas cidades do interior de São Paulo. Na madrugada deste domingo, no espaço de duas horas, bandidos explodiram e roubaram caixas em Pardinho, de 5.582 habitantes, na região de Sorocaba, e Torrinha, com 9.330 moradores, na região de Bauru. Nos dois casos, os bandidos agiram com violência, ameaçando testemunhas e atirando contra viaturas e prédios. Somente neste mês, foram atacados à bomba caixas e bancos em nove cidades de pequeno porte do interior. 

    Em Pardinho, a 180 quilômetros de São Paulo, os bandidos chegaram em cinco carros num posto de combustível, no km 191 da rodovia Castelo Branco, por volta das 3h30 da manhã. Com pistolas, fuzis e metralhadoras eles ameaçaram os frentistas e usuários e explodiram com dinamites quatro caixas eletrônicos que ficam na área externa do posto. Um frentista foi agredido, mas não se feriu. O bando fugiu levando o dinheiro dos caixas. A Polícia Militar Rodoviária, primeira a chegar, ainda recolheu R$ 10,8 mil em notas danificadas ou manchadas, deixadas para trás. O valor roubado não foi divulgado. 

    Duas horas depois, um bando armado explodiu os caixas eletrônicos das duas agências de Torrinha, a 239 quilômetros da capital paulista. Os prédios ficam separados por dois quarteirões e as explosões foram quase simultâneas. As agências ficaram parcialmente destruídas. Os bandidos dispararam contra o prédio da Câmara e um ônibus estacionado, fugindo em pelo menos três veículos. A Polícia Militar apreendeu três pés-de-cabra e cápsulas de pistola 9 mm. Ninguém foi preso. Os bancos já tinham sido atacados há cinco meses. 

    Na última quinta-feira (14), bandidos explodiram os caixas de uma agência em Analândia (4.289 habitantes), região de São Carlos. Em Anhembi (5.648 habitantes), próximo de Botucatu, três caixas foram explodidos no dia 8 deste mês. Na fuga, os criminosos atiraram para o alto. No dia 6, os ataques destruíram duas agências bancárias de Iperó (28.301 moradores), região de Sorocaba. Na mesma região, houve ataques dia 2 em Capela do Alto (17.533 habitantes) e dia 1º em Porto Feliz (48.893 habitantes), onde um bando armado explodiu oito caixas em duas agências. Outras ações ocorreram no dia 5 em Saltinho (7.059 habitantes), e no dia 2 em Rafard (8.624 habitantes), na região de Piracicaba.Rua precisou ser interditada (Foto: Marcela Cortez / G1)

      FRANCISCO I DEFENDE IGREJA POBRE E PARA OS POBRES

      terça-feira, 19 de março de 2013

      Quanto mais apanha, mais Dilma cresce na pesquisa


       Quanto mais apanha, mais Dilma cresce na pesquisa
      BLOG O MURAL: O governo de Dilma Rousseff tem a aprovação de 63% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o Ibope divulgada nesta terça-feira (19) em Brasília. Esta é a primeira pesquisa deste ano.
      O índice divulgado hoje é um ponto percentual maior que o registrado na última pesquisa, publicada em dezembro de 2012 e está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
      De acordo com a pesquisa, 29% dos entrevistados consideraram o governo regular e 7% desaprovam o governo, avaliando como ruim e péssimo.
      Já a aprovação pessoal da presidente chegou a 79%—estava em 78% na última pesquisa. Apenas 17%, segundo a pesquisa, desaprovam o jeito da presidenta governar.
      A pesquisa avalia trimestralmente a opinião pública com relação à administração federal. A CNI/Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 08 a 11 de março de 2013. Veja o que diz Ricardo Kostcho...

      A presidente Dilma Rousseff é um fenômeno de popularidade: quanto mais apanha da mídia e da oposição, mais ela cresce nas pesquisas.
      Esta é uma velha tese do caro leitor Everaldo dos Alencares, um dos mais assíduos e bem humorados comentaristas aqui do Balaio. Faz tempo que ele vem dizendo isso, e pedindo para baterem mais.
      Na nova pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira, Dilma e seu governo bateram novos recordes. A aprovação do seu governo bateu em 63% de ótimo ou bom, enquanto a popularidade da presidente chegava a 79%, um índice que nem Lula nem FHC alcançaram no primeiro mandato.
      Mais do que isso: os maiores índices foram registrados no Nordeste, exatamente o reduto do governador pernambucano Eduardo Campos, o novo queridinho da mídia grande em busca de um candidato para chamar de seu e bancar em 2014. Lá, o índice de ótimo e bom do governo Dilma passou de 68% para 72%.
      Todos os números desta pesquisa são altamente favoráveis a Dilma, no momento em que a imprensa mais bate nela, dia sim noutro também, o que apenas serve para provar que a opinião pública pouco tem a ver com a opinião publicada dos seus blogueiros e colunistas.
      Entre as notícias mais citadas pelos eleitores pesquisados, estão duas positivas (redução das tarifas de luz e do preço da cesta básica), enquanto o aumento da gasolina, notícia negativa para o governo, foi lembrada por apenas 3%.
      Aos números:
      * A confiança na presidente Dilma subiu de 73% para 75%.
      * Os brasileiros otimistas em relação ao futuro do governo passaram de 62% para 65% (apenas 8%, os de sempre, estão pessimistas).
      * As áreas mais positivas do governo foram combate à fome e à pobreza (64%) e meio ambiente e combate ao desemprego (57%).
      * Na outra ponta, a área mais negativa do governo (para 67% dos entrevistados) continua sendo a saúde, mas caiu o número de insatisfeitos (na pesquisa anterior, eram 74%).
      * Para 38% dos entrevistados, o noticiário está mais positivo para o governo do que na pesquisa anterior (24%) e outros 27% consideraram o noticiário predominantemente negativo.
      A pesquisa CNI/Ibope foi a campo entre os dias 8 e 11 deste mês e ouviu 2002 eleitores em 143 municípios.
      Se agradou ao Palácio do Planalto, esta pesquisa certamente deve estar preocupando os estrategistas dos partidos de oposição. Já ficou provado que só bater no governo não funciona.

      DILMA FEZ A PARTE DELA. MAS E OS GOVERNADORES?

      MERCADO PET JÁ MOVIMENTA R$ 14,2 BI NO BRASIL